icone facebookicone twittericone instagram

NOVO HOSPITAL NA CAPITAL
Para cuidar do coração

Com inauguração prevista para o mês de abril, hospital especializado em cardiologia será mais uma opção para pacientes da Grande Florianópolis.

Um hospital de alta complexidade, voltado para pacientes conveniados, está para ser inaugurado na Capital. Trata-se do novo SOS Cárdio, que atualmente funciona no Centro de Florianópolis. A nova unidade, construída às margens da SC-401, próximo ao Cemitério São Francisco, no Itacorubi, já começa grande: equipamentos de última geração importados da Europa, capacidade para 75 leitos em 10 mil m² e um custo estimado em R$ 60 milhões.

Dentro, está tudo praticamente pronto para entrar em funcionamento. Do lado de fora, contrastando com o imponente prédio espelhado, áreas de chão batido ainda precisam ser pavimentadas pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). Ainda assim, os sócios garantem que o hospital vai estar funcionando antes de abril. O alto índice de mortes em decorrência de doenças cardíacas é a justificativa básica para o novo empreendimento especializado em cardiologia na Capital.

De acordo com dados do relatório Brasil Saúde, divulgado pelo Ministério da Saúde, doenças isquêmicas do coração são a segunda causa que mais mata os brasileiros.

– Em Santa Catarina, esse problema é grave. Estimamos que 30% das doenças que mais matam no Estado sejam do coração. Além do que, em Florianópolis, as unidades de terapia intensiva (UTI) não têm vagas suficientes. Faltam leitos, e um hospital especializado em doenças do coração é uma necessidade iminente do Estado – avalia o cardiologista Luiz Carlos Giuliano, um dos 18 sócios do novo empreendimento.

Organização para evitar deslocamento entre andares

Os seis pavimentos foram organizados para evitar deslocamentos entre os andares. No subsolo, fica toda a parte logística do hospital, como a cozinha, o almoxarifado e a sala do gerador de energia. No térreo, o atendimento às pessoas, e, no mezanino, o laboratório.

No primeiro andar ficam as UTIs e o centro cirúrgico. Ali, máquinas importadas suspendem a pelo menos meio metro do piso os equipamentos hospitalares. A opção, apesar de cara, foi considerada a mais higiênica. No segundo andar está o setor de internação, e, no último, um heliponto. Em abril, data prevista para a abertura, devem ser empregados 150 novos funcionários, além dos 220 colaboradores que já fazem parte da SOS Cárdio. Sessenta dias depois da inauguração, o hospital antigo será desativado.

Unidade de R$ 60 milhões
A nova unidade hospitalar foi idealizada em 2004 e o custo total do empreendimento alcança os R$ 60 milhões. A ideia de um hospital de alta complexidade, em uma área nobre da cidade, chamou a atenção de grupos empresariais. Os 18 sócios receberam três propostas de compra. Uma de um grupo suíço, outra de um grupo mineiro e outra da Unimed. Avaliando as propostas, decidiram ficar com o hospital.
No caso da Unimed, a proposta seria de construir um hospital geral e não especializado. Em nota, a empresa comunica que a desistência da negociação partiu da SOS Cárdio e que há tentativas de viabilizar outro hospital. Ontem, por meio da assessoria de imprensa, a Unimed anunciou uma pareceria com o Hospital Baía Sul para a ativação de novos leitos e centros cirúrgicos. O contrato deve ser assinado na semana que vem.

 

POLÊMICA EM HOSPITAL
Ambulância transporta repolhos

A administradora do Hospital Municipal Santo Antônio, em Itaiópolis, no Planalto Norte, Maria Salete Lewandowski, foi exonerada ontem do cargo. O motivo é inusitado: repolhos usados na alimentação de pacientes foram transportados dentro de uma ambulância. O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Malat, considerou o caso inadmissível. Ela deixa a direção do hospital, mas permanece como funcionária da Secretaria de Saúde por ser concursada.

O que gerou indignação foi o fato de os repolhos estarem no chão, sem qualquer embalagem de proteção, em meio a macas e equipamentos, no espaço onde ficam os doentes. A preocupação é com o grande risco de contaminação.

O hospital já havia sido alvo de outra polêmica no ano passado. Em dezembro, um jardineiro da unidade foi flagrado aplicando exames de eletrocardiograma em pacientes.

 

Diário do Leitor
Governador
Colombo está vendo o reflexo caótico deixado pelo ex-governador Luiz Henrique da Silveira? Na segurança nem se fala, a saúde piorou em muito e na educação chegou ao extremo do descaso. Agora pergunto: se todo esse povo brigasse pelos direitos dos seus filhos na educação, na segurança e na saúde, assim como brigam pelos seus clubes de futebol, este país não seria uma potência mundial? Acordem, pais e mães, antes que seja tarde.

