BOTULISMO
Laudo nega problemas na fabricação
Após investigar o frigorífico produtor da mortadela da marca Pena Branca, que teve o lote fabricado em 17 de fevereiro infectado por botulismo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) descartou que a contaminação tenha ocorrido na linha de produção.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Luiz Carlos de Oliveira, não foi localizada nenhuma falha técnica durante o processo.
– Definitivamente, não aconteceu na empresa. Foram analisados também os lotes anteriores e posteriores e nada foi encontrado – diz.
Segundo ele, se a contaminação tivesse sido na linha de produção, o número de casos e de mortadelas contaminadas seria muito maior.
Ainda de acordo com o diretor, a empresa pertencente à Seara poderá retomar a linha de produção caso a nova inspeção – que deve ser concluída hoje pelo Mapa no Rio Grande do Sul, onde fica o frigorífero – não encontre irregularidades. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a linha de produção da mortadela com toucinho continua suspensa, conforme determinação do Mapa.
Após confirmados seis casos de botulismo no Estado – registrados em Araquari e Guaramirim –, a PenaSul, fabricante do lote de mortadela Pena Branca, foi notificada pela Vigilância Sanitária de SC. O secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, afirmou desconhecer o parecer. O diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio da Silva, disse que não recebeu nenhum comunicado oficial com o laudo conclusivo das investigações e que não iria “comentar suposições”.
Moacir Pereira
A perereca do Sul
Duas são as leituras políticas sobre o roteiro que o governo Colombo começou a realizar pelo Estado, visitando as sedes das secretarias regionais. A primeira é positiva: fazer um diagnóstico da situação e definir as principais obras e serviços, evitando repetir o que o governador define como falsas prioridades. No contato pessoal com a cidadania ou percorrendo as instalações oficiais, pretende obter um relatório mais preciso e atualizado de toda a situação regional.
A segunda análise é crítica. Se o governo decidiu ir ao interior para saber o que está acontecendo é porque as regionais falharam. Foram criadas para representar o governo e, portanto, tinham a obrigação de saber todas as necessidades das regiões, para que o governador agilizasse as providências.
A primeira experiência teve algumas surpresas que confirmam as duas avaliações. Em Araranguá, uma das questões mais delicadas envolve o futuro do Hospital Regional, que enfrenta uma situação grave, a exemplo do que também se registra no Hospital Santa Catarina, de Criciúma. O prefeito de Araranguá, Mariano Mazzuco Neto, não mediu as palavras ao enfatizar que a população exige soluções práticas urgentes. As visitas do governador começaram numa região emblemática: Praia Grande. Município próspero do Sul reivindica, há mais de 10 anos, a pavimentação da Estrada do Faxinal (SC-450), que liga o litoral à serra gaúcha. Percorre uma das regiões mais lindas de Santa Catarina. Foi prometida no governo Amin, que a incluiu no BID-3, e definida como absoluta prioridade nos dois governos Luiz Henrique. A obra foi contratada. A rodovia tem apena 16 quilômetros. Quando a execução completava 8 quilômetros, recebeu embargo do Ibama. Virou piada nacional. E mereceu crítica até do ex-presidente Lula, em discursos no Nordeste. O Ibama encontrou uma espécie de perereca que, segundo os técnicos, estava em extinção. Há mais de dois anos a obra está parada. O secretário de Infraestrutura, Valdir Cobalchini, já esteve três vezes, este ano, no Ibama. O próprio governador fez um apelo ao novo presidente, Curt Trennepohl, que já trabalhou na consultoria jurídica do Ibama em Santa Catarina. As novas exigências estão em um relatório que chegou há uma semana ao Deinfra. Consta até a necessidade de “asfalto ecológico”. Cobalchini diz que em 30 dias o Deinfra cumpre as condições e aciona a mesma empreiteira para tocar a obra. O prefeito Valcir Darós (PMDB) destacou que o projeto do Geoparque Caminho dos Cânions depende da conclusão desta estrada. Permitirá que Praia Grande seja reconhecida até pela Unesco e receba o selo de “sitio arqueológico de interesse mundial”. Vai desenvolver a economia e o turismo regional e integrar ainda mais Santa Catarina à serra gaúcha por uma paisagem excepcional, muito pouco conhecida até da população catarinense.
