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SAÚDE PÚBLICA
Mais R$ 412,7 milhões para tratar câncer

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou ontem a liberação de R$ 412,7 milhões para a reestruturação do tratamento de câncer no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o ministério, serão incluídos nove novos procedimentos para o tratamento do câncer de fígado, mama, linfoma e leucemia aguda. O pacote de medidas também prevê ampliação, em até dez vezes, do valor pago por 66 procedimentos já realizados.

O pacote corresponde a aumentar em 25% o investimento no tratamento do câncer no ano passado (que foi de R$ 1,6 bilhão). Os repasses serão anuais. O câncer (somados os quase cem tipos) é o segundo grupo de doenças que mais matam no Brasil, atrás das cardiovasculares.

Os recursos anunciados serão utilizados para aumentar o valor de 66 procedimentos – 20 radioterápicos e 46 quimioterápicos – de um total de 155. No orçamento de radioterapia, serão mais R$ 154 milhões – a soma dá R$ 318 milhões (94% a mais que em 2009). Um tipo de braquiterapia (tratamento na qual o material radioativo é colocado diretamente em contato com o tecido do tumor) terá reajuste superior a 200%.

Os procedimentos quimioterápicos receberão mais R$ 247 milhões. Com isso, os custos passarão de R$ 1,25 bilhão, em 2009, para R$ 1,5 bilhão em 2011. A sessão de químio de leucemia linfótica crônica, linha 1, por exemplo, passa a ser custeada pelo SUS com R$ 407,50. Antes, eram R$ 47,10. O SUS conta com 276 serviços especializados no tratamento oncológico. O ministro anunciou que ainda em 2010 entram em funcionamento no País mais quatro serviços especializados.

 

O que muda
Alguns pontos do pacote do governo
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- A biópsia de medula óssea torna-se procedimento principal: o paciente não precisa estar internado. O valor passa de R$ 46,28 para R$ 200.
- Mudam as regras de internação. Pacientes com leucemia, por exemplo, terão acesso facilitado a leitos, e a internação passa a durar os dias necessários para a recuperação.
- Medicamento usado pela candidata Dilma Rousseff (PT) no tratamento de um câncer linfático, o Rituximabe teve custo para serviços públicos negociado com o fabricante.
- Serão reduzidos valores de 24 procedimentos quimioterápicos. O reajuste acompanha redução de preço das medicações, afirma o ministério.

 


ARTIGOS
Causas do colesterol, por Daniel Branco de Araújo*

Podemos dividir as causas do aumento do colesterol em dois grupos: as causas primárias ou genéticas, que são hereditárias e não dependem dos hábitos de vida; e as secundárias, dentre as quais estão dieta inadequada, sedentarismo, obesidade, etilismo, tabagismo, doenças da tireoide, diabetes tipo 2, doenças do rim (como a síndrome nefrótica e a insuficiência renal crônica), síndrome de Cushing, anorexia nervosa, bulimia e administração de alguns medicamentos, como corticoides, antiretrovirais, entre outros.

A maior prevalência de colesterol elevado na população, em geral, é de origem genética associada a hábitos de vida pouco saudáveis. Atualmente, há uma grande oferta de alimentos calóricos e as pessoas fogem de atividade física. Essa combinação resulta em um maior consumo de calorias do que o corpo necessita, desencadeando a obesidade e as alterações nos níveis de colesterol e triglicérides.

Além disso, o aumento da produção do colesterol pelo próprio organismo, combinado com os hábitos de vida inadequados, também podem elevar as dosagens de colesterol no sangue. Este excesso se acumula na parede das artérias, causando uma doença chamada aterosclerose, que, futuramente, leva a quadros de angina e infarto.

O tratamento deve ser realizado sempre com a supervisão de um médico e baseia-se na mudança de estilo de vida e, sempre que isso for necessário, na introdução de medicamentos. A utilização da maioria dos medicamentos é de uso contínuo e indeterminado.

Em relação às mudanças no cardápio alimentar, é importante evitar alimentos ricos em colesterol e em gorduras saturadas, como carnes, frutos do mar, miúdos, gema do ovo, leite e seus derivados (manteiga, iogurte, coalhada, queijos, creme de leite, chantili), biscoitos recheados, azeite de dendê, etc.

