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SAÚDE PÚBLICA
Exclusivo para emergências


Hospital Infantil adota mais uma medida para atender só a casos de riscoO Hospital Infantil, em Joinville, começa oficialmente hoje uma campanha de orientação da população para atender exclusivamente a casos de urgência no pronto-socorro. Serão distribuídos ímãs de geladeira com uma lista de sintomas (veja quadro), como febre acima de 39º e a acidentes domésticos ou de trânsito, para mostrar às famílias em quais situações crianças e adolescentes devem ser levados à unidade.

Segundo a Secretaria da Saúde, entre junho e julho, 68% dos casos atendidos na emergência do hospital poderiam ter sido solucionados nos postos ou nos PAs. “A principal ideia do programa é orientar os pais sobre o lugar certo para buscar atendimento e evitar longas filas porque os casos de emergência têm prioridade no hospital”, afirma a assistente social Lucila de Barros.

O motorista Vilson Goerll ganhou um dos ímãs quando esteve na sexta-feira no hospital com o filho Lucas, 12 anos. O garoto sentia dor na garganta. “A ideia da campanha é muito boa, porque nos ajuda a saber o que é realmente grave”, ressalta Vilson.

A lista dos casos de urgência é mais uma das iniciativas do hospital para desafogar o pronto-socorro. O hospital adotou também este ano um modelo de classificação de risco, indicado por seis cores, o chamado Protocolo de Manchester.

Os pacientes são atendidos de acordo com a gravidade do caso e não por ordem de chegada. Depois de passar por uma triagem, a criança ou adolescente recebe uma pulseira colorida. Vermelho indica emergência; laranja significa muito urgente; amarelo é urgente; verde indica que o caso é pouco urgente; e azul, não urgente. “Crianças e adolescentes com casos pouco urgentes ou não emergenciais que são levados ao hospital esperaram mais pelo atendimento. A campanha quer evitar essa situação”, afirma a enfermeira Carla Fruhauf.

Situação de risco
Os casos que não fazem parte da lista abaixo devem ser atendidos nos postos de saúde ou nos prontos-atendimentos 24 horas
- Infecções com febre alta
(acima de 39º).
- Afogamentos e queimaduras.
- Ingestão acidental de corpos estranhos.
- Diabetes descompensada que tem como sintoma a diminuição ou o aumento da glicose.
- Parada cardíaca ou respiratória
- Hemorragias com grande perda de sangue (ouvido, nariz, boca ou ferimentos).
- Reação alérgica acompanhada
de falta de ar.
- Acidentes causados por atropelamentos, choque elétrico, queda de nível (com perda de consciência).
- Envenenamento causado por qualquer tipo de substância ingerida ou inalada.
- Picada de aranha, cobra ou escorpião.
- Traumas graves, causados por acidentes com arma de fogo, facas, canivetes e instrumentos pontiagudos.
- Convulsões.
- Desconforto respiratório grave, com sintomas de falta de ar.

 

 GÊMEAS

Quíntuplas passam bem e já tomam leite maternoSegundo boletim divulgado, ontem, pela Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, as quíntuplas nascidas na sexta-feira permanecem internadas na UTI neonatal com quadro clínico estável. As filhas de Sidnéia Daufenback Batista Voss, 31 anos, passaram a receber pequena quantidade de leite materno, mas continuam com alimentação induzida e respiram sem a ajuda de aparelhos. Prematuras, as meninas nasceram com sete meses.

 

SAÚDE
ALÍVIO À COLUNA

Traumas, má postura e estresse podem causar dor na cervical, um dos desconfortos mais comunsSe no tempo das cavernas a dor era relacionada ao mal, à magia e aos demônios, hoje ela representa um importante sinal de alerta, indica que algo não está bem no organismo, mostra que alguns limites não podem ser transgredidos e que está na hora de procurar um médico. A psicóloga e terapeuta corporal Wânia Alvarenga, 51anos, sente dor desde a infância e é vítima de um dos desconfortos mais comuns em adultos e idosos: a cervicalgia.

