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DENGUE NO RIO
Novo vírus se espalhará, diz governo

A disseminação do vírus da dengue tipo 4 no País é previsível, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. “Não há dúvida de que a circulação de todos os vírus vai ocorrer”, afirmou ontem. Para o ministro, a presença do novo vírus deve funcionar “apenas como mais um argumento” para reforçar o que tem de ser feito: combate aos criadouros e organização do sistema de saúde para atendimento rápido dos pacientes.

A Secretaria Estadual da Saúde reconheceu ainda que o Rio de Janeiro pode ter mais pessoas contaminadas pelo tipo 4 da dengue, além das duas irmãs que foram diagnosticadas em Niterói, na região metropolitana. Segundo o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, os exames para identificar o tipo do vírus circulante são feitos por amostragem. A Prefeitura de Niterói começou ontem uma operação de bloqueio no bairro do Cafubá para conter a transmissão do vírus.

As primeiras pacientes de dengue tipo 4 tiveram diagnóstico errado no hospital particular em que procuraram atendimento. Moradoras de Niterói, as irmãs Bárbara Brito, 21 anos, e Caroline Graça, 22, tinham sintomas parecidos – dor de cabeça, febre e dor abdominal. Bárbara foi informada de que tinha virose e Caroline recebeu diagnóstico de infecção urinária.

O ministro afirma que o vírus não é mais agressivo e que o Rio está preparado para impedir epidemia como a de 2008. A virologista Rita Nogueira, do Instituto Oswaldo Cruz, ressalta que infecções sequenciais por diferentes vírus da dengue podem levar a casos mais graves da doença.

 

 

 

 

MAIOR PREFERÊNCIA PELAS CESARIANAS

A preferência pelas cesarianas está crescendo cada vez mais em Joinville. Em 2008, o tipo de parto assumiu pela primeira vez a liderança na cidade, por diferença mínima. Pelos dados atualizados ontem pela Secretaria de Estado da Saúde, o parto normal vem perdendo espaço e hoje responde por 47% dos nascimentos em Joinville. No SUS, as cesarianas ainda são minoria, mas dominam com altos índices na rede privada. Em Santa Catarina, as cesarianas lideram desde 2005. O número de nascimentos em Joinville cresceu ao longo dos últimos dez anos porque a maioria dos bebês de cidades vizinhas, sem estrutura hospitalar, nascem no município-polo. Mas levando em conta apenas as mães com moradia em Joinville, o número está estabilizado entre 7 mil e 7,5 mil nascimentos por ano. Foram 7.261 no ano passado, uma média diária de quase 20 bebês.


Meninos & meninas
Dá para montar um festival de pequenas curiosidades sobre os nascimentos em Joinville. Os meses em que nasce mais gente são março e abril, colocando o inverno como período preferido – ou de maior sucesso – para a concepção. Todos os anos, sempre nascem mais meninos do que meninas em Joinville, mas a diferença é pequena. Na década, dá 37 mil a 35 mil para os guris. Tem mais.


Mais tarde
A maioria nasce pesando entre três e quatro quilos, e só cinco em cada grupo de cem bebês pesa mais de quatro quilos. As mães estão esperando mais para ter filhos. Quando a década começou, a faixa entre 20 e 24 anos de idade liderava em Joinville. Agora, é entre 25 e 29 anos que se concentram as mães. No ano passado, foram quase mil bebês nascidos de mães com até 19 anos de idade.

Centro de oncologia
O centro de oncologia a ser construído pela Unimed em Joinville será de referência estadual, aponta o radioterapeuta Ricardo Polli. A unidade para o tratamento do câncer terá dois aceleradores lineares. Um dos equipamentos será semelhante ao do São José. A diferença será a possibilidade de aplicação da radiação durante a cirurgia. Hoje, a técnica não é aplicada no São José.


Sem particulares
Outros técnicas e equipamentos estão previstos para o centro que poderá estar em obras ainda neste ano. Demanda há e não somente porque o número de casos de câncer está crescendo: desde o mês passado, o serviço de radioterapia do São José não aceita mais o tratamento de pacientes dos planos de saúde. Nem a radioterapia, nem setor algum. A recomendação é da União.


Como antes
O pessoal dos planos pode ser tratado pelo SUS, não muda, continua o atendimento no São José. Mas para garantir que os segurados sejam atendidos sem a dependência do SUS, o centro de oncologia será um reforço, além de trazer avanços tecnológicos – a obra está programada há tempos.


Chance única
O presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina, Ricardo Polli, aponta oportunidade única para o Hospital Regional. “Sempre houve um descompasso entre as necessidades do hospital porque o comando era em Florianópolis. Agora temos um médico, Renato Castro, apoiado pelos colegas, e um secretário, Dalmo Claro, que é daqui. O atendimento no Regional sempre foi aquém do esperado, agora tem que ser diferente”, diz Polli.

 

 

 


 Colunista CACAU MENEZES

Efeito saúde
Pois agora, tem tudo a ver a decisão de Ziggy Marley. Ao abandonar a maconha, o filho de Bob Marley vai ao encontro do que afirmam as descobertas dos neurocientistas, segundo os quais o consumo da cannabis causa sérios estragos no cérebro humano, provocando desordens psicóticas, incluindo esquizofrenia. Recém os investigadores descobriram que a idade média do início da doença foi superior a 2,5 anos mais cedo para os consumidores de cannabis em comparação com os não usuários. O cientista Matthew Large, do Departamento de Saúde Mental do Hospital Prince Wales e da Escola de Psiquiatria da University of New South Wales em Sydney, Austrália, que liderou a pesquisa, foi taxativo ao Medscape Medical News: A mensagem para os fumantes de maconha, em especial aos jovens fumantes de cannabis, é que existem danos associados ao seu uso.


Sexo lento
A busca pelo clímax e a falta de desejo continuam sendo os principais motivos da ida das mulheres a consultórios de sexólogos e terapeutas. Outro dado curioso da pesquisa sobre sexualidade do Hospital das Clínicas da USP é que a nossa cultura não estimula as mulheres a sentirem desejo.