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ACELERADOR LINEAR
Dia compensou anos de atraso
Quatro pacientes enfrentaram ontem as primeiras sessões de radioterapia

Cinco minutos foram suficientes para garantir a Júlio Conoradt, de 68 anos, a esperança de um tratamento mais efetivo no combate ao câncer. O acelerador linear do Hospital Municipal São José, equipamento que possibilita mais precisão à radioterapia, começou a funcionar ontem, quando quatro pacientes foram submetidos à primeira sessão. “Espero que isso acabe com o meu problema. Acredito que a recuperação possa ser mais rápida e os efeitos também”, disse o pintor aposentado.

O acelerador linear não garante cura, mas promete aumentar as chances de sucesso do tratamento. Para o chefe de radioterapia do hospital, Ricardo Polli, o primeiro dia de utilização cumpriu as expectativas da equipe, inicialmente formada por três especialistas. “É uma satisfação oferecer um tratamento com uma qualidade nunca antes vista na cidade. O acelerador deixa a taxa de controle da doença muito maior”, disse.

Ontem, seu Júlio fez a primeira das 20 sessões de radioterapia necessária para o tratamento de um tumor na próstata, que chegou aos ossos da bacia e da coluna. Deitado, imobilizado por moldes metálicos personalizados e ajustados ao corpo, ele participou do teste terapêutico que vai culminar na localização das áreas exatas que devem receber a radiação. A sessão foi apresentada à imprensa e ocorreu 25 dias após a inauguração do aparelho pela Prefeitura, em dezembro.

“Com o colchão imobilizador (moldes metálicos) garantimos que o paciente fique exatamente na mesma posição em cada sessão durante as quatro semanas. As imagens que captamos também permitem saber com precisão o local a ser tratado”, explicou o médico radioterapeuta.

Depois de Júlio, três pessoas passaram pelo procedimento. Julieta Nieko Nakaniura, de 54 anos, estava prestes a enfrentar a primeira sessão de radioterapia. “Já passei por muitas dificuldades no tratamento, por isso espero que o resultado agora seja melhor. Desejo também que a minha recuperação seja boa”, disse. Ela descobriu a doença em setembro e deveria começar as sessões com a bomba de cobalto – o único aparelho de radioterapia da cidade, que funciona desde 1990. A estreia do acelerador a beneficiou.

Hoje, uma nova etapa para o funcionamento do acelerador linear deve ser cumprida. A Secretaria Municipal de Saúde abrirá licitação para contratar, por menor preço, a empresa que produzirá os moldes metálicos necessários para imobilizar o paciente. A compra deverá ocorrer de forma imediata.

amanda.miranda@an.com.br

 

ACELERADOR LINEAR
Atendimento será ampliado aos poucos

A expectativa do chefe de radiologia, Ricardo Polli, é de que a partir de hoje mais pacientes comecem a ser atendidos em sessões com o acelerador linear. “Os pacientes prontos para começar a radioterapia estão sendo encaminhados para cá. Aos poucos, vamos aumentar o atendimento no acelerador e reduzir na bomba de cobalto”, disse.

A cobaltoterapia exige que o paciente fique exposto à radiação por mais tempo e provoca mais efeitos colaterais. Há cerca de 40 pessoas enfrentando as sessões. Segundo Polli, elas não podem ser transferidas para a radioterapia com o acelerador linear. “O tipo de energia é diferente. Quem começou o tratamento com a bomba de cobalto, deve continuar.”

O equipamento passará por manutenção e não será desativado com a chegada da nova tecnologia. Uma das diferenças de um tratamento para o outro são os efeitos colaterais. “Os efeitos devem ser menores do que os da bomba de cobalto, principalmente para a pele”, disse. De acordo com o médico, uma das consequências da radioterapia é a epitelite transitória, uma espécie de queimadura. “O efeito deve reduzir com o novo tratamento”.

 


SAÚDE
Novo equipamento na Maternidade Darcy Vargas

Até o fim do mês, o aparelho de videolaparoscopia – uma técnica cirúrgica feita com o auxílio de uma câmera no abdômen – vai estar funcionando na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville. O equipamento custou R$ 220 mil e chegou em dezembro na unidade.

 
SAÚDE
Arma eficaz contra o câncer de pulmão
Cuba registra primeira vacina terapêutica contra a doença. Não há efeitos colaterais

Cuba registrou a primeira vacina teraupêutica contra o câncer de pulmão, após testar sua eficácia em mais de mil pacientes sem que tenham ocorrido efeitos colaterais. A informação foi dada ontem por uma autoridade científica do país.

“Foram mais de 15 anos de pesquisas”, disse ao semanário “Trabajadores” Gisela González, chefe do projeto desta vacina – denominada Cimavax-EFG –, cujo objetivo é transformar o câncer de pulmão avançado em uma doença crônica controlável.

O registro anunciado pelos cubanos permite usar a vacina maciçamente no país, bem como nos mil pacientes aos quais foi administrada durante os testes, e “atualmente seu registro avança em outras nações”, disse a especialista envolvida no projeto.

