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ACELERADOR LINEAR
Atendimento em dezembro


Aparelho apresentou defeito, mas direção diz que isso não vai atrasar cronogramaAté o fim do ano o tão aguardado acelerador linear, equipamento usado no tratamento de câncer comprado pelo governo do Estado em 2006, entrará em operação em Joinville. Depois de quatro anos de entraves burocráticos e três licitações fracassadas, as obras da casamata (estrutura construída para abrigar o aparelho) foram concluídas.

O equipamento já está montado há um mês e a expectativa era de que fosse inaugurado este mês. Mas faltam detalhes para que ele comece a ser usado. O que deve acontecer a partir de dezembro.

Esta é a previsão da direção do Hospital São José, que apresentou ontem o cronograma. O diretor do hospital, Tomio Tomita, explicou que a fase de comissionamento, quando técnicos avaliam o equipamento e a estrutura da casamata para calcular se a radiação que chega ao paciente, foi concluída no fim de semana. Neste processo, o aparelho apresentou um defeito, mas, segundo ele, isso não deve alterar a programação.

“A Siemens (empresa fabricante do acelerador linear) se comprometeu a solucionar o problema em três ou quatro semanas, antes da inspeção do Conselho Nacional de Energia Nuclear”, afirma.

“O hospital já deu entrada no pedido de certificação junto ao conselho e a previsão é de que a inspeção seja feita em, no máximo, 40 dias”, explica Tomita.

 

ACELERADOR LINEAR
Tratamento contra câncer será menos agressivo

Só após a liberação do Conselho Nacional de Energia Nuclear é que os funcionários do Hospital São José poderão manusear o equipamento. A equipe vai passar por treinamento oferecido pela Siemens que deve levar um mês. Só depois disso o acelerador linear vai começar a funcionar.

O que representa para pacientes com diversos tipos de câncer a garantia de acesso a um tratamento mais eficiente e menos agressivo. “A vantagem do acelerador linear é que ele trata tumores profundos ou superficiais com mais eficiência sem danificar tanto tecidos sadios, o que reduz os efeitos colaterais do tratamento”, explica a física da radioterapia do São José, Aline Gonçalves.

“Joinville passará a ser referência em toda a região Norte”, diz o diretor-executivo Renato Monteiro. “O número varia, mas deveremos atender pelo menos cerca de 120 pacientes de diversos municípios por mês”, estima o chefe do setor de radioterapia do Hospital São José, Ricardo Polli.

Hoje, esses pacientes são submetidos ao tratamento com a bomba de cobalto do São José, ou, dependendo do encaminhamento médico, se deslocam até Jaraguá do Sul, que já conta com um acelerador linear.

Para abrigar o acelerador, as paredes da casamata têm de um a três metros de espessura, e uma porta que pesa cerca de duas toneladas. A obra custou R$ 1,5 milhão, investimento que soma-se aos U$$ 980 mil usados na compra do acelerador linear.


DARCY VARGAS
Médicos fazem mobilização

Consultas canceladas e baixo movimento no setor ambulatorial na Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, marcaram o primeiro dia de mobilização dos médicos obstetras. A intenção é pressionar o Governo do Estado a contratar mais profissionais para atender na unidade.

O diretor do hospital, Armando Dias Pereira Junior, diz que enquanto novos profissionais não forem chamados para preencher as vagas do concurso, realizado este ano, o ambulatório dará prioridade ao atendimento a gestantes de alto risco e partos.

Atualmente, 31 obstetras atendem em média, por mês, a 3 mil pacientes de emergência, 700 gestantes de alto risco no ambulatório e 500 partos, sem contar os mais de mil exames de ultrassom. “A sobrecarga de trabalho é tão grande que quatro médicos contratados pelo hospital já desistiram do emprego”, conta o diretor.

Ele diz que não há médicos suficientes para atender. “Dezesseis dos 31 obstetras do hospital são contratados temporariamente e quatro estão para sair, por isso a urgência”, ressalta Armando. Segundo ele, o ideal era que a maternidade contasse com pelo menos mais quatro médicos, para que cada setor conte com dois médicos por turno, número preconizado pelo Conselho de Medicina.


Consequências para a saúde

No consultório do cardiologista Osvaldo Soares Gonçalves, no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, é comum chegar professores acreditando estar à beira de um infarto ou com graves problemas no coração. Eles sentem pulsações e falta de ar, mas não estão doentes. “É psicossomático, estão apenas estressados. Encaminho a maioria para psicólogos ou psiquiatras, dependendo da gravidade do problema”, afirma.

Segundo Gonçalves, a maior reclamação é o estresse por causa da carga de trabalho e da tensão diária. “É reflexo do caos no ensino, das agressões verbais e até físicas que os profissionais sofrem”.A maioria dos professores que acreditam estar com problemas no coração tem a mesma doença: síndrome de burn out. O distúrbio é comum entre profissionais que trabalham diretamente com pessoas e sofrendo desgastes físicos e emocionais. Os professores estão no topo dessa lista, ao lado de profissionais da saúde.

