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Para que o sarampo não assuste

Postos de Joinvile já oferecem vacina contra o vírus, mas cobertura está baixa

Os postos de saúde de Joinville disponibilizam vacina contra o vírus causador do sarampo, doença que estava controlada no País há dez anos, mas que voltou a preocupar com caso suspeito em Videira, no Meio-oeste, e outros confirmados no Rio Grande do Sul e no Pará. Segundo a responsável técnica pelo setor de imunização da 23ª Regional de Saúde de Joinville, Vera Lúcia Freitas ressalta que em Joinville, a maioria das pessoas que busca informações sobre o sarampo são jovens e adultos que ainda não tomaram a vacina.

“Nosso objetivo é fazer uma grande cobertura vacinal na região e alcançar a população que ainda não foi protegida”, afirma. Segundo ela, os novos casos de sarampo são de pessoas que não tomaram a vacina anteriormente. “Durante o tempo em que o vírus foi controlado, diversas campanhas foram feitas para evitar a contaminação. Quem não tomou a vacina durante esse período não ficou protegido e provavelmente, foi atingido”.

Nas cidades da região de Joinville, o percentual de cobertura da vacinação ainda está abaixo do registrado em 2009, quando não havia alerta sobre a doença. Ainda assim, uma das enfermeiras da Secretaria de Saúde de Joinville, Geórgia Sepka, afirma que a procura nos postos tem sido grande. “A maioria são adultos. É importante que as pessoas que ainda não foram vacinadas procurem a dose. Dessa forma, a população estará segura.”

Para que a proteção seja completa, são necessárias duas doses. A primeira vacina é dada a crianças de um ano e a segunda dose, aos quatro anos. A doença, típica da infância, pode trazer conse- quências graves se não tratada (inclusive surdez). Quem apresentar sintomas deve notificar a vigilância de saúde imediatamente.

“Por meio de um exame de sangue, é possível identificar se o paciente está com sarampo. O próximo passo é evitar contato com outras pessoas para não disseminar o vírus, e tomar as medicações”, afirma Geórgia.

HOSPITAL SÃO JOSÉ
Obra parada até aditivo a contrato

Depois de uma semana de mudanças no centro cirúrgico, quando as cirurgias eletivas foram adiadas, o Hospital São José voltou a atender normalmente. A reforma no quarto andar, que começou em abril, encaminha-se para os últimos detalhes e deve estar concluída até o final do ano.

O próximo passo é a colocação de pisos, mas a diferença da altura entre os quartos, os banheiros e o corredor farão com que o material tenha de ser diferenciado para evitar problemas de acessibilidade. O contrato terá que receber um aditivo e até o processo de inclusão ocorrer, a obra deve ficar parada. Apesar do problema, o diretor do hospital, Tomio Tomita, afirma que a reforma está no cronograma.

 

REMÉDIOS
Entrega começa a voltar ao normal

Há 15 dias, pacientes com hipertensão, insuficiência cardíaca e colesterol alto reclamam da falta de remédios que recebiam gratuitamente pelo SUS nos postos de saúde de Joinville.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram comprados antecipadamente 300 mil caixas de Losartana (remédio usado no tratamento de hipertensão e insuficiência cardíaca) e outras 300 mil caixas de Lovastatina (para controle do colesterol), quantidade para seis meses.

Mas houve atraso na entrega dos medicamentos. Os fornecedores foram autuados e, segundo a secretaria, têm até o fim da semana para entregar os medicamentos. Para alívio de 2,2 mil pacientes que utilizam o Losartana (ou Losartan) para controlar a pressão, a Secretaria de Saúde informou que o remédio foi entregue ontem e a partir de hoje estará disponível nos postos de saúde. Já para a Lovastatina, a previsão é de que seja entregue nos próximos dias.

Enquanto isso, pacientes que precisam com urgência do medicamento receberão um similar (Sinvastina). A caixa de Lovastatina com 30 comprimidos custa nas farmácias cerca de R$ 40.

Os laboratórios alegam que atrasaram a entrega porque enfrentaram problemas com fornecedores de matéria-prima e alguns componentes do remédio estavam em falta.

 

MEDICINA
Jaleco não evita germes, afirma estudo

O jaleco médico indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipamento de proteção para profissionais do setor pode ser fonte de contaminação. É o que indica pesquisa feita por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), em Sorocaba (SP). Em quase 96% das amostras, foi constatada contaminação. Entre os micro-organismos identificados está uma bactéria considerada agente de infecção hospitalar.