AN Portal
São José
Por causa do “grande número” de cirurgias oncológicas (câncer) na cabeça e pescoço, que deixam sequelas, a Prefeitura de Joinville quer autorização dos vereadores para contratar fonoaudiólogo. Em troca, é proposta a eliminação do cargo de técnico eletrônico – seria mais barato contratar por manutenção específica.
AN Joinville
BOTULISMO
Não foi no frigorífico
Ministério da Agricultura descarta falha na produção da mortadela
Após investigar o frigorífico produtor da mortadela da marca Pena Branca, cujo lote com data de fabricação em 17 de fevereiro foi infectado por botulismo, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento descartou que a contaminação tenha ocorrido na linha de produção.
Segundo Luiz Carlos de Oliveira, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, não foi localizada nenhuma falha técnica durante o processo. “Definitivamente, não aconteceu na empresa. Foram analisados também os lotes anteriores e posteriores do produto e nada foi encontrado”, explica. “Se a contaminação tivesse acontecido na linha de produção, o número de casos e de mortadelas contaminadas seria muito maior”, justifica.
Ainda de acordo com o diretor, a Seara poderá retomar a linha de produção caso a nova inspeção, que deve ser concluída hoje pelo Ministério da Agricultura do Rio Grande do Sul, onde está localizado o frigorífero, não encontre nenhuma irregularidade. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, a linha de produção da mortadela com toucinho continua suspensa conforme determinação do Ministério.
Após confirmados seis casos de botulismo em Santa Catarina – registrados em Araquari e Guaramirim –, a PenaSul, fabricante gaúcha do lote de mortadela da marca Pena Branca, foi notificada pela Vigilância Sanitária de SC.
Procurado para comentar o caso, o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, afirmou desconhecer o parecer do Ministério.
“A Secretaria não recebeu comunicado com o laudo conclusivo das investigações”, disse o diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio da Silva.
MATERNIDADE
Pelo menos mais 30 dias sem vacina
A Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, deve ficar pelo menos mais um mês sem vacinas Anti-Rh. Este tipo de medicamento é usado para evitar a rejeição do bebê que tenha sangue Rh positivo com o Rh negativo da mãe.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o prazo é necessário porque a vacina é importada. Para comprar as vacinas, a secretaria precisa de uma licença de importação emitida pela Agência Nacional de Saúde (Anvisa) – a autorização deve sair até o fim desta semana. Daí em diante, são pelos duas semanas entre a compra e a chegada do medicamento ao Brasil. O único fornecedor deste tipo de vacina fica em Miami, nos EUA. Ainda há o prazo para a distribuição do medicamento pelo Estado.
A falta da vacina pode trazer transtornos às grávidas em futuras gestações. Isso porque a incompatibilidade entre o sangue da mãe e da criança na primeira gestação pode fazer com que a mãe passe a produzir anticorpos contra as hemácias (células sanguíneas) do bebê, caracterizadas pelo Rh positivo – a eritroblastose fetal.
AN Páis
SAÚDE PÚBLICA
Contra pressão alta, educação
Segundo ministério, hipertensão é mais comum em brasileiros que estudam menosDivulgada ontem pelo Ministério da Saúde, uma pesquisa abre os olhos sobre a influência da escolaridade como fator de risco para a hipertensão, doença crônica que se não for tratada pode levar ao derrame, insuficiência renal ou problemas cardiovasculares. Pelo levantamento, 23% dos brasileiros afirmaram sofrer da doença, índice atual estável em relação ao início do estudo, em 2006. O fosso determinado pela escolaridade fica evidente entre as mulheres: o índice da doença entre as menos escolarizadas é 2,5 vezes maior do que entre as que passaram mais tempo na escola. Entre as com até oito anos de estudo, 34,8% dizem ter pressão alta. A declaração cai para 13,5% entre as com 12 anos ou mais de escolaridade.
