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GRIPE A
PARA EVITAR A VOLTA DO MEDO

Secretaria de Saúde de Joinville está se preparando para a campanha de vacinação contra a gripe A que começa em abril. Mas a mobilização do ano passado não deve se repetir. O Ministério da Saúde mudou a estratégia e não haverá vacinação em massa. A nova vacina vai imunizar contra três tipos do vírus da gripe


O verão está se despedindo e já começou a mobilização para evitar que a gripe A volte a fazer vítimas. Neste ano, com o fim da pandemia da doença, oficializado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto de 2010, o Ministério da Saúde mudou a estratégia. Agora, uma única vacina vai imunizar contra três tipos de vírus da gripe: a comum (influenza), a H1N1 (gripe A) e uma variação do vírus da gripe A, chamado H3N2, mas a vacinação não será em massa. Receberão a dose crianças de seis meses até dois anos, gestantes, idosos e profissionais de saúde

A gerente de Vigilância em Saúde de Joinville, Jeane Regina Vieira, lembra que estes grupos escolhidos são os que ficaram mais expostos à gripe A em 2009 – quando 225 casos foram registrados na cidade e quatro pessoas morreram por causa da doença.

Em Joinville, a campanha será realizada do dia 25 de abril até 13 de maio. A vacina estará disponível nas 56 unidades de saúde e em postos volantes, como supermercados e shoppings, que ainda serão definidos. Além disso, algumas clínicas particulares já oferecem a dose a R$ 80.

A enfermeira Maria Goreti Cardoso, do setor de imunização, diz que está sendo montado um plano de atendimento. “Para gestantes e crianças, pretendemos oferecer a vacina nos postos, já que esta é também uma oportunidade para esses grupos colocarem em dia o calendário de vacinação”, diz. Ela lembra ainda que para os idosos, a intenção é atender a esse público em pontos alternativos. Segundo Maria Goreti, uma ação está prevista para o Dia Nacional de Vacinação, no dia 30 de abril.

Segundo a Secretaria de Saúde, a meta do município é imunizar cerca 82,5 mil pessoas quase metade da população que foi vacinada no ano passado (170 mil), quando os grupos de risco incluíam crianças até quatro anos, doentes crônicos e adultos de 20 a 39 anos. Em Joinville, apenas um caso da doença foi confirmado entre 29 suspeitas em 2010.

De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, Luiz Antônio Silva, as mudanças não são motivo para pânico. “Continuaremos fazendo campanhas educativas incentivando a higiene”, afirma Silva. O infectologista Fabio de Faria, da Secretaria Estadual de Saúde, explica que o efeito da vacina é cumulativo. “Como estamos no terceiro ano do vírus, o H1N1 perdeu a potência, já que a maior parte das pessoas está vacinadas ou já teve a doença”, afirma ele. Para ele, o que importa é tomar a vacina, mesmo que por conta própria.

 

GRIPE A
Thuany dá exemplo para os mais velhos


Não basta apenas a imunização para prevenir que a doença. A Vigilância Epidemiológica alerta que hábitos preventivos, como a higienização das mãos, não devem ser esquecidos. O lembrete é válido. Os dispositivos com álcool gel andam tão esquecidos que, em alguns lugares, parecem peças de decoração. “Apesar de colocarmos o álcool bem à mostra, poucos são os clientes que usam”, afirma a gerente da panificadora São José, Lisiane Alcântara.

Thuany Emilly Marcelino, seis anos, é uma das poucas clientes a dar o exemplo. Antes de “atacar” as delícias, a menina tem o cuidado de passar produto nas mãos. “Na época em que se falava todos os dias sobre o risco da gripe A, todos usavam. Mas hoje percebo que são poucos que continuam tomando este cuidado”, comenta a mãe da menina, Silvane Marcelino. “Onde tem álcool gel, procuramos usar”, diz.

E mesmo quando não tem, Silvane diz que lembra a filha sobre a importância de lavar bem as mãos.