“Uma vez que o paciente termina o tratamento com radioterapia ou quimioterapia e é considerado um paciente terminal sem alternativa terapêutica, neste momento é aplicada a vacina, que ajuda a controlar o crescimento do tumor sem toxicidade associada, e pode ser usada como um tratamento crônico que aumenta a expectativa e a qualidade de vida do paciente”, ressaltou.

A vacina “está baseada em uma proteína que todos temos: o fator de crescimento epidérmico”, acrescentou Gisela.

A especialista cubana disse também que “igualmente se avalia a forma de empregar o princípio desta vacina em outros tumores sólidos (em próstata, útero e mama, por exemplo), que podem ser alvo deste tipo de terapia”. “Existem resultados importantes, mas é preciso esperar”, concluiu.

 
SAÚDE
Canadense é a mais nova a ter tumor na mama

Uma garota canadense, hoje com quatro anos, venceu a luta contra o câncer de mama depois de se tornar a mais jovem na história a ter a doença. Curada quando tinha três anos, não apresenta mais sinais da doença. As informações são do site do jornal britânico “Daily Mail”.

“Eu sei que tive câncer em meu peito, e sei que os médicos me curaram”, disse Aleisha Hunter, de Toronto. “Sei que câncer pode fazer as pessoas irem para o céu, mas estou melhor agora”, completou a garota.

Sua mãe, Melanie, disse ter ficado chocada quando descobriu a existência do caroço. A descoberta ocorreu enquanto secava Aleisha após um banho.

 

 

DALMO CLARO, SECRETÁRIO DA SAÚDE
Pelo fim da ambulancioterapia

Desde as primeiras especulações sobre a indicação do joinvilense Dalmo Claro de Oliveira (PMDB) para a Saúde, o secretário recebeu críticas por ter seu nome vinculado à iniciativa privada (Unimed). Mas ele garante que vai trazer experiências que podem contribuir para a melhoria da saúde no Estado.

Como o senhor recebeu as primeiras críticas, por ser um nome ligado à Unimed?

Dalmo Claro de Oliveira – Foram poucas, e eu vinculo mais a interesses contrariados de pessoas que, eventualmente, queriam ocupar esse cargo. Porque o serviço público e a saúde suplementar não têm uma incomunicabilidade. O serviço público atende à população pelo SUS e a saúde suplementar complementa o serviço para quem quer comprar esse produto. Talvez um dia o serviço de saúde seja tão bom que seja desnecessário o serviço particular. Perguntei a uma pessoa por que haveria incompatibilidade de eu assumir a secretaria e a pessoa me disse: “O serviço público pode piorar para as pessoas comprarem mais planos de saúde”. Mas isso é tão primário que não tem nem como considerar. Faço um desafio: que as pessoas observem como está a saúde, hoje, e daqui a um, dois, três anos. E observem se melhorou ou piorou. Uma das primeiras coisas que vou fazer na secretaria é ampliar o número de indicadores que lá existem. Hoje, existem indicadores clássicos como mortalidade infantil, expectativa de vida da pessoas etc. Agora, temos que agregar outros, como o tempo para realizar uma cirurgia de catarata e quantas cirurgias o Estado faz por mês ou por ano.

Essa, então, será sua primeira medida?

Dalmo – Será me aprofundar no conhecimento da realidade da saúde pública no Estado de SC. Existe toda uma complexidade, por exemplo, na rede hospitalar. Temos problemas graves de distância das pessoas de onde residem para onde se presta o serviço. Além de ter dificuldade e demora para conseguir consultas, exames especializados e cirurgias, principalmente eletivas, as pessoas têm que se deslocar de distâncias muito grandes. E isso é cruel com as pessoas.

É o que se chama de ambulancioterapia.

Dalmo – Acaba sendo. Vou dar um exemplo. Estive numa cidade que fica na fronteira com a Argentina, São José do Cedro. E o prefeito e o secretário da Saúde me afirmaram que eles têm, diariamente, entre seis e oito veículos levando pacientes para tratamento em diversos pontos, inclusive fora de SC. Não tem sentido isso. E, com frequência, as ambulâncias da cidade vêm a Florianópolis. Nosso governador defende uma tese: a de tentarmos fazer com que as pessoas consigam resolver a maior parte de seus problemas de saúde a uma distância de uma hora de carro. É um belo desafio.

Sobre a ambulancioterapia e a promessa de uma unidade de saúde a cada uma hora de carro, efetivamente como isso será colocado em prática?

Dalmo – Qualificar os hospitais nas diversas regiões do Estado. Tanto na área física, com recursos, quanto na disponibilização de pessoal especializado. O Estado tem investido muito, mas não é o suficiente. Nós temos de aumentar o investimento e dar a utilização mais racional possível para esse investimento.

Uma questão que Colombo falou muito durante a campanha foi a defasagem na tabela do SUS e que o Estado precisa ajudar os hospitais. De que forma?

Dalmo – Ele precisa ajudar, mas temos, também, de buscar que o SUS remunere de maneira adequada. Por que são dois fatos importantes. Primeiro, a Constituição diz que o governo federal deve gastar 10% de seu orçamento com saúde; o estadual, 12%; e o municipal, 15%. Em SC, já conversei com vários prefeitos e eles têm gastado entre 20 e 30%. O Estado tem batido nos 12%. O governo federal não está atingindo nem a metade da sua obrigação.