No grupo masculino, a coincidência se repete. Dos com menos escolaridade, 30% se disseram hipertensos. Entre os com mais anos de estudo, o percentual é de 16,2%. A pesquisa, feita com base em entrevistas por telefone com 54.339 adultos nas 26 capitais e no Distrito Federal, está no quarto ano. Em 2006, o primeiro, a diferença entre os grupos existia, mas em menor proporção.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atribui a diferença ao acesso à informação. “Engana-se quem acredita que hipertensão é doença de rico”, afirmou. Diz ser necessário reforçar medidas preventivas, como ênfase na necessidade de as pessoas adotarem uma dieta mais equilibrada e o incentivo à prática de exercícios físicos.
Uma estratégia do ministério é ajudar municípios a criar infraestruturas para atividade física. A expectativa, de acordo com Padilha, é de que até o fim do ano cem unidades sejam criadas.
A pesquisa mostra que o menor índice de hipertensão está em Palmas (TO), onde 13,8% se disseram hipertensos. O maior foi registrado no Rio: 29,2%. Em Florianópolis, 20,8% (o menor da região Sul). Para o ministério, a diferença entre os Estados está ligada à idade da população. Onde há mais pessoas com mais de 60 anos, maior o indicador. Vale lembrar que a pesquisa é restrita às pessoas que receberam o diagnóstico da doença, e não ao total de doentes.
AN Jaraguá
HOSPITAL DE GUARAMIRIM
Nova chance ao Santo Antônio
Prefeitura tenta uma parceria com entidade beneficente para administrar unidadeUma nova conversa entre o prefeito de Guaramirim, Nilson Bylaardt (PMDB), e representantes da Sociedade Beneficente São Camilo, na segunda-feira passada, pode traçar um novo rumo ao Hospital Santo Antônio. Segundo o prefeito, faltam poucos detalhes para a entidade religiosa assumir o comando a unidade de saúde a partir de agosto. No entanto, para o convênio ser firmado, as obras do novo centro cirúrgico precisam ser concluídas. A reforma deveria ter acabado em dezembro do ano passado, mas atrasos na contratação de empresas para fazer os serviço emperraram os trabalhos.
Há um mês, o prefeito e os responsáveis pela entidade São Camilo, Carlos Robini e Cláudio Marmentini, começaram a colocar o convênio no papel. “Ainda faltam detalhes burocráticos e legais. Estamos também avaliando as exigências que vamos pedir à entidade”, diz o prefeito. Ele lembra que as obras no centro cirúrgico precisam estar prontas antes da São Camilo assumir.
Para Bylaardt, é essencial que o hospital atenda a 60% de casos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e os demais 40% devem ser divididos em atendimentos particulares e por convênios com planos de saúde. O dinheiro arrecadado será para a manutenção, pagamentos de salários e compra de novos equipamentos.
Ele diz ainda que, com o centro cirúrgico em atividade, o hospital passará a atender especialidades como ortopedia, ginecologia e obstetrícia. Atualmente, apenas há profissionais de pediatria e clínica-geral. As situações mais graves são encaminhadas para Jaraguá do Sul ou Joinville.
Cláudio Martimenti, da São Camilo, afirma que está analisando as exigências da Prefeitura de Guaramirim, mas garantiu que 60% dos atendimentos mensais serão pelo SUS. “Estamos com as conversas bastante adiantas. Se tudo der certo, em 1º de agosto, vamos assumir o hospital”, diz ele.
Amanhã, o prefeito vai se reunir com os 117 funcionários do hospital para explicar os detalhes da possível parceria. Ainda não foi definido como vai ficar o quadro de trabalhadores. “Como todos os funcionários são concursados, é possível que boa parte deles será encaminhada para os postos de saúde. Ou, dependendo do convênio que firmarmos com a São Camilo, alguns trabalhadores continuarão a atuar no hospital”, acredita Bylaardt.