A pele do punho, conforme apontou o estudo, estava contaminada em 97,91% dos usuários de jaleco. Nos não-usuários, era de 93,75%. “A contaminação nos que usam jaleco não difere significativamente dos que não fazem uso. A função como proteção pode ser questionada”, diz a professora Maria Elisa Zuliani Maluf.

A alta taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato com pacientes e ao fato de micro-organismos permanecerem de dez a 98 dias em tecidos como algodão e poliéster. No estudo, áreas de contato frequente, como mangas e bolsos, estavam em geral contaminadas. As análises mostraram ainda que a prática de lavar as mãos não está adequada nos dois grupos, o que aumenta o risco de infecção.

A ideia da pesquisa surgiu após constatação de que alunos e residentes do hospital-escola do Conjunto Hospitalar de Sorocaba almoçavam fora sem tirar o jaleco.


 

AN.SERVIÇO
EncontroA Fundação Pró-Rim promove hoje o 18º Encontro dos Pacientes Renais, no Restaurante Rudnick. Informações:
imprensa@prorim.com.br.


OESTE DE SC
Índios recebem remédios e liberam as estradas

Os índios liberaram o tráfego na rodovia SC-480, que liga Ipuaçu a Bom Jesus, e também uma estrada municipal que liga Bom Jesus a Entre Rios ontem, por volta das 18h30. Os locais estavam bloqueados desde terça-feira de manhã porque os indígenas pediam melhorias no atendimento de Saúde prestado Funasa. A liberação ocorreu após a retomada do fornecimento de remédios, e do agendamento de uma reunião na terça-feira na sede da da Funasa, em Florianópolis.

 

 

Correção
Cynthia da Luz assinou o relatório de inspeção no Hospital Materno-infantil de Joinville na condição de presidente da Comissão dos Diretos Humanos da OAB de Joinville e não como integrante do Centro de Direitos Humanos. Portanto, estava errada a informação publicada aqui que apontou a presença do CDH Maria da Graça Bráz no diagnóstico.


Na maternidade
Insatisfeito com o atraso na contratação de mais profissionais, grupo de médicos da Maternidade Darcy Vargas anunciou restrições no atendimento a partir da semana quem vem. Só casos de emergência seriam atendidos. As cirurgias eletivas (marcadas com antecedência) serão suspensas. Houve queixas de “condições adversas” de trabalho. A carta distribuída ontem não traz a assinatura de ninguém.


Serão chamados
Em ação do MP, a Justiça determinou a contratação de mais médicos e a realização do concurso. A contratação foi feita de forma temporária e há contratos em vencimento agora. O concurso foi realizado, e os aprovados devem ser chamados até o final do ano. O diretor Armando Dias Pereira Júnior alegou não ter sido comunicado oficialmente e afirmou que a população não pode ser prejudicada. “O governo do Estado vai chamar os aprovados”, diz o diretor.

 

 

Alerta-

Registro de sarampo em Porto Alegre

depois de 11 anos , a Secretaria de Saúde confirmou três casos de sarampo no Estado. De acordo com o governo gaúcho, o laboratório da Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz)no Rio de Janeiro, referência nacional para sarampo, identificou nos doentes o mesmo vírus que circula na África desde 2007.

Todos os casos foram registrados em Porto Alegre, sendo dois em garotas , de 10 e 11 anos de idade, da mesma família, que viajaram com a família para Buenos Aiers, na Argentina, de 22 a 28 de julho, no mesmo período em que foram identificados casos de sarampo no país vizinho. As crianças não foram vacinadas contra a doença. Oterceiro caso foi em uma menina de 9 meses, que contraiu a doença depois de contato com uma das outras infectadas no hospital

 

Visor

SEM FUMAÇA
A lei que proíbe fumar em espaços públicos na Capital completa seis meses hoje. Não há a menor dúvida que todos ganharam com a medida, principalmente em bares, restaurantes e casas noturnas. Para avaliar os resultados do semestre, a Câmara de Vereadores realiza, hoje, uma audiência pública, a partir das 14h30min.
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 GERAL

 

X-FRÁGIL
Encontro discute síndrome do X-Frágil

Deficiência provoca dificuldade de concentração e comunicação, mas já há escolas e instituições especializadas na doençaCamila Suzin Guimarães, 22 anos, é uma jovem alegre e organizada. Mesmo com dificuldade em se concentrar, é esperta e comunicativa, mas só em abril conseguiu voltar à estudar. Ficou parada por três anos. A dificuldade em começar o ensino médio foi de encontrar uma escola que atendesse suas necessidades especiais. Ela tem Síndrome do X-Frágil, deficiência genética difícil de ser percebida, mas que atinge boa parte da população.