SAIBA MAIS

O Ministério da Saúde não recomenda o uso do Oseltamivir (Tamiflu) para toda a população porque o uso inadequado do produto pode levar à resistência do vírus ao medicamento. Além disso, o uso sem controle e desnecessário pode levar à falta do produto no mercado, o que traria danos a toda a população, além do risco de reação adversa.

 


INTOXICAÇÃO
Contraprova na semana que vem
Governo espera para terça laudo do exame que pode confirmar casos de botulismo

A dúvida sobre a possível contaminação de um lote de mortadela com toucinho da marca Pena Branca, fabricada no dia 17 de fevereiro, deve continuar até a próxima terça-feira. É o prazo que o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, trabalha para concluir os testes feitos com a amostra do produto enviado pela Secretaria do Estado da Saúde.

As amostras foram retiradas de uma mortadela consumida por um casal de Araquari que apresentou sintomas do botulismo, uma espécie de intoxicação alimentar rara que compromete o sistema neurológico.

A dona de casa Benta Janaína Lamego, de 36 anos, morreu na ala psiquiátrica do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, em Joinville, no domingo. Outras duas pessoas – uma delas desconhecida do casal – estão internadas no hospital desde segunda.

A expectativa era de que a análise ficasse pronta ainda hoje. Mas o secretário estadual da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira (PMDB), diz que a divulgação do resultado foi adiada porque o laboratório paulista precisa avançar em alguns procedimentos. “Eles ainda atuam na fase de inoculação. São aqueles testes com ratinhos”, explica. Nesse tipo de análise, os cientistas observam o comportamento de camundongos que receberam a suposta toxina presente na amostra.

Caso todas as cobaias morram, a conclusão é de que a amostra estava contaminada. Mas o processo não é tão simples, sustenta o secretário. Alguns camundongos também recebem porções da toxina tratada e a observação deles, morrendo ou não, pode levar a outras interpretações.

Enquanto não há resposta, a empresa decidiu suspender a venda de todas as mortadelas com toucinho em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A medida preventiva foi confirmada no fim da tarde pela assessoria de imprensa da Seara, que representa a marca e faz parte do grupo paulista Marfrig. O governo estadual já havia recomendado o recolhimento das peças do lote que estavam nas prateleiras dos mercados e no estoque da fábrica.

A Vigilância Sanitária de Joinville começou ontem a fiscalizar supermercados e estabelecimentos comerciais da cidade. A orientação é que todo o estoque da mortadela do mesmo lote seja retido e inutilizado. Por recomendação do governo, as vigilâncias municipais continuarão recolhendo o lote suspeito de contaminação.

Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária e Ambiental de Joinville, Mara Lúcia Monteiro, cerca de 60 estabelecimentos foram vistoriados. Apenas um, no Bom Retiro, continha unidades da mortadela com suspeita de contaminação. As vistorias vão continuar até que todos os estabelecimentos sejam visitados, afirma Maria Lúcia.

Caso a doença seja confirmada, serão os primeiros casos em seres humanos registrados no Estado. De 1999 a 2009, foram 41 casos no País, sendo apenas dois na região Sul – no Rio Grande do Sul. Dez pessoas morreram.

 

SAIBA MAIS
A diretora da Vigilância Sanitária de Araquari, Débora Mendes, conta que a fiscalização passou pelos bairros Centro e Itinga, onde moram as quatro pessoas que apresentaram sintomas. Duas estão internadas em Joinville. “Até agora nenhum produto do lote suspeito foi encontrado.”

Segundo o diretor técnico do Regional, Hercílio Fronza Jr., a instituição abriu sindicância para apurar o atendimento prestado a Beta Lamego, que morreu na ala psiquiátrica do hospital. Ela ficou mais de dois dias internada e foi medicada com sedativos e antipsicóticos, sem que chegassem a um diagnóstico.

