GREVE
No São José, só os casos de emergênciaDesde ontem à tarde, o pronto-socorro do Hospital Municipal São José (HMSJ) atende apenas a casos de urgência e emergência. A decisão da direção do hospital foi tomada para garantir o atendimento dos pacientes que já estão internados.
No hospital, 135 (12,2%) dos 1.139 funcionários municipais estão parados – outros 94 médicos residentes também estão em greve. Os PAs Sul e Norte também estão atendendo apenas a urgência e emergência, assim como o Hospital Regional, que tomou a medida na terça-feira, quando a greve dos residentes teve início.
QUÍNTUPLAS
Carinho ajuda na recuperaçãoQuanto vale o colinho da mamãe? Para as gêmeas Evelin, Isadora, Poliana, Samanta e Vitória, que hoje completam uma semana, a resposta vem em miligramas. O contato diário com a fotógrafa Sidnéia Daufemback Batista, 31, tem ajudado no ganho de peso.
A mãe aproveita os minutos da amamentação para transmitir carinho, pegar no colo e colocar junto ao peito cada menina. Da mesma forma, o pai Anderson Voss, 35 anos, procura dar afeto durante as visitas. Atitudes que contribuem na recuperação das quíntuplas. Prematuras, elas permanecem na UTI neonatal da Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, até atingirem dois quilos. As crianças recebem complementação alimentar e leite materno
As meninas pesaram entre 1.050 kg e 1.280 kg ao nascer. Hoje, registram entre 1.035 kg e 1.205 kg, o que é normal no processo de recuperação. A previsão de alta é somente para outubro.
MÉDICOS URUGUAIOS
Contratação vira disputa judicial
No RS, sindicato e conselho não reconhecem atuação de estrangeirosA médica uruguaia Dinorah Bilhalva, 52 anos, está desde 18 de fevereiro no programa de Estratégia da Família da prefeitura de Santa Vitória (RS). A estrangeira trabalha em terras gaúchas graças ao Decreto Legislativo n° 933/2009, que ajusta a residência, o estudo e o trabalho na área da saúde entre brasileiros e uruguaios em um raio de 20 quilômetros dentro das fronteiras dos dois países. Documento da discórdia com os órgãos médicos no Estado.
A cidade gaúcha tem 35 médicos para atender seus 31 mil habitantes. Buscou um especialista em saúde comunitária. Em 2008, abriu concurso público, mas sem interessados.
Sem opção, contratou Dinorah, o que abriu uma disputa judicial com o Sindicato Médico (Simers) e o Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers). O decreto autoriza a contratação de serviços como consultas no país vizinho, mais deixa dúvidas sobre a entrada dos uruguaios no Brasil sem a revalidação do diploma e o registro profissional, exigências do conselho e do sindicato.
A disputa se iniciou na Justiça Estadual, que concedeu liminar e afastou Dinorah das suas atividades em abril. Depois da liminar cassada, ela voltou ao posto. A questão foi para a Justiça Federal, que, no último dia 3, manteve o direito da uruguaia atuar no Brasil sem reconhecer o diploma, bastando apenas a carteira de fronteiriço, CPF e carteira de trabalho nacionais. Simers e Cremers recorreram da decisão.
“Trabalho há mais de 20 anos com saúde preventiva, tenho condições e prazer de realizar o meu serviço”, argumenta Dinorah.
A vice-presidente do Simers, Maria Rita Brasil, diz que o sindicato não reconhece estes profissionais como médicos. “Trazer estrangeiros é uma tentativa de superar a crise da saúde de uma forma mais barata, pagando menos do que os médicos brasileiros recebem”, argumenta Maria.
Cantora que infectou namorado é condenadaA cantora alemã Nadja Benaissa, 28 anos, da banda No Angels, foi condenada ontem em Darmstadt, na Alemanha, por infectar seu então namorado com o vírus da Aids. Apesar de saber que era portadora do HIV, ela não alertou o namorado sobre isso – e ele não usou preservativo. Nadja não irá para a prisão – recebeu sursis (suspensão condicional da pena) –, mas terá de cumprir 300 horas de trabalho comunitário. “Eu lamento do fundo do meu coração. Gostaria de poder voltar no tempo e desfazer tudo isso”, disse ela.