O que o senhor considera como seu principal desafio?

Dalmo – Meu compromisso é dar a melhor atenção à saúde possível. Agora, existem problemas concretos que vão merecer atenção especial. Primeiro, a questão hospitalar. Temos hospitais com instalações, área física com problemas. Há hospitais com deficiência de pessoal. Mas essas coisas são complexas. Aumentar o pessoal envolve fazer concurso, aumentar a folha e, no momento, a recomendação do governador é que a gente não aumente a folha.

Mas uma das reclamações do sindicato, por exemplo, é a falta de funcionários. Alega, inclusive, que há leitos fechados por falta de pessoal.

Dalmo – Vou analisar isso e vamos ter um diagnóstico em 60 dias. Aliás, eu pediria uma compreensão da população até por um período um pouquinho maior. Saúde não é uma coisa que se faça de um dia para outro. Se resolvermos construir um hospital em algum lugar do Estado, posso afirmar que entre a decisão e a inauguração, não leve menos que cinco a sete anos. Faz a conta: depois da decisão de construir na cidade X, tem que escolher o terreno. Aí tem que comprar o terreno. Vai para a fase de planejamento e elaboração de projeto. Depois tem que ter uma licitação para a empresa que vai fazer o projeto. Leva alguns meses. Pode ter impugnações. A empresa tem alguns meses para fazer o projeto. Depois tem a licitação para a construtora. Para construir o hospital, em geral, são dois anos.

Então não é possível inaugurar um hospital em quatro anos de mandato?

Dalmo – Se tiver de fazer um hospital e outro governador ou secretário de Estado inaugurar, ele vai ser feito do mesmo jeito. Temos que fazer o que é preciso.

E sobre a promessa de construção de policlínicas. O senhor acha que é mais fácil?

Dalmo – Um pouco mais fácil. Mas ainda temos que analisar como é que ela seria colocada, o modelo de gestão. Temos que olhar objetivamente essa questão do espaço. Existe já um lugar adequado? Vale mais a pena construir? Vai fazer isso em parceria com o município?

Problemas com filas para marcação de consultas e exames. Como resolver?

Dalmo – Tem que aumentar a oferta. Mas não é tão simples assim. Temos que estar em parcerias com o Ministério da Saúde e com as secretarias municipais para atingir os objetivos.

Sobre a proposta de passar os hospitais para Organizações Sociais. O senhor já analisou?

Dalmo – Já analisei, mas vou me aprofundar mais. As notícias que nós temos das OS é que elas conseguem prestar um bom serviço com muito mais agilidade e com custos iguais ou menores que o serviço público faz. Agora é mais fácil que novas unidades de saúde serem administradas por OS do que transformar uma que hoje já tem pessoal próprio.

 

 

 

Visor

COLOMBO DISSE

O governador do Estado, Raimundo Colombo, declarou, ontem à noite, no programa Conversas Cruzadas, da TVCOM, que pretende transformar a penitenciária de Florianópolis em um hospital público. A penitenciária fica no Bairro Agronômica e está no centro de uma polêmica há pelo menos quatro anos, com a tentativa da transferência do Complexo Penitenciário. A última ação aconteceu no fim de 2010, quando Pavan, ainda como governador, anunciou que a nova estrutura seria em Palhoça.

 

Geral


COMBATE AO CÂNCER
Tratamento mais humano no Norte

Radioterapia com o acelerador linear reduz o tempo de exposição à radiação, provoca menos efeitos colaterais e é mais eficaz

Júlio Conoradt, 68 anos, começou ontem um tratamento mais eficaz no combate ao câncer. Ele foi o primeiro a ser submetido ao acelerador linear do Hospital São José, de Joinville, equipamento que leva mais precisão à radioterapia.

Quatro pacientes foram submetidos à primeira sessão.

– Espero que meu problema acabe. Acredito que a recuperação possa ser mais rápida – disse Júlio.

O chefe do Departamento de Radiologia, Ricardo Polli, explicou que o acelerador não garante a cura, mas aumenta as chances de sucesso. O primeiro dia de utilização do acelerador correspondeu às expectativas da equipe de três especialistas.

– É uma satisfação grande oferecer um tratamento com uma qualidade nunca antes vista na cidade.

Ontem, seu Júlio fez a primeira das 20 sessões de radioterapia necessárias para o tratamento de um tumor na próstata. Deitado, imobilizado por moldes metálicos, ele participou do teste terapêutico para a localização das áreas exatas que devem receber a radiação, um dos grandes diferenciais do novo tratamento.

– Com o colchão imobilizador garantimos que o paciente fique na mesma posição durante as quatro semanas. As imagens que captamos também permitem saber com precisão o local a ser tratado – explicou.

Secretaria abre licitação para comprar moldes metálicos

Depois de Júlio, outras três pessoas passaram pelo mesmo procedimento. Julieta Nieko Nakaniura, 54 anos, estava prestes a enfrentar a primeira sessão de radioterapia.

