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VITÓRIA DA VIDA
Bryan e Breno fazem surpresa

Com a ajuda de socorristas, mulher ganha, em casa, gêmeos prematurosA história sobre como Bryan e Breno chegaram ao mundo começa com as preces desesperadas da mãe deles, Suziane Caetano Krueger, 36 anos. E só pedia que um de seus filhos respirasse. E respirou. O nascimento dos dois, com sete meses de gestação, em casa, não foi o único momento de emoção para Suzi, como gosta de ser chamada.

A manhã de ontem foi inteira de alegria. Ela deu à luz gêmeos enquanto visitava a mãe, em uma cama de solteiro em um dos quartos da casa. Equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros Voluntários ajudaram a fazer o parto, com sucesso, mesmo com os bebês tendo dificuldades para respirar. Foi uma vitória da vida.

Suziane já estava sentido contrações na terça, mas ontem acordou bem. O marido teve de sair e a levou até a casa da mãe. “Quinze minutos depois, comecei a sentir contrações. Pedi para minhã mãe chamar um vizinho, mas acabou chamando os paramédicos. O que foi bem melhor”, diz. Antes de o socorro chegar, um dos bebês começou a nascer. Suzi teve a ajuda da tia, de 66 anos, no início do parto.

Em seguida, o Samu assumiu o trabalho. “A primeira criança estava nascendo. O nível de oxigênio dela estava muito baixo. Por isso, começamos a fazer ventilação respiratória”, explica o socorrista do Samu Marcos Ferreira da Silva, 41 anos. Um dos bebês continuou preso ao cordão umbilical. A outra criança foi retirada. Mas havia problemas. Os socorristas perceberam que era parada respiratória.

A mãe, então, buscou ajuda divina. “Respira, meu filho, respira!” Em nenhum momento perdeu a esperança. Acreditou em Deus e nos socorristas. E ambos concluíram o trabalho com sucesso.

taisa.rodrigues@an.com.br

TAÍSA RODRIGUES

 


PREVENÇÃO EM SAÚDE
Crianças fazem “viagem” pelo sistema digestivo

Uma forma diferente de estudar o corpo humano chama a atenção de crianças e adolescentes em Joinville. Caminhar pelo sistema digestivo e conhecer o trajeto do alimento dentro do organismo é uma iniciativa da Unidade Básica de Saúde São Marcos, em comemoração à Semana Mundial da Alimentação. A equipe montou uma estrutura de 20 metros na Associação dos Moradores do bairro São Marcos. As visitas podem ser feitas em horário comercial.

 

 AN Jaraguá

PREVENÇÃO
Rede Feminina quer mais mamografias

A Rede Feminina de Combate ao Câncer de Jaraguá do Sul quer a ampliação do número de autorizações para mamografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente, a Secretaria de Saúde destina 50 autorizações mensais para as mulheres atendidas pela entidade. Só que a direção da rede quer que seja cumprida a lei federal 11.664/2008. A legislação garante que as mulheres a partir 40 anos tenham o direito de fazer o exame de graça.

Conforme a presidente da Rede Feminina, Rozanda Balestrin, pelo menos 180 dos 600 atendimentos oferecidos por mês precisam de exame para complementar o atendimento. Com isso, a fila chega a 130 casos.

“Contamos com um bom apoio da Prefeitura, mas seria necessário mais atendimento para esses casos. O diagnóstico precoce é a melhor forma de combater o câncer”, ressalta.Rozanda afirma que, quando é ultrapassada a cota de exames e surgem casos urgentes, a entidade paga a mamografia para mulheres pobres. “Temos parcerias com clínicas que fazem preços especiais”, afirma.

 

O que diz a Prefeitura
- O secretário de Saúde de Jaraguá do Sul, Francisco Garcia, afirma que a Prefeitura não tem previsão de quando vai ampliar o número de mamografias, porque segue uma orientação estabelecida pelo Ministério da Saúde, conforme registros históricos de atendimento por município. Garcia informa que são feitos 180 exames por mês. Desse total, 130 são feitos nos dois hospitais da cidade (65 no São José e 65 no Jaraguá) e outros 50 exames são realizados po rmeio de uma parceria com a Prefeitura de Joinville, no Hospital Municipal São José. “A cota da rede está nesse atendimento, mas não atendemos apenas a esses casos. Há os exames dos postos de saúde. Em caso de urgência, compramos exames particulares”, afirma o secretário.Conforme a Rede Feminina de Combate ao Câncer, a Prefeitura repassa por mês R$ 11,5 mil para o pagamento de médicos, psicólogos enfermeira, assistente social e secretárias.

 

 

 


COMBATE À KPC
Conselhos recomendam novas ações

Os conselhos Federal e Regionais de Medicina divulgaram, ontem, nota em que ressaltam a importância das medidas adotadas pelas autoridades sanitárias para evitar casos de contaminação pela superbactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), causadora de alguns tipos de infecções resistentes a tratamentos.

As entidades alertam que o consumo indevido de remédios, sobretudo antimicrobianos, pode provocar o surgimento de micro-organismos resistentes por conta do uso irracional dessas substâncias. Para evitar problemas, orientam que o paciente só faça o uso de medicamentos sob prescrição médica.

A valorização do médico no ato da prescrição, adotada pelas autoridades sanitárias, está de acordo com recente deliberação da Associação Médica Mundial, que, durante assembleia geral, em Vancouver (Canadá), referendou posicionamento de que “o direito de prescrever medicamentos deve ser responsabilidade apenas do médico”.

Os conselhos alertam, ainda, para a higienização das mãos e de outros procedimentos, que devem ser observados por médicos, pacientes e seus acompanhantes e visitantes. “Não há indícios de proliferação da bactéria KPC fora do ambiente hospitalar, sendo especialmente vulneráveis a elas os pacientes internados com baixa imunidade”, cita o documento.

Um dos pontos destacados na nota é a necessidade de atuação das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), que podem apoiar o monitoramento e o combate aos microorganismos nos hospitais, que facilitam a identificação da KPC.

 

Recomendações
Visitantes ou acompanhantes
- Antes de tocar o paciente, lave bem as mãos com água e sabão
- Evite contato físico com outros doentes, e, se houver, não se esqueça de higienizar as mãos
- Evite tocar em macas, mesas de cabeceira e equipamentos hospitalares.
- Verifique se o médico ou enfermeiro que atende o doente fez a lavagem de mãos ou a assepsia com álcool gel antes de examiná-lo.
Profissionais de saúde
- Higienize as suas mãos com frequência, especialmente antes e após o contato com o paciente
- As mãos devem lavadas com água e sabão e higienizadas, preferencialmente com preparações alcoólicas (sob a forma líquida, gel, espuma e outras) ou com água e sabonete líquido
- Todos os produtos devem estar devidamente regularizados na Anvisa. Se as mãos estiverem com sujeira visível, o uso do sabonete é o mais indicado.

 

 

Colunista Cacau Menezes


Efeito colateral
A resolução da Anvisa obrigando a retenção de receita médica na compra de qualquer antibiótico faz sentido por causa da superbactéria, mas, por outro lado, deve congestionar ainda mais os hospitais públicos e postos de saúde com pessoas infectadas por outras bactérias que não terão dinheiro para pagar a consulta médica agora exigida pelas autoridades.
O brasileiro é acostumado a tomar antibiótico sem ir ao médico. Não será fácil impor essa mudança radical num hábito que, queiram ou não, vem salvando milhões de vidas do século passado para cá