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APRENDER COM DIVERSÃO
Brincadeira para conhecer o corpo

Uma forma diferente de estudar o corpo humano chama a atenção de crianças em Joinville. Caminhar pelo sistema digestivo e conhecer o trajeto do alimento dentro do organismo é uma ação da Unidade Básica de Saúde São Marcos. A equipe montou uma estrutura de 20 metros que representa o sistema digestivo em formato gigante, tudo feito com material reciclado e reutilizável. A ideia é que o visitante percorra o mesmo caminho que o alimento faz após ser ingerido.

Acompanhado da mãe, André Finazzi, oito anos, não escondeu o entusiasmo ao conhecer o sistema digestivo em tamanho gigante. “A gente aprende sobre o corpo humano brincando”, diz ele.

A estrutura é feita de arame, mangueiras, plástico e cordas. O percurso inicia-se pela boca, desenhada com cartolina. Os dentes são feitos de fibra, e a língua de espuma de isopor e tecido. A amígdala é representada por um balão e duas almofadas. Assim como o alimento desliza até o estômago, um escorregador transporta o visitante até uma piscina. Dentro, bolas de plástico representam enzimas. No intestino, há cortinas de plástico distribuídas pelo corredor. A estrutura pode ser visitada na Associação dos Moradores do São Marcos, das 8h30 às 11h30, e à tarde, das 13h30 às 17 horas.

 


PREVENÇÃO
Controle sobre antibióticos
Farmácias terão de reter receitas médicas a partir de 28 de novembro

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária publicou ontem a resolução que estabelece novas regras para a venda de antibióticos, na tentativa de obter controle mais rígido sobre o uso do medicamento. A partir de 28 de novembro, farmácias terão de vender antibióticos apenas a quem apresentar uma segunda via da receita médica, que ficará retida no estabelecimento. A medida faz parte do plano de ação para impedir o aumento de casos de infecção pelas chamadas superbactérias, como a Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC).

Além da obrigatoriedade das duas vias – a do paciente receberá carimbo da drogaria –, a resolução tornará as receitas válidas por apenas dez dias. Caso a compra do remédio não seja feita no prazo, será preciso voltar ao médico para emitir nova prescrição. As farmácias também deverão armazenar os dados do paciente e de quem efetuou a compra, caso sejam pessoas diferentes. As prescrições deverão ser registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de 180 dias.

O Distrito Federal enfrenta um surto da bactéria multirresistente KPC. A Anvisa credita esse tipo de descontrole a quem faz uso abusivo de antibióticos, fato que cria condições para que o micro-organismo se adapte aos remédios. Segundo boletim divulgado na quarta pela Secretaria de Saúde do DF, até 22 de outubro a KPC foi ligada a 18 mortes em hospitais.

 

Automedicação piora cenário

No entendimento de especialistas e da Anvisa, a automedicação, comum entre brasileiros, aumenta a resistência das bactérias às drogas criadas para enfrentá-las. “Quando a pessoa toma um antibiótico sem necessidade ou de maneira errada, se for preciso usar o mesmo medicamento por outro problema, o remédio pode não fazer mais efeito”, afirma Marcela de Andrade Conte, professora de farmácia da Universidade Católica de Brasília.

Segundo a infectologista-chefe de um hospital de Brasília, Luciana Teodoro Lara, a disseminação dos antibióticos se deu a partir da década de 1970, quando a tecnologia avançou. “De lá para cá, o acesso a antibióticos foi grande e o uso, indiscriminado. Hoje, vemos os resultados”.

O uso desmedido nos hospitais e a prescrição de drogas de potência desproporcional à infecção são também determinantes para fortalecer bactérias. “A indústria farmacêutica exerce pressão sobre os médicos, que acabam indicando um antibiótico de 3ª geração para tratar uma infecção urinária, por exemplo, que poderia ser tratada com um de 1ª geração”, avalia Hélio José de Araújo, do Conselho Regional de Farmácias do DF.

 

 

 


ANTIBIÓTICOS
Anvisa publica as novas regras

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou ontem no Diário Oficial da União as novas regras para controlar a venda indiscriminada de antibióticos no Brasil. Essas substâncias, a partir de agora, só poderão ser vendidas em farmácias e drogarias mediante a apresentação da receita de controle especial em duas vias.

Aprimeira via ficará retida na farmácia e a segunda deverá ser devolvida ao paciente carimbada para comprovar o atendimento. Quem prescrever a receita deve ficar alerta para a exigência de entregar de forma legível e sem rasuras duas vias do receituário ao paciente.

