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POLÊMICA NA CÂMARA
Chazinho na receita pode?

Vereadores votam projeto que prevê o uso de fitoterápicos na saúde pública
O chá que sua avó ou que pessoas como a dona Terezinha Valter, de 65 anos, recomendam para doenças do dia a dia poderão ser receitados nos postos de saúde de Joinville em breve. A Câmara de Vereadores vota hoje, às 10 horas, o projeto de lei que institui a Política Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Polêmica, a proposta enfrenta críticas e resistência de médicos.

O que se quer é que o uso de chás e ervas seja reconhecido e recomendado na rede pública como opção no tratamento de doenças. A proposta também quer orientar sobre o modo de preparo, os benefícios e efeitos colaterais de cada planta, além de incentivar o cultivo de maneira que gere renda a pequenos produtores.

A discussão sobre o assunto começou há cerca de um ano e meio, por incentivo da Pastoral da Saúde, segundo a gerente de infraestrutura e capacitação da Fundação 25 de Julho, Edite da Silva, uma das integrantes do projeto. A ideia foi aperfeiçoada na própria fundação, ganhou colaboração de médicos, biólogos e outros profissionais e originou uma pesquisa na área rural.

Segundo Edite, de cerca de 200 pessoas entrevistadas, 96% disseram utilizar plantas para tratar de problemas de saúde e 91% afirmaram ter obtido resultados esperados. O levantamento também revelou que 93% gostariam que os médicos pudessem prescrever plantas medicinais nos postos.

A iniciativa ganhou apoio do prefeito Carlito Merss (PT) e virou projeto de lei por meio do vereador Manoel Bento (PT). Defensores acreditam que ela passará com facilidade no Legislativo. O projeto tem respaldo na Política Nacional de Práticas Interativas e Complementares – que regulamenta atividades como a acupuntura – e na Política Nacional de Plantas Medicinais. O assunto ganhou espaço após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentar, em março, o uso de 66 plantas. O documento traz o modo de uso, contraindicações e efeitos de cada planta.

SAIBA MAIS

- O projeto de lei prevê a criação de um grupo de trabalho para a elaboração do Programa Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, num prazo de seis meses.

- O grupo envolverá Secretaria da Saúde, Conselho Municipal de Saúde, Fundação Municipal Rural 25 de Julho, Escola Agrícola, Pastoral da Saúde, Secretaria de Educação, Epagri, Fundema, universidades e entidades que desenvolvam pesquisa na área.

AN.com.br

Lista de plantas medicinais autorizadas pela Anvisa

rogerio.kreidlow@an.com.br

 


POLÊMICA NA CÂMARA

É preciso conhecer as plantas


A fitoterapeuta Maria Gesser é uma das profissionais que tentam dissociar o uso das plantas do curandeirismo. Formada em biologia e pós-graduanda em fitoterapia, ela trabalha há 12 anos na área e defende que é preciso conhecer bem as substâncias de cada planta antes de receitá-las.

“É um trabalho com base científica, não tem nada de cura milagrosa. A fitoterapia ensina o que é remédio e o que é veneno em cada planta. A ingestão de uma pontinha de babosa, por exemplo, pode matar um homem de 60 quilos, pouca gente sabe”, afirma.

Para ela, a regulamentação é importante para acabar com preconceitos contra a atividade. “Assim como respeito a medicina tradicional e o médico que estudou por anos, acho que projetos como esse também ajudam a fitoterapia a ser respeitada”, comenta.


POLÊMICA NA CÂMARA
Médicos são contra uso indiscriminado


Na série de reportagens “É bom para quê”?, exibida no programa “Fantástico”, da Rede Globo, o médico Dráuzio Varella mostra que a falta de conhecimento científico sobre o uso de plantas medicinais pode trazer mais problemas do que benefícios à saúde, o que rendeu protestos de defensores da fitoterapia, inclusive de que existiria pressão da indústria farmacêutica para barrar tratamentos alternativos.