 

* Médico, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)

 


TEMPO AFETA SAÚDE
Baixa umidade do ar agrava os problemas respiratórios

Calor, pouca chuva e ambientes fechados são a combinação mais perigosa para quem sofre de doenças pulmonares e alergiasA massa de ar quente e seco que predomina em quase todo o Brasil tem contribuído para a baixa umidade do ar em cidades de Santa Catarina desde o começo da semana, o que tem provocado problemas de saúde.

Ontem, em pelo menos seis regiões, foram registrados índices de umidade relativa do ar abaixo de 70% – média da maioria das regiões do Estado nos últimos anos, de acordo com a Epagri/Ciram. Segundo o órgão, em Videira, no Meio-Oeste, o índice chegou a 22% ontem.

Em outros locais, o percentual ficou acima da média. Em Urussanga, no Sul, foi registrado índice de 86%, e em Florianópolis, de 78%. De acordo com a meteorologista da Epagri Marilene de Lima, a frente fria que se desloca pelo oceano influenciou o clima nessas duas regiões.

São Paulo registrou, ontem, o menor índice de umidade do ar do ano: 13%. O valor, aliado à poluição, tem provocado problemas à população.

O ar seco pode causar doenças e agravar casos de alergia e problemas respiratórios. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, o Hospital Regional de São José, na Grande Florianópolis, registrou aumento na procura de atendimento por pacientes com os sintomas.

Sinara de Fátima Rosa, 32 anos, de São José, foi a uma policlínica porque, desde terça-feira, sente dores no peito, tontura e dificuldade para respirar:

– Imagino que seja por causa do tempo. Sinto o ar mais seco – afirma.

Tosse, coriza, falta de ar e irritação nos olhos e na pele

Alguns cuidados ajudam na prevenção de doenças. Os sintomas mais comuns para quem sofre com a baixa umidade do ar são tosse, coriza, falta de ar e irritação nos olhos e na pele.

Segundo o pneumologista pediá-trico do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Norberto Ludwig Neto, uma das maneiras de combater doenças respiratórias e o agravamento de crises alérgicas é cuidar da alimentação e da hidratação. Outra dica é evitar locais fechados ou pouco ventilados.

O uso do ar-condicionado é possível, desde que o filtro esteja bem limpo. Em ambientes muito secos, pode-se usar toalhas molhadas.

juliana.debei@diario.com.br

PACOTE PARA ONCOLOGIA

Governo vai liberar verba para hospital

O Ministério da Saúde anunciou, ontem, a liberação de R$ 412,7 milhões para financiar um pacote de medidas na área de tratamento de câncer no país. Parte dos recursos será usada para incluir nove procedimentos nos serviços públicos. As novas terapias são destinadas para pacientes com câncer de fígado, de mama, linfoma e leucemia aguda.

Uma fatia dos recursos será reservada para ampliar o valor pago para terapias em hospitais credenciados no SUS. O aumento dos repasses é uma ferramenta essencial para ampliar a oferta de serviços nos hospitais credenciados pelo governo. Ao todo, 66 procedimentos – 20 de radioterapias e 46 de quimioterapias – terão seus valores reajustados.

 

Brasília

Prefeitura abre vagas para médicos

Florianópolis- A Secretaria de Saúde da Capital abriu ontem inscrições para o processo seletivo simplificado destinado à contratação emergencial de deza médicos . As inscrições podem ser feitas até 8 de setembro no site da secretaria( portal.pmf.sc.gov.br) A jornada de Trabalho é de 40 horas semanis, com remuneração inicial de R$ 8.500. As vagas são para clínico geral e médicos especialitas em família e comunidade. 

 

Itajaí terá pólo logistíco de saúde

Com um investimento de R$ 15 milhões e previsão de criação de 150 empregos diretos,o Estado passará a contar com seu primeiro pólo logistico de saúde já a partir de outubro. A Carta de compromisso  de lançamento foi assinada ontem pelo governador do estado Leonel Pavan, o secretário do Planejamento, Vinicius Lummertz, e o secretário da fazenda, Cleverson  Siewert. batizada de Polo Logistico de Saúde Santa Catarina, será implantado em Itajaí pela Luft Logistics, Joint-venture do grupo italiano Bomi.

Com o Polo Logistíco de Saúde o governo do estado, busca diversificar a matriz econômica catarinense, atraindo empresas do setor de saúde, o que contribui para a criação de empregos qualificados e renda, além de incentivos à ciência, tecnologia e inovação .