“Eles estão sempre se sentindo pressionados e sobrecarregados. Como não podem enfrentar os alunos, acabam guardando a angústia e desenvolvem doenças por causa disso”, afirma Gonçalves. Em alguns casos, os professores se descobrem com problemas como hipertensão – quando não tinham nenhuma predisposição para a doença.

 

 
 

O que é nosso?
O Hospital São José de Joinville alega que só neste momento está conseguindo finalizar o inventário do patrimônio. Quer dizer que só agora saberá quais e quantos equipamentos têm, de aparelhos médicos a cadeiras. Antes, ninguém saberia direito.

 

Serviço-

Doação de órgãos
Em comemoração ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, a Fundação Pró-Rim realiza até 1º de outubro a exposição Histórias de Amor à Vida, no Shopping Mueller, em Joinville.

 

 

 

 

FONTE DE INFECÇÃO
Leishmaniose é investigada pela Fiocruz

Desde domingo, profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entre cientistas, biólogos e veterinários, estão na Capital para coletar animais silvestres e descobrir a fonte de infecção dos mosquitos que passaram leishmaniose, doença infecciosa que pode matar, para quatro cães entre julho e o início de setembro no Canto dos Araçás, na Lagoa da Conceição, na Ilha de Santa Catarina.

A equipe, que tem o apoio das secretarias de Saúde do Estado e de Florianópolis, montou dois laboratórios na região onde houve a contaminação. Os animais são capturados, identificados e amostras de sangue e tecidos são coletados para verificar se há a infecção.

As amostras serão encaminhadas para o Rio de Janeiro para nova análise. O prazo médio para a entrega do relatório, após a coleta do material no campo, é de um mês.

 

 INFORME ECONÔMICO | ESTELA BENETTI- Matéria referente ao dia 27-09


Novo hospital em novembro


Florianópolis vai ganhar novo hospital privado. Será inaugurado dia 10 de novembro o Hospital Baía Sul (HBS), empreendimento de R$ 30 milhões financiado por médicos e empresários da Capital. Situado no Centro da cidade, é anexo ao Baía Sul Hospital Dia. Serão nove salas de cirurgia e 90 leitos para a realização de procedimentos de alta complexidade, dois quais 15 são de UTI. Logo após a inauguração, será aberto, também, um serviço de pronto-atendimento, informa o médico Irineu Brodbeck (foto), que coordena os investimentos.

30 milhões de reais é o orçamento da Bienal de São Paulo, com 159 expositores, aberta sábado. O custo da mostra é cinco vezes maior do que os recursos dos órgãos de cultura de SC o ano inteiro, diz o consultor de cultura do Estado, Edson Machado, que esteve na Bienal

 

 

Surdez: uma deficiência que pode ser evitada

Cerca de 10% da população mundial tem perda auditiva, dentre estes, estima-se que 20% pertencem a faixa etária entre 40 e 60 anos.

Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2000, 5,7 milhões de brasileiros têm déficit auditivo significativo, sendo que um pouco menos de 170 mil se declararam surdos.Uma deficiência que pode ser evitada através de testes específicos e cuidados ao limpar os ouvidos e escutar música.

A fonoaudióloga Fernanda Gonçalves Gamborgi, do Rosário, realizou nesta segunda-feira (27) uma palestra para alunos da Educação Infantil, do Colégio Bom Jesus Diocesano, por meio do projeto Passe Adiante, da empresa de aparelhos auditivos Audibel.

Na palestra, foi indicada a maneira correta de limpar os ouvidos, evitando o uso de cotonete, as consequências de escutar som alto e como seria se os estudantes não tivessem audição normal.

“É importante que desde cedo, eles entendam a importância de cuidar e valorizar a audição. É preciso prevenir e dar mais importância aos sons”, avalia Fernanda.

Ela afirma que enfermidades como sarampo, rubeóla e caxumba, são algumas das doenças que podem ocasionar surdez, entre outros fatores.

“Dores de ouvido constantes e excesso de som alto, são um dos fatores que causam muita deficiência auditiva”, conta.

Segundo a fonoaudióloga, aproximadamente cinco crianças são atendidas mensalmente por ela, um número considerado razoável e que poderia ser menor se fossem tomados alguns cuidados.“Só pode tomar medicamento prescrito pelo médico, cuidar com o volume de som e limpar com cotonete somente na orelha (pavilhão auricular), pois caso contrário, pode ferir e empurra mais a sujeira para dentro. Se precisar de uma limpeza mais profunda, procure um otorrino”, ressalta.

Ela comenta que atualmente os aparelhos auditivos são mais acessíveis e tecnologicamente estão mais desenvolvidos, transmitindo com mais veracidade o tipo de som que o deficiente auditivo escuta.

Ela lembra que muitas vezes a linguagem e escrita nessas pessoas são prejudicadas devido a deficiência.

“Por isso é importante sempre procurar um especialista para a criança poder se desenvolver melhor e mais rápido”, salienta.

O estudante Ernani José de Castro Gamborgi Neto, 5 anos, concorda que não pode escutar som alto, pois isso prejudica a audição. “Música muito alta pode machucar o ouvido e pode ficar surdo. Eu sempre escuto baixo”, enfatiza.