Falta o sistema de ventilação
A situação continua igual no Hospital Santo Antônio. O centro cirúrgico ainda não foi inaugurado, porque o sistema de ventilação na sala não foi instalado. O edital de licitação para contratar a empresa, que deveria ter saído em março, atrasou mais do que o esperado por causa das adequações que tiveram de ser feitas para seguir às exigência da Vigilância Sanitária Estadual.
A previsão agora, é de que o edital seja lançado na próxima semana. A empresa vencedora terá 75 dias para instalar o sistema e, em seguida, a empresa contratada para a obra do centro cirúrgico retomará as obras. “Esperamos que tudo esteja pronto em agosto. Mas não significa que o centro cirúrgico funcionará. Ainda temos a licitação para a compra de equipamentos”, lembra Rangueti.
Segundo o prefeito Nilson Bylaardt, em uma reunião feita na segunda-feira com o secretário de Estado de Saúde, Dalmo Oliveira, foi prometido que o Estado repassará R$ 800 mil para a compra de mesas cirúrgicas. “O valor virá em duas parcelas. Uma no segundo semestre deste ano, e outra no começo do ano que vem”, diz o prefeito. A licitação para a compra dos equipamentos não tem previsão para sair. Atualmente, são realizados 4,6 mil atendimentos no Hospital Santo Antônio. Com as cirurgias, este número poderá dobrar. “Sabemos que será maior. Até mesmo nas internações. Hoje, temos 50 leitos e apenas três são ocupados”, lembra Bylaardt.
Situação parecida em Massaranduba
As obras do Hospital Municipal de Massaranduba também seguem a passos lentos. Em março, o prefeito Mário Fernando Reinke (PSDB) afirmou que as licitações para contratar a empresa que fará a instalação elétrica e encerrar as reformas nos quartos de internação e no refeitório sairia em 15 dias. Mas, até ontem, os editais não foram lançados. “Tivemos de estudar melhor os projetos arquitetônicos e o orçamento. Demorou mais que o esperado”, diz o prefeito.
O secretário de Planejamento de Massaranduba, Fabiano Spezia, afirmou que a planilha com os orçamentos está atrasada. Nesta segunda-feira, o projeto para a instalação elétrica foi concluído. O custo será de R$ 110 mil. Falta ainda o orçamento para a instalação dos aparelhos de ar-condicionado. “Até sexta-feira, vamos estar com o projeto pronto para a licitação”, diz o secretário. As empresas terão 90 dias para terminar os trabalhos.
Após esta etapa, as obras no centro de internação com 36 leitos e refeitório devem começar. A licitação para contratar a empresa que fará esta parte deve ser lançada em 15 dias e a empresa terá 90 dias para terminar a reforma. A previsão para a inauguração do hospital é 11 de novembro, no aniversário de Massaranduba.
Atualmente, o hospital funciona apenas como um pronto-atendimento e recebe cerca de mil pessoas por mês. Os profissionais do PA não atendem a casos complexos como fraturas e cirurgias. Os pacientes são encaminhados para Jaraguá do Sul ou Blumenau.
A São Camilo
A Sociedade Beneficente São Camilo foi fundada em 1923, em São Paulo. O grupo é responsável por 45 hospitais no Brasil e oito unidades em Santa Catarina, nas cidades de Navegantes, Concórdia, Quilombo, Seara, Canoinhas, Peritiba, Ipumirim e em São Miguel do Oeste, onde administram o Hospital Regional, do governo do Estado.
Encontro de gestantes será realizado semanalmente em Antônio Carlos
Clínica de fisioterapia receberá futuras mamães para a prática de exercícios
O Grupo de Gestantes deste ano atraiu muitas mulheres no período de gestão. Com isso, a Secretaria de Saúde de Antônio Carlos firmou uma parceria com uma clínica de fisioterapia do município para que, uma vez por semana, as futuras mamães possam se encontrar e realizar os exercícios adequados durante a gravidez.