Só urgência
Em nota ontem, o Hospital São José alegou que o pronto-socorro só atenderá casos de urgência. Mas pronto-socorro não é para isso? É, diz a Secretaria de Saúde, só que casos que não tão urgentes acabavam atendidos na unidade. A medida foi tomada por causa da greve. Hoje, talvez a Prefeitura entre com ação para tentar liminar que obrigue o sindicato a manter a presença de 100% dos servidores no pronto-socorro. O MP já está acompanhando os efeitos da greve na área da saúde.
QUÍNTUPLAS
Colinho de peso
Carinho ajuda na recuperação das gêmeas, que completam uma semana hojeQuanto vale o colinho da mamãe? Para as gêmeas Evelin, Isadora, Poliana, Samanta e Vitória, que hoje completam uma semana de vida, a resposta vem em miligramas. O contato diário com a fotógrafa Sidneia Daufemback Batista, 31 anos, tem ajudado no ganho de peso.
A mãe aproveita os minutos da amamentação para pegar no colo, transmitir carinho e colocar junto ao peito cada uma das meninas. Da mesma forma, o pai, Anderson Marcelino Voss, 35 anos, procura dar afeto durante as visitas. Isso contribue na recuperação das quíntuplas.
Prematuras, elas permanecem na UTI Neonatal da Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, até atingirem dois quilos. Além do leite materno, as crianças recebem complementação alimentar.
– Está comprovado que essas ações que geram vínculos de aproximação entre pais e filhos provocam melhor evolução nos quadros que envolvem recém-nascidos – explica o médico Remaclo Fischer Júnior, chefe do Serviço de Neonatologia da maternidade.
As meninas pesaram entre 1.050 kg e 1.280 kg ao nascer. Ontem, registraram entre 1.035 kg e 1.205 kg. Segundo Fischer, a perda de peso é normal. Ele ressalta que se trata de uma recuperação prolongada e a previsão é que recebam alta somente em outubro.
Enquanto isso, Sidneia e Anderson contam os minutos para voltar para Braço do Norte, onde residem, acompanhados das cinco filhas.
– Estamos muito felizes e ansiosos para irmos para casa. Mas vamos esperar que elas fiquem bem fortes. Enquanto isso, só temos a agradecer a atenção e o carinho que temos recebido – ressalta Sidneia.
Ela e o marido, aos poucos, identificam as particularidades de cada menina. Eles contam que as filhas não são idênticas e possuem poucas características em comum.
– São três galeguinhas e duas moreninhas – revela Anderson.
Em meio à felicidade, o casal demonstra preocupação. Afinal, os gastos são multiplicados por cinco. O chefe do Serviço de Neonatologia estima que devem ser usadas, no mínimo, 20 fraldas por dia. Além disso, cada criança deve ingerir entre 400 ml e 500 ml de leite nos primeiros meses assim que saírem da maternidade.
MELISSA BULEGONPara ajudar
Quem quiser ajudar os pais Sidneia e Anderson, podem depositar qualquer valor na conta 18056-4, da agência 0336-0 do Bradesco. Para quem preferir prestar outro tipo de auxílio, basta entrar em contato pelo telefone (48) 9987-9494.
QUÍNTUPLAS
Um caso a cada 40 milhõesA surpresa que a gravidez de quíntuplos causa é justificável: a incidência é de uma para cada 40 milhões.
O mais comum é um espermatozoide fecundar um óvulo. Quando dois conseguem furar o bloqueio, surge a gestação univitelina, que originam gêmeos idênticos.No caso das quíntuplas, foram cinco óvulos diferentes fecundados por cinco espermatozoides. São os chamados gêmeos fraternos.