Uma em cada 4 mil meninas e um em cada 2 mil meninos nascidos vivos são acometidos pela síndrome, que tem como sintomas hiperatividade, déficit de atenção e dificuldade de contato físico. Quanto mais cedo for diagnosticada, melhor para começar o tratamento.

Para disseminar informações sobre o tema, foi realizado, ontem, o 4º Encontro Catarinense da Síndrome do X-Frágil na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), em Florianópolis. Cerca de 500 pessoas, entre portadores da deficiência, pais, especialistas e entidades de apoio participaram do evento.

O X-Frágil é a segunda deficiência cromossômica mais frequente após a Síndrome de Down, sendo uma das responsáveis por doenças associadas à deficiência intelectual e ao distúrbio do aprendizado.

A especialista em biologia molecular Ingrid Tremel Barbato explica que a condição é consequência do desequilíbrio da proteína FMRP (do inglês, Fragile Mental Retardation Protein), encontrada no cromossomo X (daí a origem do nome da doença).

O composto é responsável pelo desempenho de funções do cérebro, como a intelectual, sensorial, memória, fala, cálculo, interação social e comportamental.

roberta.kremer@diario.com.br

ROBERTA KREMERA doença
Causa
A Síndrome do X-Frágil tem origem genética. É consequência do desequilíbrio da proteína FMRP (do inglês, Fragile Mental Retardation Protein), encontrada no cromossomo X, responsável pelo desempenho de funções do cérebro, como a intelectual, sensorial, social e comportamental.
Sintomas
- Transtorno emocional
- Distúrbio de fala
- Distúrbios no aprendizado
- Dificuldade na leitura
- Dificuldade com cálculos
- Falta de atenção
- Dificuldade de contato físico
- Diagnóstico - O diagnóstico é realizado pelo estudo do DNA por meio de amostra de sangue analisada em um laboratório genético.
- Tratamento - terapias ocupacionais, fonoaudiológicas e psicopedagógicas e medicações para controlar os sintomas.
- Histórico - A síndrome foi diagnosticada pela primeira em 1969, em uma família de dois irmãos com comprometimento intelectual, por meio do estudo citogenético ou cariótipo, feito por Herbert Lubs. Na década seguinte, Grant Sutherland deu o nome de X-Frágil ao cromossomo deficiente.

X-FRÁGIL
Da dificuldade ao gosto pela matemática

Camila tem ausência de um dos cromossomos. Quando criança, era hiperativa e demorou para aprender a falar. Só aos cinco anos conseguiu pronunciar as palavras com clareza. A mãe Kátia Regina Suzin foi em busca de diagnóstico aos dois anos da filha. Descobriu ao ler uma reportagem sobre o assunto no Diário Catarinense.

– Ela tinha todos os sintomas que a reportagem apontava – lembra.

A mãe soube do Projeto Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Ações Inclusivas e entrou em contato com a instituição, que criou um projeto estadual específico para estudantes com Síndrome do X-Frágil. Neste ano, a jovem começou o ensino médio na instituição. A dificuldade de antes virou a disciplina favorita.

 


HOSPITAL SÃO JOSÉ
Atendimento normal

Depois de mudanças no quarto andar, centro cirúrgico é reaberto

Depois de uma semana de mudanças no centro cirúrgico, quando as cirurgias eletivas foram adiadas, o Hospital São José, em Joinville, voltou a ter seu atendimento normalizado.

A reforma no quarto andar do hospital, que começou em 20 de abril, agora se encaminha para os últimos detalhes e deve estar concluída até o final do ano. Mas, no começo da semana as salas que abrigarão os novos leitos estavam vazias – uma decisão está paralisando a obra temporariamente, fazendo com que os operários envolvidos sejam deslocados para outro trabalho da empreiteira.