Jorge Luiz Goerck, por e-mail

PORTAL

Os remédios de graça
Muitos dos medicamentos a serem distribuídos de graça pelo governo federal para hipertensos e diabéticos já são entregues gratuitamente em Joinville na rede municipal. Na lista, estão o captopril, insulinas e a losartana, por exemplo. Mas volta e meia falta, há atraso na entrega ou na compra, falta de matéria-prima. Mas como o governo federal vai comprar tudo, a Secretaria de Saúde de Joinville terá um alívio no caixa e poderá gastar mais com outros remédios.

 

Nas farmácias
Os medicamentos já podiam (e ainda podem) ser comprados nas farmácias conveniadas (modalidade de farmácia popular) com subsídio de 90%. Agora, serão de graça, assim como nos postos de saúde da rede pública. Ainda estão correndo os prazos para que os remédios gratuitos cheguem até as farmácias.

 

ITAIÓPOLIS
Em vez de pacientes, repolhos

Transporte de verduras era feito em ambulância usada por hospitalA administradora do Hospital Municipal Santo Antônio, em Itaiópolis, no Planalto Norte, Maria Salete Lewandowski, foi exonerada ontem do cargo, após uma denúncia de que repolhos usados na alimentação de pacientes da unidade eram transportados dentro de uma ambulância que presta serviços à unidade de saúde.

O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Malat, considerou o transporte dos alimentos dentro da ambulância inadmissível e exonerou a administradora do hospital. Ela deixa a direção da unidade, mas permanece como funcionária da Secretaria Municipal de Saúde, por ser concursada.

Também gerou indignação o fato dos repolhos estarem no chão da ambulância, sem proteção de embalagens, em meio a macas e equipamentos do espaço onde ficam os doentes. A preocupação era com algum risco de contaminação das verduras.

Segundo o secretário, os repolhos eram doação de pequenos agricultores da cidade. O correto, de acordo com ele, é que os doadores levassem os alimentos até o hospital e não que um veículo da secretaria, ainda mais uma ambulância, buscasse as verduras. Segundo ele, a alimentação do hospital é fornecida por empresa autorizada e transportada em veículos adequados, segundo a secretaria.

 

Leptospirose
Jaraguá tem 84 casos suspeitos

Resultado de exame de seis pessoas deu positivo e sete estão internadasA Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul monitora 84 casos suspeitos de leptospirose. Seis casos foram confirmados e sete pessoas estão internadas nos hospitais com suspeita da doença. Segundo o gerente da Vigilância Sanitária, Walter Clavera, seis casos ainda não-confirmados têm relação com as últimas enxurradas.

Os pacientes hospitalizados – quatro homens e duas mulheres – têm entre 15 e 35 anos. Sete pessoas estão internadas com suspeita e aguardam resultado dos exames. Os pacientes que foram confirmados com a doença estão em casa e passam bem. Clavera informou que eles foram tratados antes de ser diagnosticada a doença. “É importante frisar que não se aguarda o resultado do exame para começar o tratamento, por isso que eles passam bem”, ressalta o gerente.

Somente ontem, foram feitas 20 coletas de sangue pela Unidade Sanitária Central, no posto da Reinoldo Rau, para o diagnóstico da doença. Segundo o secretário da Saúde Francisco Airton Garcia, as pessoas com suspeita da doença começam a ser tratadas imediatamente, com os medicamentos específicos para combater a bactéria leptospira, mas a coleta para a confirmação da doença só deve ser realizada sete dias após o aparecimento dos sintomas, como febre alta, dores no corpo e dor de cabeça.

A Secretaria da Saúde disponibiliza há três fins de semana seguidos, além do horário normal nos dias de semana, o Pronto Atendimento Médico Ambulatorial do Centro (Pama 1) para receber as famílias atingidas pelas enchentes. Somente no Pama 1, desde o dia 22 de janeiro até ontem, 26 casos suspeitos da doença já foram diagnosticados.

Em 2010, Jaraguá do Sul contabilizou 84 suspeitas. Neste ano, de janeiro a 7 de fevereiro, já atingiu o mesmo número e isto deixa a Secretaria de Saúde em alerta.

 

 

Mochilas- O peso nas costas dos estudantes

Fevereiro é o mês da volta às aulas. Materiais escolares novos, cadernos bonitos, a saudade dos colegas e as inúmeras histórias de férias para contar. Porém, geralmente um problema passa despercebido: o peso das mochilas com tantos objetos para carregar.

Com o tempo, as consequências aparecem. O excesso de peso em mochilas afeta a coluna vertebral, provoca dores nas costas e induz a má postura e agravamento dos desvios da coluna, que podem ser do tipo cifose, lordose ou escoliose. O alerta é do médico ortopedista e traumatologista Joaquim Reichmann, diretor da Clínica Reichmann, de Chapecó, especializada em ortopedia e traumatologia, videoartroscopia de ombro, joelho e quadril.

