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Mudança
O jornalista Marco Aurélio Braga está deixando a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde de Joinville para assumir a gerência de jornalismo na Rádio Mais FM. Ainda não foi definido o substituto na assessoria da Saúde.

ATRASO
Remédios continuam em falta

Dois remédios estão há pelo menos uma semana em falta nos postos de saúde de Joinville. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o Omeprazol, recomendado para o tratamento de úlceras ou lesões estomacais causadas pela ingestão de outros medicamentos, e a metformina, usado no tratamento da diabetes, estão em falta porque o laboratório atrasou o fornecimento dos medicamentos desde dezembro para vários municípios por causa da falta de matéria-prima para a fabricação dos remédios.

Ainda segundo a secretaria, o laboratório foi acionado e informou, por carta, que a distribuição será regularizada até dia 25.

 CARTAS
Doação de sangue

Agradeço, em nome do Hemosc e de todos os receptores de sangue, à coluna “Tá Bombando”, de Gerson Junior, sobre doação de sangue. Gestos como este de divulgar positivamente é um incentivo de grande valor. Os depoimentos são a realidade já vivenciada por alguém e têm uma força muito grande.

Ozenilda de Melo Carvalho, diretora do Hemocentro Regional de Joinville

 

ENDOSCOPIA
Familiares são ouvidos mais uma vez

Dezessete testemunhas de defesa e de acusação do gastroenterologista Denis Conci Braga prestaram depoimento, ontem, na delegacia do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Joaçaba, no Meio-Oeste do Estado. Todas falaram sobre a conduta ética e profissional do médico, responsável pela clínica onde três pacientes morreram após exames de endoscopia em maio do ano passado.

Quase um ano após as mortes, o processo está em fase de instrução e pode levar até cinco anos para ser julgado. Segundo Wilmar Gerent, vice-corregedor do CRM no Estado, a ideia é dar uma resposta à sociedade ainda este ano.

O médico não compareceu aos depoimentos porque já falou ao CRM no mês de novembro. Um dos advogados de defesa de Braga acompanhou toda a audiência. As demais testemunhas ainda não haviam respondido aos questionamentos do conselho.

– Ouvimos todas as pessoas envolvidas porque é de direito das partes. Daqui para a frente, será fechada a instrução e dois relatórios serão necessários antes do julgamento – explicou Gerent.

O primeiro será de um relator. O outro deve concentrar as conclusões de um revisor e, em seguida, os documentos serão analisados por uma câmara de julgamento no CRM, em Florianópolis, composta por 11 conselheiros. O grupo terá cinco alternativas na hora do julgamento: a absolvição do médico, uma advertência confidencial, uma censura pública – onde determinadas restrições no exercício da profissão são divulgadas e impressas na carteirinha de registro do Conselho, suspensão da atividade durante 30 dias ou, a mais radical, a cassação permanente do registro.

Caso a Câmara de Julgamento decida cassar a carteira do médico, ele só será impedido de exercer a profissão depois de um segundo parecer, desta vez, do Conselho Federal de Medicina, em Brasília.

Falta de respostas preocupa os familiares das vítimas

Os sinais de demora no julgamento do médico preocupam os familiares das vítimas. Os pais da adolescente Iara Penteado, de 15 anos, que morreu 15 dias após o exame, falaram por mais de uma hora ao CRM.

O pai da jovem, Emerson Penteado, que estava com ela no dia da endoscopia, disse não acreditar nas promessas de rapidez na sindicância que apura a responsabilidade do médico:

– Falamos sobre tudo o que ocorreu no dia do exame. Agora, é esperar por justiça.


 DIA A DIA
Curso - Estão abertas, até o dia 15 de março, as inscrições para o curso da Universidade da Vida (Univida). Desenvolvido pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Itajaí, o curso é voltado para pessoas com mais de 40 anos e foca o envelhecimento saudável. Informações: (47) 3341-7935.


 EDITORIAIS
Um gesto de salvaçãoNo ano passado, Santa Catarina perdeu para São Paulo a condição de Estado com maior número de doadores de órgãos para transplantes, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. Durante quatro anos, o Estado esteve à frente do ranking nacional de doações. Embora a queda no número de doadores não possa ser considerada expressiva de 19,8 por milhão de população (PMP), em 2009, para 17,7 em 2010 , é importante perquirir as suas causas e desenvolver ações que sejam capazes de corrigi-las.