Os sintomas podem ser os mesmos de uma gestação única: sonolência, atraso menstrual e, em alguns casos, enjoos. Mas as modificações no organismo são diferentes na maioria dos casos de gravidez múltipla. Requerem atenção redobrada por parte da mãe e do médico, já que aumentam os riscos de diabetes, pré-eclâmpsia (elevação da pressão arterial) e nascimento prematuro.
O médico Jorge Abi Saab Neto, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e chefe da equipe que fez o parto das quíntuplas em Florianópolis, explica que, na gestação gemelar, o volume do útero aumenta conforme a quantidade de placentas. Quanto maior, mais ele cresce.
– O útero é um músculo que quando atinge o máximo de distensão, começa a se contrair e isso causa a prematuridade – explica o obstetra
EM POUCOS MESES
Célula-tronco será usada contra asma
Cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desenvolveram um método para regenerar o pulmão de pacientes com asma usando células-tronco obtidas da medula óssea. O anúncio foi feito durante reunião da Federação de Sociedades de Biologia Experimental. A técnica foi testada com sucesso em camundongos, e as primeiras experiências com pacientes devem começar em poucos meses.
MATERIAL CURIOSO
Sangue menstrual é semelhante à medula
A medula óssea é uma das principais fontes de células-tronco, mas a variedade de métodos não para de crescer. Cientistas apostam agora no sangue menstrual. O material, normalmente desprezado nas pesquisas tradicionais, é a matéria-prima da pesquisadora Regina Coeli Goldenberg, da UFRJ. Resultados em laboratório mostram que o sangue menstrual tem capacidade de diferenciação semelhante à da medula.
EDITORIAIS
O avanço do crackA informação de que a média mensal de apreensão de crack, em Santa Catarina, nos seis primeiros meses deste ano, aumentou 59,3% em relação ao total das apreensões de todo o ano passado, mais do que preocupante, é assustadora e indica que chegou a hora de a sociedade mobilizar-se por inteiro para combater o mal que se alastra com rapidez epidêmica, destruindo vidas jovens em esmagadora maioria e semeando a violência e a criminalidade em todas as suas formas. Cabe razão à presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes, delegada Sandra Maria Pereira, quando lembra ser a polícia a Civil e a Militar a única instituição atuante na guerra ao tráfico e ao consumo desta droga imunda. Com efeito, a passividade de outros setores públicos e da sociedade, em geral, só contribui para que o mal se dissemine com virulência e velocidade cada vez maiores.
Com efeito, a ninguém mais é lícito ignorar que, mais do que um caso de polícia, estamos diante de uma ameaça real e imediata à paz social. Os novos números das apreensões de pedras de crack – média de 22.833 por mês no primeiro semestre – refletem-se, também, em mais homicídios na guerra entre as quadrilhas de traficantes, na multiplicação dos assaltos a mão armada nas ruas e em outros delitos violentos, como se constata na disparada dos registros policiais referentes. Se, até há pouco tempo, o tráfico e consumo concentravam-se em cidades maiores, confere-se, agora, que avançam, também, para outros rincões do Estado.
É óbvio que a disseminação da droga reflete, também, carências sociais e a falta de serviços e equipamentos públicos em áreas periféricas. Mas, no momento, e diante dos novos números, a prioridade é a repressão ao tráfico – e também ao consumo, que nutre a escalada da violência, ao mesmo tempo em que se impõe definir e aplicar novas e mais eficientes estratégias e ações para prevenir e conter o avanço desta “epidemia”.
ÓRGÃOS
Filas crescem junto com cirurgias
Recusa de familiares limita número de transplantes
BLUMENAU - O número de transplantes de fígados executados no Hospital Santa Isabel cresceu 203% em cinco anos. Mas a fila de espera, que contempla pacientes de todo o Estado, também seguiu o ritmo e registrou aumento de 245% no mesmo período. A unidade é referência nacional no transplante de fígado e divide com o Hospital Municipal São José, de Joinville, a demanda de doentes hepáticos de Santa Catarina. Na lista de espera do Estado, ainda aguardam por um fígado 159 pacientes, que disputam o órgão com pessoas vindas de outros Estados.
