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DENGUE
Dica é areia no lugar da água

Vigilância pede para que visitantes de cemitérios ajudem a combater o mosquitoAqueles que forem visitar os mortos neste feriadão de Finados têm uma missão com a saúde pública: cuidar para não deixar água limpa nos vasos de plantas para não criar condições de proliferação do mosquito da dengue. A orientação da Vigilância Epidemiológica é para que os visitantes optem por usar areia no lugar da água. Os cemitérios são considerados um dos principais pontos para o mosquito transmissor da dengue procriar.

A preocupação da Vigilância Epidemiológica com o mosquito da dengue se intensificou com a chegada da primavera, que é uma época chuvosa. As equipes monitoram 1.857 armadilhas, espalhadas por toda a cidade, para verificar se o mosquito transmissor está presente nessas áreas. Além dos cemitérios, ferros-velhos, borracharias e floriculturas também são inspecionados.

Atualmente, 48 agentes trabalham no combate à dengue em Joinville, e a Secretaria de Saúde já solicitou a contratação de outros 15 agentes para reforçar o trabalho de monitoramento das armadilhas e conscientização no verão.

“As amostras são analisadas em laboratório e, confirmada a presença do mosquito, começa o trabalho de delimitação do foco, num raio de 300 metros do local, para eliminar todas as larvas do mosquito”, explica o coordenador de combate à dengue, Márcio Barz Müller.

Apesar das intensas campanhas de conscientização, durante esse trabalho, os agentes ainda têm encontrado muitos recipientes com água parada acumulada, caixas-d’água abertas e outros locais propícios para a procriação do mosquito transmissor da dengue.

Até o fim de setembro, haviam sido registrados em Joinville 67 focos do mosquito Aedes aegypti. Número superior ao registrado ano passado, quando as equipes que atuam no combate ao mosquito localizaram 43 focos.

A maioria das larvas foi encontrada no período de janeiro a maio. “Foram 76 suspeitas e 19 casos confirmados da doença na cidade este ano. São casos que vieram de fora, mas sempre há a preocupação existindo o mosquito transmissor aqui”, diz a gerente de Vigilância em Saúde, Jeane Vieira.

 

HEMOCENTRO E ESCOTEIROS
Campanha para doar sangue

O Hemocentro e a União dos Escoteiros do Brasil marcaram para este sábado uma campanha para incentivar a coleta de sangue em Joinville. Durante toda a manhã, na praça da Bandeira, perto do terminal central, o grupo de escoteiros faz uma campanha de conscientização sobre a importância de doar sangue.

Das 9 horas ao meio-dia, os escoteiros vão tirar dúvidas e distribuir material informativo, além de cadastrar possíveis doadores de sangue e de medula. Haverá recreação para as crianças.

A campanha é uma atividade nacional que será realizada pelos escoteiros em todo o País. “Queremos uma participação maior da comunidade nessa causa”, disse o organizador da campanha e presidente do Conselho Administrativo de Clãs Pioneiros, César Cadorin.

Os interessados em doar sangue abordados pelos escoteiros poderão ir ao Hemocentro, na avenida Getúlio Vargas, 198, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7 às 18 horas. É preciso levar documento com foto, ter entre 18 e 65 anos e mais de 50 quilos.

 

 

 

PLANOS DA SAÚDE EM JOINVILLE

A Prefeitura de Joinville apresentou projetos para a construção de mais dois prontos- atendimentos (PAs), agora rebatizados de unidades de pronto atendimento (UPAs). Os pedidos, acompanhados de solicitação de dinheiro para construção de outros dez prédios para unidades de saúde (na maioria postos, sendo quatro novos e os demais para substituir imóveis já existentes), foram apresentados no segundo PAC da Saúde. Em dezembro, serão divulgados quais pedidos serão atendidos. O pacote todo – é praticamente impossível que todos os pedidos sejam atendidos – sai por R$ 9 milhões, sendo metade só para as duas UPAs.