 


INTOXICAÇÃO
Suspeita em Massaranduba

Sob chuva, familiares acompanharam o sepultamento da dona de casa Terezinha Alves da Costa Hack, de 56 anos, na localidade de Linha Telegráfica em Massaranduba, por volta das 17h30 de ontem. As causas da morte dela, ocorrida na quarta no Hospital São José, em Joinville, estão sendo investigadas. A hipótese de ela ter sido vítima de botulismo não está descartada. Antes de se sentir mal, Terezinha teria consumido mortadela, a exemplo de outras quatro pessoas que adoeceram em Joinville. Mas de uma marca diferente que não foi divulgada ontem pela vigilância do município.

Apesar de o laudo do exame no corpo ficar pronto somente daqui a um mês, familiares da dona de casa afirmam estar certos de que a causa da morte é outra. “Há 21 anos minha tia lutava contra a leucemia. Tinha a saúde frágil”, diz a sobrinha Magda Barbosa, 27.

Segundo ela, Terezinha passou mal na segunda, quando foi levada ao Hospital São José, em Jaraguá do Sul. Voltou para casa, mas passou mal no dia seguinte. Foi atendida no PA de Massaranduba antes de ser transferida para Joinville. Magda lembra que a suspeita surgiu quando um médico questionou o que ela havia comido. “Sinceramente, não acho que foi a mortadela. Ela e a família sempre comeram da marca, comprada num mercadinho no bairro.”

Técnicos da Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Massaranduba recolheram ontem a mortadela e uma lata de extrato tomate que estavam na geladeira da casa de Terezinha. Os alimentos foram encaminhados para o Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen) de Florianópolis para ser analisados. O resultado deve sair em até 30 dias.

A secretária de Saúde de Massaranduba, Suzane Reinke, não acredita que a morte esteja relacionada com a toxina butolínica, mas espera o resultado do Lacen. “Como ela comeu uma mortadela e passou mal, existe uma possibilidade.” A vigilância inspecionou sete mercados da cidade em busca da mortadela suspeita de causar botulismo. Em nenhum foi encontrado o lote do produto.

 


INTOXICAÇÃO
Contaminação “pouco provável”, diz empresa

Horas antes de anunciar a suspensão da venda de todas as mortadelas com toucinho da marca Pena Branca em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a fábrica de alimentos Seara havia informado, em comunicado, que considera a contaminação do produto “pouco provável”. A empresa que faz parte do grupo Marfrig analisou uma amostra do lote da mortadela supostamente contaminada, mas o resultado do exame não foi divulgado. A fabricante espera a conclusão da análise de contraprova feita pelo Instituto Adolfo Lutz.

Segundo a nota, a mortadela é produzida com aditivos nutricionais que impedem a proliferação de toxinas se as condições de armazenamento e manipulação forem respeitadas. Ainda conforme a fabricante, a unidade industrial Roca Sales (RS), da Pena Branca, que produziu a mortadela vendida para Araquari, já fabricou 100 mil toneladas do produto e nunca registrou ocorrência parecida.

O pedreiro Ademir Muniz Vieira, 34 anos, e a dona de casa Noeli Neusa Maia, 46, estão desde segunda-feira internados no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt com suspeita de botulismo. O pedreiro comeu da mortadela dividida com a dona de casa Benta Lamego, que morreu, e o marido dela, que também se sentiu mal. Noeli comprou o produto no mesmo mercado, em Araquari.

Segundo o diretor técnico do hospital, Hercílio Fronza Jr., os pacientes apresentam poucos sintomas de neurotoxidade, característico da doença, e não receberam antitoxina botulínica. “A substância só é administrada em casos muito graves, pois apresenta riscos de reação alérgica e do desenvolvimento da doença do soro (uma reação autoimune). Não temos laudo que confirme botulismo e o tratamento dos sintomas está surtindo efeito e é mais seguro.”

O diretor afirma que o tratamento é realizado através da manutenção das funções vitais. “Os nervos afetados se regeneram totalmente, pois sua função estrutural não é afetada. O próprio organismo libera as toxinas. Com isso, o paciente apresenta melhoras.”

