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REMÉDIOS
É preciso ter cautela

Seja para manter a energia durante as atividades ou para ganhar massa muscular, os suplementos alimentares sempre foram um grande aliado dos atletas na busca por uma performance cada vez melhor. Essas substâncias, à base de proteínas, aminoácidos e açúcares, caíram no gosto dos esportistas, ganharam cada vez mais adeptos, saíram das academias e ocuparam espaço até nos consultórios médicos. A Vigilância Sanitária, porém, mesmo tendo flexibilizado algumas das normas que regem o consumo dos suplementos, decidiu pedir mudanças na forma de publicidade dos produtos e alertar para excessos no uso. Há relatos que vão de problemas intestinais até malefícios renais e hepáticos decorrentes do abuso das substâncias.

Segundo o nutricionista especialista em alimentação esportiva, Vitor Hugo Correia, antes de procurar uma loja especializada, os pacientes devem pedir ajuda de um profissional da nutrição – médicos nutrólogos ou nutricionistas – para determinar que tipo de suplemento deve ser consumido.

Ele alerta que, ao se introduzir uma substância não natural no corpo, sem a devida orientação, os resultados podem ser bastante negativos. “Os efeitos negativos incluem problemas de fígado e rins e aumento de peso. Isso acontece, em geral, porque o corpo precisa trabalhar mais para metabolizar os suplementos.

Para a psicóloga Ana Paula Pongelupe, o uso de suplementos alimentares pode esconder outro problema. “O consumo errado desses produtos pode mostrar uma excessiva busca pelo chamado ‘corpo perfeito’. Além de prejudicar a saúde, abusar de suplementos pode ser um sintoma de uma excessiva preocupação com a aparência”, afirma.

O nutricionista Vitor Hugo Correia lembra, no entanto, que quando consumidos corretamente os suplementos são extremamente úteis.

“Sem eles, é bem mais difícil trabalhar o corpo ou manter a energia em atividades mais intensas. Mesmo pessoas que não são esportistas, mas que vêm de situações em que permaneceram muito tempo paradas, como internações hospitalares, podem utilizar os produtos para recuperar a massa muscular”, afirma.

O educador físico Renan Reis, 26 anos, demorou a descobrir o potencial da suplementação alimentar. Ele assegura que, quando começou a pesquisar melhor o uso de suplementos, muitos mitos caíram por terra. “Nos últimos anos, a visão do que é suplementação mudou. Antes, as pessoas passavam em frente a uma loja de suplementos e olhavam com preconceito, achavam que era ‘bomba’”, diz.

Parte dessa mudança ocorreu graças às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que modificou a maneira com que esses produtos são apresentados ao mercado.

Indicações
Confira em que situações deve ser utilizada a suplementação:

Ganho de massa

Para o aumento da musculatura, é preciso que, além de exercícios, haja uma maior oferta de proteínas. Os suplementos complementam o efeito de alimentos como carnes e peixes.

Perda de peso

Ao se consumir determinados alimentos, ingere-se gordura em excesso. Assim, pessoas que devem emagrecer sem abrir mão de componentes da alimentação como as proteínas recorrem à suplementação – que também ajuda na produção de substâncias que queimam calorias.

Recuperação do organismo

Quando um paciente fica muito tempo internado, ou em cadeira de rodas, por exemplo, pode haver perda sensível de massa muscular. Assim, a suplementação ajuda na recuperação rápida, de maneira saudável.

Substituição de alimentos

Por razões médicas, um paciente pode ser impedido de comer certos alimentos, como carne. Assim, os suplementos, que têm uma digestão e uma concentração muito maiores que os alimentos naturais, podem ajudar.

Manutenção

Durante atividades físicas, é exigido do organismo um esforço maior do que o normal. Assim, a suplementação pode ajudar na manutenção do organismo em momentos de atividade intensa.


 

 

 

QUATRO CASOS DE AIDS POR SEMANA

A Aids não recua em Joinville. De janeiro até agora, foram registrados 183 casos, uma média superior a quatro por semana. No ano passado, foram 195 casos de contaminação pelo HIV na cidade. Mas como ainda restam dois meses neste ano, há a possibilidade de o número de 2009 ser ultrapassado. Dos 183 registros, 120 envolvem homens. Embora casos de Aids sejam registrados em Joinville desde 1986, 20% deles ocorrem nos últimos três anos. Os números são da Secretaria de Saúde de Joinville. Embora o último biênio aponte média superior à observada em anos imediatamente anteriores, a incidência da síndrome já foi maior em Joinville. Em 2000, segundo o Ministério da Saúde, a cidade notificou 244 casos. A doença matou 784 pessoas em Joinville desde a década de 80. De 100 contaminações pelo HIV, 72 ocorrem em heterossexuais.


Leitos em Santa Catarina

Presente em campanhas eleitorais, seja para governo ou prefeitos, o aumento no número de leitos pelo SUS em Santa Catarina segue na promessa. Nos últimos cinco anos, conforme o Ministério da Saúde, a quantidade caiu de 12,8 mil para 11,3 mil.

Joinville, por causa principalmente da inauguração do Hospital Materno-infantil, até teve crescimento, passando de 750 leitos pela rede pública. Projeções apontam uma necessidade de pelo menos mais 300 leitos. A ampliação do São José e ativação de mais alas no Infantil podem ajudar, mas só com construção de novo hospital para atender a demada.