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NA FOLIA COM CAMISINHA
Alerta à “feminização” da epidemia
Meninas e jovens de até 24 anos voltam a ser o foco da campanha de Carnaval do Ministério da Saúde pelo uso de preservativosNo Brasil, a cada oito meninos de 13 a 19 anos que são HIV positivo, 10 meninas desta faixa etária estão na mesma situação. Em alguns estados, a situação é mais grave.

Na Paraíba, por exemplo, havia quatro garotos e 15 meninas contaminados em 2009. No Rio, o registro foi de 54 garotas e 28 rapazes.

No Paraná, 20 adolescentes do sexo feminino e seis do sexo masculino. O fenômeno, que o Ministério da Saúde classifica de “feminização” da epidemia, levou o órgão a eleger meninas e jovens até 24 anos como foco da campanha de Carnaval pelo uso de preservativos, pelo segundo ano consecutivo. O Ministério da Saúde vai distribuir, no Carnaval de 2011, 84 milhões de camisinhas, 26 milhões a mais do que em 2010.

– Hoje, a proporção de mulheres infectadas pelo HIV ultrapassou a de homens justamente na faixa etária de 13 a 19 anos. A nossa preocupação é que isso pode ampliar a feminização da epidemia. E a ideia da campanha é encorajar meninas, moças e jovens a pedir, na hora H, a camisinha – afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou do lançamento da campanha na quadra da Escola de Samba Salgueiro, no Rio na sexta-feira.

A segunda etapa da campanha será para incentivar o teste de HIV, sífilis e hepatite B entre aqueles que não fizeram sexo seguro no Carnaval. O próprio ministro fez o teste rápido, cujo resultado sai em 15 minutos. O ministério vai instalar tendas em locais com maior movimentação de foliões, para que eles possam fazer os exames.

A estimativa do ministério é de que 630 mil pessoas sejam soropositivas. Dessas, 255 mil nunca fizeram o teste e desconhecem ser portadoras do vírus. Padilha reconheceu que o lançamento da campanha ocorre a uma semana do Carnaval, quando a festa já ganhou as ruas de muitas cidades, mas negou que tenha havido atraso e ressaltou que faz parte da estratégia do ministério divulgar o assunto no período mais perto do Carnaval.


Diário do leitor
Demolição

Gostaria de entender as razões pelas quais o Ministério Público Federal, somente agora, se manifesta contra a construção do complexo hospitalar SOS Cárdio, erguido às margens da rodovia SC-401, se a obra foi iniciada há vários anos. Se o local é de preservação, o embargo deveria ter sido providenciado no início da obra e não ao final, depois do dano consumado. Demolir o prédio no atual estágio seria penalizar triplamente a população. Primeiro, por ter deixado ocorrer o dano ambiental. Segundo, provocar outro dano com o acondicionamento dos entulhos e, terceiro, por privar os usuários de ter à sua disposição mais um estabelecimento de preservação à saúde.
Ronaldo Urbano
Florianópolis


Informe Político
Parlatório | Leonel Pavan

Presidente estadual do PSDB, aos poucos o ex-governador Leonel Pavan retoma o espaço na cena política estadual. Depois de passar ao largo nas indicações do partido para as secretarias centrais e estaduais e outros cargos na administração de Raimundo Colombo, retomou os contatos com o vice Eduardo Pinho Moreira, do PMDB, para tratar de negociações para alianças em 2012.

E a saúde?

Pavan – Eu participei de inaugurações, semanalmente, de obras entregues na saúde: hospitais, equipamentos de alta tecnologia, como no Hospital Regional de São Miguel do Oeste. Lá, o Estado passou para uma entidade, São Camilo, reconhecida mundialmente. Optamos pela parceria porque não tínhamos como tocar. Nós entregamos o prédio e não o funcionamento do hospital. E a entidade precisa se adaptar.


A volta da CPMF
Todos os alertas soaram no Palácio do Planalto para resolver a alardeada falta de recursos para a saúde, a partir do segundo semestre deste ano. Ato contínuo, retorna com força a possibilidade de recriação da CPMF ou imposto sobre o cheque, tido como o mais amplo e democrático dos tributos pelos seus defensores, e como a mais nefasta manifestação da ampliação da carga tributária no país pelos que abominam a ideia.