Davi Bezerra já foi um deles. Aos 57 anos desfruta a saúde de um garoto. Para se curar, saiu da longínqua Palmeira dos Índios, no interior de Alagoas. Lá, médicos lhe disseram que em Santa Catarina seria mais fácil conseguir o órgão, lhe dispensando da necessidade de passar pela longa fila de espera do Nordeste. Davi chegou a Blumenau em janeiro de 2009 e em sete meses recebeu o fígado:
– Nasci de novo. Os exames estão normais e a saúde está de volta. Depois de tudo o que passei, me sinto mais confiante na vida.
O drama de superar as filas não é único dos doentes hepáticos, estendendo-se para todos os pacientes na fila de espera. O principal impedimento em viabilizar os transplantes é a recusa dos familiares em permitir a captação de tecidos saudáveis. Ano passado, os 28 hospitais credenciados no Estado para captar órgãos notificaram 279 famílias que tinham parentes internados com morte cerebral, com potencial para ser doador. No entanto, menos da metade dos casos - 41,83% - autorizou o procedimento. Até o final de julho deste ano, a média de aceitação foi mais baixa ainda, caindo para 34,7%. A resistência das famílias foi responsável por mais da metade das rejeições, entre casos de contraindicação médica e falta de estrutura de captação.
– As famílias justificam o desejo de manter o corpo intacto para sepultar ou argumentam que o paciente desejou em vida não doar. Não compreendem que hoje estão no papel de doador, mas podem ser um receptor no futuro – explica a coordenadora do Ambulatório de Transplantes do Hospital Santa Isabel, Solange Avila Ramos.
CRISTIAN WEISS
DOAÇÕES NO ESTADO
Em 2009, os hospitais credenciados para fazer a captação indicaram 279 pacientes com morte cerebral como potenciais doadores de órgãos. No entanto, apenas 120 transplantes foram feitos. O maior fator limitante foi a recusa das famílias em autorizar a doação.
Os transplantes de fígado do Hospital Santa Isabel* evoluíram 203% em cinco anos. Mas a fila de espera do Estado cresceu 245% no mesmo período.
* O Santa Isabel era o único a fazer transplante de fígado em Santa Catarina até o início de 2009, quando o Hospital Municipal São José, de Joinville, começou a operar, realizando três transplantes do órgão até hoje.
ÓRGÃOS
Aposentado já espera 10 anos por órgão
A casa branca de cercas baixas na Rua dos Caçadores, em Blumenau, abriga uma esperança vinda de longe. O aposentado Fernando Sarmento veio de Maceió (AL), em busca do fígado saudável que devolva o que mais aprecia: o contato com as pessoas.
Fernando chegou há um mês a Blumenau para se tratar no Hospital Santa Isabel. Desde que iniciou o tratamento, se tornou recluso. Mas não perde a simpatia e o bom humor. Com tranquilidade, agarra-se a uma certeza:
– Vim para cá para buscar a saúde e vou levar. E vejo que é no final de setembro que terei meu fígado novo.
Doente hepático há 10 anos, teve cirrose, que evoluiu para crises de encefalopatia, estágio da doença em que o fígado não consegue filtrar toxinas do sangue, que chegam ao cérebro e causam distúrbios psíquicos. A doença começou na adolescência, quando adquiriu hepatite C ao se banhar nos rios de Maceió. O mal avançou e lhe deixou três vezes em coma. Com a gravidade, entrou na fila de espera no Nordeste, cujo recebimento de um órgão é quase como ganhar na loteria, como prefere definir.
ÓRGÃOS
Santa Catarina é líder em captação
Diretor da SC Transplantes, instituição estadual responsável pela captação de órgãos, Joel Andrade absolve a responsabilidade das famílias. Para ele, a recusa é um desafio cultural que precisa ser transposto pela habilidade dos coordenadores de transplante dos hospitais:
– Os culpados somos nós, da área de saúde, que não temos conseguido sensibilizar as famílias nas entrevistas. A questão cultural é importante, mas difícil de tocar. O que tentamos fazer é que cada hospital tenha um grupo bem treinado para orientar as famílias nesse momento trágico.
