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MEDICAMENTOS
Sem selo de autenticidade

Pressionada por empresas farmacêuticas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu indefinidamente a exigência de colocar selos nos medicamentos para atestar a autenticidade dos produtos.

A medida havia sido anunciada no ano passado com o objetivo de cumprir uma lei que determina que o governo deve instituir, até 2012, algum sistema de rastreabilidade para coibir a falsificação e o contrabando.

A tecnologia era um selo a ser fabricado pela Casa da Moeda. Ele teria um código único para cada embalagem, que armazenaria dados como número, lote e prazo de validade do produto. Cada farmácia e drogaria teria um equipamento para a leitura deste código.

O mecanismo seria implantado gradualmente até estar em todos os produtos, a partir de janeiro de 2012. Após a divulgação da medida, as associações de laboratórios farmacêuticos classificaram a decisão da Anvisa como “equivocada’’ por aumentar o preço dos medicamentos ao consumidor em até 23,1%. O grupo defendia o uso de um código de barras impresso diretamente na embalagem.

A Anvisa garantiu que aumento seria de até 2,58%. No entanto, a agência mudou de posição, revogou a norma e disse que um grupo de trabalho iria avaliar outras alternativas para a rastreabilidade, com uma nova decisão em até 60 dias. A medida foi recomendada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.

 

 

 

Mistura de cal e cloro ajuda no combate à dengue em canteiros de obras

Brasília - Uma combinação considerada simples e de baixo custo – cal e cloro – está ajudando a combater os focos do mosquito Aedes aegypti em Manaus (AM). De acordo com o pesquisador e responsável pelo Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – do Ministério da Ciência e Tecnologia (Inpa), Vanderli Tadei, a fórmula pode ser aplicada em água parada pelos próprios funcionários das construtoras.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele explicou que a fórmula utilizada atualmente para o combate à dengue é falha, uma vez que se mantém a mesma desde 1998, quando foi registrada a primeira epidemia da doença em Manaus. O mosquito, segundo o professor, desenvolveu resistência ao produto.

“Agora, temos uma fórmula que os construtores podem utilizar, de rápida aplicação, sendo que uma pessoa é suficiente para fazer esse monitoramento, desde que treinada”, disse. “Com a dengue, não temos muito o que fazer. O controle está centrado no vetor”, completou.

Segundo Tadei, na próxima semana a mistura será apresentada aos construtores locais por meio da distribuição de folders que contêm um passo a passo para a aplicação. Ele explicou que a quantidade de água parada em canteiros de obras é alta em razão da necessidade de checar, em diversos momentos, a existência de infiltração.

A combinação de cal e cloro é considerada também ambientalmente correta, uma vez que é biodegradável e pode ser manuseada por adultos. “O importante para o construtor é que, fazendo esse tratamento, ele não vai ter casos de dengue nos funcionários, que ficam afastados por no mínimo sete dias”, concluiu.