As duas unidades de pronto atendimento apresentadas ao governo federal nesta sexta ficam no Guanabara, perto do terminal de ônibus; e no Vila Nova. Uma coisa é construir, outra é bancar o custeio: por baixo, cada uma custa R$ 600 mil mensais. Quanto ao novo hospital da zona Sul, prometido em campanha por Carlito Merss, nenhum sinal ainda.

 

Para celebrar o Dia do Servidor, comemorado na quinta, a direção da Maternidade Darcy Vargas foi para a cozinha preparar a feijoada para os funcionários. A gentileza sera repetida nos proximos anos

visor 

SAÚDE ONLINE
Médico formado pela Universidade de Stanford, David Harsany encerrou a carreira nos hospitais e clínicas, mas não abandonou a área. Inspirado em sites norte-americanos, ele lançou o Procuramed.com, um endereço para consultas online sobre profissionais de medicina que atuam em Santa Catarina. Além de endereço, especialização, convênios, aparecem também dados curriculares com detalhes sobre formação e participação em congressos para especialização.

 

 

SAÚDE
Timbó fechará portas para vizinhos

Impasse leva município a cancelar convênio para atendimento à região

TIMBÓ - Os municípios de Benedito Novo, Doutor Pedrinho, Rio dos Cedros e Rodeio começaram a discutir sexta-feira alternativas para os casos de urgência e emergência e especialidades antes atendidas em Timbó. Com a negativa da Secretaria de Saúde estadual em ajudar com recursos, o prefeito de Timbó, Laércio Demerval Schuster Júnior, decidiu cancelar o convênio com o Estado, que previa atendimento aos municípios vizinhos, e suspender os atendimentos a partir de 16 de novembro.

– Não tenho mais recurso para pagar esta conta (dos pacientes dos municípios vizinhos) e muito menos infraestrutura para atender a demanda crescente – lamenta Schuster.

O prefeito de Rio dos Cedros, Fernando Tomaselli, afirma que irá buscar um convênio com Pomerode, cidade mais próxima, para o atendimento de algumas especialidades. Outra alternativa seria encaminhar pacientes para Indaial. Tomaselli diz que, por enquanto, não haverá problemas com os casos de urgência e emergência, já que Rio dos Cedros conta com uma unidade de Pronto-Atendimento 24 Horas:

– Mudar de cidade é transferir o problema, e não resolver. Ou o Estado intervém ou ficará cada vez mais complicado.

Os outros prefeitos e secretários de Saúde ainda estudarão as melhores alternativas para compensar os atendimentos. Semana que vem, representantes dos municípios devem reunir-se novamente.

Estado diz que não consegue custear os atendimentos

O gerente de Saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Timbó, Flávio Berti da Cruz, explica que o Estado não pode arcar com os custos dos atendimentos, mas estaria disposto a buscar verbas para ampliar a estrutura das unidades de saúde dos municípios.

Segundo o prefeito de Timbó, a questão também será levada ao conhecimento do Ministério Público.

daniela.pereira@santa.com.br

DANIELA PEREIRA
 
ENTENDA O CASO 
- Desde abril deste ano, Timbó, Rio do Cedros, Benedito Novo, Doutor Pedrinho e Rodeio estão discutindo o custeio dos atendimentos de emergência e urgência e da Policlínica de Timbó. O município afirma que não consegue manter o serviço sem a ajuda do Estado 
- Representantes dos cinco municípios pediram uma reunião com o secretário de Estado da Saúde. A reunião foi negada e ficou para a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Timbó resolver o problema 
- A SDR informou que poderá investir somente em infraestrutura 
- Sexta-feira, o prefeito de Timbó informou que a partir de 16 de novembro os atendimentos de urgência e emergência e da Policlínica estarão suspensos para os quatro municípios vizinhos

 

CATAPORA
Cinco vezes mais coceira

Médicos apontam aumento de casos desde junho. Crianças doentes devem ficar em casa por 15 dias

