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SUPERBACTÉRIA
Agora, casos serão notificados
Secretaria de Saúde receberá relatórios semanais dos hospitais do Estado

Mesmo sem nenhum caso confirmado de infecção pela bactéria KPC – a superbactéria –, desde segunda-feira pelo menos três dos quatro hospitais com UTI de Joinville estão seguindo normas rígidas divulgadas pela Secretaria do Estado da Saúde, por meio do Controle de Infecção nos Serviços de Saúde. A ideia é prevenir e controlar o número de pessoas infectadas. Toda segunda-feira, os números deverão ser divulgados online para a coordenação.

“Em outubro, lançamos um alerta para incentivar as notificações. Agora, teremos um controle dos números, em conjunto com o Laboratório Central (Lacen), responsável pelos exames”, explica a coordenadora de serviços de infecção hospitalar da Secretaria da Saúde, Ida Zoz. Apesar da medida, segundo ela, não há motivos para pânico ou alarde: Santa Catarina não foi ameaçada por nenhum caso grave de contaminação.

“Os casos de 2011 eram relacionados a infecção urinária, mais fácil de tratar. Não temos dados alarmantes. A maioria dos casos foi no Vale do Itajaí”, destacou. Em Blumenau, no ano passado, houve 11 infecções confirmadas. Em Joinville, de acordo com informações divulgadas pelos três hospitais (Dona Helena, Regional e Unimed), ainda não há registros de contaminação. O Hospital São José não forneceu informações.

“Desde outubro, estamos atentos. Em dezembro, lançamos um pacote de medidas preventivas. Agora, temos de aguardar as respostas dos hospitais”, explica. Na segunda-feira, data em que a nota entrou em vigor, a coordenação só recebeu notificações negativas. Isso porque os hospitais têm de se manifestar mesmo quando não há registro de casos confirmados.

No Hospital Regional Hans Dietter Schmidt, os cuidados com a superbactéria já estavam inseridos na rotina de prevenção válida para qualquer bactéria. A assessoria de imprensa afirma que desde 2010 houve apenas um caso suspeito, que foi descartado. Pacientes com suspeita de contaminação são mantidos isolados, até o retorno do exame laboratorial.

 

 

SUPERBACTÉRIA
Particulares não devem mudar rotina

Nos dois hospitais privados de Joinville, o Dona Helena e o Complexo Hospitalar Unimed, a rotina de prevenção e cuidados com a contaminação pela superbactéria não deve mudar com a publicação da nota técnica da Secretaria do Estado da Saúde. Segundo o infectologista do Hospital Dona Helena, Henrique Melo, além do controle no consumo de antibiótico, também há outras precauções incentivadas dentro do ambiente hospitalar.

“Um doente que vem de outro hospital, por exemplo, fica em quarentena até termos certeza de que não há contaminação. Também há um controle e acompanhamento na prescrição de antibióticos”, explica. De acordo com o médico, os mesmos cuidados com a KPC são válidos para qualquer outra bactéria resistente.

No Complexo Hospitalar Unimed, os cuidados são basicamente os mesmos. Segundo a enfermeira do controle de infecção hospitalar, Kenia Fujiwara, o hospital já obedecia a uma série de protocolos rígidos antes mesmo da publicação da nota. “Nós temos manuais de isolamento para pacientes com bactérias multirresistentes e também fazemos o controle do uso de antibiótico. Além disso, incentivamos o uso de álcool em gel por todas as nossas dependências”, afirma. “A única coisa que vai mudar é mesmo a notificação, o comunicado formal que faremos à secretaria”.

Nos organismos em que a bactéria resiste, as infecções mais comuns são a urinária e a pneumonia. Os sintomas são os mesmos da infecção comum, como febre e dor no local.

A transmissão, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se dá no contato entre pacientes contaminados – seja de forma direta ou por meio de terceiros (médicos ou enfermeiros) – que tenham intervenções que possam causar infecções, como sondas ou cateteres, e estejam em tratamento com antibióticos por um período prolongado.