O ritmo patrolístico que se estabeleceu na base governista a partir da votação do valor do salário mínimo não assegura, por enquanto, que o imposto retorne, mesmo que maquiado de Contribuição Social da Saúde (CSS). A deputada federal Luci Choinacki (PT) explica que a bancada de seu partido ainda aguarda um encontro com o ministro Alexandre Padilha para debater o tema. Explica que os recursos são necessários, mas os petistas não decidiram como fazer.

O colega Esperidião Amin (PP), que já fazia a defesa do retorno da CPMF durante a campanha à Câmara, entende que o imposto, apesar de cumulativo, “é menos nocivo para a economia do que cobrar tributos sobre o faturamento das empresas, sobre a folha de pagamento e os seus encargos sociais”. Admite que teve gente que não votou nele por conta da manifestação. Amin acredita que poderia ser rediscutido, por exemplo, o Cofins – criado para financiar a seguridade social, o que inclui a saúde –, que incide sobre o faturamento. Uma figura anticapitalista, na opinião do deputado pepista.

Os oposicionistas fazem coro contra o retorno da medida. Um deles, em particular, o deputado federal Paulo Bornhausen (DEM), que encabeçou a luta pela extinção do imposto na campanha Xô, CPMF!, não acredita que a ideia tenha eco no Congresso, pelo menos em curto espaço de tempo. Considera que há um longo caminho até se concretizar a ressurreição do tributo e vê que o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida adotada pelo governo para compensar a perda da CPMF, já salga o bolso do contribuinte.

O senador Paulo Bauer (PSDB) declara que é contra a criação de qualquer novo imposto. E faz uma sugestão: “Por que não se aumenta o imposto sobre os cigarros e as bebidas alcoólicas ou até se regulamenta os bingos, o jogo no Brasil, com pesadas cargas tributárias e destina-se a maior parte da arrecadação à saúde?” Pelo sim, pelo não, algo está sendo urdido. A presidente Dilma Rousseff diz que não, mas o argumento de aporte para um dos setores mais nevrálgicos do setor público ganhará adeptos dentro de uma maioria esmagadora no Congresso. Só resta dizer sim.

 

CARNAVAL
NO RITMO DA FOLIA
Prepare-se para cair no samba com o guia especial que o “Anexo D” fez para você com dicas de saúde, maquiagem e customização de camisetas

“Ó abre alas que eu quero passar/Ó abre alas que eu quero passar”. A famosa marchinha de Chiquinha Gonzaga não pode faltar na festa. E boas atitudes que irão manter o corpo de pé nos dias e noites de folia também não. O segredo para entrar no clima e curtir numa boa o Carnaval está em evitar os excessos. Controlar o que comer e beber, preparar o corpo com exercícios leves antes de começar a festa e pensar na roupa, cabelo e maquiagem adequados são atitudes que vão facilitar as coisas e deixar o seu Carnaval ainda mais animado.

Com o corpo não há muito segredo. Todo mundo sabe que só fazendo exercícios regularmente é possível chegar a um condicionamento físico adequado. Mas mesmo os sedentários querem participar dos dias de folia com ânimo de sem dores pelo corpo. Será que ainda dá tempo para recuperar o tempo perdido e deixar o físico preparado para a maratona do Carnaval?

O professor de educação física Paulo Roberto Dias diz que não dá mesmo para fazer milagres e quem não pratica atividade física regularmente não vai conseguir se transformar num Hércules em menos de uma semana. Mas ele topou dar dicas para deixar o esqueleto pelo menos um pouco mais preparado para aguentar horas de samba, pagode, axé, marchinhas...

Ele começa fazendo um alerta: quem decide pular o Carnaval, corre o risco de sofrer lesões dos tendões dos pés, tornozelo, inflamações nas articulações do joelho, lesões musculares e cãibras, semelhantes às lesões do tipo over training. “O ideal é iniciar uma programação antecipada de exercícios físicos visando um condicionamento aeróbico para enfrentar a maratona de atividades”, explica Paulo.

“Caminhadas em terrenos planos com calçados adequados (tênis e meias) são ótimas. Se a caminhada for na areia, a atividade deve ser realizada com um pouco mais de cuidado. É importante caminhar perto da água (onde a faixa de areia é mais dura). O praticante deve fazer o mesmo percurso e levar o mesmo tempo da ida na volta, para evitar uma carga de exercício maior apenas de um lado do corpo. Quem prefere a areia mais ‘fofa’, onde o gasto calórico é maior, tem de ficar atento ao desgaste articular que normalmente ocorre nos joelhos”, destaca Paulo.