 

 


GRIPE A
Vacina só para grupos de risco

Imunização contra a doença, neste ano, será restrita a gestantes, idosos, crianças até dois anos, índios e profissionais de saúde

Ao contrário do ano passado, neste inverno somente grupos de risco receberão a vacina contra a gripe A. São eles gestantes, idosos a partir de 60 anos, crianças entre seis meses e dois anos, índios e profissionais de saúde que atuam em postos e emergências.

Outra novidade é que a mesma vacina vai imunizar contra três tipos de vírus da gripe: a gripe comum (influenza), a gripe A (H1N1) e uma variação do vírus da gripe A chamado H3N2. A campanha começa no dia 25 de abril e vai até o dia 13 de maio. De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, Luiz Antônio Silva, não há motivo para pânico.

– Continuaremos com campanhas educativas incentivando a higiene. Estamos certos de que ela é a grande responsável pela prevenção da doença. Lavar as mãos evita a propagação de doenças respiratórias – afirma Silva.

Desde 2009, quando a H1N1 surgiu no Brasil, a Secretaria Estadual de Saúde de SC registrou 3.082 casos confirmados e 148 mortes por causa da doença. O infectologista da Secretaria Estadual de Saúde Fabio Gaudenzi de Faria explica que este é o terceiro ano do vírus e o H1N1 perdeu a potência. Além disso, no ano passado, foi realizada a vacinação em massa. Outro fator importante, segundo o infectologista, é tomar a vacina contra a gripe, mesmo que por conta própria.

– O governo federal não tem recursos para imunizar todo mundo. Vale a pena fazer um esforço e pagar particular para evitar a doença. O custo-benefício compensa – afirma o infectologista.

A gerente de Vigilância Epidemiológica de Florianópolis, Monich Cardoso, afirma que a H1N1 virou uma doença sazonal e não existe mais motivos para alarme. Segundo ela, ano passado só foram confirmados três casos no Estado.

 


GRIPE A
Higiene pode evitar a doença

Para combater a gripe, não basta apenas a imunização. Para evitar que a doença volte a fazer vítimas, a Vigilância Epidemiológica alerta que certos hábitos preventivos, como a higienização das mãos, não devem ser deixados de lado.

E o lembrete é válido porque os dispositivos de higiene com o álcool gel andam tão esquecidos que, em alguns ambientes, parecem mais peças de decoração. Os clientes costumam esquecer, como acontece na Panificadora São José, em Joinville:

– Só os funcionários utilizam. Apesar de disponibilizarmos o gel antibactericida nos banheiros e em pontos estratégicos, poucos são os clientes que usam – afirma a gerente, Lisiane Alcântara.

Thuany Emilly Marcelino, de apenas seis anos, é uma das poucas clientes a dar o exemplo.

Antes de “atacar” as delícias do café colonial, a menina teve o cuidado de passar álcool gel nas mãos, no dispositivo estrategicamente instalado próximo à entrada.

– Na época em que se falava todos os dias sobre o risco da gripe A, todos usavam, mas hoje, percebo que são poucos que continuam tomando esse cuidado. Onde tem álcool gel, procuramos usar – comenta a mãe da menina, Silvane Marcelino.

E mesmo quando não tem, Silvane diz que sempre lembra a menina sobre a importância de lavar bem as mãos antes de qualquer refeição.

– É importante para prevenir qualquer tipo de doença, não só a gripe – ressalta Silvane

 

 


BOTULISMO
Laudo só sairá na próxima terça-feira


Empresa suspende a venda da mortadela com toucinho em SC e no RSA dúvida sobre a possível contaminação de um lote de mortadela com toucinho da marca Pena Branca, fabricada dia 17 de fevereiro, deve continuar até a próxima terça-feira. É o prazo com que o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, trabalha para concluir os testes feitos com a amostra do produto enviado pela Secretaria do Estado da Saúde.

