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DENÚNCIA
Falso médico diz que é um xamãO homem que fazia consultas médicas duas vezes por semana e vendia remédios a pacientes em um hotel em Porto Alegre, disse ontem que jamais se passou por médico e nem pratica qualquer atividade ilegal, conforme suspeita o Conselho Regional de Medicina (CRM) gaúcho.

Descendente de indígenas nascido em Erechim (RS), José Mauro da Rosa, 51 anos, vive em Gravatal, no Sul de SC. Ele se considera um xamã, espécie de curandeiro com conhecimentos práticos e que oferece tratamentos naturais contra mais de 80 problemas de saúde.

Mauro se mostrou surpreso com o flagrante das consultas exibido pela RBS TV do RS. Segundo ele, a fitoteparia (tratamento de doença com o uso de plantas medicinais) é uma prática milenar e, mesmo rejeitada pela medicina convencional, apresenta resultados satisfatórios.

– Trabalho como xamã há 34 anos e calculo ter atendido 1 milhão de pessoas. Não fiz nada de ilegal, apenas faço diagnóstico das doenças e receito remédios naturais – diz.

O curandeiro tem um consultório onde recebe pacientes nas Termas de Gravatal. Na recepção há uma prateleira onde estão alguns dos medicamentos que ele receita e vende. Os frascos não têm informações técnicas, procedência ou prazo de validade. Em Porto Alegre, o flagrante da RBS TV mostrou que alguns remédios custavam mais de R$ 250.

 

Porto AlegreCremers
Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), qualquer atitude que vise ao tratamento de doença por pessoa não habilitada como médico é considerada charlatanismo, passível de ser enquadrada no Código Penal como exercício ilegal da medicina.
– Ele é réu confesso, pois não sendo médico, está exercendo ilegalmente a profissão. Ele produz e vende medicamentos sem embasamento em procedimentos científicos comprovados e sem autorização da Anvisa. Cada doença necessita de um remédio específico e conhecido. A conduta desse cidadão é extremamente perigosa.

 

Colunista Cacau Menezes-


RECORDE – Loja McDonalds no Shopping Itaguaçu, em São José, bateu todos os seus recordes, com 3.381 sanduíches vendidos no McDia Feliz, sábado. Foi a maior venda de Big Mac em todos os restaurantes de shoppings do Sul do Brasil. Também foram vendidas 1,2 mil camisetas. A renda vai cobrir custos de atendimento ao câncer.

 

 

Captação. Milene Aparecida Machado tem a difícil missão de abordar a familia no momento da perda

Você é um doador?

Milene Aparecida Machado tem a difícil missão de abordar os familiares, minutos após a morte do possível doador de  órgãos e tecidos. Aos 47 anos, ela é a enfermeira que coordena a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes do Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. " Procuro dar informações e apoio à familia. Por mais que já faça esse trabalho há bastante tempo, sempre me coloco no lugar dos parentes", comenta Milena. A frieza clínica só disfarça o quanto a enfermeira é emotiva. Das 56 famílias que Milene Abordou neste ano, 25 recusaram doar os órgãos. " O índice de pessoas que não autorizam, infelizmente, é muito alto ", afirma a enfermeira.