Muitas vezes, as crianças nem percebem o enorme esforço para carregar mochilas tão pesadas. Cabe aos pais orientar os filhos e fornecer mochilas com rodinhas, sempre que possível. “A responsabilidade não é apenas da família, mas também da escola”, acrescenta Reichmann. As escolas também devem disponibilizar armários, diminuir o máximo possível o peso das mochilas, criando um sistema tal que os livros pesados fiquem nas próprias salas de aula.

Reichmann assinala que a prática clínica permite constatar que 40% dos estudantes reclamam do excesso de peso e sofrem com dores nas costas e nos ombros. Explica que o peso da mochila não deve superar a 8% do peso corporal do aluno.

Alguns estudantes, principalmente crianças, colocam a mochila nas costas e passam grande parte do tempo com ela, muitas vezes até depois do turno da aula, em brincadeiras. Essa prática é prejudicial à saúde. O médico orienta que o uso da mochila deve ser no menor tempo possível. “Jamais deve-se brincar com ela, pois sobrecarrega a coluna vertebral. Além disso, a mochila deve ser usada sempre no alto das costas e não no meio ou embaixo” explica.

Os problemas causados pelo excesso não afetam somente jovens estudantes, mas adultos e idosos também podem sofrer com o uso de mochilas pesadas demais. Nesses casos, as dores e tendinites nos ombros acompanham as dores nas costas. As mochilas tipo carteiro, que os estudantes usam somente num lado do ombro, são mais prejudiciais ainda, pois desequilibram a musculatura de um lado do corpo em relação ao outro.

A solução desse problema passa por várias providências: diminuir o peso dentro da mochila, ginástica especializada para corrigir má postura, mochilas com rodinhas, armários escolares para colocar materiais volumosos e pesados, etc.

 

Economia
Para manter o coração em dia
Medicina. SOS Cárdio recebe novos sócios e viabiliza final da obra de novo hospital

O maior empreendimento na área de cardiologia em Santa Catarina estará pronto nas próximas semanas. A viabilização da obra de construção da sede própria da SOS Cárdio só foi possível porque os 18 empresários que formam a sociedade definiram pela entrada de quatro novos médicos, que possuem agora 50% do empreendimento.
"Optamos por uma solução caseira", resume o cardiologista Luiz Carlos Giuliano, 50 anos, diretor geral da SOS Cárdio, ao comentar a entrada dos quatro novos sócios, também cardiologistas com atuação em Florianópolis. A entrada do grupo ainda não está ificializada, mas já foi acertada.
Todo o negócio está avaliado em R$60 milhões, incluindo terreno, o prédio, equipamentos e contratações. Com a construção das instalações próprias, a SOS Cárdio economiza pelo menos R$420 mil, consumidos anualmente com o aluguel do prédio em que está instalada atualmente.
O projeto começou a tomar forma em 2004. No entanto, só em 2007 a obra iniciou efetivamente. Quatro anos depois, o processo caminhava lentamente e foi necessário buscar uma forma de capitalizar o empreendimento.
O prédio de seis pavimentos, às margens da SC 401, no bairro João Paulo, em Florianópolis, ainda está sendo finalizado. "Estimamos que a mudança completa ocorrerá entre 30 e 45 dias", diz Giuliano.
Até lá, ainda faltam ser instalados alguns equipamentos e mobiliário, além da documentação administrativa. A última fase da transferência será a mudança da emergência, que ainda permanecerá no atual endereço por até dois meses, segundo previsão do diretor geral.

Negociações até com estrangeiros
Além da proposta de entrada de quatro novos sócios, a SOS Cárdio admite ter sido assediada pela Unimed e por outras duas empresas, uma delas suíça. Os valores ofertados não foram divulgados pela empresa.
Com o novo aporte, a configuração acionária da epmresa fica praticamente nas mãos de cinco empresários. Isso porque, além dos quatro investidores que detêm, em conjunto, 50% do investimento, outro médico aumentou sua presença na sociedade e passou a deter cerca de 30% das ações. Os demais 20% são distribuídos entre 17 cardiologistas.
A Unimed se posicionou a respeito da transação por meio de uma nota, onde explica que "diante da decisão, a Unimed dá nova velocidade à alternativa de viabilizar um hospital que preencha as suas necessidades".
O projeto da Unimed não assusta a SOS Cárdio, segundo Giuliano. "Não vemos a construção de outro hospital como um risco, porque percebemos com a nossa experiência que levará cerca de seis anos para que o projeto da Unimed seja concretizado e, até lá, o mercado  crescerá ainda mais", explica.

Meta é chegar a 3mil atendimentos/mês
A estimativa de Giuliano é de que os atendimentos dobrem de volume e alcancem cerca de três mil pacientes por mês, incluindo emergência e internações. "Nosso foco sempre foi na qualidade do serviço prestado, mas agora também oferecemos hotelaria de qualidade para nossos pacientes", ressalta o diretor.
Com a nova estrutura, o quadro de colaboradores também será ampliado. Aos atuais 220 funcionários, mais 150 pessoas devem ser contratadas pelo SOS Cárdio. Hoje, há 30 cardiologistas fixos na equipe, além de colaboradores esporádicos.