– Eu já passei por muitas dificuldades no tratamento, por isso, espero que o resultado agora seja melhor. Desejo, também, que a minha recuperação seja boa – disse.

Ela descobriu o tumor em setembro e deveria começar as sessões com a bomba de cobalto, mas a estreia do acelerador a beneficiou. Hoje, uma nova etapa para o funcionamento do acelerador linear será cumprida.

A Secretaria da Saúde vai abrir a licitação para a contratação das empresas que produzirão os moldes metálicos necessários para a imobilização do paciente. Cada um precisa de um molde específico para o seu corpo. A compra deverá ocorrer de forma imediata. MIRANDA | JoinvilleEsperança renovada
- Júlio Conoradt teve um tumor na próstata há 10 anos, que se espalhou e atingiu outras partes do corpo, como ossos da bacia e da coluna.
- A primeira sessão das 20, distribuídas em quatro semanas, foi para radiografar o ponto do tumor.
- As imagens captadas pelo aparelho servirão para garantir precisão ao tratamento. A radiação atingirá exatamente o ponto da doença.
- Por cerca de cinco minutos, Júlio ficou deitado, imobilizado por colchões metálicos, na posição que será repetida ao longo das próximas sessões.
- Um conjunto de raios laser ajuda a definir com mais precisão o ponto a ser atingido.
- Por enquanto, três profissionais atuam nas sessões, coordenados pelo chefe de Radiologia, Ricardo Polli.
- A partir de hoje, novos pacientes deverão ser atendidos no hospital

COMO A RADIAÇÃO ATACA O TUMOR
- Células cancerígenas se reproduzem com mais velocidade que as sadias, mas têm mais dificuldade para reparar lesões.
- A ação controlada da radiação gera lesões nas células cancerígenas e, assim, inibem a sua reprodução no corpo.
Passo a passo
CONSULTA
- O médico avalia o paciente e confirma se o tratamento por radioterapia é a melhor opção a ser empregada. Exames identificam o estágio da doença.
PLANEJAMENTO
- Os exames são transmitidos para um computador, e, por meio de softwares, o médico oncologista elabora a forma de ataque ao tumor, com ajuda do fisicomédico e do dosimetrista.
MOLDAGEM
- Um moldador faz um molde composto por liga metálica para proteger o paciente do excesso de radiação no tratamento.
MOLDES DE RESINA
- Também são feitos moldes de resina que oferecem conforto durante o tratamento e ajudam o paciente a se manter imóvel.
IMOBILIZADORES
- São reutilizáveis e feitos de acordo com a anatomia do paciente. Ajudam no controle da mobilidade, sempre levando em conta o conforto do doente.
TESTES
- O bloco de metal é testado no acelerador. Também são verificadas as posições de cama, braço do acelerador e dos imobilizadores. Depois dos testes, o tratamento começa.
Fontes: Secretarias Estadual e Municipal de Saúde e Ricardo Polli

amanda.miranda@diario.com.br

AMANDA


COMBATE AO CÂNCER
Atendimento será estendido


A expectativa do chefe de Radiologia Ricardo Polli é de que, a partir de hoje, mais pacientes comecem a ser atendidos em sessões com o acelerador linear.

– Todos os pacientes que estão prontos para começar a radioterapia já estão sendo encaminhados para cá. Aos poucos, vamos aumentar o atendimento no acelerador e reduzir na bomba de cobalto – disse o médico radiologista.

A bomba de cobalto deixa o paciente exposto à radiação por mais tempo e provoca mais efeitos colaterais. Há cerca de 40 pessoas enfrentando as sessões.

Mas, segundo Polli, elas não podem ser transferidas para a radioterapia com o acelerador linear.

– O tipo de energia é diferente. Quem começou o tratamento com a bomba de cobalto deve continuar – explicou o especialista.

Equipamento já é utilizado em outras quatro cidades

No Estado, há cinco aparelhos em funcionamento – dois no Cepon de Florianópolis, um em Jaraguá do Sul, um em Criciúma e um em Chapecó.Blumenau e Lages também foram beneficiados no mesmo pregão de Joinville. Em Blumenau, falta construir o abrigo para o aparelho.Em Lages, a radioterapia no Hospital Tereza Ramos foi inaugurada pelo ex-governador Leonel Pavan em dezembro, mas o acelerador ainda não foi entregue. Criciúma ganhará o segundo em breve.

 

 TRANSEXUAIS
Cirurgia de graça será feita em SP

A partir deste mês, o hospital Pérola Byington, em São Paulo, começará a realizar gratuitamente, a remoção de útero em mulheres que se sentem homens.

O procedimento passou a ser permitido pelo Conselho Federal de Medicina em setembro do ano passado. Antes, eram “experimentais’’ e feitos em hospitais universitários.

O hospital quer até quatro cirurgias/mês. Em breve, de acordo com o governo estadual de SP, os pacientes transexuais também terão a opção de remover as mamas pelo (SUS), em um hospital que ainda está em definição. As duas cirurgias, na rede particular, podem custar em torno de R$ 12 mil e R$ 20 mil.

