icone facebookicone twittericone instagram

 

 

Na Saúde

Na próxima terça, o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro, anuncia os diretores dos 14 hospitais estaduais – Maternidade Darcy Vargas e Hospital Regional Hans Dieter Schmidt incluídos. São grandes as chances de troca nas duas instituições em Joinville. Quanto à entrega de hospitais às organizações sociais (OS), plataforma do governo Colombo, Joinville não está nos planos por enquanto. No atual governo, a primeira OS deve ser contratada para o Hospital Florianópolis.


 


GERAIS
Ministério vai rever processo de compra

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o processo de compra de medicamentos contra a Aids será revisto, embora tenha negado desabastecimento na rede pública. O ministério havia recomendado às unidades de saúde que o Atazanavir fosse substituído por outras drogas quando possível, já que ele não estava disponível em algumas localidades. Ontem, Padilha garantiu que a droga estará em todas as unidades até o final do mês. Outras duas drogas (Saquinavir e Diadosina) foram recomendadas, mas, nesse caso, a orientação foi por um “planejamento melhor do estoque”, segundo Padilha.

 

 

Vacinação incluirá crianças e gestantes

Começa no dia 25 de abril a campanha de vacinação contra a gripe, que vai até o dia 13 de maio e irá proteger contra três tipos de vírus, inclusive o H1N1, causador da gripe A. Além dos idosos e indígenas, que sempre foram alvo da imunização, o Ministério da Saúde decidiu incluir permanentemente no público-alvo trabalhadores de saúde, gestantes e crianças entre seis meses e menos de dois anos de idade (os dois grupos haviam sido incluídos excepcionalmente na vacinação contra o H1N1 no ano passado).

 

HOSPITAL FLORIANÓPOLIS
Transferências vão ser avaliadas
Comissão deve entrevistar servidores sobre possíveis trocas temporárias

Uma comissão foi criada para definir os critérios da possível transferência de funcionários administrativos do Hospital Florianópolis, no Estreito, para outras unidades estaduais. Este foi o resultado da reunião de ontem entre servidores, funcionários da Secretaria de Saúde (SES) e o diretor da unidade, o ortopedista Elcio Madruga.

Ogrupo é formado por membros do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Santa Catarina (SindSaúde), Sindicato dos Funcionários Federais em Saúde (SindPrev), dois integrantes da SES e dois funcionários do Florianópolis.

– A comissão vai entrevistar todos os funcionários administrativos para ver se alguém tem interesse de ser transferido. A parte funcional também será avaliada. Alguns destes servidores estão em via de aposentadoria – disse Madruga.

Segundo o diretor, alguns funcionários de outros setores já foram temporariamente transferidos. Ele informou que podem ser disponibilizados em torno de 40 servidores do setor, que atualmente não são tão necessários no Florianópolis quanto podem ser em outros hospitais.

– São transferências temporárias, até que o hospital reabra. Hoje funcionamos com a emergência e o ambulatório, pois os outros setores estão em reforma – observou Madruga.

O corte de funcionários do Florianópolis foi descartado pelo secretário estadual de Saúde, Dalmo de Oliveira:

– O risco de demissão é zero.

Segundo o secretário, quando o hospital reabrir integralmente, em 2012, sua administração pode ser privada, por Organização Social (OS).

O Florianópolis atende 5 mil pessoas por mês. Esse número pode crescer se o hospital for ampliado. Já existe um projeto pronto, realizado com R$ 382 mil que a Associação Amigos do Hospital Florianópolis arrecadou com bazares. A aplicação desse dinheiro está sob investigação na 26ª Promotoria de Justiça da Capital.O SindSaúde não retornou as ligações da reportagem para falar sobre o resultado da reunião.

 GABRIELA ROVAIDeu no DC
Em setembro de 2010, o DC publicou reportagem sobre projeto de reforma da Associação Amigos do Hospital.

 

 SAÚDE
Secretaria perde prazo de resposta
MPE aguarda explicações de denúncias sobre empresa fornecedora de alimentos do Regional

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) perdeu o prazo para responder às recomendações do Ministério Público Estadual (MPE) em relação à empresa Nutribem, contratada para alimentar pacientes e funcionários do Hospital Regional, e denunciada por má qualidade da comida e falta de higiene na cozinha. O prazo venceu no dia 11.