BLUMENAU - Sonhar com as opções de brincadeiras para aproveitar o dia seguinte e acordar impossibilitado de sair de casa é uma frustração para qualquer criança. Se junto vêm a coceira e as manchas vermelhas na pele, então, nem se fala! As feridas da varicela, conhecida como catapora, são o primeiro sinal de alerta para os pais. Depois vêm a febre e o mal-estar. Os pediatras da rede privada de saúde de Blumenau já registraram 164 casos da doença desde junho. No mesmo período do ano passado, foram 30 notificações. É normal que as ocorrências se concentrem nesta época do ano.

– Não há um motivo específico para o vírus da catapora se espalhar. O que ocorre é a facilidade com que a doença é repassada, já que o vírus permanece no ambiente durante 45 minutos – explicou o médico pediatra Mário Celso Schmitt.

O diretor de Vigilância em Saúde de Blumenau, Marcelo Schaefer, diz que o aumento no número de casos na rede privada e nos postos de saúde pode ser consequência da nova orientação às professoras das creches, para que encaminhem as suspeitas ao médico antes de afastar da sala de aula. Antes, as professoras simplesmente chamavam os pais e pediam para que a criança ficasse em casa por até 15 dias. Schaefer garante que, por enquanto, os casos de catapora no município estão dentro da normalidade e devem chegar a mil até dezembro.

Estado enviará orientação para pais e escolas

Para evitar que a varicela se propague, a recomendação do pediatra é de que, quando for detectado o vírus, a criança seja isolada até que melhore das feridas. Nas creches e escolas, a orientação é cuidar ao máximo da higienização. Limpezas e o uso de álcool gel ajudam, além de manter os ambientes sempre arejados, com boa circulação do ar. Schmitt complementa que o ideal é os professores aproveitarem o verão e a primavera para levar as crianças para o pátio, evitando salas fechadas.

Como o Ministério da Saúde considera a catapora uma doença de baixo risco, não há vacina disponível na rede pública. Schaefer ainda destacou que a Secretaria de Saúde de Santa Catarina enviará nos próximos dias uma normativa técnica encaminhando novas ações a serem tomadas para evitar a propagação.

anderson.silva@santa.com.br

ÂNDERSON SILVA
 

RESISTA ÀS PINTINHAS VERMELHAS!
 
Pessoas que já tiveram catapora não tem mais risco de ter a doença. Apesar de a vacina ser muito eficaz, de 8% a 10% das crianças vacinadas desenvolvem a doença
 
A maior incidência é entre crianças de 5 a 15 anos. Quando dá em adulto, costuma ser mais grave porque o vírus precisa ser potente para atacar um sistema imunológico mais resistente 
Os primeiros sintomas são as feridas que se formam na pele abruptamente. A pessoa pode ir dormir sem nenhum sintoma e acordar com marcas pelo corpo. A febre e o mal-estar também fazem parte dos sintomas iniciais
 
A cura demora 15 dias, tempo em que a criança infectada deve ficar isolada 
A primavera e o verão são as duas estações com maior registros do vírus 
A vacina não está disponível na rede pública. Na rede privada, ela custa em média R$ 130 
Se as feridas forem coçadas com frequência, algumas marcas podem ficar no corpo assim que a doença for curada. Ao procurar o médico, solicite uma pomada para aliviar a coceira 
O vírus fica dentro do ambiente por 45 minutos e é transmitido por via aérea e por meio da saliva 
A varicela-zóster, conhecida como cobreiro, é a manifestação do vírus da catapora em quem já teve a doença. O vírus fica parado por anos em algum nervo e volta a se manifestar 
Quando há surto? 
Uma situação crônica em que a doença se alastra em uma pequena localidade/bairro/escola pode ser considerada surto. Caso a doença aumente para outras comunidades, vira uma epidemia 
Fonte: Mário Celso Schmitt, pediatra, e Marcelo Schaefer, diretor de Vigilância em Saúde de Blumenau