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EXAMES MÉDICOS
Uma taxa no caminho
Quando esgota a cota da Prefeitura, laboratórios cobram de pacientes do SUS

O consultor de contabilidade Rubens Rosa, 60 anos, teve uma surpresa ao procurar um dos laboratório conveniados pelo Sistema Único de Saúde para fazer uma série de exames pedidos durante uma consulta no Hospital São José, ontem de manhã. O relógio dele ainda marcava 8h30, mas as cotas para pacientes do SUS já haviam esgotado. Rubens foi informado que se quisesse ser atendido, precisaria pagar uma taxa de R$ 25. “Eu paguei porque tenho condições de desembolsar esse dinheiro, mas e quem não tem? Se quisesse tentar outro laboratório, precisaria voltar ao hospital e fazer outro pedido de guia”, conta ele, que precisava dos exames para fazer o retorno na consulta.

Depois que fez os exames, Rubens procurou o Ministério Público e registrou uma denúncia. Ele afirma que não foi informado pelo laboratório das restrições de cotas e nem da possibilidade de agendar um exame. “Tudo o que me disseram foi que haviam esgotado as cotas para o SUS e que eu podia assinar uma declaração aceitando pagar pelos exames”, afirma. Segundo Rubens, ele sempre vai ao mesmo laboratório e nunca havia passado por esta situação – a preferência pelos laboratórios conveniados também só acontece por causa das filas no Laboratório Municipal.

A Secretaria de Saúde estuda a possibilidade de aumentar a cota dos laboratórios. Enquanto isso, o número de atendimentos no Laboratório Municipal cresce: a demanda passou de 270 para 350 pacientes por dia. A Secretaria avisa que nenhum exame feito pelo SUS deve ser cobrado e o paciente sempre deve denunciar se sofrer pressão para pagar alguma taxa. A situação informada pelo paciente será apurada com laboratório.


EXAMES MÉDICOS
Compensação financeira gerou o problema

Um acordo entre a Secretaria Municipal da Saúde e os oito laboratórios conveniados para atender a pacientes do Sistema Único de Saúde definiu que as cotas não deveriam passar do limite pré-estabelecido mensalmente. Cada laboratório tem um número de pacientes para atender por semana e, se o número for maior do esta cota, ele não é ressarcido pela Secretaria de Saúde.

“Como temos quatro unidades em Joinville, a nossa cota é de 20 atendimentos por dia em cada laboratório, o que significa que chegamos a 80 exames diariamente. Isso não é suficiente e, se chega um paciente de emergência, não vamos negar o atendimento”, disse o dono do laboratório procurado por Rubens.

Com os atendimentos extras, os excedentes são acumulados para o mês seguinte. Assim, no fim do mês o laboratório deixa de atender os pacientes do SUS para não superar a cota. “Nós agendamos esses exames para outro dia. Se o paciente não quiser esperar, avisamos: o senhor pode esperar ou pagar a taxa de atendimento”, afirma.


SAÚDE PÚBLICA
Cresce tabela de remédios com desconto
Ministério decide investir verba da gripe A no Programa Farmácia Popular

A 11 dias do 2º turno das eleições presidenciais, o Ministério da Saúde anunciou ontem a ampliação do Programa Farmácia Popular. Nove medicamentos e fraldas geriátricas serão incluídos na lista que possibilita descontos. Nas farmácias conveniadas, os produtos poderão ser comprados com até 90% de desconto, afirmou o ministro José Gomes Temporão. Foram incluídos remédios contra asma, rinite, mal de Parkinson osteoporose e glaucoma, ao custo de R$ 267 milhões.

As 13 mil farmácias privadas conveniadas com o programa já ofereciam remédios para diabetes, hipertensão, colesterol, gripe e anticoncepcionais. Para comprar fraldas (até 40 delas, a cada dez dias), será preciso apresentar receita médica ou declaração. A ampliação foi possível com o uso da verba prevista para a compra do Tamiflu, remédio contra a gripe A. Com o fim do surto, o ministério escolheu dar nova aplicação aos recursos.