Em Joinville, médicos também se dividem sobre o assunto. O presidente da Sociedade Joinvilense de Medicina (SJM), Ricardo Polli, diz que a posição da instituição é bem clara: os medicamentos fitoterápicos podem ser usados desde que tenham a devida autorização e inspeção da Anvisa, que é o órgão que fiscaliza os medicamentos no País. “Tendo isso em vista, liberamos o médico a receitar fitoterápicos, dentro da dosagem e da forma de uso recomendadas pelo órgão federal, se ele entender que ele pode trazer benefícios ao paciente”, diz Polli.

Segundo ele, é importante que haja todo cuidado, porque, além de substâncias que podem fazer mal, plantas também podem carregar fungos e bactérias que podem agravar o quadro de saúde das pessoa.

O presidente regional do Sindicato dos Médicos, Hudson Carpes, vê o assunto com ressalvas. “O chazinho antes de dormir, para acalmar, nem deveria precisar de lei. O que não pode é o governo querer usar chá e erva apanhados no quintal para querer curar problema da saúde pública, que é a falta de médicos, de equipamentos, de hospital, de pesquisa científica séria. Muita gente usa qualquer coisa sem cuidado, buscando curandeiros e curas milagrosas, simplesmente porque o sistema de saúde não funciona como deveria”, critica.


  

DEPENDÊNCIA QUÍMICA
Saúde recebe projetos


Municípios e centros terapêuticos podem disputar recursos para criação de leitosQuatro meses após anunciar a criação de um plano nacional contra o crack, o governo definiu ontem as regras para que os municípios possam se candidatar aos 6.120 leitos para o tratamento de usuários no País. Entidades assistenciais e comunidades terapêuticas também podem pleitear acesso aos recursos.

O Ministério da Saúde não determinou quantos leitos serão destinados a cada Estado. Os editais para credenciamento serão publicados hoje no “Diário Oficial da União”. Segundo o secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde, Roberto Beltrame, a demora foi motivada pela negociação com as entidades especializadas no tratamento de viciados.

“As comunidades terapêuticas trabalham de formas diferentes, então tivemos de conversar para definir critérios de seleção para a distribuição das verbas”, diz Beltrame. Serão 2,5 mil vagas em hospitais gerais e 2,5 mil em comunidades terapêuticas. Cidades com mais de 200 mil habitantes poderão disputar um dos 50 centros de atenção psicossocial para dependentes de álcool e drogas.

Municípios com até 20 mil moradores terão direito a 225 núcleos de apoio à saúde da família, nos quais será feito o atendimento inicial dos dependentes químicos. Segundo o ministério, a distribuição das novas vagas em hospitais e centros especializados dependerá do interesse e dos projetos.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski, as prefeituras não têm estrutura para arcar com as novas responsabilidades. “Como municípios vão fazer concurso para médicos, psiquiatras e enfermeiros para atender? Onde estão os recursos para as contratações?”.

De acordo com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, não há motivo para os prefeitos se preocuparem. “As internações serão financiadas pelo governo e os recursos, repassados diretamente aos municípios”, assegura.

 

Cota atendida
A cota mensal é de oito cirurgias bariátricas (redução de estômago) pelo SUS em Joinville. Mas tem mês em que a Gerência da Saúde (governo do Estado) consegue incluir mais algumas, quando a demanda cresce. As operações são realizadas no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. De acordo com a gerência, não há fila de espera pelo procedimento.


Chance aos fitoterápicos

Hoje, a Câmara de Joinville deve votar projeto da Prefeitura que cria programa de medicamentos fitoterápicos na cidade. Os fitoterápicos são produzidos a partir de plantas medicinais. Manoel Bento (PT), defensor do projeto, diz que o plenário da Câmara deverá lotar com os interessados na aprovação. O projeto de Joinville seria uma espécie de regulamentação de resolução federal.

Remédios em falta

Estão faltando os medicamentos lovastatina (combate ao colesterol) e losartan (para hipertensos). São distribuídos 300 mil comprimidos a cada 90 dias na cidade. A Secretaria de Saúde de Joinville admite o problema. O fornecedor teria alegado dificuldades para conseguir matéria-prima. A secretaria deu 15 dias para a regularização. O prazo está acabando.

