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SAÚDE
Filas no Laboratório Central

A cena de pessoas esperando, em pé, por atendimento no Laboratório Municipal Central é frequente. Mas neste segundo semestre, as filas têm sido cada vez maiores. A demanda por atendimento aumentou de 20% a 30%, segundo o coordenador da unidade, Altieris Bulgarelli.

As filas aumentaram depois que a cota de exames do SUS em laboratórios privados conveniados à Prefeitura foi reorganizada – agora há um limite semanal, o que é insuficiente para atender à demanda, que acaba sendo absorvida pelo laboratório municipal.

O número de atendimentos subiu de 270 para 350 por dia. Como cada paciente é submetido, em média, a cinco exames, o laboratório central fez cerca de 65 mil análises por mês.

A Secretaria de Saúde informou que estuda a possibilidade de aumentar a cota de exames em laboratórios privados este ano. Mas não definiu de quanto será o acréscimo. Argumenta que é preciso avaliar o comportamento da demanda.

AN SERVIÇO
Hospital Bethesda

Dia 7 de novembro, às 11 horas, o Grupo de Humanização Hospital Bethesda promove o 1º Churrasco Beneficente. Os ingressos custam R$ 15 (churrasco) e R$ 12 (galeto). Informações: (47) 3121-5400.

 

 

HOSPITAL
Os preparativos para a inauguração do Hospital Baía Sul, em Florianópolis, no dia 10 de novembro, estão em ritmo acelerado. Quase que diariamente chegam carregamentos com equipamentos de alta tecnologia: nesta semana, por exemplo, foi a vez de aparelhos para a Unidade de Terapia Intensiva (serão 15 leitos) e centro cirúrgico, vindos da Alemanha.

MCDIA FELIZ
Parte da arrecadação virá para SC

Dos cerca de R$ 13 milhões arrecadados este ano na campanha do McDia Feliz, R$ 413 mil serão destinados para duas entidades do Estado que ajudam no combate ao câncer infanto-juvenil. Os dados foram divulgados ontem durante o 1º Fórum Instituto Ronald McDonald que ocorre na Capital.

Neste ano, os recursos serão investidos em 69 projetos, de 58 instituições em todo o país. Entre elas está a Associação de Voluntários de Saúde do Hospital Infantil Joana de Gusmão (Avos), da Capital, que vai receber R$ 367 mil. Fundada há 35 anos, é considerada a mais antiga na luta contra a doença no Brasil.

Segundo a presidente Maria Gertrudes da Luz Gomes, o dinheiro vai ser investido na construção da nova casa de apoio da entidade, que abriga crianças e adolescentes, e seus responsáveis, que estão em tratamento de câncer no Joana de Gusmão.

A estrutura de 2 mil metros quadrados contará com 22 apartamentos individuais, capela ecumênica, brinquedoteca, refeitório, sala de estar, entre outros. A previsão é que a obra esteja concluída em outubro do ano que vem. Em Joinville, o Hospital Infantil será beneficiado com R$ 46 mil. A renda vai ser utilizada para a brinquedoteca da ala oncológica.

A campanha nacional do McDia Feliz ocorreu no dia 28 de agosto. No Estado, foram quase 19,5 mil Big Macs vendidos em 18 lojas, além de mais de R$ 7 mil arrecadados em doações e vendas de produtos.

Terapia de sorrisos
Crianças em tratamento assistiram a apresentações de dança e mágicas

Mesmo enfaixada e com fios, ligados ao soro, a mão direita de Luís Vinícius dos Santos, cinco anos, ia ao encontro da outra para aplaudir a apresentação que acabara de ver. Internado no Hospital Infantil, em Florianópolis, ele e outras crianças assistiram, ontem, a apresentações de dança e um show de mágicas.

Por cerca de uma hora, as doenças ficaram em segundo plano e deram lugar a sorrisos e risadas. Também participaram crianças de comunidades carentes. Vinícius não se conteve com o mágico Sandro Spigolon. Levantou a mão, porque queria ver outra mágica.

Desde julho, o menino passa mais tempo no hospital do que em casa, em Camboriú, Litoral Norte. Ele tem aplasia de medula óssea e, por isso, precisa ficar internado para receber sangue e medicação. Agora, ele aguarda ser chamado para um transplante de medula. A mãe, Juliana Cristina, também assistiu às apresentações:

– Achei muito legal, é divertido para eles, que puderam se distrair.

No colo do pai, Vitória da Silva Teixeira, dois anos, achava graça de tudo, apesar de aparentar que não estava entendendo muita coisa. Vendo ela sorrindo, Anílson Teixeira contou que nem parecia a mesma menina de sexta-feira passada, quando foi internada. Foi nesse dia que veio o parecer médico. Vitória tem leucemia e, por isso, estava fraca e só dormia.

As apresentações artísticas foram uma prévia da 9ª Mostra de Dança Infantil de Florianópolis, realizada entre os dias 21 e 24 deste mês. Essa é a terceira vez que a mostra vai até o hospital da Capital.