A expectativa era de que a análise ficasse pronta ainda hoje. Mas o secretário da Saúde, Dalmo Claro, disse que a divulgação do resultado foi adiada porque o laboratório precisa avançar em alguns procedimentos.

– Eles ainda atuam na fase de inoculação. São aqueles testes com ratinhos – explicou.

Enquanto não há resposta, a Pena Branca decidiu suspender a venda de todas as mortadelas com toucinho em SC e no RS. A medida preventiva foi confirmada ontem. Até então, apenas o lote com suspeita de contaminação havia sido recolhido. Apesar de trabalhar para retirar todo o produto do mercado, o fabricante informou em um comunicado que considera a contaminação da mortadela “pouco provável”.

A empresa analisou uma amostra do lote supostamente contaminado, mas o resultado do exame não foi divulgado. O fabricante espera a conclusão da análise feita pelo Instituto Adolfo Lutz. Segundo o comunicado da Pena Branca, a mortadela é produzida com aditivos que impedem a proliferação de toxinas se as condições de armazenamento e manipulação forem respeitadas.

A Vigilância Sanitária de Joinville começou, ontem, a fiscalização de supermercados e estabelecimentos comerciais para retirar o produto das prateleiras. A orientação é de que todo o estoque da mortadela com toucinho da marca Pena Branca com suspeita de contaminação seja retido e inutilizado. Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária e Ambiental de Joinville, Mara Lúcia Monteiro, cerca de 60 estabelecimentos foram vistoriados e apenas um deles continha unidades da mortadela com suspeita de contaminação, que foram retiradas do local. Segundo a coordenadora, as vistorias continuam até que todos os estabelecimentos recebam a visita de um fiscal da Vigilância Sanitária. A diretora da Vigilância Sanitária de Santa Catarina, Raquel Ribeiro Bittencourt, afirma que não há razão para pânico:

– A doença se manifesta de 2 horas a cinco dias após o consumo. Quem ingeriu o produto há uma semana e não apresentou sintomas, não tem razão para se preocupar – afirma.

Internados estão fora de perigo

O pedreiro Ademir Muniz Vieira, 34 anos, e a dona de casa Noeli Neusa Maia, 46, internados desde segunda-feira no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt com suspeita de botulismo, continuam em observação e sem previsão de alta. O pedreiro comeu a mortadela dividida com a dona de casa Benta Lamego, e o marido dela, que também se sentiu mal.

Noeli comprou o produto no mesmo mercado, em Araquari. Segundo o diretor técnico do hospital, Hercílio Fronza Júnior, os pacientes apresentam poucos sintomas de neurotoxidade, característico da doença, e não receberam a antitoxina botulínica.


RAQUEL RIBEIRO BITTENCOURT
Diretora da Vigilância Sanitária do Estado

"A doença se manifesta de 2 horas a cinco dias após o consumo. Quem ingeriu o produto há uma semana e não apresentou sintomas, não tem razão para se preocupar."

 

 BOTULISMO
Suspeita em Massaranduba

Sob uma forte chuva, familiares e amigos acompanharam o sepultamento da dona de casa Terezinha Alves da Costa Hack, 56 anos, na localidade de Linha Telegráfica, em Massaranduba, ontem. As causas da morte dela, ocorrida nesta quarta-feira, no Hospital São José, em Joinville, estão sendo investigadas, mas a hipótese dela ter sido vítima de botulismo não está descartada. Isto porque, momentos antes de passar mal, Terezinha teria consumido mortadela, a exemplo dos outros casos. Porém, o produto pertencia à marca Excelsior, que não registrou casos de contaminação. Apesar do laudo da morte ficar pronto somente daqui a 30 dias, a família da dona de casa não acredita que o botulismo tenha sido a causa da morte.