Algumas são evidentes, como a diminuição dos cursos de capacitação aos profissionais necessários a esta especialidade e também a falta de gratificações aos funcionários envolvidos com a captação de órgãos. Equipes qualificadas, bem treinadas e incentivadas inspiram confiança às famílias dos doadores. Foram investimentos públicos desse tipo que levaram São Paulo a 12 doadores PMP, em 2008, para 21,2 no ano passado.

A doação de órgãos para transplante é um gesto de salvação. É a última esperança de vida e saúde, quando todos os demais recursos da medicina foram esgotados. Entretanto, muitos preconceitos e muita desinformação ainda a cercam. Campanhas de esclarecimento e incentivo a este gesto de altruísmo e redenção também são necessárias para que Santa Catarina, cujo povo tem a generosidade como uma de suas características marcantes, retome a posição que foi perdida.

Várias iniciativas já começam a ser esboçadas neste sentido, apesar da contenção das despesas públicas. Afinal, trata-se de um empreendimento destinado a salvar vidas.

 

Sem lugar para mais pacientes no Hospital Regional de São José
As ambulâncias do Samu e Bombeiros foram orientadas para levar novos pacientes a outros hospitais até 18h de terça-feira

Na emergência multiplicavam-se os casos de pessoas que esperavam mais de dois dias por um atendimentoDesde a última sexta-feira com a emergência lotada e mais de 40 pacientes instalados nos corredores, a direção do Hospital Homero de Miranda Gomes, o Regional de São José, foi obrigada a limitar a entrada de novos pacientes. Dessa forma, o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e os Bombeiros foram comunicados para que o deslocamento ao Regional fosse evitado até às 18h desta terça-feira.

A diretora do Regional, doutora Marise Rodrigues, salienta que esse é um procedimento padrão da Secretaria de Saúde quando o atendimento fica comprometido pelo aumento da demanda.“Ontem (segunda) havia 74 pacientes na emergência e um número grande de pessoas esperando e que poderia ser atendida em postos de saúde”, relata.

Como as ambulâncias passaram a terça-feira impedidas de levar novos pacientes, os hospitais São Francisco de Assis, em Santo Amaro da Imperatriz, e Santa Teresa, em São Pedro de Alcântara, estão recebendo os casos mais urgentes.

Outra tentativa de desafogar os atendimentos do Regional foi transferir alguns casos específicos para os hospitais da Grande Florianópolis. “Tivemos o envolvimento de todos os setores da secretaria e de outros hospitais para amenizar o atendimento no Regional”, completou a doutora Marise.

No total, foram transferidos 17 pacientes e no final da tarde, segundo a direção do Regional, a situação estava menos complicada.De acordo com informações do SindSaúde Sindicato dos Trabalhadores da Saúde), cerca de 60 pacientes estavam nos corredores. E para atender a esses casos, estariam de plantão apenas três técnicos de enfermagem. A direção do hospital contesta e disse que com o remanejamento de profissionais, 13 técnicos estavam na emergência.

Socorro aos hospitais vizinhos

Na segunda-feira, a diretora lembra que a situação no Regional tornou-se insustentável, obrigando o SindSaúde a buscar apoio ao Conselho Regional de Enfermagem (Coren). “Não há como três técnicos em enfermagem darem conta de atender da forma correta mais de 60 pacientes que estão nos corredores”, informa Simone.

Um dos fatores responsáveis pela superlotação do Regional é um velho conhecido de quem precisa dos atendimentos: faltam médicos e profissionais da saúde para atender a população. De acordo com relatórios do SindSaúde, desde 2009, o hospital tem somado um déficit de 68 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos e atendentes administrativos. “São pessoas que se aposentaram ou pediram demissão e não tiveram seus cargos preenchidos”, descreve.