Todas as sextas-feiras, às 13h, a partir do dia 29 de abril, as mulheres poderão se reunir gratuitamente. As inscrições devem ser efetuadas no local e a clínica está localizada na rua Libório Francisco Goedert, entrada para Rachadel, no Centro.
Desde 2004, o Grupo de Gestantes desenvolve atividades às mulheres grávidas e mamães de primeira viagem. Até o mês de novembro, estão previstos nove encontros que abordarão temas como exercícios para gestantes, odontologia para a mãe e bebê, parto e pós-parto, cuidados com o bebê, massagens, amamentação, cuidados com as mamas e aspectos legais da maternidade.
O programa tem a intenção de fazer o momento da gravidez prazeroso tanto para a futura mãe como de toda a família. O Grupo já atendeu aproximadamente 450 gestantes, mas também está à disposição de futuros papais, avós e filhos. Informações nos telefones (48) 3272-1478 e 3272-1392.
Farmácia Popular: Até 4 de maio para se adaptar às novas regras
Brasília, 26/04/2011, Ministério da Saúde
As 15.326 unidades credenciadas têm até o dia 4 de maio para se adaptarem às novas funcionalidades do sistema.
O Ministério da Saúde está instituindo novas medidas de segurança para aperfeiçoar o sistema de vendas do programa Aqui tem Farmácia Popular, que oferta medicamentos com até 90% de desconto, além de medicamentos gratuitos para o tratamento de hipertensão e diabetes. As 15.326 unidades credenciadas ao programa deverão se adaptar ao novo sistema até o dia 4 de maio.
O número de pacientes cadastrados no programa cresceu 67% desde fevereiro, quando começou a gratuidade dos medicamentos para tratamento de hipertensão e diabetes (ver tabela 1). Em março, 2.105.814 pacientes estavam cadastrados no Aqui Tem Farmácia Popular. Em janeiro, mês anterior ao início da gratuidade, o número de pacientes cadastrados era 1.258.466. O número de autorizações - para venda e oferta grátis - de todos os 25 itens do Aqui Tem Farmácia Popular também cresceu. Nos primeiros 70 dias de gratuidade, houve aumento de 68,7% (ver tabela 2).
Entre as medidas de segurança que serão adotadas, está a blindagem eletrônica das transações, que impedirá tentativas de fraude e violação à privacidade do usuário nos serviços oferecidos pela internet. Isso será feito por meio do cadastramento dos computadores que registram as vendas. Os funcionários que operam o sistema também serão cadastrados. Com essa ação, será possível a fácil identificação dos equipamentos e dos atendentes que efetuaram as vendas.
“As ações visam fortalecer o programa, garantindo maior controle, transparência e eficácia nas operações”, garante o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. “Esta é uma política que se insere na visão de que a saúde é um direito do cidadão, e que é um instrumento central da garantia universal da assistência farmacêutica a todos os brasileiros.”
Outra novidade é a obrigatoriedade de informações mais completas no cupom vinculado, uma espécie de nota fiscal eletrônica. Ela funciona como um mecanismo de segurança, e deverá agora conter o valor total da venda, a quantidade autorizada, a prescrição diária, a data da próxima compra, detalhes da descrição de cada medicamento, identificação do atendente e o telefone 0800 61 1997, da Ouvidoria do Ministério da Saúde para consultas ou denúncias. Continuará sendo registrado no cupom o nome completo, CPF (Cadastro de Pessoa Física), assinatura e endereço do beneficiário; a razão social, CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) e o nome do responsável pela empresa; número de autorização do DATASUS, o número de inscrição do médico no Conselho Regional de Medicina;
“O cupom é um instrumento de acompanhamento do próprio usuário, já que ele poderá acompanhar o seu saldo, verificando se o seu CPF foi usado indevidamente”, explica Carlos Gadelha.
O Aqui Tem Farmácia Popular, desde o início de fevereiro, já opera efetuando o cruzamento de informações com a base de dados do Sistema de Óbito do Ministério da Previdência (SISOBI). Esse procedimento permite identificar indivíduos registrados como falecidos no SISOBI, evitando que as compras sejam feitas com o registro dessas pessoas.