Apesar das limitações, Santa Catarina é, por quatro anos consecutivos, líder nacional na captação de órgãos, com a média de 19,8 doadores por milhão de habitantes em 2009. Blumenau também se destacou ano passado na captação de órgãos múltiplos, quando a família autoriza a retirada de diversos órgãos saudáveis do mesmo paciente. Das 120 cirurgias do Estado, 22 foram feitas no Hospital Santa Isabel.
Entrevista- Secretário de Saúde, Roberto Hess de Souza, fala dos indicadores do Estado
Na saúde, é preciso sempre fazer mais
Florinaópolis- Santa catarina é considerada pelo governo federal referência na gestão de saúde, tanto que foi indicada pelo Ministério da Saúde como modelo para ser copiado pelo governo do Distrito Federal, que vem enfrentando sérios problemas na área . Diefrentes indicativos elevam o Estado ao primeiro lugar em relação às demais regiões do Brasil. Os catarinenses são os que vivem mais, o índice de mortaliadde infantil é o menor do apís, é o único Estado brasileiro em que não há casos de dengue e também é referência no setor de transplantes e doação e captação de sangue. Noentanto, não há como negar as dificuldades de atendimento em alguns hospitais. Filas, falta de médicos e estrutura fazem com que pacientes sintam-se desrespeitados pelo poder público quando procuram atendimento e têm de esperar dias ou até meses para realizar um exame ou cirurgia.
"Evoluimos muito, mais ainda temos muito de avançar. É preciso sempre fazer mais, buscar mais, melhorar mais. Nunca podemos dizer que está bom. Os catarinenses são muito exigentes e querem cada vez mais, acesso ao sistema de saúde", afirma o secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza. Para ele é extrermamente positiva a exigência da população que acentua a vontade do poder públicio de trabalhar para resolver os problemas emergencias e planejar a saúde dos catarinenses para um futuro com mais respeito aos cidadãos.
SUS Avançado
Para o secretário, o reconhecimento do Ministério da Saúde em relação ao trabalho desenvolvido em SC é resultado principalmente da qualidade técnica dos profissionais da saúde e da articulação do governo estadual com os municípios. “O trabalho é construído de forma conjunta com respeito às questões técnicas”.
“O MS considera SC como um estado em que o SUS está avançado, não mais consolidado. Tem aqueles em que o SUS está atrasado, outros consolidados e outros avançados. O parâmetro para isso são os indicadores”, ressalta Hess de Souza. Entre esses indicadores estão a melhor expectativa de vida, a menor mortalidade infantil, o melhor sistema de transplantes, o único estado onde não há casos de dengue, a menor mortalidade por doença de tuberculose no país, serviço de oncologia em todas as regiões, maior banco de sangue público do país, referência em laboratório de cordão umbilical e em tratamentos de doenças raras.
Investimentos
Conforme o secretário de Saúde, já está autorizada a realização de 7 mil cirurgias de cataratas, 3 mil ortopédicas e mais 3 mil gerais em todo o estado para atender a demanda reprimida. Além disso, será inaugurado o serviço de desintoxicação e tratamento de doenças para viciados em crack no Hospital Santa Tereza, em São Pedro de Alcântara, com 20 leitos, além de uma unidade para tratamento de dependentes químicos agudos no Instituto de Psiquiatria de SC, localizado em São José. Mais dois investimentos do governo estadual serão um helicóptero com duas UTIs e mais um ônibus volante que circulará por todas as cidades do estado para captação de sangue.