 

 

 

 

Cupins adiam cirurgias
Cupins foram os responsáveis pelo fechamento do centro cirúrgico do Hospital São José. As portas que dão acesso ao espaço foram corroídas e, por isso, as quatro salas acabaram interditas no começo da semana – há quem alega que esteja fechado desde o dia 15 de dezembro de 2010. Com isso, cirurgias de catarata não estão sendo feitas. Procedimentos menos complexos estão sendo realizados em outros centros. Segundo a Secretaria de Saúde, as portas foram compradas, mas ainda não chegaram. Há prazo de 15 dias para a instalação.

 

 

ESTRADA
Colombo realiza amanhã seu primeiro roteiro de visitas ao Oeste do Estado, começando por São Miguel e Chapecó. Acompanhado do secretário Dalmo de Oliveira, o governador visitará os dois hospitais regionais.

 

 


Chuva atinge Florianópolis e provoca alagamento nos hospitais Infantil e Celso Ramos
Caixas de medicamentos e móveis foram comprometidos pela água

Além do congestionamento causado pelos alagamentos que tornaram as vias do Centro de Florianópolis intransitáveis e dos deslizamentos que chegaram a derrubar uma casa no bairro Vila Aparecida, na região continental, a chuva causou problemas também nos hospitais Celso Ramos e Infantil Joana de Gusmão.

Os estragos foram maiores no Hospital Infantil, onde a água invadiu a farmácia e o setor de banco de sangue, comprometendo caixas de medicamentos e móveis. No Celso Ramos apenas a garagem ficou alagada

 

 

O médico Dalmo Oliveira, secretário da Saúde, pediu tempo para levantar tudo sobre a realidade hospitalar. Está atarefado com pedidos e audiências de parlamentares, líderes e dirigentes partidários. Sugerindo ações para melhorar a saúde? Não! Indicando, sugerindo ou tentando impor nomes de afilhados para cargos comissionados.

 

 

 

Emergência deve funcionar normalmente até início de fevereiro  Lages 

Em assembleia geral realizada na noite de segunda-feira (17), entre a diretoria clínica do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP) e o Sindicato Regional dos Médicos, foi decidido que a emergência do Hospital continuará funcionando normalmente até o dia 7 de fevereiro.

O convênio entre os médicos, o município e o Governo do Estado, que garantia o repasse de verbas para manter o sobreaviso dos médicos, venceu em 31 de dezembro, mas em virtude da troca de governo o prazo havia sido estendido até esta terça-feira (18).

De acordo com o diretor clínico do HNSP, Paulo Duarte, o serviço só será mantido “por respeito à comunidade e ao Governo do Estado, considerando que o governador (Raimundo Colombo) tem boa intenção em ajudar a região”, disse, afirmando que espera a renovação do convênio entre o estado e o Hospital até a data estabelecida em assembleia.

Duarte e o presidente regional do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina, Fernando Pagliosa, afirmam estarem desapontados com a diretoria do Hospital, que teria protocolado o pedido de renovação do contrato junto à Secretaria de Desenvolvimento Regional de Lages (SDR) somente na tarde de segunda-feira (17).

“Nossa indignação é em relação ao hospital, que é o grande responsável pelo nosso pagamento. Até ontem (se referindo à segunda-feira) eles não haviam feito nada, deveriam ter tomado uma iniciativa antes”, desabafa Pagliosa.

No início da noite de segunda-feira, a Secretaria de Estado da Saúde enviou nota ao Correio Lageano, informando que a pasta “está empenhada em resolver os problemas da rede hospitalar de Santa Catarina. No entanto, não dispõe de recursos financeiros para pagamento de pró-labore de profissionais médicos que atuam em cerca de 200 hospitais prestadores de serviços ao SUS”.

Por telefone, a assessoria de imprensa do Governo do Estado informou que o governador Raimundo Colombo tem a intenção de continuar a parceria com hospitais filantrópicos, mas por enquanto está analisando separadamente a situação de cada hospital, e não tem uma posição definida sobre o HNSP.