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CENTRINHO DE JOINVILLE
Marcus não pode esperar mais
Menino está na fila pela cirurgia corretiva adiada por impasse entre governos
O desenvolvimento de Marcus Emanuel Fagundes, de apenas um ano e cinco meses, e de outros 81 pacientes que aguardam por uma cirurgia para correção de fissura de lábio-palatal, pode ser comprometido por causa de um impasse entre a Prefeitura de Joinville e o governo estadual.

Há duas semanas, os cirurgiões do Centrinho Prefeito Luiz Gomes, no bairro Atiradores, que estão desde junho sem remuneração, decidiram não mais fazer esse tipo de cirurgia. Eles aguardam uma decisão das secretarias de saúde do Estado e do município sobre o pagamento dos salários retroativos. Enquanto isso, os pacientes esperam ansiosos pela remarcação da cirurgia. E a cada semana, mais 13 pacientes entram na fila pelo agendamento do procedimento cirúrgico, que é realizado no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. No Centrinho, são feitas as consultas, o agendamento e as sessões de fonoaudiologia.

“A cirurgia corretiva estava marcada para fevereiro, mas como houve a paralisação, foi prorrogada para março”, conta a mãe de Marcus Emanuel, Alessandra Fagundes. A preocupação dela é que a demora traga consequências irreversíveis para o pequeno Marcus Emanuel, como o prejuízo à fala, assim que ele completar o limite de um ano e meio de idade.

O problema começou porque os cirurgiões são vinculados ao município, mas realizam os procedimentos num hospital estadual e a situação precisava ser regularizada. Os médicos recebiam o salário por meio de um repasse da Secretaria de Estado para a Secretaria municipal de Saúde.

Mas o Hospital Regional avaliou que, por lei, esses profissionais só poderiam atuar mediante a assinatura de um termo de cooperação técnica entre os governos, que somente acabou firmado em janeiro deste ano.

Porém, como o pagamento do valor retroativo a janeiro permanecia pendente, os médicos cruzaram os braços. A coordenadora do Centrinho, Vivian Cavalheri, afirma que os cinco cirurgiões continuaram atendendo por meses, “praticamente como voluntários”. “Agora, resolveram pela paralisação.”

SAIBA MAIS

Fissura labial é a separação do lábio superior em duas partes, algo que atinge um em cada 550 bebês no Brasil. A má formação pode ser identificada no exame de ultrassom realizado durante o pré-natal da gestante. O Centrinho de Joinville é referência em Santa Catarina e recebe, em média, pelo menos 40 pacientes por dia, de 244 cidades. Por ser altamente especializado, é conhecido por não ter fila de espera no atendimento. O telefone para informações é (47) 3433-1800.


Promessa de solução para segunda-feira
Mas a esperança das mães das crianças, que aguardam a decisão do problema, foi renovada. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que se comprometeu a antecipar o pagamento dos salários atrasados para, posteriormente, ser ressarcida pelo governo do Estado. Com isso, a expectativa é de que o atendimento seja normalizado a partir de segunda-feira.

Por meio da sua assessoria de imprensa, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou ontem que já tomou as providências necessárias para que a Prefeitura tratasse de pagar os médicos. O governo estadual pediu ao município que descontasse a quantia devida aos profissionais do Centrinho do valor que o município repassa, mensalmente, ao hospital para cobrir serviços que deveriam ser oferecidos pela Prefeitura.

A direção do Regional confirmou que, no dia 18, o secretário estadual da Saúde, Dalmo Claro de Oliveira, entregou o ofício em mãos ao secretário municipal Tarcísio Crocomo. Segundo a direção, o pagamento dos profissionais deve continuar desta forma.

SAÚDE
CHU recebe certificado de excelência
O Centro Hospitalar Unimed (CHU) de Joinville é a primeira instituição hospitalar do Estado a conquistar a Acreditação Nível 3, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), instituição que promove a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde no País.

A conquista representa o título máximo da qualidade e atesta a maioridade do CHU, que, em dez anos, conseguiu conquistar a certificação que comprova o compromisso e envolvimento permanente com um atendimento mais humanizado e qualificado em serviços de saúde.

“Com isto, buscamos o resultado de melhoria dos processos, proporcionando cada vez mais segurança nos procedimentos médicos e, por consequência, o aperfeiçoamento contínuo. Estamos investindo sempre em educação continuada. Tudo isso em respeito à vida”, disse o presidente da Unimed e diretor-geral do CHU, Altair Carlos Pereira.

AN PAÍS
Remédio
Quem quiser receber informações sobre conveniados ao Programa Aqui Tem Farmácia Popular deve enviar uma mensagem de celular para o número 27397. É preciso informar o CEP da rua (somente os números, sem sinais gráficos).

