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OPINIÃO DE A NOTICIA


Perfil das consultas

É possível que tais diagnósticos tenham mais ou menos a idade do Sistema Único de Saúde (SUS), surgido com a Constituição de 1988. Em um resumo, chega perto do consenso a tese de necessidade de mais prevenção, valorização da rede básica para evitar a pressão sobre os hospitais, enfim, tratar como urgentes só os casos mais graves. Há décadas se escuta essa avaliação. E caminha-se justamente para o sentido inverso, em quase todo o País. Conforme relatório de gestão divulgado pela Secretaria de Saúde de Joinville, a cidade registra mais consultas pelo SUS em hospitais e pronto-atendimentos (PAs) do que na rede de atenção básica. Enquanto o sistema recomenda que 63% das consultas ambulatoriais sejam realizadas na atenção básica, em Joinville o índice é de 35,4%.

Os motivos da corrida atrás de hospitais e PAs são conhecidos. Ainda que sobrecarregados, as estruturas não negam o atendimento, dado o presumido caráter de urgência. Também com grandes demandas, mas sem a pressão da urgência, os postos de saúde acabam caindo em descrédito. A consulta não realizada tem chances de virar caso de urgência mais adiante. Aí será atendido. Nesse círculo, os recursos acabam sendo concentrados na rede hospitalar e mais a atenção básica sofre, reforçando o ciclo perverso. Se isso não é novidade para os pacientes, imagina-se para as autoridades em saúde pública. Ainda assim, além de não ter sido possível reverter o foco, aprofunda-se a cultura de privilegiar a urgência em detrimento da rede básica. Parece não ter como mudar.

 

 Viver bem


CIÊNCIA
Novas fontes DE CURA

Cientistas descobrem formas de reconstrução óssea com célulastronco de tubas uterinas

Apenas três anos se passaram desde que uma das equipes de cientistas do Centro de Estudos do Genoma Humano da Universidade de São Paulo (Cegh/USP) provou para o mundo, pela primeira vez, que a tuba uterina (antigamente chamada de trompa de Falópio) era uma fonte rica de células-tronco adultas mesenquimais (que podem se transformar em outros tecidos). Agora, no começo de 2011, a mesma equipe – liderada pelas geneticistas Maria Rita Passos-Bueno e Mayana Zatz e pela bióloga e doutora em ciências Tatiana Jazedje Costa e Silva – confirmou que esse tipo de material é capaz de reconstruir cartilagens, ossos e músculos lesionados do crânio de camundongos.

O próximo passo da pesquisa é tentar regenerar – inicialmente em animais – a tuba uterina, adianta Tatiana. Atualmente, ela se debruça sobre a compreensão dos segredos celulares do aparelho reprodutor feminino.

“Acreditamos que as células-tronco da tuba têm um papel importante para a manutenção do ambiente ideal para a fecundação e o desenvolvimento do embrião em fase inicial, até cinco dias antes da descida ao útero”, diz, referindo-se ao aprofundamento das pesquisas que relacionam infertilidade feminina a células-tronco da tuba.

Segundo ela, por enquanto, isso é uma hipótese. O que intriga a bióloga e sua equipe é saber por que a tuba uterina é tão rica nessas células. Outro campo de ação do Cegh é a busca de correção de distrofias musculares, por enquanto em bichos. “Quando se fala em regeneração óssea ou muscular, temos alcançado resultados muito bons e bastante animadores”, admite Mayana.

Agora, a intenção é submeter o trabalho à aprovação de órgãos de regulamentação, como o Conselho Nacional de Ética em Pesquisas, para poder iniciar testes em humanos.

 

 

 

MAIS DE 200 MIL COM PLANO

Mais de 200 mil pessoas contam com plano de saúde em Joinville. A marca foi atingida (e ultrapassada, o número exato de beneficiados é de 201.259) em dezembro do ano passado. Pela estatística recentemente divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, a cidade está muito perto de atingir 40% de cobertura em relação à população. Quando a década começou, em 2001, eram 34% dos joinvilenses com plano.