As embalagens e as bulas também terão de mudar e incluir a frase Venda sob prescrição médica só pode ser vendido com retenção da receita.

As empresas terão 180 dias para se adequar às novas normas de rotulagem previstas pela Anvisa.

A resolução definiu também novo prazo de validade para as receitas, que passa a ser de 10 dias, em função dos mecanismos de ação dos antimicrobianos. Todas as prescrições deverão ser registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. O prazo para que as farmácias iniciem esse registro e concluam a adesão ao sistema é de até 180 dias.

As medidas valem para mais de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país, com exceção dos que têm uso exclusivo no ambiente hospitalar. O objetivo da Anvisa, ao ampliar o controle sobre essas substâncias, é contribuir para a redução da resistência bacteriana na comunidade.

A medida faz parte de um conjunto de ações da Anvisa para conter o avanço da contaminação pela superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), causadora de alguns tipos de infecções resistentes a tratamentos.

 

As mudanças
COMO ERA

- O médico prescrevia ao paciente o medicamento num receituário comum, com a dose indicada, a forma de tomar e o tempo de tratamento. Tudo assinado e carimbado numa via só, que ficava com o paciente.
COMO FICARÁ
- Deverá ser em um receituário de controle especial com duas vias. A primeira fica na farmácia e a segunda com o paciente com o carimbo que comprova o atendimento. A segunda tem os dados mais completos do paciente e do médico. Do paciente pede-se o endereço e nome. Do médico pede-se nome, endereço, cidade, Estado. A primeira via fica retida da farmácia. As movimentações terão de ser registradas no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados.

TIRE SUAS DÚVIDAS
- O que mudará nas bulas?
As embalagens e bulas também terão que mudar e incluir a seguinte frase: Venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção da receita. As farmácias têm 30 dias após a publicação (ontem) para se adequar às medidas.
- Para quais remédios valerá as novas medidas?
As medidas valem para cerca de 90 substâncias antimicrobianas, que abrangem todos os antibióticos com registro no país.
- Por quanto tempo vale a receita?
A receita do médico só valerá por 10 dias. Se nesse prazo, o paciente não comprar o antibiótico, vai ter que voltar ao médico. A justificativa é que em casos de infecção, o tratamento tem que começar imediatamente. Se passar de 10 dias é preciso uma nova avaliação. No momento da compra, o vendedor vai ter que anotar além do nome do paciente, os dados da pessoa que for comprar o produto. É o mesmo sistema da venda de remédios controlados, como antidepressivos, inibidores de apetite.
- O que acontece se a farmácia desrespeitar a nova norma?
Se a farmácia vender antibiótico sem receita, pode ter que pagar uma multa de R$ 2 a R$ 1,5 milhão por medicamento vendido de forma irregular, até o fechamento do estabelecimento.

CURIOSIDADE
- Dados da Organização Mundial da Saúde apontam que mais de 50% das prescrições de antibióticos são inadequadas.
- Uma pesquisa publicada neste mês pelo Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec) comprovou a facilidade de comprar antibióticos sem receita. Os pesquisadores visitaram 104 farmácias, em 10 estados brasileiros, e conseguiram adquirir os medicamentos em todos os estabelecimentos, sem receita médica.

 

Saude Catarinenses

 
Saúde realiza processo seletivo para médicos residentes e médicos do SAMU       

A SES SC abriu processo seletivo para médicos residentes, para o exercício de 2011, e Processo Seletivo Simplificado para a contratação de 69 médicos para o SAMU. As inscrições para médicos residentes vão até 5 de novembro pelos endereços: http://rmsaude.fepese.org.br ou http://www.saude.sc.gov.br. Há 122 vagas disponíveis em nove unidades hospitalares, em  Florianópolis, São José e Joinville. As provas serão no dia 13 de novembro. Já o processo seletivo para médicos do SAMU oferece vagas em 16 centrais diferentes. As inscrições vão até 29 de outubro, e podem ser feitas pelo site www.saude.sc.gov.br. A classificação consiste no somatório de pontos da contagem de títulos e da experiência comprovada e os aprovados deverão atuar na  regulação e intervenção do SAMU por 12 meses, podendo o período ser prorrogado uma vez. A documentação comprobatória exigida e a ficha de inscrição, disponível no site da SES,devem ser encaminhadas via correio ou entregues pessoalmente na sede da Gerência Estadual do SAMU (rua Esteves Junior, 390 – térreo), em Florianópolis, ou na sede da Gerência de Saúde das SDRs.