A aluna Maria Eduarda Knoblauch, 12 anos, dançou para as crianças.

– Foi muito legal vê-las sorrindo, saber que trouxemos um pouco de alegria e distração – contou.

Música e alegria podem ajudar na cura de pacientes

Este mês, o hospital organizou uma programação especial para as 138 crianças internadas, com os mais diversos tipos de doenças. Nem todas puderam sair dos quartos. A coordenadora do setor de Pedagogia, Cláudia Barros de Mattos Silva, observa que momentos assim acabam sendo aliados aos tratamentos.

– Ajudam a minimizar o tempo que passam aqui dentro e a amenizar os problemas. Tendo uma tarde agradável, elas melhoram a autoestima e o tratamento flui melhor – afirmou.

Por isso, Cláudia explica que eles sempre tentam levar às crianças algum tipo de distração, como palhaços e contadores de história, mas isso depende de voluntários.

GERAIS
Novo medicamento é liberado a pacientes

O Ministério da Saúde vai oferecer um novo medicamento para pacientes com Aids que não respondem mais aos tratamentos convencionais. Depois de três meses de negociação, o governo firmou um acordo com o laboratório Janssen Cilag para a compra do antirretroviral etravirina, considerado de terceira geração, para tratar a doença. Com a decisão, sobe para 20 a lista de medicamentos oferecidos pelo governo. A compra, anunciada ontem, é no valor de R$ 4,2 milhões. Serão adquiridos 3.360 frascos, suficientes para atender 500 pacientes durante um ano. A primeira remessa do remédio, com 488 frascos, já começou a ser distribuída.

 


SAÚDE
Timbó cogita fechar as portas para cidades vizinhas

Sem verbas, prefeitura quer cancelar atendimento a pacientes de Rio dos Cedros, Benedito Novo, Doutor Pedrinho e Rodeio Timbó está prestes a interromper o atendimento de emergência e urgência e na Policlínica de Referência para os municípios vizinhos por falta de dinheiro. Se uma solução para a arrecadação de verbas não for encontrada, a Secretaria de Saúde terá de suspender as consultas médicas para Rio dos Cedros, Benedito Novo, Doutor Pedrinho e Rodeio. Hoje à tarde, prefeitos e vereadores das cinco cidades e representantes da Secretaria de Desenvolvimento Regional se reunirão para tentar resolver o problema.

O prefeito Laercio Demerval Schuster Junior explica que depois da informatização do sistema da Secretaria de Saúde, no final do ano passado, foi feita uma avaliação dos números no município. Além do repasse insuficiente de verbas pelo Estado, que pelo regime semipleno da Saúde é responsável por ajudar o município, o sistema apontou que a demanda por atendimento cresceu 50% em um ano e meio.

Hoje, o Estado repassa R$ 10 por paciente, entretanto, cada atendimento custa R$ 105 ao município. Juntando esta diferença com o aumento de 2 mil para 3 mil atendimentos por mês, a Secretaria de Saúde de Timbó tem déficit de R$ 500 mil até agosto, somente na urgência e emergência. Ainda há R$ 100 mil de dívidas da Policlínica.

A falta de verbas e o aumento na demanda de pacientes, segundo Schuster Junior, estoura o orçamento de outros setores, reduz a qualidade do serviço e desgasta os profissionais. O prefeito afirma que abriu mão da construção de um posto de saúde para socorrer o Hospital Oase, que estava prestes a fechar no primeiro semestre deste ano:

– Não quero deixar de fazer mais nada para cobrir o rombo na saúde, mas também não quero tomar medidas drásticas. Gostaríamos de continuar atendendo os timboenses e todos os outros municípios, por isso estou buscando uma solução.

Relatório com reivindicações será encaminhado ao Estado

As conversas entre os prefeitos de Timbó, Rio dos Cedros, Benedito Novo, Rodeio e Doutor Pedrinho ocorrem desde abril deste ano, quando os problemas foram constatados. Uma das soluções apontadas é a divisão da conta da saúde entre as cinco cidades, de acordo com o tamanho dos municípios ou o número de atendimentos.

Conforme o gerente de Saúde da Secretaria de Desenvolvimento Regional, Flávio Betti da Cruz, da reunião de hoje sairá um relatório sobre a situação da saúde em cada município, inclusive com as reivindicações, para entregar à Secretaria de Estado da Saúde. Somente então o Estado dará uma resposta sobre o problema.

O Santa noticiou
 
- Em 21 de julho, foi noticiado problema semelhante em Blumenau, quando a Secretaria de Saúde bloqueou a marcação de consultas para os municípios do Médio Vale por falta de médicos. À época, a Secretaria de Saúde de Timbó sentiu o impacto ao ter de absorver as demandas da microrregião. Mesmo com a volta do atendimento em Blumenau, a demanda não diminuiu em Timbó.