De acordo com o MPE, as recomendações são verificação da qualidade nutricional dos alimentos preparados no Regional, vistorias periódicas de 60 em 60 dias pela Vigilância Sanitária Estadual e instauração de sindicância para apurar as condições de higiene e segurança alimentar do hospital.

Esta última recomendação é para verificar ocorrências como o descarte dos 80 quilos de carne impróprios para consumo, encontrados no último dia 16 de fevereiro, na câmara fria da cozinha do Regional.

– Os indícios são de que não são muito qualificados aqueles (Nutribem) que produzem a alimentação no hospital – observou a promotora do MPE, Sonia Piardi.

Ela afirmou que enviaria, ontem, à Promotoria da Cidadania de São José, o inquérito civil público que investiga a Nutribem.

O prazo perdido pode ter sido falha da SES, reconheceu o secretário de Saúde, Dalmo de Oliveira, que primeiro negou a rescisão do contrato com a Nutribem, e depois afirmou que isso pode ser uma possibilidade.

Segundo ele, a Nutribem foi punida com multa. O valor não foi informado.

 

GABRIELA ROVAI

 

Colinista  CACAU MENEZES

Triste liderança


Pesquisa realizada no Hospital Governador Celso Ramos, com dados do Ministério da Saúde, demonstra que o Estado de Santa Catarina tem a triste liderança, no Brasil, por mortes de acidente de trânsito em jovens, com a taxa de 41,3 óbitos por 100 mil habitantes. Florianópolis passou da 17ª à quinta capital do Brasil por mortes entre 15 e 24 anos, no período de 1998 a 2008. Grande parte destas vítimas é por acidente de moto. Na França, o número de acidentes de moto caiu drasticamente, através do controle de velocidade com radar e uma fiscalização rigorosa das imperícias e imprudências.

 

 

 


  Pioneiro
O Hospital Florianópolis, em situação lastimável, deve ser o primeiro no governo de Raimundo Colombo a ser repassado a uma organização social.A informação é do secretário da Saúde, Dalmo de Oliveira, e foi confirmada ao colega Jefferson Saavedra, de A Notícia.

 

 

 


Fatos lamentáveis

O Sindicato da Saúde está relatando ao secretário Dalmo de Oliveira a situação real do Hospital Infantil Joana de Gusmão, visitado esta semana pelos deputados da Comissão de Saúde. Começa pela faltando funcionários, principalmente, na área de enfermagem.
Isso sem falar nos médicos, embora o quadro de pessoal registre 160 médicos em várias especialidades. E sobram reclamações da falta desses profissionais. Outro alerta ao secretário feito pelo Sindicato é a "farra" de hora-plantão e sobreaviso nos hospitais. Ou seja, estão descumprindo a LC 323/06 - Art. 19 e 20.

  

Nota do leitor

Vistoria - Hospitais

 
Caro Paulo Alceu. Com todo respeito que merecem nossos parlamentares,este quadro na saúde só tende a piorar. Saúde pública é antagônica ao interesse privado. Tua acha que a UNIMED vai ter interesse em melhorar a saúde pública? Como é que eles vão vender Planos de Saúde?? É inconciliável. Secretário da Saúde e ex-presidente da Unimed. Mas o DEM defende a iniciativa privada.. mesmo em serviços considerados essenciais.. assumem isso e, na eleição falam que vão "cuidar das pessoas". A melhor experiência que vi em SC foi em Chapecó, com o Prefeito Fritsch que enfrentou os interesses privados na saúde pública!! A secretária de Saúde era uma Enfermeira, servidora pública!

Nelso Muller/Campos Novos

 

 

 


Opinião
Editorial
Hospitais pedem socorro

Pode ser sazonal, mas voltam a se multiplicar os problemas de superlotação e atendimento precário em hospitais de Santa Catarina. O Hospital Florianópolis, que já foi um dos mais importantes da região, passa por uma reforma interminável, recebe um número pequeno de pacientes e ainda enfrenta um inquérito que apura a denúncia de desvio de verbas arrecadadas pela associação de amigos da cada de saúde. Em Joinville, o Hospital São José ficou superlotado esta semana, obrigando a direção a suspender cirurgias e transferir pessoas para unidades de pronto-atendimento e outros estabelecimentos da cidade.