Defensores do Protocolo de Manchester apontam o Hospital da Unimed em Belo Horizonte, inaugurado no final do ano passado, como usuário do sistema de triagem. O Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo também usa um sistema eletrônico com base no protocolo. Um dos questionamentos da Sociedade Joinvilense de Medicina é a resistência das instituições privadas em adotar o protocolo.
Uma explicação


Sobre a queda no número de pacientes no pronto-socorro do Hospital São José durante a greve, já encerrada, dos médicos residentes, médico de Joinville dá uma pista. “Os residentes não têm autonomia nem segurança para tomarem decisões definitivas, nem o devem fazê-lo. Por isso, internam ou mantêm em observação os pacientes para a avaliação do médico preceptor. Se não há residente, o preceptor toma as decisões na hora, trata, indica cirurgia, opera ou dá alta”, explica.

 

CRACK NEM PENSAR
Abertura de editais para mais leitos

Quatro meses após anunciar a criação de um plano nacional contra o crack, o governo definiu ontem as regras para que os municípios possam se candidatar aos 6.120 leitos para o tratamento de usuários em todo o país.

Entidades assistenciais e comunidades terapêuticas também podem pleitear acesso aos recursos.

O Ministério da Saúde não determinou quantos leitos serão destinados para cada Estado. Os editais para credenciamento serão publicados hoje no Diário Oficial da União.

Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Roberto Beltrame, a demora foi motivada pela negociação com as entidades especializadas no tratamento de viciados.

No total, serão 2,5 mil vagas em hospitais gerais e outras 2,5 mil em comunidades terapêuticas.

 
LEISHMANIOSE
Expedição na Lagoa

Fiocruz quer descobrir quais animais silvestres mantêm o ciclo dos mosquitos transmissoresProfissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, chegam à Capital sábado para participar de uma expedição científica em conjunto com as secretarias de Saúde do Estado e de Florianópolis.

O objetivo é determinar quais os animais silvestres contribuem para a manutenção do ciclo de vida dos mosquitos transmissores da leishmaniose, doença que teve foco identificado na Lagoa da Conceição.

Segundo a gerente de Zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de SC, Suzana Zeccer, o estudo deve durar cerca de uma semana. As atividades devem começar no domingo. A equipe vai contar com a participação de 15 profissionais, entre cientistas, técnicos, biólogos e veterinários. Não há data prevista para o resultado dos exames.

As fontes de infecção da leishmaniose são, principalmente, animais silvestres. Os mosquitos, ao picarem esses animais, acabam sendo contaminados e se tornam transmissores. Porém, os cães podem ser infectados e transmitir para o homem. A leishmaniose visceral é crônica. Se não for tratada, pode levar à morte em até 90% dos casos humanos.

A Secretaria de Saúde da Capital divulgou, ontem, o resultado das 206 amostras de sangue de cães encaminhado ao laboratório. Do total analisado, cinco foram confirmados, totalizando nove casos. Todos os registros positivos eram de animais do Cantos dos Araçás. Os cães devem ser exterminados.

Entretanto, a diretoria da (Dive) informou que foram registrados 13 casos, sendo que oito foram confirmados, e cinco, exterminados.

 

EM DISCUSSÃO
Fitoterápicos para todos os joinvilenses

O chá que sua avó recomenda para doenças do dia a dia poderão ser receitados nos postos de saúde de Joinville em breve. A Câmara de Vereadores vota hoje o projeto de lei que institui a Política Municipal de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Polêmica, a proposta enfrenta críticas e resistência de médicos.

O objetivo é que o uso de chás e ervas seja reconhecido e recomendado na rede pública como opção no tratamento de doenças. A proposta também quer orientar sobre o modo de preparo, os benefícios e efeitos colaterais de cada planta, além de incentivar o cultivo de maneira que gere renda a pequenos produtores.

Defensores acreditam que a proposta passará com facilidade pelo Legislativo. Além do apelo popular e econômico do assunto, ela prevê o controle sanitário da produção desses medicamentos, o incentivo à pesquisa científica e a criação de um hortomedicinal que capacite profissionais no cultivo e preparo das plantas.

O projeto tem respaldo na Política Nacional de Práticas Interativas e Complementares, que regulamenta atividades como acupuntura, e na Polícia Nacional de Plantas Medicinais.

