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SUPERBACTÉRIA EM SC
O 1º caso confirmado
Hospital Dona Helena, de Joinville, divulgou ontem que exame confirmou suspeita de infecção pela KPC. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, não há casos anteriores notificados em Santa Catarina
A bactéria resistente à maioria dos antibióticos cuja sigla ficou conhecida no ano passado por gerar medo em hospitais de dez Estados brasileiros chegou a Santa Catarina. O primeiro contágio no Estado foi confirmado ontem, em Joinville. Um homem que está internado há semanas na UTI do Hospital Dona Helena teve a suspeita de infecção pela KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) comprovada por meio de exame encomendado a um laboratório.
O hospital particular divulgou ontem, por meio de nota oficial, o resultado do exame, sem informar o laboratório responsável pela análise. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou, no mesmo dia, que ainda não foi notificada do caso de Joinville nem há notificação anterior de contágio por esta bactéria em Santa Catarina.
De acordo com o médico infectologista Luiz Henrique Melo, chefe do setor no hospital, o paciente é um homem que estava em isolamento na UTI desde antes da suspeita de infecção, por causa dos sucessivos episódios de infecções hospitalares. O médico classifica o atual estado de saúde dele como estável.
O que revela a necessidade de os hospitais da região de Joinville aumentarem hábitos para prevenir contaminação é que o caso é de contágio autóctone: ocorreu dentro do próprio hospital da cidade.
Sobre o homem infectado, o Dona Helena só informou que ele é morador da região Norte de Santa Catarina e não veio para Joinville transferido de hospitais de outros Estados. No Sul do Brasil, Londrina (PR) foi a primeira cidade da região a registrar, no ano passado, contaminação de pacientes pela superbactéria, no Hospital Universitário.
O infectologista Luiz Henrique Melo afirma que não há mais casos suspeitos de contaminação por KPC no Hospital Dona Helena. “Em dezembro do ano passado, houve uma suspeita, mas não foi confirmada”, lembra.
Ele afirma que o que muda nos procedimentos adotados na instituição é o grau de vigilância. “Casos de bactérias resistentes não são raros, em nenhum hospital. O que muda em relação à KPC é que há apenas um antibiótico que resolve”, explica o médico.
O risco é em longo prazo – que infecções frequentes montem o cenário para que a bactéria torne-se também resistente em relação a este antibiótico, argumenta Melo. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira (PMDB), a situação não justifica alarde. “Apenas pessoas com resistência muito baixa, há muito tempo em tratamento com antibióticos e internadas em hospitais podem sofrer consequências.”

SUPERBACTÉRIA EM SC

O 1º caso confirmadoHospital Dona Helena, de Joinville, divulgou ontem que exame confirmou suspeita de infecção pela KPC. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, não há casos anteriores notificados em Santa CatarinaA bactéria resistente à maioria dos antibióticos cuja sigla ficou conhecida no ano passado por gerar medo em hospitais de dez Estados brasileiros chegou a Santa Catarina. O primeiro contágio no Estado foi confirmado ontem, em Joinville. Um homem que está internado há semanas na UTI do Hospital Dona Helena teve a suspeita de infecção pela KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) comprovada por meio de exame encomendado a um laboratório.

O hospital particular divulgou ontem, por meio de nota oficial, o resultado do exame, sem informar o laboratório responsável pela análise. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou, no mesmo dia, que ainda não foi notificada do caso de Joinville nem há notificação anterior de contágio por esta bactéria em Santa Catarina.De acordo com o médico infectologista Luiz Henrique Melo, chefe do setor no hospital, o paciente é um homem que estava em isolamento na UTI desde antes da suspeita de infecção, por causa dos sucessivos episódios de infecções hospitalares. O médico classifica o atual estado de saúde dele como estável.

O que revela a necessidade de os hospitais da região de Joinville aumentarem hábitos para prevenir contaminação é que o caso é de contágio autóctone: ocorreu dentro do próprio hospital da cidade.Sobre o homem infectado, o Dona Helena só informou que ele é morador da região Norte de Santa Catarina e não veio para Joinville transferido de hospitais de outros Estados. No Sul do Brasil, Londrina (PR) foi a primeira cidade da região a registrar, no ano passado, contaminação de pacientes pela superbactéria, no Hospital Universitário.

