HOSPITAL SÃO JOSÉ
Superlotação é igual a sobrecarga
Funcionários dizem que cada auxiliar de enfermagem cuida de 20 pacientes
Funcionários do Hospital Municipal São José reuniram-se no começo da tarde de ontem, em frente à unidade de saúde, para discutir as condições de trabalho do pronto-socorro por causa da superlotação do setor.
Eles reclamam que um auxiliar de enfermagem, por exemplo, precisa cuidar de 20 pacientes ao mesmo tempo, quando o ideal é não exceder o limite de seis pacientes por profissional.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville, Ulrich Beathalter, participou do encontro e informou que os representantes dos funcionários do São José devem participar de uma reunião amanhã, às 19 horas, na sede do sindicato. A intenção é levantar os pontos de reivindicação por melhores condições de trabalho, que serão discutidos na assembleia geral da categoria, no dia 31. “Há uma demanda reprimida de pacientes que estão em macas na sala de medicação, e essa situação não pode continuar. Então, estamos cobrando providências da direção do hospital e também da Prefeitura”, diz o líder sindical.
Segundo o diretor-geral do hospital, Tomio Tomita, as medidas que poderiam ser tomadas para amenizar o problema da superlotação foram implementadas já na semana passada. Mas mesmo com o apelo à comunidade para que apenas casos de urgência e emergência sejam encaminhados para o hospital, o problema da falta de leitos persiste. “As cirurgias eletivas que requerem internação continuam suspensas, e também estamos tentando agilizar a entrega de exames”, diz.
“Na terça-feira, conseguimos negociar com uma nova empresa para fazer ressonâncias”, acrescenta. Além disso, ele diz que o hospital está fazendo mutirões de exames para antecipar a alta de alguns paciente, que estão internados ocupando um leito, apenas aguardando o resultado de exames para serem liberados.
Além de Tomio Tomita no São José e Renato Castro no Regional, Altair Pereira comanda o Hospital da Unimed. Assim, são três anestesiologistas no comando de três dos cinco grandes hospitais em Joinville. A SJM deu respaldo para Dalmo Claro nomear Renato Castro no Regional. Na maternidade, a escolha foi interna.
DENGUE NO RIO
Oito cidades enfrentam epidemia
Oito municípios fluminenses enfrentam epidemia de dengue. Eles registram mais de 300 casos por 100 mil habitantes. O número de cidades dobrou em relação ao último relatório semanal divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Desde o início do ano, foram registrados 26.298 casos suspeitos. Dezoito pessoas morreram, seis delas na capital (ainda há um caso de uma criança de um ano e nove meses que ainda não foi confirmado). No mesmo período do ano passado, foram 4.188 casos e cinco mortes.
O Estado tem criado centros de referência para a dengue nos municípios que registraram maior número de casos da dengue. Cantagalo, cidade com a terceira maior taxa de incidência da dengue no Rio (1.315 casos por 100 mil habitantes), recebeu na terça-feira equipamentos para a montagem de três centros de hidratação. Com 480 casos suspeitos da doença, não registrou mortes este ano. A prefeitura está realizando o atendimento desde os primeiros sintomas para evitar o agravamento.
Rio de Janeiro
CONJUNTIVITE EM SP
Estado já tem mais de 18 mil casos
Autoridades de saúde tentam conter a escalada da conjuntivite na região Noroeste de São Paulo, onde os municípios de Votuporanga e São José do Rio Preto concentram cerca de 3,8 mil casos da doença.
Juntos, os casos das duas cidades representam 20% do total de 18 mil ocorrências diagnosticadas em todo o Estado, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde. A situação é mais grave em Votuporanga, onde a doença contaminou 1,8 mil pessoas desde o início do ano.
A distribuição de colírio especial foi suspensa depois que o produto se esgotou das farmácias da unidade de saúde do Bairro Pozzobon, escolhido para atender os casos.
Em São José do Rio Preto, mais de 1 mil pessoas foram contaminadas de janeiro a 18 de março, sendo cerca de 600 só nos últimos 20 dias. No mesmo período do ano passado, a doença não chegou a contaminar 600 pessoas. O aumento dos casos faz a vigilância em saúde pedir à população das cidades para redobrar os cuidados com a higienização das mãos para evitar o contágio.