 SUPERBACTÉRIA
DF decreta contratações de emergência na saúde

O governo do Distrito Federal determinou, por decreto, que a rede de saúde seja reabastecida com remédios e contratação de serviços para combater o surto da superbactéria que infectou 135 pacientes de hospitais. A bactéria KPC causou 18 mortes no País neste ano. Novos casos são investigados no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.


 

 

Talvez para 2011
Como a vistoria da Comissão Nacional de Energia Nuclear ainda não foi feita e nem tem data marcada, vai ficando cada vez mais complicado para a Prefeitura de Joinville colocar em operação o acelerador linear ainda neste ano, como estimava a Secretaria de Saúde. Depois da análise, ainda são consumidos mais 30 dias de treinamento para operar o equipamento usado no tratamento do câncer instalado no Hospital Municipal São José.

 


MATERNIDADE
Carlos Corrêa agora atende pelo SUS

A Maternidade Carlos Corrêa, em Florianópolis, vai passar a atender pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O convênio assinado ontem com a prefeitura prevê utilização de 29 dos 41 leitos para tratamento público.

Hoje, haverá novo encontro para definir a partir de que data pacientes do SUS serão atendidos. No primeiro momento, não haverá pronto-atendimento ou emergência, somente operações de casos que não apresentem muita gravidade e sejam de média complexidade.

Vasectomia, laqueadura, ouvido, nariz, laringe, faringe, entre outras, estão incluídas. Até o final do ano, a previsão é realizar 547 procedimentos, entre consultas e cirurgia. De acordo com o convênio, a maternidade poderá receber até R$ 128 mil pelos serviços prestados.

Está planejado também um multirão com mais cirurgias 150 até dezembro. Médicos de outras instituições usariam a estrutura da maternidade. O agendamento dos pacientes será feito via postos de saúde. A maternidade deixou de atender pelo sistema público em 1987, quando o SUS substituiu o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps).

  

EM HOSPITAIS DO PAÍS
Superbactéria já matou 18


Uso indiscriminado de antibióticos é apontado pelos médicos como a principal causa da infecçãoUma superbactéria que infecta pacientes nos hospitais e internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) está espalhando medo no Distrito Federal e em São Paulo. Em SC, não há registros sobre a infecção.

Em Brasília, 135 pessoas estão infectadas com a bactéria. Na capital paulista, estima-se que 90 pessoas já foram contaminadas desde o início do ano. Pelo menos 18 pessoas morreram por causa da infecção, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O uso indiscriminado de antibióticos é a causa da infecção pela Klebsiella pneumoniae Carnapenemase (KPC), conforme especialistas. As autoridades de saúde alegam que a ingestão descontrolada dos medicamentos baixa a imunidade dos pacientes, o que facilita a contaminação pela superbactéria. A KPC é a mutação genética de uma bactéria que existe no corpo humano e que, em geral, é inofensiva. Ao sofrer a mutação, torna-se resistente à maioria dos antibióticos que deveriam destruí-la.

O primeiro caso foi no Recife em 2006. Depois, outros foram registrados no Distrito Federal, Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Novos casos estão sendo investigados no Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro.

O Ministério da Saúde alerta que a higiene é a forma mais eficaz de evitar a infecção. Recomenda-se lavar bem as mãos sempre que sair de um hospital, passar álcool e usar luvas e máscaras para evitar o contágio. Para conter o avanço da KPC em outras áreas do país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai editar novas regras que dificultarão a venda de antibióticos nas farmácias brasileiras.

 

Colunista Cacau Menezes

 CACAU MENEZES

Hospital Florianópolis

Somente na região continental de Floripa, residem mais de 110 mil habitantes, sem considerar a população dos municípios adjacentes.

O Hospital Florianópolis, que atende prioritariamente essa região, está em reforma há quase um ano (DC de 30/11/2009). O que era para ser, inicialmente, a reforma da emergência, transformou-se numa obra que abrange todo o prédio. Para tal, foram alocados R$ 2,3 milhões.

Entretanto, pelo que se vê, as obras estão atrasadas e o cronograma não vem sendo cumprido.