O próximo passo da reforma é a colocação de pisos, mas a diferença da altura entre os quartos, os banheiros e o corredor farão com que o material tenha que ser diferenciado para evitar problemas de acessibilidade. Com a mudança no tipo de piso, o contrato terá que receber um aditivo para aumentar o orçamento, que é de R$ 496.578,32. Até o processo de inclusão ocorrer, a obra deve ficar parada.

Apesar disso, o diretor do hospital Tomio Tomita afirma que a reforma está dentro do cronograma. Com a conclusão do quarto andar – que estava desativado depois de funcionar como centro de pediatria e ortopedia – o São José vai ganhar mais 30 leitos cirúrgicos. O local será para atendimento semi-intensivo de pacientes em pré-operatório e em recuperação.

– Esses leitos atendem a uma demanda de emergência que temos, mas não resolve o nosso problema – analisa o diretor do hospital.

Para atender de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde, o hospital precisaria de pelo menos mais 250 leitos, já que recebe não só pacientes de Joinville, mas supre a demanda de outras cidades.

 

Joinville

 


PARA MULHERES
Médica do Sul ganha prêmio de ciência

O Estado de Santa Catarina estará bem representado na quinta edição do L’Oréal/Unesco Para Mulheres na Ciência, que premia sete jovens cientistas brasileiras a cada ano.

Entre as vencedoras da Região Sul está a gaúcha de Caxias do Sul (RS) Patrícia Schuck, 29 anos, que trabalha na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma, desde 2009. Ela desenvolve o projeto que tem como objetivo buscar novas estratégias terapêuticas para a fenilcetonúria, doença genética que provoca grave retardo mental em crianças.

A outra sulista é Cristiane Matté, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Ela pretende avaliar os efeitos dos exercícios físicos ao bebê praticados pela mãe durante a gestação.

As duas serão premiadas na categoria Ciências Biológicas, Biomédica e Saúde, e receberão uma bolsa-auxílio no valor de US$ 20 mil para darem continuidade aos trabalhos. A premiação ocorre hoje, às 19h, no Hotel Copacabana Palace, Zona Sul do Rio de Janeiro.

 

SARAMPO NO RS
Três casos confirmados

Duas são irmãs de 10 e 11 anos que viajaram para a Argentina. O terceiro é um bebê de nove mesesTrês casos de sarampo foram confirmados desde julho em Porto Alegre. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, não havia registros de casos da doença nos últimos 11 anos no Rio Grande do Sul.

O governo estadual alerta a população para a importância da vacinação, principalmente para pessoas que vão viajar para países onde há ocorrência de sarampo.

Dos três casos confirmados, dois são de meninas da mesma família, com idade entre 10 e 11 anos, que viajaram para a Argentina no fim de julho. Os sintomas começaram a aparecer em agosto. As duas foram internadas. O terceiro refere-se a um bebê de nove meses que teve contato com uma das meninas contaminadas na sala de espera de um hospital.

A Secretaria da Saúde diz que foram notificados 50 casos da doença até ontem. Desse total, 38 foram descartados; três, confirmados, e nove estão pendentes.

Na cidade catarinense de Videira, no Meio-oeste, uma menina de seis anos recebeu diagnóstico preliminar de sarampo. Mães foram convocadas a atualizar a carteira de vacinação.

O caso ainda não foi confirmado e a garota que apresentou os sintomas estava com todas as vacinas em dia. O diagnóstico preliminar foi obtido após um exame de sangue feito na última sexta-feira, que mostrou resultado positivo quanto ao vírus.

Para ter a confirmação definitiva, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) terá de esperar 20 dias para que o corpo da criança reaja ou não ao vírus. Passado esse prazo, um novo exame de sangue será feito.


ARTIGOS
Remédio para o país, por Moacir Loth*

A ciência, a tecnologia e a inovação andam a passos de tartaruga no Brasil por conta da burocracia estratosférica que atravanca os nobres caminhos da pesquisa e dos pesquisadores nas universidades, institutos e até nas empresas. Ao cobrir a 4ª Conferência Nacional de CT&I, realizada em Brasília, a Folha de S. Paulo detectou, por exemplo, o fosso imenso entre ciência básica e inovação. Celebrado como campeão da biodiversidade, o Brasil sequer engatinha no aproveitamento desse patrimônio para a população.

