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ACELERADOR LINEAR
Primeira pausa para conserto
Atendimento contra câncer foi suspenso para a troca de peça em acessório

Os próximos dias serão de decisão para os técnicos da oncologia do Hospital Municipal São José, em Joinville. Um barulho forte que passou a aparecer assim que era ligado o aparelho de radioterapia inaugurado em dezembro levou a equipe do setor a suspender o atendimento no último domingo. O problema, segundo verificou a assistência técnica na terça-feira, está na peça de um acessório essencial para o funcionamento do acelerador linear.

O chiller é responsável por refrigerar o aparelho. Hoje, há pelo menos quatro pessoas se submetendo a sessões no acelerador, que usa a radiação para destruir e impedir o crescimento de células cancerígenas. Outros cinco esperavam agendamento. Ontem, duas pessoas que precisavam iniciar logo o tratamento foram direcionadas à bomba de cobalto, o único aparelho radioterápico da cidade até dezembro, em funcionamento há 20 anos.

A assistência técnica do fabricante do aparelho (a Siemens) e a do acessório avaliaram que o serviço poderia ser retomado, mesmo com o barulho. A opção não é tão fácil. Ao lado da radioterapia funciona o setor de quimioterapia. O barulho poderia causar desconforto às pessoas em tratamento, que precisam de repouso.

Ontem à tarde, a empresa de assistência técnica enviou à direção do hospital um e-mail em que informa a possibilidade de que a troca da bomba-d’água do chiller ocorra amanhã. A intenção era enviar a peça de São Paulo por avião, mas ela excede peso e tamanho da carga. Deve vir de caminhão mesmo. O aparelho entregue ao município em agosto está no prazo da garantia, diz a direção do hospital.

Segundo o diretor executivo Fabrício Machado, o período passou a contar a partir do fim de dezembro. Há ainda um ano de cobertura de mão de obra e de troca de peças, seguido de dois anos de mão de obra. O aparelho foi comprado em 2006 pelo Estado. Com a dificuldade em começar a obra do abrigo antirradioativo para que o aparelho funcionasse, o acelerador ficou armazenado em um almoxarifado até o fim do ano.


ACELERADOR LINEAR
Espera para continuar o tratamento

Se por acaso o conserto demorar mais que o previsto, as pessoas que já estão em tratamento contra o câncer no acelerador linear do Hospital Municipal São José poderiam ter de recomeçar o tratamento, inicialmente, na bomba de cobalto. Os pacientes já foram avisados do problema com o aparelho. O aposentado Júlio Conoradt, de 68 anos, que há dez luta contra a doença, diz que recebeu a informação ainda ontem, durante consulta no hospital.

Ele foi até lá para reforçar as marcas de tinta que apontam o local exato do corpo a receber os feixes radioativos. “Não explicaram muito, mas falaram que eu poderia ser chamado ainda nesta semana”, afirma o aposentado, que tem esperança de manter o tratamento no aparelho. Seu Júlio foi a primeira pessoa a se submeter ao acelerador linear – a primeira sessão foi no dia 10 de janeiro.

Segundo o chefe da radioterapia, médico Ricardo Polli, o ideal é que o acelerador recomece a funcionar nesta semana. O tratamento de cada pessoa tem de obedecer a prazos pré-determinados de exposição ao aparelho. O recomeço do tratamento em outra máquina, seja a bomba do São José ou o acelerador existente em hospital privado de Jaraguá do Sul, teria de partir do zero. “É outro equipamento, outro cálculo.”

 

NEGLIGÊNCIA
Denúncia investigada pelo Samu
Segundo a família, uma mulher teria morrido por falta de atendimento

 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Joinville vai investigar se houve erro no atendimento de uma aposentada em Araquari. Segundo Elenice Dutkevis, a tia dela teria morrido depois que o Samu se recusou a prestar atendimento. Elenice disse que na noite de terça-feira, havia chamado o serviço para levar a tia Luzia Kalchmann, 61 anos, ao hospital. “Ela estava com dores e o médico disse que ela tinha uma virose”, relatou. Ontem, Luzia teria voltado a ter problemas, sentindo dores no peito e com as pontas dos dades roxos, por isso Elenice chamou novamente o Samu. “Eles disseram que não viriam porque já tinham atendido ela ontem (terça-feira)”, afirmou Elenice, à equipe da RBS TV.

