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CONTRA O CÃNCER
Amizade na luta contra o câncer


Elas enfrentaram a doença e marcham hoje em Joinville para celebrar a vitória“É difícil, mas após a cura, elas enxergam a vitória. Aprendem a dizer ‘vou continuar’ porque tiveram que passar pelo sofrimento e sobreviveram”, conta a assistente social Analúcia Ferreira. Ela conhece bem o trabalho para reencontrar as mulheres após a confirmação do diagnóstico de um câncer, mas nem ela nem as outras 64 colegas desistem – telefonam e visitam as mulheres em casa para evitar que sofram sozinhas. É só uma etapa do trabalho da Rede Feminina de Combate ao Câncer, que hoje completa 30 anos em Joinville.

O objetivo da entidade é evitar que o sofrimento aconteça. A rede tem como foco divulgar a importância de se fazer exames regularmente e promover os exames gratuitamente. Em 30 anos, cerca de 65 mil mulheres fizeram o exame preventivo do colo de útero e a mamografia no ambulatório. “É a média de cadastros. É impossível calcular o número de atendimentos”, diz Monique Douat da Luz, presidente da Rede e filha da fundadora.

A rede conta com médicos e enfermeiras para os exames, mas as mulheres que conhecem as paredes cor-de-rosa da sede associam uma palavra à entidade: família. Foi ali que encontraram força para seguir em frente depois do diagnóstico. Dividiram histórias e apoio para enfrentar a tristeza. “Quando chega alguém nova na Rede, podemos contar nossa experiência e dar esperança a ela”, comemora Silma Assman, que há 17 anos frequenta as reuniões do grupo de apoio.

As participantes fazem encontros semanais. Assistem a palestras, têm aulas de arte, viajam e fazem programas culturais. Resgatam a autoestima. As palestras são focadas nos direitos das mulheres. “A maioria não sabe que a mamografia é gratuita para mulheres acima de 45 anos. Deixam de fazer o exame por pura falta de conhecimento”, lamenta a presidente Monique.

claudia.morriesen@an.com.br

CLÁUDIA MORRIESEN
serviço
O QUÊ: 1ª Marcha da Vitória contra o Câncer de Mama e de Colo de Útero.
QUANDO: hoje, às 9 horas.
SAÍDA: em frente ao Museu da Imigração, na rua Rio Branco, no Centro de Joinville.
CHEGADA: praça Dario Salles, no Centro de Joinville.
ATRAÇÕES: apresentações culturais, show do grupo Filhos da Terra, banda do 62º BI, animadores e barraquinhas de alimentação.

 

CONTRA O CÃNCER

Vida nova com a gravidez

 

 

Quando começou a namorar Edgar, a auxiliar de enfermagem Silma Assmann sonhava em ter três filhos. O tempo e as obrigações a fizeram chegar aos 35 anos com dois filhos – e o sonho de ter o terceiro pareceu impossível quando ela descobriu um nódulo no seio esquerdo.

Ela fazia o autoexame com frequência depois que assistiu a uma colega de trabalho enfrentar um câncer de mama. “O médico disse que era grave e teria que tirar o seio inteiro. Quando contei a ela e a ouvi dizer ‘mais uma vítima’, desabei. Foi difícil acreditar que estava acontecendo”, lembra.

O ano seguinte foi dedicado à quimioterapia, que a fez parar de trabalhar e perder um pouco as esperanças. Mas, três meses após acabar o tratamento, Silma sentiu vontade de ter alta. “Não deixei que me deprimisse. Voltei para o trabalho e retomei minha vida”.

Foi nesse período de recuperação que ela viu mulheres com câncer de mama morrerem no hospital, motivo para fazê-la agradecer por estar bem. “Segurei a mão e rezei com uma paciente enquanto ela vivia os últimos momentos. Pensava: amanhã pode ser eu”.

Ela ainda sentia os efeitos da químio quando recebeu a notícia: dois anos após o diagnóstico, estava grávida de novo. A felicidade uniu-se ao medo: e se a medicação fizesse mal ao bebê? A resposta ela vê no filho Evandro Messias, de 15 anos. “Ele mamou em um só peito, mas sempre foi saudável. É um milagre que Deus mandou para me reerguer”.