Este grito sem eco em defesa da pesquisa e da atividade científica teve origem quando o professor João Batista Calixto, da Coordenadoria Especial de Farmacologia da UFSC, denunciou que “o Brasil depende 100% de importação de medicamentos porque as patentes são concentradas em apenas cinco países”. O editorial assinala que o Brasil “detém o escore irrisório de menos de 1% das patentes mundiais”. O caso do único fitoterápico nacional volta a ser ilustrativo. Seu criador, João Batista Calixto, decidiu transferir o laboratório da UFSC para o Sapiens Parque.

O mercado interno para esses remédios pode chegar à casa dos US$ 550 milhões; e, no mundo, à casa dos US$ 44 bilhões. O Brasil estaria deixando de gerar US$ 5 bilhões ao ano por incapacidade de criar remédios a partir das suas plantas. Calcula-se que as matas brasileiras abriguem até 2,4 milhões de espécies vegetais e animais. Essa estimativa pode orgulhar o Brasil, mas também dá a dimensão exata do atraso científico brasileiro. E mirando no Instituto dos Fármacos do Sapiens, acerta ao cientificar-se que não falta ciência de qualidade. Faltam, sim, pessoas, instituições e políticas em condições de erguer uma ponte entre os laboratórios da academia e as bancadas industriais. Passam por aqui, além da soberania política do país, o emprego, a renda e a saúde da população.

Mais do que nunca ciência, tecnologia e inovação clamam pela condição de política permanente, livre da infernal burocracia.

 

*Jornalista da UFSC

 

 

 Colunista Cacau Menezes


Voto médico
A ACM defende o voto nos médicos candidatos comprometidos com propostas capazes de alcançar as melhorias necessárias, indispensáveis e urgentes para a assistência médico-hospitalar de qualidade de nossa população.

A entidade entende que o voto de médico para médico é importante na medida em que a representação de profissionais da medicina nos poderes Executivo e Legislativo abre portas, amplifica a sua voz e leva ao debate questões que precisam ser verdadeiramente priorizadas. O mailling corre solto

 

 

Hospital Tereza Ramos terá residência médica

O Hospital Tereza Ramos (HTR) abrirá seis novas vagas para residência médica. Serão quatro para clínica médica e duas para cirurgia geral.

As vagas deverão ser preenchidas até março de 2011, por meio de um concurso público da Secretaria de Estado da Saúde, previsto para o mês de novembro deste ano.

Além do Tereza Ramos, o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres também será contemplado com duas vagas. Uma parceria com a Clinitrauma possibilitará a residência médica em ortopedia e traumatologia.

De acordo com a Coordenadora da Residência Médica do HTR e do Curso de Medicina da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), Cristina Subtil, a inclusão desta modalidade no quadro hospitalar de Lages é uma preocupação da Secretaria de Estado da Saúde com o número de médicos que saem das universidades onde não há pós-graduação.

“Por isso a secretaria está aumentando o número de vagas de médicos residentes em todo estado”, explica.

O objetivo, segundo a médica, é melhorar a qualidade dentro das especialidades principalmente das clínicas e cirúrgicas.

“O ganho para a cidade será muito alto pois abrirão novas vagas para oito médicos e com isso deve-se melhorar a qualidade do atendimento”, afirma Cristina.

Para que Lages pudesse se inscrever no processo de residência médica, foi necessário um cadastro no Ministério da Educação e Cultura (MEC), uma nova plenária deve acontecer em outubro, com abertura de edital e as provas possivelmente acontecem no mês seguinte.

Cristina esclarece que o curso de Medicina tem a duração de seis anos, após este período os interessados em seguir alguma especialidade precisam fazer residência médica. Lages mesmo tendo o curso superior não oferece pós- graduação.

Até agora, os alunos que se formavam na Uniplac, buscavam outras cidades para fazer sua residência. “Ano passado formamos 26 estudantes, destes alguns fizeram o concurso da prefeitura e foram trabalhar direto nas Unidades de Saúde do Município, atuando nas Estratégias de Saúde da Família, os demais estão fazendo residência em hospitais de outras cidades do estado ou até em estados vizinhos”, destaca a coordenadora.

“Vai ser um grande avanço para a cidade de Lages, pois teremos uma pós-graduação em clínica médica, em cirurgia em ortopedia e traumatologia”, comemora Cristina.