O gerente regional do Samu, Maurício Benetton, disse que vai abrir uma sindicância para ver o que aconteceu. “Vou conversar com os funcionários que estavam no plantão na hora e terei de ouvir a gravação do atendimento para tomar uma posição sobre o assunto”, afirmou. Segundo Benetton, a entidade deve se pronunciar hoje sobre o caso. Os responsáveis pelo Samu confirmaram que, em casos como estes, a responsabilidade pelo atendimento é mesmo do órgão.

 

 

 

 

AGORA É LEI
Violência sexual deve ser notificada

 

Desde ontem, os profissionais da área de saúde e do ensino públicos estão obrigados a notificar as secretarias municipais ou estaduais de Saúde sobre qualquer caso de violência doméstica ou sexual que atenderem ou identificarem.

A obrigatoriedade consta da Portaria nº 104 do Ministério da Saúde, publicada ontem, no Diário Oficial da União. Atualizada pela última vez em setembro de 2010, a LNC (Lista de Notificação Compulsória) é composta por doenças, agravos e eventos selecionados, e, agora, também pela violência sexual ou doméstica.

Segundo o Ministério da Saúde, a atualização da lista ocorre por causa de mudanças no perfil epidemiológico, do surgimento de novas doenças e da descoberta de novas técnicas para monitoramento das já existentes.

O presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Marcos Gutemberg Fialho da Costa, destaca que as notificações sempre incluem o nome do paciente e que a responsabilidade pela preservação da privacidade das vítimas será das secretarias de Saúde e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Ginecologista, Fialho confirma que, até hoje, os profissionais de saúde só denunciavam os casos de violência com a concordância dos pacientes, a não ser em casos envolvendo crianças e adolescentes, quando, na maioria das vezes, o Conselho Tutelar era acionado.

Para o médico, a inclusão da agressão à integridade física na lista de notificações obrigatórias é um avanço, mas o texto deverá ser claro para que não haja injustiças, e profissionais da saúde não sejam processos.

Responsável pelas delegacias da Mulher de todo o Estado de São Paulo, a delegada Márcia Salgado acredita que a notificação obrigatória vai possibilitar o acesso das autoridades responsáveis por ações de combate à violência contra a mulher a números mais realistas do problema. Mas, para ela, esses casos não tinham que ser obrigatoriamente notificados à autoridade policial:

– A lei determina que cabe à vítima ou ao seu representante legal tomar a iniciativa de comunicar a polícia.

 

 

GERAIS
Com silicone, o risco pode ser bem maior

Mulheres que usam próteses de silicone podem ter um risco maior de desenvolver um tipo raro e grave de câncer na cicatriz em volta da prótese, segundo a FDA (agência reguladora de remédios e alimentos nos EUA). Ela investiga a ligação entre implantes de solução salina e a ocorrência de linfoma que ataca o sistema imunológico. Apesar de pequenos, os riscos são significativos.

 

GERAIS
Anvisa interdita chá da Dr. Oetker

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou ontem um lote do chá de erva-doce da marca Dr. Oetker. A medida foi tomada depois de um laudo detectar a presença de pelos de roedores e de fragmentos de insetos nas amostras. A Dr. Oetker informou que toda a matéria-prima é testada e que, por isso, pediu um laudo de contraprova para a Anvisa.



ADMINISTRAÇÃO
Estado pede prorrogação de plano de saúde

O secretário da Administração Milton Martini enviou à Unimed uma notificação extrajudicial pedindo a prorrogação do contrato entre o Estado e a empresa em 12 meses. No documento, a secretaria estabelece um prazo de 24 horas para a cooperativa se manifestar. A medida visa garantir o plano de saúde dos servidores que vence na segunda-feira.

 

 

 

Doar medula óssea é muito simples


O transplante de medula é a única esperança de cura para milhares de pessoas que têm doenças no sangue como a anemia aplástica grave e principalmente para portadores de leucemias.
 
Na medula são produzidos os componentes do sangue: as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. As chances de se encontrar uma medula compatível é de uma em 100 mil, por isso é essencial haver um número elevado de voluntários cadastrados.

O Brasil é o terceiro no mundo no ranking de voluntários cadastrados, há 1,6 bilhão de pessoas, mas a mistura de raças dificulta a localização de doadores compatíveis. Até 2009, Santa Catarina possuía 11 mil cadastrados e Lages, 2711 até 2010.