Em São Paulo, as cirurgias são feitas pelo Hospital das Clínicas.

– Mas em número muito pequeno – afirma Maria Clara Gianna, coordenadora do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids.

 

 


UMA CONVERSA SOBRE...
Ambulancioterapia, SUS e desafios

Desde as primeiras especulações sobre a indicação de Dalmo Claro de Oliveira (PMDB) para a Saúde, o secretário recebeu críticas por ter seu nome vinculado à iniciativa privada. Mesmo depois de pedir licença da Unimed, o peemedebista ainda é alvo de desconfiança. Dalmo atribui o falatório a "interesses contrariados" de pessoas que queriam o cargo, e garante que vai trazer da iniciativa privada experiências que podem contribuir para a saúde pública.

Diário Catarinense – Como o senhor recebeu as primeiras críticas, por ser um nome ligado à Unimed?

Dalmo Claro de Oliveira – Foram poucas, e vinculo mais a interesses contrariados de pessoas que, eventualmente, queriam ocupar o cargo. Porque o serviço público e a saúde suplementar não têm uma incomunicabilidade. O serviço público atende à população pelo SUS e a saúde suplementar complementa o serviço para quem quer comprar esse produto. Talvez um dia o serviço de saúde seja tão bom que seja desnecessário o serviço particular. Perguntei a uma pessoa por que haveria incompatibilidade de assumir a secretaria e a pessoa me disse: “O serviço público pode piorar para as pessoas comprarem mais planos de saúde”. Mas isso é tão primário que não tem nem como considerar. Faço um desafio: que as pessoas observem como está a saúde, hoje, e daqui a um, dois, três anos. E observem se melhorou ou piorou. Uma das primeiras coisas que vou fazer é ampliar o número de indicadores que existem. Hoje, existem indicadores clássicos, como mortalidade infantil, expectativa de vidas das pessoas etc. Agora, temos que agregar outros, como o tempo para uma cirurgia de catarata e quantas cirurgias o Estado faz por mês ou por ano. Asseguro que vamos melhorar esses índices.

DC – Essa será sua primeira medida?

Dalmo – A minha primeira medida como secretário vai ser me aprofundar no conhecimento da realidade da saúde pública no Estado. Porque é muito amplo e complexo. Existe toda uma complexidade, por exemplo, na rede hospitalar. Temos problemas graves de distância das pessoas de onde residem para onde se presta o serviço. Além de ter dificuldade e demora para conseguir consultas, exames especializados e cirurgias, principalmente eletivas, as pessoas têm que se deslocar de distâncias muito grandes. E isso é cruel.

DC – É a tal ambulancioterapia.

Dalmo – Acaba sendo. Vou dar um exemplo. Estive numa cidade que fica na fronteira com a Argentina, São José do Cedro. E o prefeito e o secretário da Saúde afirmaram que eles têm, diariamente, entre seis e oito veículos levando pacientes para tratamento em diversos pontos, inclusive fora de Santa Catarina. Não tem sentido. E, com frequência, as ambulâncias da cidade vêm a Florianópolis. Nosso governador defendeu uma tese, durante a campanha, e assumo, de tentarmos fazer com que as pessoas consigam resolver a maior parte de seus problemas de saúde a uma distância de, no máximo, uma hora de carro. É um belo desafio e, hoje, não é essa a realidade. Mas temos que dizer, também, que o Estado, nos últimos anos, tem investido bastante em saúde. Ocorre que as necessidades na área crescem numa velocidade muito maior do que o crescimento da população ou da arrecadação do Estado. Por dois fatores principais: primeiro, a idade média da população tem aumentado muito nos últimos anos, o que é um reflexo, também, de mais qualidade de vida. Vivendo mais, as pessoas utilizam muito mais o sistema de saúde. O segundo ponto é a agregação tecnológica. A tecnologia avança muito rápido e com recursos muito caros.

DC – Sobre a ambulancioterapia e a promessa de uma unidade de saúde a uma hora de carro, efetivamente, como isso será colocado em prática?

Dalmo – Qualificando os hospitais nas diversas regiões do Estado. Tanto na área física, com recursos para que se faça o trabalho, quanto na disponibilização de pessoal especializado. O Estado tem investido muito, mas não é o suficiente. Temos que aumentar o investimento e dar a utilização mais racional possível para esse investimento. A ambulancioterapia é algo necessário, sempre vai existir. Tem procedimentos que você não vai conseguir fazer em Alfredo Wagner e vai ter que trazer para São José ou Florianópolis e vai precisar uma ambulância. Agora, as coisas simples poderiam ser feitas lá.

DC – Uma questão que o governador falou muito durante a campanha foi a defasagem na tabela do SUS e que o Estado precisa ajudar os hospitais. De que forma?

Dalmo – Ele precisa ajudar, mas temos, também, que buscar que o SUS remunere de maneira adequada. Porque são dois fatos importantes. Primeiro, a Constituição diz que o governo federal deve gastar 10% de seu orçamento com saúde, o estadual, 12% e o municipal, 15%. Em Santa Catarina, já visitei e conversei com vários prefeitos e eles têm gastado entre 20% e 30%. O Estado de Santa Catarina tem batido em 12%. Mas o governo federal, pelo que tenho notícias, não está atingindo nem a metade da sua obrigação.