Araçatuba
TUBERCULOSE
Sábado de luta contra a doença
Para lembrar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, a Secretaria de Saúde de Blumenau promove, sábado, um evento de orientação à comunidade. Agentes vão tirar dúvidas sobre a doença, das 8h às 12h, na escadaria da Catedral São Paulo Apóstolo. O que é tuberculose, as formas de contágio e prevenção, até tratamentos disponibilizados pelo município. O objetivo é intensificar os cuidados e prevenir que o problema se espalhe. Nos postos de saúde, o trabalho será durante toda a semana.
Blumenau
Visor
TÁ EXPLICADO
Matéria da Folha de S.Paulo diz que, no Brasil, apenas um terço dos bipolares recebe tratamento adequado. O resto anda solto por aí..
Não vai faltar medicamentos contra Aids para doentes da região
O Ministério da Saúde enviou à Lages uma nota técnica informando que o próximo lote do remédio Atazanavir, será entregue até o final do mês de março. A informação é da coordenadora do Programa DST/Aids, Graziele de Oliveira. “Não vai faltar remédio. Muitas pessoas já vieram buscar, e temos em estoque o suficiente para atender àquelas que ainda não retiraram seus remédios,” tranquiliza a profissional de Saúde.
Ela comenta que o pedido dos remédios é feito de acordo com a quantidade de pessoas atendidas. “Cada vez que entregamos o medicamento, damos baixa no sistema. O Ministério libera a quantidade exata para atendermos todas as pessoas cadastradas.”
No Brasil o medicamento é usado por 33 mil pessoas e muitas, em outros estados, tiveram dificuldades para obtê-lo via SUS. O próprio ministro da Saúde, Alexandre Padilha confirmou o problema e disse que as secretarias de saúde estavam sendo orientadas a fracionar as doses mensais para evitar que alguém ficasse sem o remédio. Em Lages, as doses foram entregues de forma integral, como sempre é feito.
Ministério Público determina que Hospital volte a fazer cirurgias Lages
A última reportagem do Correio Lageano sobre o impasse para a realização de cirurgias eletivas (aquelas que não são de emergência) no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, mostrou a determinação do Ministério Público para que as cirurgias sejam restabelecidas.
O hospital recebeu o comunicado do MP no dia 3 de março. Nesta terça-feira (22), o diretor do Hospital, Canísio Winkelmann, disse que as cirurgias estão sendo realizadas, mas não informou o número de pacientes atendidos. “Já estamos em negociação de ajuste de valores e quantidades de cirurgias de alta complexidade com o município. Não houve interrupção nas de média complexidade. Está tudo normal no funcionamento”, afirmou.
A dificuldade está na falta de repasses para custear as cirurgias eletivas, aquelas que não são emergenciais e há agendamento com antecedência. As cirurgias são pagas pelo Município, através de convênio que determina a quantidade de cirurgias a serem realizadas em cada área. A autorização é feita pelo Estado, através da Secretaria Regional de Saúde.
Winkelmann destaca que o Estado tem autorizado um número maior do que o firmado pelo convênio, e o Município não paga pelas cirurgias excedentes. Diante desta situação, o Hospital suspendeu a realização de novos procedimentos em novembro, até a resolução do impasse.
O Ministério Público determinou que o hospital apresentasse, em até 30 dias da data da intimação, cronograma para as realizações das cirurgias eletivas suspensas, concluindo os procedimentos no prazo máximo de 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.
O Hospital é responsável pelos serviços de alta complexidade oferecidos aos municípios da Amures, em razão da forma de gestão do SUS adotada na região. Em novembro, quando as cirurgias foram suspensas, o secretário de Saúde, Juliano Polese, afirmou que elas foram canceladas porque o Estado repassa por mês R$ 340 mil, mas o hospital gasta um valor maior.
Cirurgias suspensas em novembro
No dia 4 de novembro de 2010, o Hospital suspendeu todas as cirurgias eletivas pelos Sistema Único de Saúde (SUS). Na época, o diretor administrativo Canísio Winkelmann, afirmou que o motivo era o endividamento que a entidade sofre por atender mais pacientes que o número contratado com o Estado e a Prefeitura de Lages. Além disso, o diretor citou que o valor pago por procedimentos de alta complexidade, como ortopedia e neurocirurgia são menores do que os gastos.
A diferença entre os pagamento feitos e os gastos referentes ao ano de 2009 e ao período de janeiro a outubro do ano passado, atingem R$ 1,5 milhão. O compromisso do Hospital é atender 178 procedimentos de ortopedia (alta complexidade) por ano. No entanto, de janeiro a agosto de 2010 foram realizados 264 procedimentos.