– Há 21 anos minha tia lutava contra a leucemia e, por conta disso, tinha a saúde frágil – diz a sobrinha Magda Barbosa, 27 anos

Apesar dos argumentos dos familiares, ao serem informados do caso pela Gerência Regional de Saúde e Vigilância Sanitária do Estado, técnicos da Vigilância Sanitária do município recolheram a mortadela e uma lata de extrato tomate que estavam na geladeira da casa de Terezinha. Os alimentos foram encaminhados para o Laboratório Central de Santa Catarina (Lacen) de Florianópolis. O resultado deverá ser divulgado em até 30 dias. A secretária de Saúde da cidade, Suzane Reinke, acredita que a morte não esteja relacionada com a contaminação.

– Como ela havia comido uma mortadela e depois passado mal, existe a possibilidade desse caso estar relacionado com o alimento. Mas a paciente já tinha um histórico de saúde frágil – observou a secretária

 


HOSPITAL OASE
Sobreaviso médico é reativado

O problema do sobreaviso médico no Hospital Oase, de Timbó, foi resolvido ontem, depois que a prefeitura e a direção da entidade de saúde assinaram um convênio para o reajuste dos valores a serem pagos aos médicos.

Com o sobreaviso, a população terá atendimento de urgência e emergência 24 horas por dia. Os outros serviços continuam iguais.

A retomada do sobreaviso em Timbó é mais um passo na tentativa de solucionar a crise financeira que atinge o Hospital Oase. Em 3 de março, uma comitiva com representantes da região e do hospital esteve reunida em Florianópolis com o secretário de Estado da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, na tentativa de abrir um canal de conversações com o Estado para tratar da situação do hospital.

A partir de segunda-feira, quando precisarem do serviço, os timboenses devem dar entrada no pronto atendimento do município (Semur), que irá encaminhar para o hospital, caso seja necessário, onde o paciente será atendido pelo médico do sobreaviso. Até domingo, ao invés do Hospital Oase, os pacientes serão encaminhados para o Hospital Beatriz Ramos, em Indaial, onde o serviço está sendo prestado desde janeiro.

 Timbó

 

 

Serviço

 Fórum - O Conselho Regional de Medicina do Estado de Santa Catarina (Cremesc) realizará, hoje e amanhã, o 4º Fórum de Ética Médica do Cremesc. O fórum será realizado no centro de eventos da Associação Catarinense de Medicina, em Florianópolis. Inscrições: forumdeetica@cremesc.org.br.

 


NOTA
Vacina da gripe será tripla

BRASÍLIA - Para o outono que começa dia 20, o Ministério da Saúde anuncia mudanças para o combate a epidemias de gripe. Este ano, uma única vacina vai imunizar grupos de risco contra três tipos de vírus: a gripe comum (influenza), a gripe A (H1N1) e uma variação do vírus da gripe A, chamado H3N2. Outra novidade é que apenas bebês, gestantes e idosos serão vacinados. A campanha contra a gripe será de 25 de abril a 13 de maio.

 


NOTA
Outra suspeita de botulismo

MASSARANDUBA - Uma segunda morte por suspeita de botulismo está sendo investigada no Norte de Santa Catarina. Terezinha Alves Rack, 56 anos, foi enterrada ontem, em Massaranduba. O primeiro caso suspeito foi registrado segunda-feira, em Joinville. O Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, deve concluir até terça-feira que vem os testes em um lote de mortadela da marca Pena Branca, que tem suspeita de contaminação e teria sido consumida pelas vítimas.

 

 

Twitter

Durante a exposição ontem na RIC Record o secretário da Saúde, Dalmo de Oliveira, que integrou a equipe do governador Raimundo Colombo na visita ao Grupo, destacou que ao saber do episódio de suspeita de botulismo no Norte do Estado, que matou uma pessoa, usou o microblog alertando os catarinenses para que evitassem a compra de mortadela de uma determina empresa até que se encerrassem as investigações. Teve retorno imediato de seguidores e da imprensa permitindo proteger de certa forma a população. Infelizmente mais uma morte foi registrada.