DC – Então, essa ajuda a que o governador se referia seria buscar mais recursos?

Dalmo – O governador se referia a tentar repassar mais, mas temos que buscar mais recursos do governo federal. Acho que tem que haver uma repactuação da distribuição de tributos, entre os três níveis do Poder Executivo, para que seja mais justo. E os municípios e o Estado têm mais condições de identificar as necessidades da população em termos de saúde do que o governo federal, que fica muito distante. Imagina administrar de Brasília mais de 5 mil municípios. Aqui no Estado, administrar 293 já é uma tarefa extensa. Sei do desafio que me espera. Imagina lá de Brasília.

DC – O que o senhor considera como seu principal desafio?

Dalmo – Meu compromisso, que é o compromisso do governador Colombo com a sociedade catarinense, é dar a melhor atenção à saúde possível. Saúde não se resolve, entendo assim. Saúde é um processo contínuo, que se vai buscar sempre um aprimoramento. A questão é muito dinâmica. Agora, existem problemas concretos que vão merecer uma atenção especial. Primeiro, a questão hospitalar. Aí se destaca a situação difícil dos hospitais públicos ou hospitais filantrópicos que prestam serviços pelo SUS. É um desafio, em particular na Grande Florianópolis. Temos hospitais aqui com instalações com problemas, área física com problema, existem hospitais com deficiência de pessoal. Mas essas coisas são complexas. Aumentar o pessoal envolve fazer concurso público, aumentar a folha e, no momento, a recomendação do governador é que a gente não aumente a folha. Já temos aí uma complicação.

DC – Mas uma das reclamações do sindicato, por exemplo, é a falta de funcionários. Alegam, inclusive, que há leitos fechados por falta de pessoal.

Dalmo – Vou analisar isso e vamos ter um diagnóstico em 60 dias. Aliás, eu pediria uma compreensão da população catarinense até por um período um pouquinho maior. Saúde não é uma coisa que se faça de um dia para outro. Como é que você vai terminar, em uma semana, por exemplo, uma obra. Na Grande Florianópolis, vários hospitais estão em reforma. Se resolvermos construir um hospital, posso afirmar que entre decisão e inauguração não leve menos do que cinco a sete anos.

DC – Então, não é possível construir um hospital em quatro anos de mandato?

Dalmo – Entregar o hospital é muito difícil. Mas a gente não pode ter uma visão que tudo vai começar e terminar dentro de um mandato. Nem por isso vai se deixar de fazer. Se tiver que fazer um hospital e outro governador ou outro secretário de Estado inaugurar, ele vai ser feito do mesmo jeito. Nem eu nem o governador temos essa preocupação de começar e acabar no mesmo mandato. Temos que fazer o que é preciso ser feito.

DC – E sobre a promessa de construção de policlínicas. É mais fácil?

Dalmo – Um pouco mais fácil. Mas ainda temos que analisar como seria o modelo de gestão. Temos que olhar objetivamente essa questão do espaço. Existe já um lugar adequado? Vale mais a pena construir? Vai fazer isso em parceria com o município? São questões que a gente tem que estabelecer lá na frente.

DC – Vocês já têm ideia de como colocar essa proposta em prática?

Dalmo – Um objetivo não precisa ser realizado num primeiro momento. É uma meta. Se essa meta vai ser cumprida em um mandato, dois mandatos, não sei. Ninguém vai ser irresponsável de sair fazendo uma porção de coisas que, depois, não tenha condições. E tem outro aspecto a considerar. O investimento para a construção de uma policlínica é um, o custeio disso é outra coisa. Com frequência me perguntam se sou a favor da CPMF. Não sou, ninguém quer pagar mais imposto. Mas há uma ilusão de que o dinheiro que o governo arrecada daria para fazer tudo que a população precisa. Não é assim. Os recursos são limitados. Vamos tentar fazer o melhor possível com o recurso disponível.

DC – Especialmente sobre essa questão de recursos e gestão, o governador sempre disse que queria um gestor na saúde. O senhor acredita que se encaixa nesse perfil?

Dalmo – Sem falsa modéstia, sim. Primeiro, tenho conhecimento técnico, sou médico. Trabalhei em pronto-socorro de hospitais públicos, em ambulatórios de empresas, trabalhei de todas as maneiras de atuação de um profissional médico, conheço essa realidade. Sou formado há 32 anos. Segundo, tenho experiência de gestão em saúde há 18 anos. Desde agosto de 1992 estou atuando em gestão de cooperativa de saúde. Tenho experiência de gestão de pessoas também.

DC – Sobre a gestão, o senhor já fez alguma análise sobre o que está sendo feito hoje que precisaria ser mudado? Por que o governador Colombo está batendo tanto na questão da gestão?

Dalmo – Porque a gestão na área da saúde é das mais complexas que existem. Atendimento integral à população envolve atendimento ambulatorial, especialistas, além de serviços de odontologia, fisioterapia, psicologia, enfermagem. Tem as instalações hospitalares, onde você tem serviço de alimentação, de farmácia, de lixo, de manutenção, de imagem e raio X, serviço de laboratório. Gestão de saúde é muito complicado. Segundo, as demandas na Saúde são muito grandes. Por isso que se fala que tem que ter gestão.