O infectologista Luiz Henrique Melo afirma que não há mais casos suspeitos de contaminação por KPC no Hospital Dona Helena. “Em dezembro do ano passado, houve uma suspeita, mas não foi confirmada”, lembra.Ele afirma que o que muda nos procedimentos adotados na instituição é o grau de vigilância. “Casos de bactérias resistentes não são raros, em nenhum hospital. O que muda em relação à KPC é que há apenas um antibiótico que resolve”, explica o médico. O risco é em longo prazo – que infecções frequentes montem o cenário para que a bactéria torne-se também resistente em relação a este antibiótico, argumenta Melo. De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira (PMDB), a situação não justifica alarde. “Apenas pessoas com resistência muito baixa, há muito tempo em tratamento com antibióticos e internadas em hospitais podem sofrer consequências.”

 

 

SUPERBACTÉRIA EM SC

Notificação oficial deve ser feita hoje


No começo deste ano, a Secretaria de Estado da Saúde determinou que casos confirmados de infecções pela bactéria KPC têm de ser notificados pelos hospitais. O Hospital Dona Helena, de Joinville, deve concluir hoje o processo de informar a Vigilância Sanitária de Joinville.
O aviso segue em cascata pelos órgãos de saúde – município e Estado até chegar ao governo federal, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A exigência vale apenas para infecções hospitalares pela KPC. Infecções por outras bactérias multirresistentes não são obrigatórias, afirma o secretário de Estado da Saúde, Dalmo de Oliveira. Ontem, ele esperava ser informado oficialmente pelo hospital de Joinville.

O secretário disse que desconhecia outros casos de contaminação pela KPC no Estado, e que a tarefa da secretaria nesta situação será o de acompanhar o trabalho do Hospital Dona Helena. “Monitoramos se há relação com outros casos no Estado e orientamos o hospital”, acrescenta.

Dalmo afirma conhecer e confiar no serviço oferecido pela instituição de Joinville.

 
SUPERBACTÉRIA EM SC
Apenas higiene controla disseminação
Para os hospitais da região de Joinville, a divulgação do Dona Helena deve render mais cuidado principalmente em relação a transferências de pacientes. De acordo com o médico infectologista Tarcísio Crocomo, que é secretário municipal de Saúde e membro da comissão de controle de infecções do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, casos de bactéria multirresistentes pedem reforço no controle de pacientes transferidos de UTIs.
 
“Em geral, os pacientes transferidos ficam isolados dos outros por um tempo, até que saia o resultado de alguns exames. Só assim podem dividir espaço com os demais”, afirma. Também há mais restrição em relação a visitas.
 
Mas, segundo ele, o controle em hospitais que dispõem de um grupo de profissionais responsáveis por fortalecer bons hábitos de higiene não muda muito. Reforçar a necessidade de lavar as mãos e difundir o uso de álcool em gel estão entre os cuidados normais.
 
O antibiótico usado no tratamento contra a KPC está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – portanto, no Regional e no Hospital Municipal São José. Segundo o Dona Helena, o paciente que enfrenta a infecção pela bactéria já está sob a medicação específica.
 
 
Como se prevenir
- Ao entrar e ao sair de ambiente hospitalar, você deve lavar as mãos com água e sabão e passar álcool em gel. A limpeza deve ser feita antes e depois de estar com pacientes, para evitar a proliferação.
- Nos hospitais, evite tocar em objetos e superfícies, como macas e portas.
- Não faça uso desnecessário de antibióticos. Algumas farmácias costumam comercializar estes medicamentos para doenças que poderiam ser combatidas de outra forma. Procure um médico antes de se medicar.
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária
 
 