 

 Apas quer melhorar interatividade dos deficientes auditivos com a escola


A Associação de Pais e Amigos de Surdos de Lages (Apas), atende 88 estudantes com deficiência auditiva que já estão no ensino regular, das escolas municipais, estaduais e particulares.O objetivo é acompanhar o estudo das crianças e alfabetizar todos para que acompanhem de maneira mais interativa o ensino das outras escolas.A coordenadora pegagógica, Lenice Rigon Boscato, explica que a escola serve como reforço depois que os estudantes já estão alfabetizados.


“Temos poucas crianças do Ensino Médio, pois na escola regular já é obrigatória a presença de um intérprete durante as aulas”, diz.

Ela reclama da falta de um levantamento da quantidade de surdos da região. “Já levamos uma proposta para o IBGE e para as universidades, estão terminando um censo e não fazem essa pergunta. Com um número correto, poderiam ser feitas políticas públicas que melhorassem mais a vida dessas pessoas”, salienta.Ela afirma que os surdos tem capacidade de aprender normalmente e geralmente se destacam nas profissões, pois por não conseguirem escutar, se concentram mais no trabalho.
“Empresas grandes procuram deficientes auditivos pois garantem que os surdos são mais concentrados e se destacam dos funcionários ouvintes. Além disso, eles mesmos querem ultrapassar seus limites, para mostrar que são capazes”, enfatiza.

 

Faltam doadores de órgãos em SC

De janeiro a agosto deste ano foram realizados 630 transplantes de órgãos em Santa Catarina, um número baixo, se levado em consideração que a fila de espera no estado conta com mais de 1.800 pessoas.

Deste total, segundo a SC Transplantes, 1.254 esperavam por córneas. Medo, desconhecimento sobre o tema e a esperança de que o ente querido se recupere totalmente, fazem com que as famílias não vejam a doação de órgãos como uma possibilidade.

O Dia Nacional de Doação de Órgãos foi lembrado ontem em todo o país com mobilizações para alertar a comunidade acerca da importância do ato.

Em Lages, o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres (HNSP) promoveu ações como panfletagem e orientação aos pacientes e familiares.

De acordo com o coordenador da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOT) do HNSP, Mateus Costa, desde quando o serviço começou a funcionar no Hospital, em 2008, foram realizadas apenas 10 captações ativas, sendo que foram diagnosticados cerca de 30 pacientes com morte encefálica (conhecida como morte cerebral).

A morte encefálica é a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais e, após diagnosticada, o paciente se torna um doador de órgãos em potencial.

Depois que a equipe médica constata a morte encefálica, a equipe da CIHDOT notifica o caso na Central Estadual de Transplantes e fica responsável por fazer contato com a família do paciente para saber se autorizam ou não a doação de órgãos.

“Sempre é respeitada a vontade da família. Mesmo que o paciente seja um doador em potencial, se a família não aceitar, nenhum órgão pode ser retirado”, explica Mateus, ressaltando que a equipe tem a preocupação de explicar para os familiares que a morte encefálica é irreversível.
 
“Nós fazemos o possível para curar o paciente, mas quando a morte cerebral é identificada, não há mais o que ser feito”, comenta.

Para ele, fatores como o desconhecimento sobre o tema, e a esperança que as famílias têm de que seus entes se recuperem, fazem com que a maioria das pessoas não aceite a doação de órgãos.

“As famílias negam por desconhecimento, mesmo que a equipe médica comprove que não há mais como reverter a situação e que com a doação, outras pessoas poderão voltar a ter uma vida normal”, diz.

Formada por três médicos, oito enfermeiros, uma assistente social e uma psicóloga, a CIHDOT é responsável pela identificação de possíveis doadores, mas a captação dos órgãos é feita por equipes especializadas, vindas de Florianópolis, Blumenau e Porto Alegre (RS), dentre outros centros.

Hoje no Brasil, a doação de órgãos só acontece mediante à autorização da família do paciente. Em caso de morte encefálica, podem ser doados o coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino e rins.

Até seis horas após a morte, podem ser doados também os tecidos como córnea, pele e ossos, sendo que a doação de tecido ósseo, pode beneficiar até 80 pessoas.

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de transplante e aguardam em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Ministério Público.

 

 

Bem-vindo


Os eleitores são os médicos, que em assembléia esta semana poderão resolver um dos problemas expostos durante a campanha eleitoral: a saúde. Explico: A Unimed, caso aprovado em assembléia, comprará o hospital que estava sendo montado pela SOS Cárdio em Florianópolis. Isso significa mais 75 leitos e atendimento de alta complexidade. Vantagem para os filiados ao plano, que não sofrerão reajustes, além de desocupar leitos do setor público. Todos ganham.

 

Leishmaniose

Começa busca pelo mosquito

Técnicos da Fiocruz ( Fundação Oswaldo Cruz, ligada ao Ministério da Saúde) e da Vigilância Epidemiológica Estadual começaram ontem, o trabalho de captura de animais silvestres no Canto dos Araças, onde 13 cães foram contaminados por leishmaniose, doença rara e fatal em 90% dos casos humanos.