Segundo a coordenadora de captação de doadores de sangue e medula óssea, do Hemosc, Carmen Ramos Muniz, são feitos em média 60 cadastros por mês na cidade. “Queremos sempre aumentar este número, pois é difícil achar um doador compatível”, comenta.

O procedimento para os possíveis doadores é simples e rápido. Primeiramente, o doador preenche um cadastro e se for confirmada a compatibilidade com algum paciente, são feitos vários exames para confirmar o bom estado de saúde do voluntário.

Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita em centro cirúrgico, sob anestesia e tem duração de aproximadamente duas horas.

“O doador é encaminhado ao receptor e tudo é custeado pelo Ministério da Saúde. O doador recebe atestado e fica um dia em observação, pois não pode sofrer nenhum tipo de penalidade no trabalho”, ressalta.

Depois de se submeter a um tratamento que ataca as células doentes e destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue.

Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras que, uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.

Para o doador, os riscos são poucos e relacionados a um procedimento que necessita de anestesia, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 15%).

Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada verifica as condições clínicas e cardiovasculares do doador, visando a orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório.
 
Quando não há um doador na família do paciente, a solução para o transplante de medula é fazer uma busca no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), e nos do exterior.
 
A técnica em enfermagem Samara do Amaral conta que apesar de já ter doado sangue, só agora se interessou na doação de medula óssea. “Acredito que as pessoas têm medo de doar, acham que vai doer, que vai tirar um pedaço da medula. O procedimento é feito por cirurgia e com anestesia. Temos que ser solidários e salvar vidas”, coloca.

 O cordão umbilical pode ajudar a salvar vidas

 Desde 2004, o Ministério da Saúde criou a Rede BrasilCord que está implantando bancos públicos de sangue de cordão umbilical e placentário em todas as regiões do país.

O sangue de cordão umbilical é outra fonte para o transplante de medula óssea. Hoje, existem onze bancos em diversas regiões do país para contemplar a diversidade genética da população.

Os bancos em funcionamento estão localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Florianópolis, Belém, Porto Alegre, Recife e Fortaleza.

  

Doe esperança de vida


Para doar medula óssea é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e ter uma boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro mais próximo de sua casa, onde será agendada uma entrevista para esclarecer dúvidas a respeito das doações e, em seguida, será feita a coleta de uma amostra de sangue (5 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).

Os dados do doador são inseridos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), e sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada.Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral e requer internação de no mínimo 24 horas.

 
Governador sanciona lei


O governador Raimundo Colombo sancionou na semana passada, a lei que estabelece a Semana Estadual de Incentivo e de Valorização dos Doadores de Sangue e de Medula Óssea. A data será comemorada anualmente, na primeira semana do mês de outubro. A lei tem por finalidade conscientizar e incentivar a sociedade das necessidades de doar sangue e medula óssea.

Serão realizadas ações educativas visando estabelecer a população quanto aos procedimentos que envolvem as doações, bem como a necessidade de manter o cadastro de doador estadual (Hemosc), e nacional (Redome), devidamente atualizado.
  

Hemosc reforça captação de doadores

A baixa quantidade de doações de sangue no Hemosc de Lages, fez com que o órgão ampliasse os dias de atendimento. Foi definido que todo o segundo sábado do mês, o Hemosc abrirá das 8h às 12 horas.

A coordenadora de captação de doadores de sangue do Hemosc, Carmen Muniz, diz que este dia foi escolhido pois é a data que o comércio lageano fica aberto até às 17 horas.

O próximo sábado a ser aberto é no dia 12 de fevereiro. “Estamos divulgando a data através de cartazes fixos nos ônibus coletivos sempre nas duas primeiras semanas do mês, além dos outros meios de comunicação. Porém a procura não atingiu nossa expectativa”, diz.

Ela afirma que em média 15 pessoas vão doar sangue aos sábados, sendo que o dobro era esperado. “Desejamos que com o tempo a demanda aumente”, completa.

 
Correia Pinto. No dia 15 de fevereiro, uma equipe do Hemosc de Lages irá a cidade para coletar doações de sangue, no posto de saúde do Centro. Na parte da manhã, a equipe receberá os interessados das 9 horas até 11h30min. E de tarde das 13h30min às 16h30min