Esses problemas sobrecarregam outros hospitais, que também precisam administrar carências de equipamentos, estrutura e pessoal. O HU, vinculado à UFSC, é referência no estado, mas se ressente da falta de profissionais e não obtém dos ministérios da Educação e do Planejamento a autorização para contratar os técnicos aprovados em concurso. A isso se soma a demanda provocada pelas pessoas que preferem os hospitais aos postos de saúde e unidades localizadas em bairros, capacitadas para atender os casos mais comuns e de menor gravidade.

O resultado são os atropelos nos grandes hospitais, que não suportam toda a carga que recebem. De sua parte, a Secretaria de Estado da Saúde promete agilizar as obras de reformas das casas de saúde em pior estado, que tiveram sua estrutura afetado por anos de atendimento e pouca preocupação com a manutenção. “Recursos não faltam”, garante o secretário Dalmo de Oliveira. Menos mal que seja assim!

 

Cidade
Hospital não fecha, diz Estado
Saúde. Secretário Dalmo Oliveira também afasta temor de demissões de servidores

Em entrevista ao Notícias do Dia, o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, desfez o temor de fechamento do Hospital Florianópolis ou demissão de servidores. Segundo ele, o remanejamento proposto pelo estado só pretende reforçar unidades com falta de funcionários. Sobre a reforma no prédio, que começou em 2009 e está com o cronograma atrasado, ele afirma que “numa previsão otimista, o hospital ficará pronto no fim deste ano”.

Notícias do Dia - O que será feito do Hospital Florianópolis?

Dalmo Claro de Oliveira – O hospital tem proposta de reforma da emergência. Quando começou essa obra da emergência surgiram novas necessidades, que culminaram na interdição da unidade. Fez-se a opção por iniciar uma ampla reforma. Fiz em fevereiro uma visita ao hospital. Testemunhei que o hospital está sendo reconstruído. Não sou engenheiro, mas por experiência em obras não vejo muita expectativa em reabrir antes do fim deste ano.

ND – Depois de concluído o que o hospital oferecerá à população?

Oliveira – O prédio passa por ampla reforma. Teve a ampliação da cozinha que ocupou a área da lavanderia que é terceirizada. A UTI terá dez leitos – ocupou área significativa e daí tivemos de reduzir capacidade de leitos da enfermaria de 8º para 50.

ND – O prédio ocupado pelo hospital pertence ao governo federal?
Oliveira – Não mais. Agora é propriedade do estado.

ND – O senhor já tem um diagnóstico do hospital?

Oliveira – O problema é de estrutura física. Não tem como funcionar do jeito que está. É piso bruto e o sistema elétrico não foi refeito.

ND – Passar o hospital para o organização civil social de interesse público seria a única solução?

Oliveira -  Não é Ocisp. Existe a possibilidade de a gestão do hospital ser terceirizada para uma organização social sem fins lucrativos. Nesse modelo, o hospital continuaria público e de propriedade do estado. Com o atendimento exclusivamente feito pelo SUS. O objetivo principal é dizer que o equipamento hospitalar é bem público e com o melhor atendimento possível. E a melhor produção hospitalar possível.

Os funcionários do Hospital Florianópolis têm motivos para ficar preocupados?

Oliveira – Todos têm estabilidade no emprego. Sobre o remanejamento de pessoal, tenho a dizer que temos unidades médicas na Grande Florianópolis que estão ociosas por falta de gente. E sobre funcionários no Hospital Florianópolis. Parte deles ociosos. Como eu vou pedir mais servidores para o Grupo Gestor do Governo se tem gente ociosa? Estou olhando o interesse público. Estamos fazendo o remanejamento de forma democrática.

ND – Não há possibilidade de fechar o hospital?

Oliveira – De jeito nenhum. Não há a menor chance. Estamos reformando o hospital. Por que iríamos fechá-lo?

ND – Existe suspeita de desvio de dinheiro que motivou denúncia na Promotoria de Justiça. Não seria o caso de pedir uma auditoria para esclarecer esse e outros fatos?

Oliveira – Para mim é novidade a denúncia de suposto desvio de recursos. A notícia que eu tive foi de que a Associação de Amigos do Hospital arrecadou recursos e pagou um projeto para construir uma nova ala no prédio. Essa é a notícia que eu recebi: que foram arrecadados R$ 400 mil para pagar o projeto. Vou averiguar melhor essa informação. Presumo que essa ação provavelmente foi compartilhada com a administração do hospital.

ND – Por que não pedir auditoria para apurar as denúncias?

Oliveira -  Se for necessário poderemos abrir sindicância interna. Temos gente preparada para isso na Secretaria de Saúde.