O crescimento é ligado ao avanço do emprego, pois quase 80% dos segurados fazem parte de planos coletivos empresariais. São só 20 mil pessoas com planos individuais ou familiares. Mas como a medicina ficou muito mais cara – uma criança de dez anos de classe média já foi mais vezes ao médico do que os pais em toda a vida; e os diagnósticos só na avaliação dos médicos, sem a bateria de exames, são cada vez mais raros; para citar dois exemplos – o SUS não teve alívio. A população sem plano em Joinville passou de 283 mil para 314 mil, mas os gastos cresceram em proporção várias vezes maior e ainda assim nem toda a demanda é atingida (consultas e cirurgias represadas, superlotação hospitalar, blablablá). Não bastasse, o SUS é usado de forma parcial pelo pessoal dos planos.

 

Sem repasses
No período entre setembro e fevereiro, o Hospital Materno-infantil de Joinville não recebeu nenhum repasse do governo do Estado. Não se sabe se a instituição recebeu algo em março porque o balanço ainda não foi publicado. O convênio prevê R$ 5 milhões mensais.

Com as despesas estão abaixo disso, o hospital deve ter gordura para queimar. Os números das receitas e despesas estão expostos no próprio site do hospital.
 

 “Tudo bem”
No início do ano, quando o deputado Kennedy Nunes foi lá perguntar o que estava havendo, a direção do hospital administrado por uma organização social disse que estava tudo bem, os repasses sempre são regularizados. Tudo bem, se não tem chiadeira, deve estar mesmo tudo bem.

Mas desde setembro de 2008, quando a OS assumiu o Materno-infantil, não apareceu um intervalo tão grande, cinco meses, sem repasse do Estado.

 

 

REUNIÃO DO SECRETARIADO
 
A partir da esquerda, Dalmo de Oliveira (Saúde), Valdir Cobalchini (Infraestrutura), Filipe Mello (Planejamento), Nelson Serpa (Procuradoria), Ubiratan Rezende (Fazenda), Eduardo Moreira e Raimundo Colombo.

 

 

 

EVENTO NA BEIRA-MAR
Maratona pelo Dia da Saúde

Duas maratonas – de cinco e 10 quilômetros – marcaram o Dia Mundial da Saúde em Florianópolis, no domingo. Cerca de 550 atletas se reuniram na avenida Beira-Mar Norte para celebrar o dia e disputar R$ 5 mil em prêmios.

Quem foi prestigiar a corrida, cerca de 2,5 mil pessoas, pôde receber exames gratuitos, desde medição de glicemia, glicose, pressão arterial e circunferência abdominal a orientação postural. A Associação Brasileira dos Portadores de Câncer (AMUCC) participou orientando as mulheres na prevenção do câncer de mama.

Os atletas receberam um chip individual que permitiu à organização do evento monitorar com precisão o resultado da prova. Ao passar pelo pórtico da largada, um sensor emitia um sinal ao chip que iniciava a contagem do tempo. Na chegada, o atleta passava pelo mesmo pórtico, e o chip registrava o tempo despendido na prova. Foram premiados 20 atletas – cinco homens e cinco mulheres em cada maratona.

As crianças permaneceram entretidas com teatro infantil, piscina de bolinhas, oficina de artes, surfe mecânico, cama elástica, além da Arena Wii. Para os idosos, o evento ofereceu uma oficina de tricô de dedo e aula de dança livre.

 


HOSPITAL CELSO RAMOS
“Problema é provisório”, diz diretor

Internações e exames feitos no corredor, falta de macas e outras deficiências foram registradas na edição de ontem do DC

Pacientes sendo internados e examinados no corredor da emergência; falta de macas, que são emprestadas dos Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu); pessoas tendo que se alimentar nos corredores, enquanto acidentados chegam cobertos de sangue.

Os problemas foram presenciados no Hospital Celso Ramos, em Florianópolis, e relatados por Viviane Bevilacqua, em reportagem publicada, ontem, no Diário Catarinense. Ela ficou 24 horas no corredor como acompanhante de uma paciente e mais quatro dias em uma sala apertada, dividida com outras duas pessoas.

O DC ouviu, ontem, o diretor do hospital, Maurício Cherem Buendgens, que reconheceu a existência dos problemas. Alguns, ele garante que são pontuais, como a falta do Tilatil, usado para dominuir a dor. Outros, como a falta de espaço, Buendgens acredita que serão resolvidos quando a reforma da emergência terminar. Ela começou em abril de 2010 e deveria ter sido terminada há seis meses.