Agora, basta colocar uma roupa e um calçado adequados e sair para caminhar. Até sexta-feira de Carnaval dá pra ganhar um pouquinho de resistência. E, se não for aquela maravilha como preparação para o Carnaval, vai que você se encanta pela atividade. Pode ser o início de uma grande mudança de hábito na sua vida. Vale a pena tentar!

Além dos cuidados com a resistência física também é preciso cuidar para que a alimentação seja adequada para suportar tanto agito, consumo de bebida alcoólica que vai além da conta e pouco sono durante o Carnaval. Para a nutricionista Luana Martins, o grande segredo para pular com saúde é beber muita água e fazer refeições leves. “Levando em consideração o calor e a festividade em si, o ideal é evitar alimentos gordurosos como frituras e queijos. O excesso de sal também deve ser evitado”, recomenda. Assim você vai sair da festa do mesmo jeito que entrou: com a saúde em dia. “Na hora que bate aquela fome, é sempre bom ter uma fruta à mão. Assim, não se cai na tentação de comer frituras e alimentos prontos na rua.”

Agora que você já tem uma ideia de como preparar o corpo para a festa mais animada do ano, confira as dicas de de como caprichar na maquiagem, no cabelo, e como customizar aquele look especial para o dia ou para a noite.

DICAS RÁPIDAS DE ALIMENTAÇÃO
- Prefira saladas verdes, legumes, carnes grelhadas e sem gordura;
- Sanduíches naturais de frango desfiado, sem maionese são uma boa pedida;
- Frutas diversas, como banana e maçã, que são mais fáceis de carregar e consumir, podem ser carregadas na bolsa pra quando bater aquela fome;
- Outra opção de lanche rápido são as frutas secas, como o damasco;
- A bebida principal durante a folia deve ser a boa e velha água. Depois, é recomendável consumir água de coco e sucos de frutas naturais.

 

Alerta para pedir a camisinha
Campanha contra a Aids incentiva o uso do preservativo por meninas e jovens

No Brasil, a cada oito meninos de 13 a 19 anos que são HIV positivo, dez meninas dessa faixa etária estão na mesma situação. Em alguns Estados, a situação é mais grave. Na Paraíba, por exemplo, havia quatro garotos e 15 meninas contaminados em 2009. No Rio, o registro foi de 54 garotas e 28 rapazes. No Paraná, a proporção é de 20 adolescentes do sexo feminino e seis do sexo masculino.

O fenômeno, que o Ministério da Saúde classifica de “feminização” da epidemia, levou o órgão a eleger meninas e jovens até 24 anos como foco da campanha de Carnaval pelo uso de preservativos, pelo segundo ano consecutivo. “Hoje, a proporção de mulheres infectadas pelo HIV ultrapassou a de homens justamente na faixa etária de 13 a 19 anos. A nossa preocupação é que isso pode ampliar a feminização da epidemia. E a ideia da campanha é encorajar meninas, moças e jovens a pedir, na hora H, a camisinha”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele participou do lançamento da campanha na Escola de Samba Salgueiro, do Rio, na sexta-feira.

A segunda etapa da campanha será para incentivar o teste de HIV, sífilis e hepatite B entre aqueles que não fizeram sexo seguro no Carnaval. O próprio ministro fez o teste rápido, cujo resultado sai em 15 minutos.

O ministério vai instalar tendas em locais com maior movimentação de foliões, para que eles possam fazer os exames. A estimativa do ministério é de que 630 mil pessoas sejam soropositivas. Dessas, 255 mil nunca fizeram o teste e desconhecem ser portadoras do vírus.

Padilha reconheceu que o lançamento da campanha ocorre a uma semana do Carnaval, quando a festa já ganhou as ruas de muitas cidades, mas negou que tenha havido atraso e ressaltou que faz parte da estratégia do ministério divulgar o assunto no período mais próximo do Carnaval. Com o slogan “Sem Camisinha não dá”, a campanha inclui propagandas em tevê, spots de rádio e outdoors.

Um quarto dos 400 milhões de preservativos distribuídos anualmente pelo Ministério da Saúde é produzido por seringueiros de Xapuri, no Acre. A fábrica foi construída com financiamento do BNDES. De acordo com Padilha, as camisinhas produzidas com látex nacional são cinco vezes mais resistentes do que as importadas, de acordo com testes de pressão a que foram submetidas.