DC – Mas tem alguma prática feita hoje que precisa ser mudada?

Dalmo – Não saberia dizer. Tenho que ter um período de análise inicial. A impressão é que as coisas têm sido bem-feitas. É que, na realidade, algumas coisas demandam tempo, algumas coisas acredito que a gente vai poder contribuir, trazer alguma experiência própria ou da iniciativa privada que vá aprimorar mais ainda. Algumas coisas vamos colher frutos nos próximos anos de ações que foram feitas no passado. E muitas coisas que vamos fazer nos próximos anos, os frutos só serão colhidos daqui a quatro, cinco, seis anos.

DC – Problemas com filas para marcação de consultas e exames. Como resolver?

Dalmo – Tem que aumentar a oferta. Mas não é tão simples assim. Aumentar aonde? Quem vai fazer? Volto a dizer: não é toda a obrigação de prestação de serviço de Saúde que é do Estado. Temos a União, Estado e municípios. Temos que estar em parcerias com o Ministério da Saúde e com as secretarias municipais para atingir os objetivos. Algumas coisas têm que ser otimizadas. Às vezes tem esperas na fila que não existem mais. O paciente já fez de outra maneira, pagou particular ou a pessoa veio a falecer. Agora, antes de se pensar em construir um novo hospital, temos que fazer funcionar toda a capacidade instalada. Por exemplo, Hospital Florianópolis no Estreito, as unidades de internação estão fechadas. Hospital Infantil Joana de Gusmão, está com a metade de leitos funcionando.

DC – O senhor analisou a ideia de passar os hospitais para organizações sociais?

Dalmo – Analisei, mas vou me aprofundar muito mais. As notícias que temos das OS é que elas conseguem prestar um bom serviço com muito mais agilidade e com custos iguais ou menores do que o serviço público faz. É interessante. Tem questionamentos de entidades, principalmente de representantes de servidores da Saúde, que não abre mais concurso. Mas pergunto: qual é o nosso objetivo, dos gestores, dos governantes, do pessoal que trabalha na área da saúde e da sociedade? É que tenhamos melhores serviços de saúde. Se, para isso, o caminho for OS, qual o problema? Por que vamos ter preconceito? O debate tem que ser público e amplo.

DC – Daqui a quatro anos, o que o senhor pretende deixar como legado?

Dalmo – Que tenha ocorrido uma melhor assistência à população. Mas não de forma subjetiva. Primeiro, indicadores clássicos de saúde. Como ficou a mortalidade infantil, a sobrevida média da população, índice de tratamento e cura de determinadas doenças. Segundo, alguns indicadores objetivos que a gente vai estabelecer de gestão. Produtividade das unidades de saúde, tempo para realizar procedimentos. Daqui a quatro anos espero ter reduzido as filas para consultas com especialistas, para exames, cirurgias eletivas. Que tenha conseguido descentralizar os serviços. Muito da sobrecarga da Capital é porque as pessoas de todo o Estado correm para cá.

RINALDI   QUEM É ELE
Dalmo Claro de Oliveira é nascido em Joinville e tem formação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Fez residência no Hospital da Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e cursou especialização em Endocrinologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).
Atuando na saúde há 32 anos, o secretário traz da iniciativa privada sua experiência em gestão. Cooperado da Unimed Joinville desde 1983, Dalmo foi diretor da instituição de 1992 a 1999. Desde então, foi presidente da Federação das Unimeds de Santa Catarina, e, a partir de 2005, assumiu a gestão da Seguros Unimed.
Em dezembro do ano passado, o médico se desincompatibilizou das funções para se dedicar à administração pública.
Apesar do perfil técnico, o fator principal que pesou na escolha de Dalmo para comandar a Secretaria da Saúde foi o respaldo do PMDB da região de Joinville à sua indicação. Em outubro de 2010 participou, pela primeira vez, de um processo eleitoral, concorrendo a uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília.

mayara.rinaldi@diario.com.br

MAYARA

Os 47,9 mil votos que ele conquistou nas urnas não foram suficientes para elegê-lo entre os 16 parlamentares da bancada federal catarinense

  

UMA CONVERSA SOBRE...
Expectativa entre as lideranças

A campanha do governador Raimundo Colombo, afirmando que a saúde será sua prioridade número um, dois e três, criou expectativas nas entidades representantes da área. Mas uma das principais propostas, de passar a administração de 11 hospitais públicos para organizações sociais (OS), é vista com ressalvas pelos profissionais.

Para o presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Genoir Simoni, se tudo que foi defendido na campanha for colocado em prática, a saúde no Estado deve dar um salto de qualidade. Ele elogiou a escolha de um médico para assumir a pasta, mas destaca a importância de garantir recursos:

– Para cumprir, efetivamente, as promessas é necessário que haja investimentos e valorização dos servidores. É preciso equipar nossos hospitais e abrir os leitos que estão fechados.