Surpreendentemente, foram utilizados nas obras R$ 382 mil da Associação de Amigos do Hospital Florianópolis, recursos obtidos com eventos filantrópicos que tinham outra destinação.

A Secretaria de Estado da Saúde deve uma explicação à sociedade, inclusive quanto à maternidade, que foi prometida na última eleição municipal.

 

SAÚDE
Hospital abre como ambulatório BALNEÁRIO CAMBORIÚ

- O Ambulatório de Especialidades do Hospital Municipal Ruth Cardoso está funcionando desde ontem na cidade. A unidade abriu as portas quase dois anos depois de ser inaugurada. De acordo com a prefeitura, mais de R$ 1 milhão foram investidos este ano em iluminação externa, comunicação visual, construção de muros e cercas. As obras eram necessárias para a abertura do hospital.

O ambulatório oferecerá atendimento em 18 especialidades: cardiologia, oftalmologia, endocrinologia, gastroenterologia, neurologia, neurocirurgia, ortopedia, reumatologia, angiologia, clínica geral, dermatologia, hematologia, nefrologia, fonoaudiologia, otorrinolaringologia, proctologia, urologia e medicina do trabalho. As consultas e exames serão garantidos por 40 médicos, além de outros profissionais da área da saúde. O local atende durante 12 horas por dias. O horário de funcionamento é das 7h às 19h.

Antes de a prefeitura decidir abrir um ambulatório provisório na estrutura do que era para ser um hospital, havia a estimativa de atender 700 pacientes por mês. Inaugurado em 2008, ficou dois anos sem receber qualquer paciente, por indefinições sobre quem seria o órgão gestor. Para erguer o prédio e equipá-lo, foram gastos R$ 18,2 milhões (R$ 8 milhões do Estado e o restante da prefeitura de Balneário Camboriú). O hospital teria capacidade para 166 leitos.

 

NOTA
Doação para banco de leite BLUMENAU

- O Banco de Leite pede doações de frascos de vidro com tampa de plástico. Podem ser frascos de maionese ou de café, de tamanhos pequeno ou médio. Interessados em colaborar devem entrar em contato pelo telefone 3326-7570. Uma equipe buscará o material em casa. As doações também podem ser entregues no Banco de Leite de Blumenau (Rua Itajaí, 210). Domingo, haverá um posto durante a Rota de Lazer que recolherá os vidros das 8h às 13h, na Rua Humberto de Campos

 


Novo convênio vai garantir emergência do HNSP até janeiro
Lages, 21/10/2010, Correio Lageano
 
A novela envolvendo o setor de emergência do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP), que de tempos em tempos ameaça fechar, tem um novo capítulo.Nesta quarta-feira (20), o secretario Regional de Lages, João Cardoso, confirmou a prorrogação do convênio, que venceu no dia 5 de outubro, garantindo o repasse de recursos para o funcionamento do setor até o mês de janeiro de 2011.

 Segundo ele, o Governo do Estado vai injetar um montante de R$ 450 mil. O dinheiro será repassado em três parcelas de R$ 150 mil cada, referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro. Em razão da lei eleitoral, o primeiro repasse será efetivado somente no mês de novembro, quando serão pagas as parcelas dos meses de outubro e novembro, totalizando R$ 300 mil.

O secretário diz que o convênio foi renovado a pedido do governador Leonel Pavan, que esteve em Lages no final do mês passado.“Na ocasião, ele (Pavan), pediu ao secretario de Saúde do Estado, Roberto Eduardo Hess de Souza, para renovar o convênio, garantindo repasse para manter os serviços até que seja possível solução definitiva para o problema”, comenta.Ele explica que até agora o Estado já repassou um total de R$ 600 mil para custear as despesas do setor, conforme acordo firmado no mês de maio.

 Em princípio, a emergência ficaria aberta até o dia 5 de outubro, mas os médicos resolveram estender o prazo até dia 19 do mesmo mês.Segundo o diretor clínico do Hospital, Paulo Duarte, a medida tomada é “paliativa” e apenas vai resolver temporariamente o problema da emergência.“As autoridades deveriam se reunir, estudar, planejar e definir de vez essa polêmica a longo prazo e parar de dar esmola para garantir os serviços”, alfineta.