“Acredito que essa sensação desagradável começou no momento em que vim ao mundo, por meio de um parto a fórceps. Contam que chorei 24 horas seguidas até os médicos perceberem que minha clavícula estava quebrada. Obviamente não me recordo disso, mas lembro de dor na coluna cervical quando era menina e adolescente. De lá para cá, busco diariamente o alívio para ela”, relata.

A dor na coluna cervical pode ser causada por diversos fatores. O ortopedista Denys Aragão explica que aproximadamente 55% da população já experimentaram ou vão sentir o desconforto ao longo da vida. Deste total, 12% das mulheres e 9% dos homens acabam desenvolvendo a dor crônica – aquela que persiste por mais de três meses. O incômodo pode ser decorrente de traumas, má postura, sobrecarga dos membros superiores, obesidade, fraqueza da musculatura abdominal, estresse e tensões emocionais. O envelhecimento também é um fator de risco para a cervical.

“O desgaste das cartilagens desencadeia a dor e provoca alterações neurológicas (falta de sensibilidade e diminuição da motricidade), o que pode ocorrer também com vítimas do estreitamento do canal vertebral e portadores de doenças degenerativas”, explica Aragão.

O desconforto nessa porção da coluna se instala aos poucos. Geralmente, os pacientes apresentam diminuição da amplitude de movimento do pescoço, postura antiálgica ou de defesa e rigidez muscular.

Ao contrário de Wânia, a cervicalgia na servidora pública Lisa Thaís Martins, 37 anos, é recente, veio depois de um acidente de trânsito que ocorreu há um ano. “Senti todo o impacto no pescoço. A cervical começou a doer antes mesmo de eu sair do carro. Era uma dor que não aliviava em nenhuma posição, o pescoço ficava tenso, e o problema se agravava ao longo do dia, pois trabalho sentada e fico muitas horas no computador”, conta.

A fisioterapia dispõe de várias ferramentas para tratar a cervical. Eletrocromoterapia, uso de raios infravermelhos e laser, hidroterapia, alongamento, fortalecimento muscular e massoterapia são algumas. A fisioterapeuta Andréia Ribeiro Izidro lembra que cada caso tem peculiaridades e o paciente deve passar por uma avaliação detalhada para que o profissional entenda o que está gerando a dor.

“As opções podem ser usadas isoladamente ou associadas umas às outras. A RPG, por exemplo, é uma técnica que corrige lesões e deformações do corpo, além de ensinar a pessoa a se posicionar de forma correta, curando as lesões, evitando novos problemas, proporcionando equilíbrio”,pontua.

A reeducação postural, aliada aos exercícios físicos, foi um alento para a dor de Lisa. “Faço constante acompanhamento com o ortopedista para avaliar como está a cervical. Acredito que se eu não fosse sedentária na época do acidente, não teria sofrido tanto. Atualmente, não preciso mais de medicamentos porque aprendi a posicionar e a movimentar meu corpo”, garante.


 


GERAIS
Quíntuplos passam bem e já tomam leiteSegundo boletim divulgado ontem, pela Maternidade Carmela Dutra, os quíntuplos nascidos na última sexta-feira permanecem internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal com quadro clínico estável. Os filhos de Sidneia Daufenback Batista Voss passaram a receber pequena quantidade de leite materno, mas continuam com alimentação induzida e respiram sem a ajuda de aparelhos.

 

 

 

 MPF quer instalação da rede estadual de atenção em oftalmologia


ASCOM
 
 Devem ser instalados, no mínimo, um centro de referência e 29 unidades de atenção. Deve ser disponibilizado também tratamento para a doença.

O Ministério Público Federal recomendou à Secretaria Estadual de Saúde que instale a rede estadual de atenção em oftalmologia e cumpra o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção ao portador de glaucoma.