 

ATRASO DE CINCO ANOS
Hospital da Furb poderá funcionar
Depois de cinco anos pronto e sem uso, surge uma esperança para o Hospital Regional Universitário (HRU) de Blumenau. Um acordo feito ontem entre a Fundação Universidade Regional de Blumenau (Furb) e o Fundo Nacional de Saúde, responsável pelo dinheiro usado na construção do HRU, estipulou que a universidade terá que elaborar plano de ação e cronograma de execução para dar início às atividades a partir de um Hospital Dia

O novo plano terá que oferecer procedimentos cirúrgicos e terapêuticos no atendimento de adultos e crianças, das 7h às 17h. A Pró-Reitoria de Administração da Furb e o Centro de Ciência da Saúde começaram a trabalhar nisso ontem mesmo. Mas, ainda, não foi marcada uma data para a entrega deste plano e nem ficou definido quando os atendimentos no hospital devem começar.

Em princípio, a Furb teria 90 dias para resolver o problema. Caso contrário, o Fundo entregaria à Controladoria Geral da União, o pedido de devolução do dinheiro da construção do hospital. Em novembro do ano passado, a notificação pedia ressarcimento de R$ 5 milhões (em 2000, o financiamento foi de R$ 2 milhões) porque a universidade nunca tinha usado as instalações terminadas em 2006.

Diante do acordo feito ontem, que elimina o prazo, a intenção do reitor João Natel Pollonio Machado é atender o mais rápido possível o pedido do Fundo, para evitar que o embargo a empréstimos se perpetue.

Universidade tem pressa em abrir o hospital

A pressa da universidade em abrir o hospital tem relação com a inclusão da Furb no Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), a lista de inadimplentes nacional, que impossibilita a instituição de pedir qualquer tipo de financiamento ou empréstimo ao município, ao Estado ou à União.

Se o Hospital Dia entrasse em funcionamento, a Furb cumpriria a cláusula do convênio com o Fundo Nacional de Saúde e sairia da Cadin. Assim, não teria mais que devolver os R$ 5 milhões e poderia fazer outros projetos e buscar financiamento público para manter aberta a unidade de saúde universitária.

Desde que ficou pronto, o Hospital Universitário, no Bairro Fortaleza, nunca foi usado. O projeto era de que a unidade teria Pronto Atendimento e o Hospital Dia, disponibilizando internações de até 72 horas para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com as necessidades. Depois de cinco anos, surge uma esperança para o Hospital.

SOS CÁRDIO
MPF quer demolir a obra na 401
O Ministério Público Federal (MPF) pretende cancelar as licenças e os alvarás para a construção do complexo hospitalar SOS Cárdio por entender que o terreno do Bairro Itacorubi, em Florianópolis, invade área da SC-401 e de um manguezal.

Uma ação civil pública pede a demolição e retiradas do prédio que está quase pronto. Se a Justiça acatar, os réus serão obrigados a fazer a recuperação ambiental da área, incluindo os danos que a fauna e a flora causados pelo aterramento e construção. Se os prejuízos não puderem ser revertidos haverá pagamento de multa.

A ação da procuradora da República em Santa Catarina, Analúcia Hartmann, incluiu o município de Florianópolis, a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para ela, todos são responsáveis por omissão ou por negligência.

Além disso, pede que o município e a Fatma deixem de autorizar e licenciar obras no entorno direto dos manguezais de Florianópolis, no caso específico do manguezal do Itacorubi. O MPF deseja que a União faça uma vistoria da área pública supostamente apropriada pelo empreendimento para cancelar o registro imobiliário.

A SOS Cárdio se manifestou por meio de uma nota informando que não foi comunicada da ação. Acrescentou que desde 2007 trabalha para conseguir as licenças, preencheu todos os requisitos necessários e os dados constaram numa placa colocada em frente a obra. A empresa garante que o prédio foi erguido em terreno particular.

 

HOSPITAL
Surge uma esperança
Acordo entre Furb e União estabelece plano para abrir a unidade de saúde

BLUMENAU - Depois de cinco anos pronto e sem uso, surge uma esperança para o Hospital Regional Universitário. Um acordo feito ontem entre a Furb e o Fundo Nacional de Saúde, responsável pelo dinheiro usado na construção do hospital, estipulou que a universidade terá que elaborar plano de ação e cronograma de execução para iniciar as atividades a partir de um Hospital Dia, que ofereça procedimentos cirúrgicos e terapêuticos para adultos e crianças, das 7h às 17h. A Pró-Reitoria de Administração da Furb e o Centro de Ciência da Saúde começaram a trabalhar nisso ontem. Porém, não foi marcada uma data para a entrega deste plano nem ficou definido quando os atendimentos no hospital devem começar.

Em princípio, a Furb teria 90 dias para resolver o problema. Caso contrário, o Fundo entregaria à Controladoria Geral da União o pedido de devolução do dinheiro da construção do hospital. Em novembro do ano passado, a notificação pedia ressarcimento de R$ 5 milhões (em 2000, o financiamento foi de R$ 2 milhões) porque a universidade nunca tinha usado as instalações terminadas em 2006. Porém, diante do acordo feito ontem, que elimina o prazo, a intenção do reitor João Natel Machado é atender o mais rápido possível o pedido do Fundo, para evitar que o embargo a empréstimos se perpetue.