AUTISMO
Jeito diferente de conscientizar

Passeata na manhã de ontem orientou moradores da cidade sobre a síndromeNa véspera do Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, instituído pela ONU em 2008, alunos e professores da Associação de Amigos do Autista (AMA) aproveitaram a manhã de sol de ontem para fazer uma passeata e apresentar algumas informações sobre a síndrome para a população.
Treze alunos da entidade, entre adultos e crianças, caminharam até o Joinville Garten Shopping vestidos de azul, a cor da entidade, e com balões nas mãos. Os professores fizeram panfletagem e esclareceram dúvidas sobre o transtorno. “Existem muitos mitos, como o de que os autistas não têm sentimentos e afetividade. Isso não é correto. Podemos ensiná-los a interagir. As pessoas não têm conhecimento sobre isso”, explica a diretora da AMA Liane Müller.
A programação não termina com a passeata e panfletagem. Hoje, às 9 horas, no auditório da Associação Catarinense de Ensino (ACE), haverá palestra com uma das fundadoras e atual diretora do Centro Conviver (que trata de autistas), de Curitiba, Luciene de Oliveira Vianna. O evento é destinado a pais, professores e estudantes.Luciene virá a Joinville para passar as novidades no trabalho e tratamento do autismo. Além de novas pesquisas sobre causas e estados clínicos. “O estudo (sobre o transtorno) foi remodelado nos últimos anos. Foi apontada como causa a genética. Agora, há uma linha de pesquisa baseada na incidência”, explica. Segundo ela, no mundo, de cada 150 crianças nascidas vivas, uma tem autismo. “Ainda não há cura. Mas temos formas de tratar. Não é uma doença degenerativa”, completa.

Diferentemente de outros países, no Brasil, a maior preocupação relacionada ao autismo não é o tratamento, mas a falta de informação dos pais e da população. Segundo Luciene, este desconhecimento sobre a síndrome atinge também os profissionais de saúde. Essa situação dificulta principalmente o diagnóstico e a intervenção precoces. “Isso não acontece. Espera-se muito para fazer o diagnóstico. Mas essa situação tem mudado. Hoje, já temos crianças de um ano e oito meses vindo para o Centro Conviver”, comemora a diretora.
A dica de Luciene é que os pais fiquem atentos aos sinais dos filhos, pois não há uma característica, como acontece com a síndrome de Down. Por isso, ela defende essa efervescência de informações sobre o transtorno. KRAMA
gisele.krama@an.com.br
GISELE
 
 
AUTISMO
Inclusão no limite da criança
Uma das principais escolhas para os pais, além da busca por tratamento para o autista, é a inclusão em escolas regulares e a convivência com outras crianças. A diretora do Centro Conviver, de Curitiba, Luciene de Oliveira Vianna, enfatiza os cuidados que a família deve ter, já que essa inclusão deve ocorrer aos poucos.
“Se a incidência de crises for menor, pode-se colocar em escolas regulares. Mas se a criança estiver muito agitada, o melhor é não matricular, já que pode reforçar características da síndrome”, explica. A inclusão não deve ser obrigação, pois pode gerar sofrimento nas crianças, em vez de ajudar.
 
A síndrome
O que é importante para o tratamento de autismo
- Diagnóstico precoce.
- Intervenção precoce.
- Parceria das famílias.
NÚMEROS DA AMA
- Mundo: aproximadamente 70 milhões de autistas.
- Brasil: aproximadamente 2 milhões de autistas.
- Joinville: não há estatística.
- Entidade: 46 pessoas com o transtorno, 24 crianças e 22 adultos.
 
 
 
 
Para o Deter
O prefeito Carlito Merss ouviu do Conselho Municipal de Saúde a queixa de que o Hospital São José consome boa parte da receita de Joinville, deixando a atenção básica com pouco dinheiro. O lamento do conselho foi no sentido de pedir ajuda dos outros governos, em especial o estadual, para o hospital, afinal o São José atende toda a região. Pois é. Carlito Merss reforçou o caixa do São José crente da resolução de quase todo os problemas. O hospital passou a atender mais e reduziu a dívida, mas ainda sofre com a superlotação.
 
 
Prevenção
Joinville é uma cidade onde morreram 290 mulheres vítimas do câncer de mama nos últimos dez anos. Mas só 28% das mulheres com idades entre 50 e 69 anos fizeram mamografia no ano passado. Embora um pouco abaixo da meta, é um índice maior do que a média catarinense (19%). Mulheres a partir dos 40 anos (ou antes, é claro, se assim desejarem) devem procurar o exame.

A meta de exames para prevenção do câncer de colo de útero também não foi atingido em Joinville. O exame é recomendado para quem iniciou a vida sexual.

 

 


BACTÉRIA KPC
Confirmada primeira infecção no Estado

Exame realizado em homem internado em UTI de hospital de Joinville deu resultado positivo

A bactéria resistente à maioria dos antibióticos – que ficou conhecida no ano passado por gerar medo em hospitais de 10 estados brasileiros – teve o primeiro contágio em Santa Catarina confirmado ontem. Um homem que está internado há semanas na UTI do Hospital Dona Helena, de Joinville, teve a suspeita de infecção pela KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) comprovada por meio de exame.