Faltam atendimentos médicos básicos nas cidades

A maior fatia dos pacientes que procuram o Regional são de casos graves, entretanto, o SindSaúde pede que a população só venha até o hospital quando o quadro se agravar ou quando a situação não puder ser atendida pelos postos de saúde. Dores de cabeça, queimaduras leves, solicitação de exames, curativos simples e a troca dos curativos são atendimentos feitos em postos de saúde. “Não podemos fechar as portas de vez até normalizar todos os casos, por isso pedimos que a comunidade tenha consciência antes de vir ao hospital”, pede a diretora financeira do SindSaúde, Simone Hagemann. 

Sem prazo para atendimento

O pedreiro Levi Urbano, 39 anos, quebrou o pé há 11 dias e com dores fortes desde a tarde de segunda-feira espera por um atendimento no Regional. “Na segunda, quando chegou cinco da tarde nos avisaram que o ortopedista não atenderia mais ninguém porque ele entraria em cirurgia”, recorda. Buscando um atendimento na manhã desta terça-feira, Levi chegou às 5h da manhã e até próximo das 12h não tinha previsão de atendimento.

A provável espera de três semanas para realizar uma ressonância desanimou a família da gerente Greice Kelly de Souza, 23, moradora de Paulo Lopes. Ela sofreu um acidente de carro na tarde de segunda, dormiu no Regional, mas para saber se precisaria ou não de uma cirurgia, ela teria que ficar no hospital até conseguir o exame. “Vamos dar um jeito e pagar a ressonância, porque se eu esperar todo esse tempo, meu caso pode piorar”, descreve.

 

Agentes atuam na prevenção e no combate à dengue em Biguaçu
Foram registrados quatro focos do mosquito na cidade. No entanto, não há casos de pessoas ou mosquitos contaminados com a doença

 
Agentes municipais trabalham intensamente para evitar novos focos do mosquitoO tempo quente e chuvoso que predomina na região desde o final de semana aumenta a preocupação e o trabalho dos agentes municipais de endemias, que atuam no controle e combate à dengue. O setor de Vigilância Ambiental intensificou as atividades preventivas e educativas, feitas em pelo menos 19 localidades de Biguaçu. O objetivo principal é evitar uma epidemia de focos do mosquito transmissor da doença.

Foram detectados no município pelo menos quatro focos do mosquito Aedes Aegypti, nos bairros Praia de Baixo, Centro e Jardim Marcos Antônio, onde foram registrados dois focos. De acordo com o secretário de Saúde, Leandro de Barros, a população precisa colaborar para que a doença não apareça. “A intenção do programa de controle da dengue é conscientizar a população sobre os perigos de deixar água parada. Se não tivermos o apoio da população poderemos ter alguma pessoa com a doença”, observa.

O coordenador do programa, João Batista Soares, informa que a equipe intensificou o monitoramento nas armadilhas e os focos do mosquito. “Montamos armadilhas em locais específicos, como transportadoras e postos de combustíveis. Além disso, fizemos a monitoração num entorno de 300 metros, para garantir que o mosquito espalhe ovos”, explica. Batista destaca que uma pessoa só é contaminada com a picada de um inseto contaminado com a doença, pois ele não é o portador da dengue, mas o seu transmissor.

 

Estudo revela que obesidade em homens aumenta em 75% risco de ataque cardíaco
Aumento de doenças cardiovasculares ocorre independente de outros fatores de risco como hipertensão arterial e colesterol alto

Estudo realizado pelo Centro de Pesquisa Cardivascular da Universidade de Glasgow, na Inglaterra, revelou que a obesidade nos homens aumenta em 75% o risco de ataque cardíaco, independente de terem ou não outros fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

O estudo, que foi publicado hoje, dia 15, na Revista científica Heart acompanhou durante 15 anos 6.082 pacientes do sexo masculino que foram diagnosticados com colesterol alto, mas que não tinham histórico de doença cardíaca ou diabetes.

Durante o período do estudo, os pesquisadores observaram 214 mortes causadas por doenças cardíacas e 1.027 pacientes que sofreram ataque cardíaco e/ou acidentes vasculares que não resultaram em morte. Mesmo após a exclusão de variáveis relevantes, como idade e histórico de tabagismo, o risco de morte entre os homens obesos, com o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 39,9, era 75% superior comparado a homens não obesos.

