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ARTIGOS
Alimentação e saúde, por Mauro Scharf

*Duas pesquisas recentes do governo mostraram mudanças na saúde e na alimentação dos brasileiros. O Ministério da Saúde divulgou o relatório Saúde Brasil 2009, que mostrou, dentre outras coisas, o aumento de mortes por diabetes no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dias depois, apresentou um estudo sobre a alimentação do brasileiro, com base nos alimentos disponíveis nas residências. Dentre outros dados, verificou-se a diminuição no consumo de arroz e de feijão.

Diversos estudos propagam as qualidades do nosso típico cardápio, composto, essencialmente, pela dupla arroz e feijão, pelo bife e por uma salada. Segundo o estudo do IBGE, o consumo do arroz e do feijão diminuiu, mas também foi menor o de açúcar. O problema é que parece ter havido a substituição de nosso menu tradicional por comida industrializada, gorduras ruins, refrigerantes, guloseimas e aqueles lanchinhos apressados.

E o relatório do Ministério da Saúde diz que o número de mortes por diabetes pulou da quarta para a terceira causa de morte no Brasil. Só perde para as doenças cerebrovasculares, como o derrame, e paradas cardíacas. Mas aí vem o detalhe: muitas doenças cardíacas são causadas pelo diabetes. Ou seja, entra na estatística que a pessoa morreu do coração, mas, na verdade, o que causou a morte foi o diabetes. E o que causa o tipo de diabetes mais comum? Em termos gerais e bem simplistas, sedentarismo, obesidade e má alimentação.

Ou seja, os dois estudos falam, no fundo, do mesmo assunto: mudança no estilo de vida. E mudança para pior. Hoje somos mais obesos, comemos mal, não fazemos exercícios físicos, somos estressados, esquecemos as prioridades com a saúde. Quem sabe este seja um bom item para se colocar na lista de metas para 2011: arroz e feijão preparado em casa e saboreado em família na hora do almoço.

Já seria uma boa maneira de começar a repensar sua atitude em relação à alimentação.

 

*Médico endocrinologista

 

 

 

 - Unimed da Grande Florianópolis tem eleição na próxima quinta-feira, dia 31 de março. Duas chapas disputam: Genoir Simoni, presidente da Associação Catarinense de Medicina, e o urologista Rogério Moritz, pela oposição.

 

 


Cirurgia bariátrica pode prejudicar gravidez


Mulheres que consideram fazer a cirurgia bariátrica precisam fazer uma suplementação alimentar apropriada antes de engravidarem. Segundo estudo publicado pelo oftalmologista Glen Gole do Royal Children's Hospital, na Austrália, a cirurgia de redução do estômago pode causar uma deficiência de vitamina A tão grave que é capaz de tornar uma criança cega, antes mesmo do nascimento.

O estudo, "Malformação ocular em um recém-nascido secundária à hipovitaminose A materna", foi publicado na revista da Associação Americana de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo.

Cole documentou o caso de uma mulher que realizou a cirurgia bariátrica sete anos antes de engravidar. Com apenas nove semanas de gravidez, a mãe foi diagnosticada com grave deficiência de vitaminas A, D, K e de ferro. Quando a criança nasceu, o bebê apresentava malformações significativas em ambos os olhos. E aos noves meses, uma eletrorretinografia revelou outra deficiência orgânica. Apesar do tratamento, a criança apresenta atualmente uma baixa de visão.

“O caso ilustra muito bem a importância da vitamina A para o desenvolvimento normal dos olhos do feto, especialmente para mulheres que desejam engravidar e se submeteram à cirurgia bariátrica”, destaca o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares.