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OPINIÃO DE A NOTÍCIA
Nova lei do fumo

A aprovação na Câmara de Vereadores de projeto com restrições ao fumo chega em um momento no qual a sociedade está preparada – talvez até ansiosa – para combater o fumo em locais fechados. Em um momento anterior, houve resistência à intenção de proibir o fumo em locais onde eram servidas refeições. Havia o temor de reduzir o movimento em bares e restaurantes. Agora, com a divulgação na mídia de um projeto ainda mais restritivo (nada de cigarro em locais fechados de circulação do público), não se observa reação alguma. Joinville está dizendo sim à proibição.

Se a maior parte da sociedade considerar a lei como bem-vinda, como está demonstrando neste momento, a fiscalização será bem mais fácil. Não somente porque será grande o contingente de fiscais informais da legislação, mas também porque os fumantes não desobedecerão às restrições, concordando que o hábito não pode prejudicar terceiros.

Com a lei, é possível que o consumo seja reduzido e, consequentemente, caia junto a ocorrência de enfermidades ligadas ao tabagismo. Ainda que os fumantes persistam, os riscos do fumo passivo vão cair drasticamente com o projeto prestes a ser transformado em lei.

Ainda que se espere engajamento da população no respeito à lei, a fiscalização não pode esmorecer quando iniciar-se o período de vigência. Se não houver atuação, a consciência da necessidade da lei pode se esvanecer.

 


SAÚDE PÚBLICA
Será preciso paciência, gestante
A partir de segunda, Maternidade Darcy Vargas terá redução no atendimento

A partir de segunda-feira, as gestantes que procurarem a Maternidade Darcy Vargas, em Joinville, para serviços ambulatoriais terão de ter muita paciência. Com a decisão dos médicos de reduzir o atendimento para reforçar serviços de parto, haverá demora no atendimento.

Os médicos querem forçar o governo do Estado a contratar mais profissionais. No último concurso público, foram aprovados 20 novos médicos, mas só dois foram chamados. São cerca de 130 atendimentos por dia. O Hospital São José e os PAs não oferecem atendimento a gestantes.

“O Conselho de Medicina manda ter, no mínimo, dois médicos por atendimento obstétrico”, diz o coordenador do serviço de obstetrícia da maternidade, Deonízio Werlich. Com os médicos cumprindo a carga horária na obstetrícia, não há como fazer o atendimento ambulatorial adequado. “Houve casos em que um médico fez 23 partos num dia.”

“A situação vem se arrastando desde março, quando acabaram os contratos temporários. Estamos trabalhando em condições ruins. Precisamos da reposição desses profissionais no nosso setor. Infelizmente, o jeito é fechar o ambulatório para que esses colegas nos ajudem nos serviços gerais”, diz o vice-diretor clínico da maternidade, Carlos Alberto dos Santos.

O diretor da Darcy Vargas, Armando Pereira, afirma que o ambulatório não vai fechar e que o atendimento será normal. “Os novos profissionais devem chegar em breve, mas dependemos dos processos de homologação do governo do Estado.”

 


SAÚDE PÚBLICA
Medicação depois de um mês

Ondina de França, de 70 anos, foi uma das pacientes do Hospital Municipal São José, de Joinville, que ficaram sem receber remédios para o tratamento de um câncer.

Só ontem, depois de 30 dias, ela conseguiu acesso à medicação. O filho de Ondina, Osvaldo de França, reclamou que no período em que a mãe ficou sem o remédio procurou o hospital, mas não tinha respostas para a falta do medicamento.

“A última vez que ela tomou o remédio foi no dia 16 de agosto. Depois disso, aguardou em casa. Agora ela vai conseguiu ser medicada novamente. Espero que esse atraso não prejudique o processo de quimioterapia”, disse Osvaldo.

A falta de medicamentos, segundo o hospital, ocorreu porque não houve empresa interessada em participar da licitação para fornecimento dos remédios. A Secretaria da Saúde fez uma compra emergencial de 240 frascos de Doxorrubicina e Ciclofosfamida, que também tiveram demora na entrega por parte do fornecedor. Essa quantidade de remédios deve durar cerca de três meses. Se até lá não houver empresa interessada em participar de nova licitação, o processo de compra emergencial deve ser repetido.

Segundo o chefe do serviço de radioterapia do hospital, Ricardo Polli, uma nova licitação está em curso. “A perspectiva é de que a situação seja normalizada nos próximos dias, com o atendimento de todos os pacientes que ficaram sem os remédios. Eles já estão sendo contatados pelo hospital para darem continuidade ao tratamento. Uma nova empresa deve ser licitada até o mês que vem, mas a medicação comprada pelo hospital suprirá a demanda até o final do ano”, disse.


TRATAMENTO DE QUEIMADOS
Só 4 leitos para adultos
Hospital São José depende da conclusão de complexo para ampliar o serviço

Enquanto o Hospital Universitário, em Florianópolis, celebra a conquista de uma ala de queimados, o Hospital Municipal São José, em Joinville, aguarda há mais de dois anos a conclusão da nova estrutura do Centro de Tratamento de Queimados, no Complexo Ulysses Guimarães. Conforme o coordenador da unidade, o médico Romes Ayub, o atendimento a vítimas de queimaduras tem sido improvisado e precário.

O setor conta com 35 profissionais, mas há apenas quatro leitos para adultos. A demanda pelo serviço é maior do que o número de vagas. Temos demanda reprimida e não conseguimos atendê-la. Nossa ala teria condições de prestar o serviço se houvesse interesse de colocar em funcionamento o novo centro. O prédio está pronto, mas os serviços não foram efetivados. Os pacientes estão morrendo por não terem atendimento especializado. E éramos o centro de referência para queimados no Estado”. O Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, estadual, não possui qualquer estrutura para cuidar desse tipo de paciente.

O complexo, anexo ao hospital, deveria ter ficado pronto há cinco anos, mas as obras continuam. A primeira etapa, onde funciona o pronto-socorro, foi entregue em 2008. A segunda não foi concluída. Nesse tempo, o projeto inicial foi amplamente alterado.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, a obra parou por falta de recursos e está sendo retomada. A conclusão da ala de queimados, prevista para 2011, depende da liberação de R$ 1,5 milhão pelo Ministério da Saúde, obtido há dois meses. O recursos será destinado à compra de equipamentos.


TRATAMENTO DE QUEIMADOS
Setor do HU terá centro para cirurgias

Além do Hospital São José e da futura ala do Hospital Universitário, em Florianópolis, o Estado tem três unidades especializadas em queimados. Para adultos, há o Hospital Tereza Ramos, em Lages, e duas instituições infantis: o Joana de Gusmão, na Capital, e o Jeser Amarante Faria, em Joinville.

De acordo com Felipe Felício, diretor geral do HU, a ala vem suprir uma deficiência da região de Florianópolis. A construção será erguida sobre a atual lavanderia. De quatro andares, o último será destinado ao setor, que contará com centro cirúrgico próprio.

“Será extremamente importante para casos de grande queimados, já que é preciso cuidado maior no controle de infecções”

 

 TRANSPLANTES
Credenciado, Infantil pode captar órgãos

O Hospital Materno Infantil Jeser Amarante, em Joinville, foi credenciado pelo Ministério da Saúde para buscar e captar órgãos para transplantes. A autorização foi publicada no “Diário Oficial da União” na semana passada.

A instituição conta com comissão multidisciplinar (formada por médicos, enfermeiros, psicólogo, e mais profissionais) para identificar possível doadores, fazer os exames necessários e abordar familiares diante do provável quadro de morte cerebral em crianças e adolescentes internados.

Em agosto, de 22 notificações de busca ativa no Infantil, seis resultaram em doações. A negativa familiar é o obstáculo. “A abordagem é sempre difícil. Trata-se de uma situação que obriga a família a tomar decisão num momento de extremo sofrimento”, afirma o diretor clínico Arthur Wendhausen.

 


SAÚDE PÚBLICA
Genérico contra Alzheimer será gratuito em 2011

A partir do ano que vem, o remédio genérico Rivastigmina, para combate ao mal de Alzheimer, será distribuído gratuitamente pelo SUS, afirma o Ministério da Saúde. O remédio será produzido pelo Instituto Vital Brasil, de Niterói. A pílula está em fase de testes. Até abril de 2011, começa a ser produzida. No Brasil, o Alzheimer afeta até 5% das pessoas com mais de 65 anos e 50% das com mais de 90.