 Ele reitera que o novo convênio valerá até o dia 31 de dezembro. Já os serviços médicos se estenderão até dia 18 de janeiro.“No fim do contrato, tudo volta à estaca zero e novos acordos deverão ser feitos para manter o setor funcionando. Esperamos que o próximo governador resolva esse problema por definitivo”, ressalta.

 Conforme ele, o setor atende em média 100 pessoas por dia, sendo uma das referências na região. Para manter os serviços funcionando, com quatro médicos plantonistas, sobreaviso com profissionais de várias especialidades e mais as chamadas remuneradas, são necessários cerca de R$ 230 por mês.O secretário municipal de Saúde, Juliano Polese, diz que, além dos recursos do Estado, a prefeitura se comprometeu em repassar R$ 50 mil por mês ao hospital.Para ele, o problema da emergência só será resolvido se houver um reajuste na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), que se encontra defasada, não pagando os custos dos serviços.

 

 

 

Cidade

Hospital Carlos Corrêa
Atendimento pelo SUS começa em novembro

O Hospital e Maternidade Carlos Corrêa, no centro da capital, passará a oferecer cirurgias pelo SUS a partir de novembro.A novidade, possibilitada por um convênio assinado ontem com a Secretaria Municipal de Saúde, vai reduzir o tempo de espera de pacientes da cidade e tirar a instituição de uma crise.

Há pouco mais de um ano, apenas 30% da capacidade do hospital tem sido utilizada. Atendendo pelo SUS, os outros 70% devem ser aproveitados e cerca de R$ 128 mil devem ser repassados ao hospital mensalmente.

Hoje, a instituição tem 40 leitos, 70 funcionários e 40 médicos. As operações oferecidas serão de média complexidade como laqueadura, vasectomia, resolução de problemas vasculares e atendimento de necessidades especiais de odontologia e otorrinolaringologia.

A técnica em enfermagem Rose Henrique, que cuida da mãe Zelina Henrique, internada na Carlos Corrêa depois de sofrer uma queda, comemora a mudança. “Esse hospital é muito bom, tranqüilo. Não é que nem os outros, cheios de gente nos corredores”, diz.

Respira Floripa. Capital tem 190 casos por ano. Doença é tratável, mas deve ser detectada logo
Projeto alerta para tuberculose

Com 190 casos de tuberculose tratados por ano em Florianópolis, a Secretaria Municipal de Saúde intensifica ações de prevenção e para conscientizar a população a procurar o tratamento que é oferecido gratuitamente pela rede pública de saúde. Tosse com catarro por mais de duas semanas, febre e suor noturno são sintomas da doença, que facilmente pode ser confundido com gripe. Pode ser infectocontagiosa e transmitida pelo ar.

Preocupados com a disseminação das doenças respiratórias, o Respira Floripa, ação que está até sábado em frente ao Mercado Público, uma iniciativa do Instituto Ric de Atitude Social, promove ações de prevenção para a população. O movimento tem o apoio da Secretaria de Saúde da capital e da UFSC.


Região

São José
Parceria
Saúde terá reforço na estrutura

A primeira UPA 24h e a segunda policlínica municipal estão mais próximas da realidade. Amanhã, o prefeito Djalma Berger e o vice-prefeito de atendimento da Caixa, Carlos Augusto Borges, assinarão a abertura da licitação. O contrato será firmado na rua Arthur Mariano, em frente ao posto policial de Forquilhinhas.

Os investimentos para a construção das duas unidades de saúde são de aproximadamente R$ 5,8 milhões. Os recursos serão captados através de uma parceria entre a prefeitura e o governo federal, sendo que R$ 2 milhões são de emenda parlamentar
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Os projetos arquitetônicos da Upa e policlínica estão prontos e, quando concretizados poderão atender cerca de 900 pacientes por dia em consultas e atendimentos de urgência, atendimento odontológico, exames e diagnóstico, especialidades médicas, fisioterapia, farmácia, sala de curativos, exames, radiologia odontológica e odontologia especializada.