– Houve alguns problemas com a contratação das construtoras, o que fez com que as obras atrasassem. Mas, ao que tudo indica, a emergência deverá ser entregue no final de agosto – informa o diretor.

Ela terá capacidade para atender 350 pessoas por dia. A estrutura atual tem 20 leitos e consegue atender 150 pacientes no mesmo período. Destes, afirma o diretor, apenas 15 precisam de internação.

Apesar das as deficiências, Buendgens ressalta que todos são bem cuidados e não correm risco de vida.

julia.antunes@diario.com.br

JÚLIA ANTUNES LORENÇOA reforma
- Começou em 14 de abril de 2010, quando a emergência foi fechada
- Previsão inicial era de que ficasse pronta em seis meses
- Prazo para terminar: final de agosto
- Capacidade de atendimento: 350 pacientes
- Leitos: cerca de 40
- Investimento: previstos R$ 2 milhões

 

 


CAMPANHA NACIONAL
Jovens se reúnem para doar sangue

Eduarda Aguiar, 18 anos, doou sangue, pela primeira vez, no sábado. Ela foi uma das 100 doadoras que participaram do Vida por Vidas, uma campanha nacional promovida pelos jovens Adventistas do Sétimo Dia.

Ao chegar no Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), em Florianópolis, Eduarda e a prima Caroline Aguiar, 28 anos, estavam com medo de sentir dor. As duas fazem parte do grupo de escoteiras da Igreja Adventista.

Enquanto elas aguardavam na fila de espera, a apresentação de um coral atraiu cerca de 200 pessoas para a frente do Hemosc. De acordo com o coordenador do projeto em Santa Catarina, Rafael Santos, a expectativa é que a campanha faça com que mais pessoas se conscientizem da importância de doar sangue:

A campanha, realizada desde 2006 em toda a América do Sul, levou 33.750 pessoas a doarem sangue apenas no Brasil. Neste ano, o projeto faz questão de destacar a importância da doação de medula óssea e plaquetas.

Lázaro Pedro de Carvalho, 33 anos, aparentava calma. Ele é doador há cinco anos e ia doar plaquetas.

pedro.santos@diario.com.br

PEDRO SANTOS

 


MOACIR PEREIRA

A saúde e a fé
Não há na história de Santa Catarina uma manifestação religiosa e cultural tão popular, eclética e representativa como a Procissão de Passos. Há 245 anos repete-se esta tradição açoriana, incorporada pelos portugueses a partir dos extraordinários festejos que, há séculos, acontecem na Andaluzia, a partir de Sevilha, onde tudo começou.

Na trasladação da imagem do crucificado, no sábado à noite, é o povo que comanda tudo. E como funciona! A condução da imagem é de organização e devoção inexplicáveis. Segurando o andor, os presidentes das escolas de samba rivais, filhos de famílias modestas dos morros da Capital. No domingo, levando o pálio ou conduzindo a belíssima imagem, os adversários políticos recolhem as armas e unem-se com o povo simples na mesma celebração.

O momento mais esperado é o do Encontro entre as imagens do Senhor dos Passos e Nossa Senhora das Dores, na frente da Catedral. As mulheres ocupam mais espaços que os homens. Vê idosas enrugadas do interior da Ilha, jovens da classe média e senhoras bem vestidas. Em todas, expressões faciais impressionantes. Olhar fixo na imagem feminina com o punhal atravessando o peito e o rosto piedoso. Fica a impressão de que elas estão ali representadas no sofrimento ou na esperança. Umas, emocionadas, cruzam as mãos, apertam o peito e rezam. Outras pronunciam orações silenciosas, beijam a mão e fazem o sinal da cruz. Os homens repetem os gestos: estendem o braço direito na direção da imagem do santo e depois descem a cabeça lentamente em sinal de respeito. Ou apertam as mãos no rosto sofrido. Ou, ainda, sinalizam nos olhos avermelhados alguma prece desesperada, sabe Deus por quem ou para que. E as cenas vão se reproduzindo com uma devoção comovente. Quantas mães pedindo consolo pela perda de seus filhos? Quantas implorando pela recuperação dos que caíram nas drogas? E quantas invocando o “protetor” pela saúde de seus entes queridos.