A pressa da universidade em abrir o hospital tem relação com a inclusão da Furb no Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), a lista de inadimplentes nacional, que impossibilita a instituição de pedir qualquer tipo de financiamento ou empréstimo ao município, ao Estado ou à União. Se o Hospital Dia entrasse em funcionamento, a Furb cumpriria a cláusula do convênio com o Fundo Nacional de Saúde e sairia da Cadin. Assim, não teria mais que devolver os R$ 5 milhões ao Fundo e a universidade poderia fazer outros projetos e buscar financiamento público para manter aberta a unidade de saúde.

Desde que ficou pronto, o Hospital Universitário, na Rua Samuel Morse, Bairro Fortaleza, nunca foi usado. O projeto era para que a unidade tivesse Pronto Atendimento e o Hospital Dia, disponibilizando internações de até 72 horas para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com as necessidades diagnosticadas pela Gerência de Saúde do município. A universidade também teria planos de implantar uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e laboratório de imagens.


Hospital deveria focar em ortopedia, diz secretário
A abertura do Hospital Regional Universitário (HRU) da Furb é considerada de grande importância para Blumenau e região, pois será mais uma unidade de saúde de grande porte, com capacidade para atender várias especialidades médicas. Porém, dois pontos foram levantados para que haja mais discussão: manutenção e vocação. Para o secretário de Saúde de Blumenau, Marcelo Lanzarin, é importante ter uma nova unidade de saúde, mas o mais interessante seria que o Hospital Universitário fosse vocacionado, se tornasse referência em uma especialidade e focasse nisso. A região já tem hospitais que atendam todos os tipos de pacientes, como prevê também o atual modelo proposto pela Furb.

– Pela proximidade com a BR-470, seria importante termos um hospital público que seja referência em trauma e ortopedia. A Furb poderia pensar nessa possibilidade quando abrir – completou o secretário.

O secretário executivo da Associação dos Municípios do Médio Vale (Ammvi), José Rafael Corrêa, afirma que mais um hospital seria comemorado por todas as cidades da região. Porém, os prefeitos se preocupam com a manutenção do hospital, pois a região passa por problemas justamente neste aspecto, como o Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Gaspar.

– O maior problema é manter a unidade aberta. Se isso estiver sob controle, é muito bem-vindo um novo hospital para a região – alertou Corrêa.

 

Foliões catarinenses receberão orientações para prevenir Aids e outras doenças
Secretaria de Saúde já prepara material de conscientização para ser distribuído durante o Carnaval 2011
 
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde começa a preparar ações de prevenção às DST (doenças sexualmente transmissíveis) e à Aids durante o Carnaval 2011. Os municípios já estão recebendo os preservativos e os leques informativos, pelas gerências regionais de saúde.

A intenção é orientar os foliões quanto à utilização da camisinha durante as relações sexuais, para evitar a contaminação por doenças. O slogan da campanha desse ano é “Aids não tem cara. A doença está sempre escondida. Camisinha é a única proteção”

A secretaria está disponibilizando mais de 3,4 milhões de preservativos masculinos e 300 mil leques, que contêm informações sobre as formas de prevenção das DSTs. Durante a festa, os profissionais de saúde farão a distribuição para as pessoas nos locais de maior movimento, como bilheterias de clubes.

Além da Aids, a camisinha previne outras DSTs, como sífilis, gonorreia, hepatite, herpes, candidíase e cancro mole. “O uso correto e sistemático de preservativos em todas as relações sexuais apresenta uma efetividade na prevenção da transmissão dessas doenças. Por isso, deve ser usado inclusive por quem utiliza outros métodos contraceptivos”, explica a gerente estadual de vigilância das DSTs e HIV/Aids, Iraci Batista Silva.

Ela ressalta ainda que as pessoas devem evitar situações de risco, como abusar de drogas e bebidas alcoólicas; dar preferência para as camisinhas lubrificadas, não esquecendo de observar se elas estão dentro do prazo de validade e se apresentam a marca do Inmetro; e não reutilizar preservativos, pois eles são descartáveis.

A folia desse ano tem uma curiosidade. A data da festa vai coincidir com o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, sendo importante reforçar que Santa Catarina já conta com mais de 8.000 mulheres contaminadas pelo vírus HIV, desde o início da epidemia da aids, na década de 1980. Atualmente, a contaminação ocorre com mais frequência em heterossexuais de 30 a 49 anos.

Florianópolis, Joinville e Itajaí são os três municípios com o maior número de casos absolutos notificados de Aids no estado.


Os números da Aids em Santa Catarina (1984 /2010)

Total de casos notificados (1984 a 2010) = 24.808 casos
AIDS adulto (13 anos ou mais) = 23.887 casos
Feminino = 8.827 casos
Masculino = 15.061 casos
AIDS criança (menor de 13 anos) = 921 casos
Gestante HIV + = 4.167 casos
Municípios com notificação = 251 (85,6%)
Categoria de Exposição:
Heterossexual = 61,3%
Usuário de Droga Injetável (UDI) = 22,6%
Homossexual = 8,8%
Faixa etária = 30 a 49 anos
Razão homem/mulher (1984 a 2010) = 1,7
Incidência Aids adulto (2009) = 31,7/100.000 hab.