 

AN Jaraguá


DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Siga o exemplo de Vilma

Mãe decidiu atender à vontade do filho e salvou a vida de cinco pessoasUm acidente de trânsito tirou a vida do filho da dona de casa Vilma Alvize, 60 anos, no começo deste mês. No dia 12 de setembro, Kristian Luiz Alvize, 22, foi encaminhado inconsciente para a unidade de tratamento intensivo (UTI) do hospital São José, em Jaraguá do Sul. No dia seguinte, o médico informou que o jovem teve morte cerebral (perda definitiva e irreversível das funções cerebrais). A família Alvize decidiu então doar os órgãos de Kristian e fazer, pelo menos, outras cinco pessoas viver melhor.

“Ele estava de carro, voltando de uma confraternização da família. Até hoje não sabemos bem como ocorreu o acidente. Só sabemos que ele chegou no hospital quase sem vida”, relembra a dona de casa. Kristian passou 24 horas na UTI, até que foi constatado que seu cérebro não transmitia mais informações para as demais parte do corpo. “Uma pessoa do programa de transplantes explicou detalhadamente a situação. Infelizmente, em poucas horas o coração dele também ia parar. Tínhamos que optar em doar os órgãos antes de isso ocorrer”, explica Vilma.

A decisão não foi difícil para a família, já que a escolha de doar os órgãos foi feita por Kristian ainda em vida. A mãe autorizou a doação dos rins, fígado, córneas e um dos pulmões. “Queríamos muito doar o coração dele, para ajudar alguém. Infelizmente, o órgão não poderia mais ser doado, e nem um dos pulmões, que foi perfurado no acidente”, relata.

O irmão de Kristian, Sandro Rogério Alvize, 38, conta que conforta saber que parte de Kristian ajudou a salvar a vida de outras pessoas. “Nós sabemos que tem uma parte dele que está vivendo”, lembra Sandro.

A segunda-feira, Dia Nacional do Doador de Órgão, será um dia especial para a família Alvize, que mora na Vila Rau, e para outras seis que aceitaram o pedido feito pelo Programa de Captação de Órgãos e Tecidos do Hospital São José, que aproveita o dia para promover palestras de orientação às famílias e funcionários para esclarecer dúvidas sobre a doação de órgãos. Segundo o programa, outras cinco negaram por motivos religiosos ou pela falta de conhecimento.

caroline.stinghen@an.com.br

 

 DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Orientação das famílias é importante

Para doar os órgãos, explica a responsável pelo Programa de Captação de Órgãos do Hospital São José, Daniela Bertolino, é imprescindível que a pessoa tenha deixado claro à família o desejo de doar os órgãos. Também é necessário que o paciente tenha morte cerebral, que é diagnosticada por meio de exames fisiológicos e de imagens. “Em caso de parada cardíaca somente, as córneas podem ser doadas, os demais órgãos são prejudicados pela falta de irrigação sanguínea.”

Assim que for constatada a morte cerebral, a equipe médica começa uma bateria de exames para avaliar quais órgãos podem ser doados. “O material coletado é encaminhado para a SC Transplantes (entidade responsável pela doação no Estado) e lá é decidido o que pode ser retirado”, conta Daniela.

Ela lembra que todos os médicos que trabalham nesta equipe são preparados para orientar as famílias sobre a doação. “Às vezes, é difícil para os parentes, porque o coração do paciente ainda está batendo, mas somente sobrevive com a ajuda dos aparelhos”, diz. Daniela relata que em muitos casos é retirado o respirador para mostrar que a pessoa não tem movimento no tórax, e que não vai conseguir respirar sozinha.

“Quando a doação é aceita, uma equipe de médicos de Blumenau vem rapidamente para Jaraguá do Sul para realizar a cirurgia de retirada dos órgãos”, conta ela, dizendo que depois são encaminhados para a cidade onde o receptor aguarda em uma sala de cirurgia. O processo, relata Daniela, precisa ser rápido. Um coração, por exemplo, pode ficar apenas seis horas fora de um corpo. As córneas são as mais resistentes, ficam até sete dias.”

“A prioridade é um receptor catarinense. Caso não tenha nenhum compatível, o órgão pode ser levado para outro Estado”, diz. Ela lembra que existe ainda uma fila de espera nacional que tem como prioridade crianças.

 


Em SP, 93% dos médicos ouvidos pelo Datafolha em São Paulo disseram que os planos de saúde interferem no atendimento. A interferência por meio da limitação de exames, burocracia nas internações e atraso ou não pagamento pelos procedimentos, segundo a “Folha de S.Paulo”.