HOSPITAL
A multidão na praça silencia. E, Verônica, na tocante voz de Simone Medeiros, desperta o sentimento popular com o seu conhecido canto de dor. Em cinco estações, o triste cantar paralisa os milhares de peregrinos. Mas é na última que os devotos mais se emocionam. Depois do “Ó vos omnes”, a imagem se despede num giro de 360 graus. Mantém outra tradição. Se não girar, a imagem não conseguirá ultrapassar a ladeira do Menino Deus.

Do alto da colina, as duas imagens voltam a se encontrar de frente para o povo e para a cidade. No crepúsculo do dia, a Ponte Hercilio Luz iluminada no meio das duas baías e veleiros riscando as águas, formam um cenário deslumbrante.

Nas janelas do Hospital de Caridade, os pacientes e acompanhantes seguem o rito final. Afinal, é no Hospital de Caridade que a Irmandade se revitaliza e materializa sua maior obra comunitária e social. É o que lhe dá longevidade, com dois séculos e meio. Com 224 leitos, registrou no ano passado 64.422 pacientes. Mais de 60% com a garantia do Sistema Único de Saúde. E a unidade mais dolorosa, que cuida dos doentes com câncer, tem 70% tratados pelo SUS.

Milhares por ali já passaram. E, curados por médicos competentes e servidores dedicados e atenciosos, retornaram ao convívio dos seus. Outros milhares, desenganados pela medicina, recorreram ao santo que acreditam milagroso. Os que pagaram promessas declaram-se atendidos em suas preces. Incrédulos ou crentes, não importa. A medicina está provando que a vontade de viver, a fé, a energia positiva e o poder da espiritualidade ajudam a salvar preciosas vidas humanas

 

 


Denúncias cercam instituição


Hospital Florianópolis. Dossiê aponta irregularidades na antiga referência médica

 

Florianópolis- Além das dúvidas que ainda pairam sobre a demora em concluir as obras de reforma do Hospital Florianópolis, outro fato questionável entrou na ordem do dia e envolve o diretor da instituição, o ortopedista Élcio Madruga.


Apesar de ter dois vínculos empregatício no hospital, um como diretor e outro como médico, que o obriga a cumprir 40 horas semanais, ele ainda consegue dar atendimento médico particular em outros municípios do Estado, como Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga, Governador Celso Ramos e Santa Amaro da Imperatriz, “O diretor geral do Hospital pouco comparece ao serviço e vive mais preocupado em honrar seus compromissos profissionais em algumas cidades do sul do Estado” afirmou uma fonte da saúde.


Secretário promete apurar

O secretário de estado da Saúde, Dalmo de Oliveira, afirmou à reportagem do ND que recebeu uma carta com denúncias sobre o hospital. Ele qualificou as denuncias como muito graves, e prometeu apurar as informações. “Se tivermos evidências fortes vamos fazer uma apuração” afirmou o secretário, depois de participar de uma reunião do colegiado no Centro Administrativo.


Diretor do hospital afirma ter autorização da Secretaria da Saúde e MP

Ouvido ontem pela reportagem o diretor do Hospital Florianópolis, Élcio Madruga, confirmou as consultas particulares no Sul do Estado. Ele informou ainda que tem autorização do superintendente da Secretaria de Saúde, Libório Soncini, para fazer cirurgias no Hospital Santo Amaro . “depois que o centro cirúrgico do Hospital Florianópolis foi fechado às cirurgias são feitas em Santo Amaro”.

O ortopedista disse ainda que consegue conciliar as funções de diretor do hospital e ainda dar consultas particulares e fazer cirurgias. “faço cirurgias nos sábados e à noite” diz. Madruga afirmou ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público que permite comandar o hospital público e ainda dar consultas particulares. “Eu cumpro rigorosamente às 40 horas previstas. Fico sempre à disposição do hospital”.
Élcio Madruga nega as denúncias e diz que não montou um esquema de favorecimento a seus pacientes. “todos entram na fila”, diz.