Greve dos residentes
“O residente é um profissional formado e tem papel fundamental. O que for decidido em nível nacional será cumprido pelo estado”, garante Hess de Souza. Segundo ele, o governo é favorável à ampliação da licença maternidade e, enquanto o impasse não é resolvido, as direções dos hospitais catarinenses afetados pela greve estão reorganizando a prestação do serviço à população. “É preciso bom senso para resolver isso o mais rápido possível”, avalia. Os médicos residentes de SC aderiram à greve nacional da categoria no dia 17 de agosto, reivindicando reajuste no valor das bolsas e garantia de direitos como auxílio-moradia e alimentação, além da ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses.
Secretaria X servidores
Os impasses entre a SES a os servidores da Saúde não são novidade. Em junho, o sindicato da categoria coordenou a greve reivindicando reajuste salarial. Na época a Justiça considerou o movimento ilegal e corre no judiciário um processo sobre os prejuízos da paralisação.
O processo é semelhante ao resultante de uma greve em 1994, que determinou ao sindicato o pagamento de uma multa milionária aos cofres públicos. O movimento pediu anistia da dívida, mas o governo decidiu manter o posicionamento da Justiça. O que atritou ainda mais a relação entre sindicato e estado. “ O sindicato tem se comportado de forma agressiva. A situação é mais política do que em defesa do servidor público”, afirma Hess de Souza.
Especialidades-
Outra novidade é que o estado pode implasntar um projeto desenvolvido9 em Sãom Paulo na área da saude. Na quarta-feira, Hess de Souza visitou naqule estado unidades dos AMEs( ambulatórios medicos de especialidades), centros de referências em saúde em que pacientes são atendidos e fazem no mesmo dia todos os exdames necessários em um único local. De acordo com o secretário é um modelo de primeiro mundo, com equipes altamente treinadas e equipamentos de ponta. A idéia inicial é implantar a primeira unidade no muunicipio de Caçador, Meio-Oeste catarinense, e posteriormente ramifica-los do " centro para os extremos de santa Catarina".
Falta de médicos-
O número insuficientes de profissionais, principalmente anestesistas em Santa Catarina é um dos motivos para o atraso no atendimento à população especialmente com relação às cirurgias de média e alta complexidade. Para o secretário de saúde, a questão dos médicos anestesistas no Estado é " um erro histórico". Segundo ele, são dois os principais problemas.
Oprimeiro é que as residencias em anestesiologia em Santa Catarina são consideradas poucas e isso faz comk que haja menos especialistas nesta área atuando no Estado. O outro ponto é que o profissional da anestesia é muito requisitado pelo setor privado e pelos planos de saúde e isso reflete no aumento do padrão de salário no mercado. Para ser ter uma idéia da valorização um anestesistas contratado pelo poder público recebe em média R$ 12 mil por mês para trabalhar 40 horas semanais. Conforme Hess de Souza, foram chamados para região da Grande Florianópolis 50 anestesistas aprovados no último concurso. A apresentação está marcada para sdetembro. Grande parte desses profissionai9s será lotada no Hospital Regional de São José, que realiza cirurgias de alta complexidade e tem enfrentado problemas com a falta de profissionais. " caso se apresentem os 50, resolve o problema totalmente, mas não sabemos ainda quantos vão se apresentar" explica.
Saúde
Capital pioneira no teste da orelhinha
Embora o prisidente Lula tenha sancionado a lei 12.303, no inicio deste mês, que torna obrigatória a triagem auditiva neonatal, o teste da orelhinha-como é conhecido o exame- já era obrigatório por lei em Santa Catarina e em Florianópolis. Na capital, a determinação foi regulada pela lei 5.842 de 2001. Já no Estado, o exame passou a ser obrigatório apos a promulgação da Leri 14.375, em 2008. Em decorrência da legislação municipal, a Clinica Otovida, especialista em exames auditivos em Florianópolis, foi a primeira no municipio a ser credenciada pelo SUS para a realziação do teste da orelhinha. Desde 202, ela mantém convênio com a Secretaria Estadual de Saúde para atender gratuidamente os bebês nascidos na Maternidade Carmela Dutra, no Centro da Capital, e em novembrodo ano passado começou a atuar também no Hospital Regionasl de São José.