Simoni vê com preocupação a ideia de passar hospitais para OS. Segundo ele, ainda não é possível afirmar que a medida resolveria os problemas da saúde e é necessário fazer um estudo mais aprofundado.

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (SindSaúde) também não apoia a ideia:

– Não adianta entregar para a iniciativa privada e para organizações sociais. Esperamos que o governo tenha boa vontade para resolver os problemas e cumpra as promessas de campanha, solucionando a questão das filas, a ambulancioterapia e a falta de funcionários – diz a presidente do sindicato, Edileuza Fortuna.

Na avaliação do presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina, Tércio Kasten, a escolha de um médico sinaliza que a gestão da saúde poderá ser mais técnica do que política.

– Em função da experiência da iniciativa privada, o novo secretário deve mostrar uma visão mais técnica e administrativa.

Kasten destaca o problema de financiamento, especialmente pela falta de investimentos da União, que acaba deixando o ônus para estados e municípios.

 

 

 

SAÚDE
Ambulatórios estão sem vacinas

 

BLUMENAU - Segunda-feira, 14h. O sol de 34 C e o suor escorrendo pelo rosto não impedem que Aline Borges de Amorim cumpra o dever de mãe: levar a filha, de sete meses, para tomar vacinas. Com a criança apenas de fralda, deitada no carrinho, ela procura o posto de saúde mais perto de casa, o Ambulatório Geral Dr. Diogo Vergara, no Badenfurt. Ao chegar, porém, uma surpresa: uma placa colada na porta principal da unidade de saúde informa que não haverá vacinação até fevereiro e orienta a população a recorrer a outros postos.

– Estou buscando vacinas aqui desde outubro e não têm. Agora chego aqui e encontro essa placa?! É um absurdo. Não tenho como ficar indo para outro posto, andando com o bebê nesse calor pra lá e pra cá, perdendo horas de trabalho – reclama Aline.

O secretário de Saúde, Marcelo Lanzarin, explica que o único funcionário habilitado a aplicar vacina está em férias. Ele alerta que o problema é generalizado na cidade. Os vacinadores têm que passar por uma capacitação, oferecida pela Secretaria Estadual de Saúde.

– No último curso, ano passado, tivemos seis vagas. É pouco. O ideal seria que todos os profissionais que atuam nos postos fizessem esse curso. Hoje tem um ou dois vacinadores por posto. Aí, quando há aposentadorias ou pedidos de licença, a situação complica. Se a gente faz remanejamento, transfere o problema – lamenta Lanzarin

Quem recorre ao posto de saúde Armando Odebrecht, na Itoupavazinha, encontra mais problemas. A sala de vacinação está fechada desde quinta-feira por conta de uma alteração na rede elétrica, o que obrigou o desligamento da geladeira onde ficam as vacinas. A imunização só deve voltar a ser oferecida amanhã. A enfermeira supervisora dos postos de saúde na região do Badenfurt, Cleusa Pandini, diz que o trabalho já foi finalizado, mas é necessário fazer testes por 48 horas. Só depois a geladeira será religada.

priscila.sell@santa.com.br

PRISCILA SELL
 
CONTRAPONTO 
O que diz a gerente de Saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Blumenau, Edite Adriano: 
– A falta de vacinadores é uma falha de gerenciamento. 
Edite diz que, se o município quiser, pode solicitar mais de uma capacitação por ano. O pedido é agendado e o Estado manda um monitor de Florianópolis para dar o curso. Cada capacitação tem limite de 15 participantes. 
POSTOS NA REGIÃO NORTE 
- ESF Gilson Piva I: Rua das Cravinas, lote 12 
- ESF Gilson Piva II: Rua Frederico Jensen, 988 
- ESF Tereza Lescowitz: Rua Frederico Jensen, 4.714 
- ESF Geraldo Schmidt Sobrinho I e II: Rua Frei Henrique Coimbra, 137 
Fonte: a lista de todos os postos de saúde de lumenau está em
www.blumenau.sc.gov.br 
 

 

 

Reforço para o tratamento de câncer em Joinville
Acelerador linear, um dos aparelhos mais modernos para o combate a tumores, começa a funcionar no Hospital São José
Joyce Reinert

Moderno. Acelerador linear já está em operação em Joinville
A esperança da cura e a expectativa de sofrer menos efeitos colaterais no tratamento para controlar um tumor na próstata descoberto há cerca de dez anos e que atingiu os ossos da bacia e a coluna acompanharam o aposentado Júlio Antônio Conoradt, 68 anos completados no domingo, na manhã desta segunda-feira (10), no momento em que ele viu pela primeira vez na vida o acelerador linear inaugurado no mês de dezembro no Hospital Municipal São José.

O equipamento é o que há de mais moderno no tratamento com radioatividade contra o câncer. E Júlio é o primeiro paciente a ser submetido ao tratamento no aparelho que era esperado há quase 20 anos. A manhã desta segunda-feira foi dedicada aos ajustes entre máquina e os três primeiros pacientes. Júlio ficou deitado imóvel enquanto os técnicos faziam exames para mapear as áreas de tratamento a serem efetivamente radiadas.