Plantões também sob suspeita

Outro documento que compõe um dossiê apontando irregularidades no Hospital Florianópolis cita a Hora Plantão (HP), que deve ser utilizado pela chefia quando não há funcionários disponíveis para trabalhar.” Se a intenção é reduzir custos e quadro de terceirizados onde não é necessário?”, diz um trecho do documento. As escalas descritas no dossiê revelam que irregularidades com hora plantão é mais grave no setor de transporte, onde há duas escalas- uma afixada para todos verem, e outra encaminhada à Secretaria de Saúde. Em outros setores, funcionários receberiam por seis horas trabalhadas, e outras seis horas de plantão, mas sem trabalhar.

 

 

 

No Hemosc de Lages todos os tipos de sangue estão com estoque baixo

 Há uma época do ano que os estoques de sangue começam a diminuir em todo o país. É normalmente em abril, mas em Lages já começou em março.


Por isso, até o mês de outubro são realizadas mais campanhas para que a população se sensibilize e não deixe faltar sangue. No Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) de Lages, todos os tipos de sangue estão com baixo estoque.Normalmente, o estoque com maior número de bolsas de sangue são os de O+ e A+, mas também estão em falta.“Se precisar de muito sangue será preciso ajuda de outro hemocentro. Em março tivemos  470 doadores quando a meta é de 800”, explica a coordenadora de captação de doadores, Carmen Ramos Muniz.

Ela explica que com o início do frio é mais difícil as pessoas irem até o Hemosc. Completa ainda dizendo que as pessoas se sensibilizam quando acontece alguma tragédia, mas depois que passa o estoque volta a cair. 

“Estamos sempre fazendo campanhas programadas com grupos que queiram ajudar, como empresas, ONGs e universidades. Quem quiser ajudar pode fazer contato conosco para agendar as campanhas. Isso deve acontecer até outubro, que é o período de dificuldade devido aos problemas de saúde que surgem com o frio ou mesmo a chuva que faz com que as pessoas saiam menos de casa”, afirma Carmen.
 

Por volta das 9h de sexta-feira (8), apenas uma pessoa estava doando sangue. Aldemir Antonio da Silva é administrador e doou pela primeira vez há cerca de 15 anos. “Sempre que posso venho, porque é benefício tanto para mim quanto para os outros. Não prejudica ninguém e um dia também posso precisar”, diz.A meta para esse ano é chegar a mil candidatos a doadores, o que significa conseguir 800 bolsas de sangue. O consumo elevado acontece por conta dos acidentes que são frequentes nas rodovias próximas, como a BR-282, BR-116 e BR-470. As vítimas são encaminhadas a Lages e, às vezes, necessitam de transfusão.
 

O Hemosc também está abrangendo a região de Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí, atendendo pacientes de cirurgias cardíacas que necessitam de 10 a 12 doadores. 

No segundo sábado de cada mês, o Hemosc fica aberto das 8h às 12h. “É uma experiência para sabermos como será a procura. Mas ainda não está como esperávamos. A média é de 20 candidatos por sábado e poderíamos estar atendendo até 40. Estamos divulgando com cartazes nos ônibus, palestras e nos meios de comunicação para orientar as pessoas”, afirma Carmen. 

Para doar é preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos, estar bem alimentado e se sentir saudável, além de apresentar documento com foto.

O doador passa por uma entrevista para saber se a pessoa tem condições de saúde adequadas para fazer uma transfusão.

  A frequência dos acidentes
 

Está chegando mais um feriado prolongado. O fluxo de veículos nas estradas aumenta assim como o risco de acidentes.
 

Um exemplo da necessidade de sangue, devido a acidente, aconteceu no Carnaval. Um ônibus bateu de frente com uma carreta carregada de madeira e 26 pessoas morreram, além de 23 feridos. O acidente, que ocorreu no oeste, fez com que vários hemocentros do estado tivessem que enviar sangue. Por isso, é essencial que haja estoque.
 

 Ação social

 Na última quarta-feira (6), alunos do programa Pró-Jovem Trabalhador desenvolveram uma ação social para repor os estoques de sangue do Hemocentro de Lages. Cerca de 35 alunos do curso de formação de profissionais de costura industrial compareceram e realizaram a doação.
“Foi excelente. Queremos que mais grupos venham até nós”, enfatiza a coordenadora Carmen