“Muitos pacientes ficam preocupados somente com os fatores de risco, como o diabetes e a hipertensão, porém esse estudo comprova que o grande problema para a saúde do coração é a obesidade. Os fatores de risco também são complicações que merecem atenção médica, mas temos que considerar em primeiro lugar a prevenção e o tratamento da obesidade, que é responsável pelo desenvolvimento das demais doenças”, destaca o cirurgião especialista em obesidade Dr. Roberto Rizzi.

A obesidade causa a expansão do átrio esquerdo e do ventrículo esquerdo, comprometendo a função cardíaca. O átrio esquerdo é responsável por receber o sangue rico em oxigênio dos pulmões e enviá-lo para o ventrículo esquerdo, que bombeia esse sangue para o corpo. “Temos vários estudos científicos que comprovam os danos que a obesidade causa para a saúde do coração. O alargamento do átrio esquerdo aumenta o risco de arritmia cardíaca e fibrilação atrial. A alteração no ventrículo esquerdo faz com que o coração utilize mais força para conseguir bombear o sangue, podendo causar insuficiência cardíaca. Ou seja, é mais uma constatação de que o excesso de peso é bastante nocivo para o coração”, diz Dr. Rizzi.

A obesidade afeta 205 milhões de homens e 297 milhões de mulheres, ou seja, 9,8% dos homens do mundo e 13,8% das mulheres. No planeta, 1,46 bilhão de adultos registram sobrepeso.

No Brasil, o problema atinge cerca de metade dos adultos em todas as regiões do país, com destaque para o Sul (56,8% dos homens e 51,6% das mulheres) e Sudeste (52,4% dos homens e 48,5% das mulheres). “A obesidade também é o segundo maior fator de risco evitável para o câncer, ficando atrás apenas do tabagismo. A obesidade está ligada ao desenvolvimento de 29% dos casos de câncer de útero nas mulheres e 20% dos tumores de esôfago entre os homens”, alerta Rizzi.

O levantamento do IBGE revelou ainda que a população de 20 anos ou mais, o sobrepeso no sexo masculino saltou de 18,5% em 1974/1975 para 50,1% em 2008/2009. No sexo feminino, o avanço foi menos intenso, e o número saltou de 28,7% para 48% no mesmo período. “A mudança de hábito é a grande culpada por esses números alarmantes que não param de crescer. Precisamos dedicar mais recursos para a prevenção da obesidade no país, ou em pouco tempo estaremos igual aos EUA em número de obesos”, conclui Dr. Rizzi.

 

 SC já não cobra ICMS dos remédios utilizados no tratamento de câncer

Agora publicado no Diário Oficial do Estado, o decreto assinado pelo governador Raimundo Colombo passa a isentar a cobrança do ICMS sobre medicamentos usados no tratamento quimioterápico contra o câncer. O imposto foi zerado pelo decreto, o que deve beneficiar milhares de catarinenses. “Santa Catarina será um Estado referência em ações voltadas à redução do imposto em benefício do desenvolvimento econômico e social. Neste caso, a isenção vai beneficiar pacientes em um momento difícil como é o tratamento de câncer”, afirmou o governador Raimundo Colombo, nesta segunda-feira (14).

Essa economia permitida pela redução da carga tributária sobre os medicamentos oncológicos deverá ser percebida gradualmente no preço final do produto. “É um processo natural o desconto não ser instantâneo porque depende da renovação dos estoques das farmácias, mas a sociedade tem que estar atenta para que o mercado repasse o desconto dado pelo Governo para o preço final”, explica o diretor de administração tributária da secretária da Fazenda, Carlos Roberto Molin. Segundo Molin, normalmente a concorrência se encarrega de baixar o preço após a isenção. Para o Estado, a isenção deve reduzir a arrecadação de R$ 10 milhões ao ano.

A isenção vai beneficiar cerca de 20 mil pessoas no Estado e altera o artigo 1º do decreto nº 2.870, de 27 de agosto de 2001, sobre operações relativas à circulação de mercadorias. O Governo ainda estuda novas modalidades de incentivo fiscal, como em relação ao pão francês e ao feijão.