Conforme a recomendação do procurador da República Maurício Pessutto, em 2008, o Ministério da Saúde instituiu a política nacional de atenção em oftalmologia e definiu as redes estaduais e regionais de atenção nessa especialidade médica. Além disso, foi estabelecido que a rede assistencial de oftalmologia em Santa Catarina deveria dispor de, no mínimo, um centro de referência e 29 unidades de atenção especializada.

No mesmo ano, a comissão intergestores bipartite do estado de Santa Catarina aprovou o plano operativo para a organização da rede estadual de atenção em oftalmologia, definindo como centro de referência o Hospital Regional de São José e como unidade de atenção especializada de alta complexidade o Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis. Foi aprovada ainda a distribuição das unidades de atenção especializada, considerando as macrorregiões e regiões de saúde do estado.

Além disso, o protocolo clínico aprovado pela portaria nº 288/08 do Ministério da Saúde prevê o tratamento do paciente portador de glaucoma, conforme o caso e em distintas linhas de complexidade do tratamento, com os seguintes medicamentos, a serem fornecidos gratuitamente pelo SUS: Dorzolamida, Brinzolamida, Brimonidina, Latanoprost, Travoprost ou Bimatoprost, Acetazolamida e Pilocarpina. O protocolo também prevê a dispensação do Timolol, que atualmente já está disponível no SUS.

Apesar disso, um inquérito civil público do MPF constatou que não se encontra instalada e em operação a rede estadual de atenção em oftalmologia, bem como que não foi implementada, no estado, a política pública de atenção ao paciente portador de glaucoma. A doença representa a segunda causa de cegueira no mundo e a terceira, no Brasil. Estima-se que existam aproximadamente 900 mil brasileiros com glaucoma. No entanto, se a doença for diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, seus danos podem ser prevenidos.

A falta de política pública para o glaucoma causa danos não só aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que não recebem a atenção necessária, mas também ao erário, pois o estado acaba sendo obrigado a fornecer os medicamentos para o tratamento da doença, em função de decisões dadas em ações judiciais individuais. Considerando que a cegueira causada pelo glaucoma é irreversível, a ausência de tratamento e de acompanhamento adequados atenta contra a dignidade do usuário do SUS e gera incapacidade para o trabalho, implicando inclusive custo à previdência social pelo pagamento de benefícios previdenciários.

O procurador Maurício Pessutto fixou prazo de 15 dias para que a Secretaria de Saúde apresente cronograma de instalação e funcionamento integral da rede estadual de atenção em oftalmologia, que deverá estar em operação no prazo máximo de 180 dias. Em 15 dias, deverá ser cumprido integralmente também o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas, com a disponibilização dos medicamentos necessários ao tratamento da doença.

 


Vigilância convoca população a monitorar validade das embalagens de água


Secretaria de Estado da Saúde
 
As Vigilâncias Sanitárias estadual e municipais estão intensificando a fiscalização para averiguar o prazo de validade dos garrafões de água mineral comercializados no estado. Além disso, os órgãos de saúde alertam a população para que também monitore o tempo máximo de utilização dos recipientes, já que muitas pessoas desconhecem essa informação e acabam utilizando os vasilhames sem se preocupar com a sua deterioração.

O Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) determinou, em setembro do ano passado, que a validade dos garrafões é de três anos em função dos desgastes com limpeza, estocagem e transporte.

A regra vale para recipientes de 10 e 20 litros. A data de fabricação deve ser impressa no fundo do vasilhame, permitindo que fiscais da vigilância sanitária e a população possam verificar o tempo útil do recipiente. "Isso quer dizer que os garrafões produzidos até agosto de 2007 estão vencendo agora e devem ser descartados, e assim sucessivamente, pois a validade é de três anos", explica a diretora estadual de vigilância sanitária, Raquel Bittencourt.

 As fiscalizações estão sendo realizadas em estabelecimentos comerciais e distribuidores do produto, com a adoção de medidas sanitárias em caso de descumprimento da determinação nacional, como a apreensão e a inutilização das embalagens em locais apropriados