 Joinville

 

 
EDITORIAIS
Ação contra o crack

Quatro meses depois de anunciar amplo projeto nacional de combate ao crack, com ênfase desde a repressão ao tráfico até o tratamento de dependentes, o governo federal deu, ontem, mais um passo para transformar as intenções nessa área em realidade. Em Brasília, foram abertos os editais do Plano de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas. A particularidade de o ato ocorrer em meio à campanha eleitoral reforça a importância de a sociedade redobrar a atenção sobre a necessidade de cobrar a concretização de promessas das quais depende, em muito, a solução para o drama das drogas, especialmente do crack.

Lançado em maio, na presença de prefeitos de todo o país, o projeto acena com investimentos de R$ 140 milhões, capazes de permitir a criação de 6 mil leitos, a ampliação dos serviços de atenção e maior qualificação da rede. Mais do que pelos recursos e pelos objetivos, porém, o plano é importante por integrar esforços, somando os da União aos dos estados e dos municípios, além dos empreendidos pela sociedade de maneira geral. Por isso, a eficácia da intenção vai depender da confiança de representantes do poder público nas diferentes instâncias da federação e da sociedade.

A entrada em cena do governo federal reforça uma perspectiva positiva no combate à droga, com a vantagem de ampliar os recursos disponíveis. Ainda assim, os avanços esperados vão depender, sobretudo, da pressão por parte da sociedade, afetada diretamente pelo problema.

 

 


Secretário da Saúde recebe Medalha do Mérito da Aviação

 
O Secretário de Estado da Saúde, dr. Roberto Hess de Souza, recebe nesta segunda-feira, 20 de setembro, a Medalha do Mérito da Aviação da Polícia Militar de Santa Catarina. A solenidade de outorga do prêmio máximo instituído, este ano, pelo decreto nº 3.192, será às 16h, no portão 1 da Infraero, no aeroporto Hercílio Luz, onde está localizado o hangar do Batalhão de Aviação da PMSC.

 Para o secretário Hess de Souza, a condecoração se deve ao sucesso da parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Polícia Militar, com resultados diários e efetivos no transporte aéreo de pacientes em estado grave e também no transporte de órgãos captados em Santa Catarina e de pacientes aptos ao transplante. "Me emociono lembrando as histórias de resgate aéreo em Santa Catarina, porque antes de trabalhar de forma integrada com a Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros, o SAMU já mantinha uma parceria com a Polícia Militar, e na maioria dos casos, se não fosse a agilidade serviço, o paciente não resistiria", ressalta o secretário.

Conforme define o comando da PM, o objetivo da condecoração é "galardoar militares estaduais e federais, civis e instituições que tenham contribuído para o maior brilho ou prestado relevantes serviços à causa da Aviação de Segurança Pública e Defesa Civil". Cunhada em bronze com banho de ouro, a medalha, segundo o secretário Hess de Souza, é mais uma demonstração da maturidade da corporação. "Como Secretário de Estado da Saúde, recebo este prêmio em nome da maravilhosa equipe técnica da SES.
Meu sentimento é de alegria, surpresa e também de gratidão aos servidores da Saúde, com quem quero dividir esta homenagem".

 

 

 

 

Raio-x não atende a demanda

São José- num local onde mais de 400 pessoas buscam radiografias diariamente, um único equipamento para atender à  demanda fez a fila de espera no Hospital Regional de São José chegar há cinco hosras. Na semana passada, das três máquinas apenas uma funcionava. Para alívio da população e da equipe de técnicos, um equipamento com tecnologia japonesa foi instalado emergencialmente, enquanto outro recebe manuntenção. No momento, são duas máquinas que trabalham 24 horas por dia. Uma das pacientes a utilizar o novo aparelho foi a atendente Maria Lucena,44  anos. Moradora de Barreiros, ela desmaiou enquanto adanva de bicicleta e teve fraturas na fase e no ombro esquerdo. Com o pé direito fraturado, a garçonete Dairlane da Rosa,24, fez o exame na máquina usada, no local há mais de 20 anos. De acordo com o técnico em biometria Juliano Mateus, o novo equipamento, além de moderno, possui ergonomia bem melhor para os técnicos do setor. A direção do hospital defende a abertura de policlinicas munipais para diminuir a demanda no local. Muitos casos que poderiam ser resolvidos, até mesmo em postos de saúde acabam  na emergência do Hospital Regional.