A responsabilidade pelo cadastramento dos pacientes e adeaquação do sistema do programa é das unidades conveniadas. O Ministério da Saúde está em contato direto com as farmácias de todos os estados para que o prazo de adequação seja cumprido.
AVANÇOS - O programa Aqui Tem Farmácia Popular é desenvolvido pelo governo federal em parceria com as farmácias e drogarias, que se credenciam espontaneamente ao firmarem convênio com o Ministério da Saúde. Atualmente, esse programa está presente em mais de 2,5 mil municípios.
A população tem acesso a 24 tipos de medicamentos para hipertensão, diabetes e mais cinco doenças (asma, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma), além de fraldas geriátricas. Cerca de 1,3 milhão de brasileiros são beneficiados por mês pelo Aqui Tem Farmácia Popular.
O Aqui Tem Farmácia Popular apresentou crescimento de 68,7% nos primeiros 70 dias da ação “Saúde Não Tem Preço”, que, desde o dia 14 de fevereiro, subsidia 100% do valor dos medicamentos para hipertensão e diabetes.
Do início da gratuidade até o dia 24 de abril, o número de autorizações - para venda e oferta grátis - de todos os 25 itens do Aqui Tem Farmácia Popular chegou a um total de 5,47 milhões contra 3,24 milhões no período anterior (de 6 de dezembro de 2010 a 14 de fevereiro de 2011). O aumento das autorizações para oferta gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes foi ainda maior: cresceu 97,2% e 71,3%, respectivamente.
Hipertensão arterial atinge 23,3% dos brasileiros
Estudo do Ministério da Saúde mostra que a proporção aumenta com a idade, atingindo mais de 50% das pessoas com mais de 55 anos
Medir regularmente a pressão é uma medida importante para evitar sustos / Foto: N/A
Pesquisa do Ministério da Saúde mostra que a proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010. Em relação ao ano passado, no entanto, o levantamento aponta recuo de 1,1 ponto percentual – em 2009, a proporção foi de 24,4%.
Os dados fazem parte da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e foram divulgados nesta terça-feira (26), Dia Nacional da Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial. O Vigitel é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP). Em 2010, foram entrevistados 54.339 adultos, nas 26 capitais e no DF.
De acordo com a pesquisa, o diagnóstico de hipertensão é maior em mulheres (25,5%) do que em homens (20,7%). “Nos dois sexos, no entanto, o diagnóstico de hipertensão arterial se torna mais comum com a idade, alcançando cerca de 8% dos indivíduos entre os 18 e os 24 anos de idade e mais de 50% na faixa etária de 55 anos ou mais de idade”, explica o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
O aumento se deve ao maior acesso da população ao diagnóstico na atenção primária de saúde. E as mulheres procuram mais o diagnóstico na atenção básica, daí uma prevalência mais significativa entre elas.
HIPERTENSÃO – A pessoa é considerada hipertensa quando a pressão arterial é igual ou superior a 14 por 9. A doença é causada pelo aumento na contração das paredes das artérias para fazer o sangue circular pelo corpo. Esse movimento acaba sobrecarregando vários órgãos, como coração, rins e cérebro. Se a hipertensão não for tratada, algumas das complicações são: entupimento de artérias, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.
TRATAMENTO – Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente todas as classes de medicamentos necessários para o controle da hipertensão arterial. O programa Aqui Tem Farmácia Popular também ampliou a gratuidade de medicamentos para hipertensos. Hoje, são mais de 15 mil farmácias e drogarias conveniadas ao programa.
AÇÕES – O governo federal vem investindo nas ações de promoção da saúde, para prevenção e controle da hipertensão. No último dia 7 de abril, o Ministério da Saúde e as associações que representam os produtores de alimentos processados firmaram termo de compromisso para reduzir o sal nos alimentos industrializados. O acordo estabelece um plano de redução gradual na quantidade de sódio presente em 16 categorias de alimentos, começando por massas instantâneas, pães e bisnaguinhas.