 

 

 

Visor

GRAVIDEZ
Neste domingo, dia 26, acontece o Dia Mundial de Prevenção de Gravidez na Adolescência. Pesquisa Unesco mostra que a média da idade da primeira relação sexual dos homens acontece por volta dos 14 anos e das meninas entre 15 e 16 anos. De acordo com especialistas, um dos maiores problemas ainda é a desinformação dos jovens sobre métodos de prevenção contra a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis. E você, já conversou com a sua filha sobre o assunto?

 

Geral


HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Área especial para queimados

Unidade de saúde, na Capital, celebra a implantação de uma ala especializada no atendimento a pacientes com queimadurasO Hospital Universitário, na Capital, comemora a conquista de uma ala de queimados. A construção da unidade faz parte dos projetos ambientais da duplicação da BR-101 Sul.

A nova ala, que deverá ser iniciada em dezembro de 2010, terá 10 leitos e ocupará o quarto andar do prédio onde já existe a lavanderia do hospital. Atenderá pacientes adultos de todo o Estado atingidos por queimaduras graves.

Na estrutura, haverá balneoterapia, centro cirúrgico, quartos individuais e com UTI especializada em queimados, banheiros, sala de primeiro atendimento, posto de enfermagem e de higienização.

Para ajudar no atendimento, aproximadamente 50 pessoas formarão uma equipe multidisciplinar que engloba cirurgiões, psicólogos, médicos, residentes, fisioterapeutas, enfermeiros, técnicos de enfermagem e assistentes sociais.

De acordo com Felipe Felício, diretor geral do HU, a construção da ala de queimados vem suprir uma deficiência de Florianópolis e região. Serão três novos andares, mas somente o último será destinado ao novo setor. O diferencial da instituição é que a estrutura vai contar com centro cirúrgico próprio.

– Vai ser uma unidade extremamente importante para os casos de grande queimados, já que é preciso um cuidado maior no controle de infecção. Os quartos estão preparados para servir como UTI para queimados – informa.

Construção de ala deverá suprir necessidade da região

De acordo com o vice-reitor da UFSC, Carlos Alberto Justo da Silva, as medidas evitam que os pacientes sejam removidos para outros ambientes do hospital. Ele explica que normalmente eles são submetidos a cirurgias que duram até um dia e, mesmo assim, vão poder ficar isolados e serão atendidos por equipes exclusivas.

– É uma segurança para dar uma sobrevida maior ao paciente. Pesquisamos o que havia de melhor em vários lugares, no Brasil e fora dele, e montamos a nossa unidade. Não vai ficar devendo nada para qualquer outra de padrão mundial de atendimentos a queimados – avisa.

Além da nova ala do HU, na Capital, o Estado tem outras três unidades especializadas em queimados. Para adultos, há o Hospital Tereza Ramos, em Lages, e outras duas instituições infantis: o Joana de Gusmão, na Capital, e o Jeser Amarante Faria, em Joinville.

Em contrapartida, o Complexo Ulysses Guimarães, em Joinville, amarga uma longa espera. Anexo ao hospital, deveria ter ficado pronto há cinco anos, mas as obras continuam.

A primeira etapa da contrução do complexo, onde funciona o pronto-socorro, foi entregue em maio de 2008. A segunda parte ainda não foi concluída.

De acordo com o coordenador da unidade no Norte do Estado, o médico Romes Ayub, o atendimento, por enquanto, é improvisado e precário. Embora a estrutura conte com uma equipe especializada de profissionais, com 35 profissionais, há somente quatro leitos disponíveis e a demanda pelo serviço é maior do que o número de vagas.

melissa.bulegon@diario.com.br

 

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Ala atende a recomendação internacional

A construção da ala de queimados no Hospital Universitário faz parte dos projetos ambientais da duplicação da BR-101 Sul. Com o provável aumento na circulação de transporte de cargas perigosas no trecho da rodovia, a intenção é dar toda a estrutura necessária para o atendimento a queimados em caso de acidentes.

De acordo com dados da Federação das Empresas de Cargas e Logística do Estado de Santa Catarina (Fetrancesc), mensalmente, cerca de 15 mil veículos com cargas perigosas circulam na BR-101 no Estado. Isso representa 10% do total do fluxo na rodovia. Segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal, ocorreram oito acidentes envolvendo cargas perigosas este ano em rodovias federais. Na BR-101, apenas um foi registrado. O transporte de combustíveis é o de maior número de ocorrências.

A implantação da unidade atende, também, a uma norma da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci), que recomenda que os centros urbanos próximos aos aeroportos internacionais tenham uma estrutura especializada para o atendimento a queimados.