O Hospital Dona Helena divulgou ontem, por meio de nota oficial, o resultado do exame. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde disse que ainda não foi notificada. A secretaria também afirmou que não há notificação anterior de contágio por essa bactéria em Santa Catarina.

De acordo com o médico infectologista Luiz Henrique Melo, chefe do setor no hospital, o paciente é um homem que estava em isolamento na UTI desde antes da suspeita de infecção, devido a sucessivos episódios de infecções hospitalares. O estado de saúde dele é estável.

O Hospital Dona Helena não divulgou mais informações sobre o homem infectado, a não ser que ele é morador do Norte do Estado, por isso, não veio transferido de hospitais de fora. Na região Sul do Brasil, a cidade parananese de Londrina registrou, no ano passado, contaminação de pacientes pela superbactéria, no Hospital Universitário. O infectologista afirma que não há mais casos suspeitos no Dona Helena.

– Casos de bactérias resistentes não são raras em nenhum hospital. O que muda em relação a KPC é que há apenas um antibiótico que resolve. O risco é em longo prazo, que infecções frequentes montem o cenário para que a bactéria torne-se também resistente em relação a esse antibiótico – argumenta Melo.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, a situação não justifica alarde.

– Apenas pessoas com resistência muito baixa, há muito tempo em tratamento com antibióticos e internadas em hospitais é que podem sofrer consequências.

Em janeiro deste ano, 11 casos chegaram a ser registrados em Blumenau. Mas o diretor de Vigilância em Saúde, Marcelo Schaefer, esclareceu, ontem, que esses se referiam a pacientes cujos exames detectaram apenas a presença da bactéria no organismo, mas que não apresentavam os agravantes da infecção.

Segundo ele, a diferença é que, no caso do paciente de Joinville, ele desenvolveu os sintomas da infecção pela superbactéria. CARDOSO | Joinville

camile.cardoso@an.com.br

CAMILE

  

 
BACTÉRIA KPC
Paciente infectado morre em Maceió

Foi confirmada, ontem, a morte de um homem de 70 anos, na quinta-feira, no Hospital Universitário (HU), em Maceió, em Alagoas, vítima de uma bactéria de alta resistência.

Antes de ser internado no HU, o idoso estava internado no Hospital Geral do Estado (HGE), onde inspetores da Vigilância Sanitária estiveram na manhã de ontem para vistoriar as instalações. O órgão tenta descobrir em qual unidade ele foi infectado. A Vigilância também fará uma análise para descobrir qual o tipo da bactéria está contaminando os pacientes.

Outra paciente, uma jovem de 16 anos, está internada no mesmo hospital (HU) infectada com a bactéria. Segundo a assessoria do hospital, um exame preventivo feito no catéter utilizado pela adolescente detectou a presença da bactéria.

A garota, de acordo com o hospital, está sendo medicada com antibióticos apesar de não ter desenvolvido nenhuma infecção.

Técnicos da vigilância sanitária da Secretaria da Saúde do Estado, responsável pelo HGE, estão colhendo material para tentar descobrir a origem da bactéria.

Ontem, a direção do HU anunciou uma nova interdição por tempo indeterminado da maternidade e da UTI neonatal devido à presença da bactéria. Em fevereiro, a UTI neonatal ficou fechada por cerca de duas semanas devido à presença da bactéria acinetobacter baumannii em dois bebês. Segundo a assessoria do hospital, agora são quatro bebês com a bactéria. Três deles morreram.

A direção do hospital, que é ligado à Universidade Federal de Alagoas disse que um dos bebês que morreu tinha má-formação congênita e os outros dois eram prematuros e tinham complicações. Não é possível afirmar, segundo a direção do hospital, que as mortes tenham sido causadas pela infecção.

A maternidade do HU tem 60 leitos e é especializada no atendimento a pacientes com gestação de risco. Segundo a assessoria, os bebês que estão internados na UTI neonatal poderão ser transferidos.

A principal forma de transmissão desta bactéria é por contato. A bactéria pode ser transmitida pelas mãos dos profissionais de saúde ou por qualquer objeto contaminado.