 
CONTRA O CÃNCER

Tardes de cansaço para trásA costureira Vanilda Alves de Mira, de 61 anos, arrumava a cama na primeira vez em que percebeu um número anormal de fios de cabelo na colcha. Era a consequência da quimioterapia à qual se submetia há alguns meses.

“Eu tinha esperanças de que meu cabelo não cairia. Quando caiu, fiquei deprimida, passei três meses sem querer sair de casa”, conta. A solução foi encontrada na vaidade que ela nunca perdeu. Logo, lenços e chapéus passaram a fazer parte do guarda-roupa de Vanilda. Combiná-los com as roupas virou diversão.

“Quando a gente descobre que tem câncer, parece que cai num poço. Chorei e sofri muito. Me perguntava: mas por que eu, Deus?”, lembra Vanilda, hoje curada da doença que a fazia passar tardes inteiras na cama depois das sessões de químio e radioterapia.

“Parece que foi um sonho, lembro de chorar à noite. Não acredito que passei por tudo isso”, afirma. Essa recordação a faz superar outras tristezas que apareceram na vida dela depois da doença. Nada parece tão grande ou terrível que ela não possa aguentar.

“Não importa o que passamos em alguns momentos da nossa vida, o cansaço. O que importa é que sempre é necessário recomeçar”, ensina. No caso dela, ao lado do que chama de “anjos de cor-de-rosa” da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

 CONTRA O CÃNCER

Suporte da família durante o tratamentoOs chapéus já não fazem mais parte da vida de Maria Senilda Radun, de 60 anos, mas ela os guarda no fundo de um armário como a lembrança do momento difícil por que passou. Em 2001, ela foi diagnosticada com câncer de mama depois que percebeu um nódulo no seio ao fazer o autoexame, e consultar uma ginecologista.

Foram três meses entre a suspeita e a confirmação do diagnóstico. “Só acreditei quando vi o resultado do exame nas minhas mãos. Não conseguia entender que aquilo estava acontecendo mesmo comigo”, conta. O período de tratamento contou com a ajuda de toda a família. Enquanto a matriarca se recuperava, filhos e noras se revezavam para cuidar da casa.

Até o marido, Levino, de 63 anos, que nunca tinha cuidado da casa, precisou aprender a cozinhar as refeições, lavar e passar as roupas, para garantir que Maria Senilda não precisaria se incomodar. “Foi um momento difícil, ela ficou bem deprimida. Mas toda a família se uniu e, graças a Deus, ela está melhor”, considera Levino.

Maria Senilda entrou para a Rede enquanto ainda fazia o tratamento. Para ela, a experiência foi fundamental na recuperação. “Fui lá procurando uma peruca. Acabei nem usando, achei muito falso. Elas me incentivaram a não me sentir mal de usar lenços e chapéus”, diz ela, que aprendeu com o grupo que o melhor remédio contra a doença são a alegria e a autoestima.

SAÚDE PÚBLICA
Sarampo acende alerta no País


Vírus não circula no Brasil há dez anos, mas contágios no exterior são um riscoApós o registro de dois casos de sarampo no Rio Grande do Sul, o Ministério da Saúde investiga a possibilidade de novas infecções no Estado, sobretudo na capital, Porto Alegre, onde duas crianças tiveram o diagnóstico confirmado por um laboratório local. De acordo com o ministério, apesar do resultado positivo, os exames são considerados preliminares.

As amostras foram enviadas à Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O resultado está previsto para a próxima semana. A circulação do vírus do sarampo no Brasil foi interrompida em 2000. Desde então, segundo o ministério, foram registrados cinco eventos (grupos de casos relacionados), todos de infecção em outros países. No início de agosto, foram confirmados três casos no Pará – irmãos que não foram vacinados contra o sarampo. As medidas de prevenção nos Estados são “de rotina, adotadas por todos os países”, afirma o ministério.

No Rio Grande do Sul, os casos ocorreram com duas meninas, de 11 e 12 anos, da mesma família. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a família viajou à capital argentina Buenos Aires, em julho. No fim do mês, a família foi a Rio Grande (RS) e se hospedou em casa de parentes. A secretaria de Saúde gaúcha pediu que crianças, adolescentes e adultos atualizassem a carteira de vacinação.

Também alertou que, entre as doenças infectocontagiosas, o sarampo é a que mais atinge crianças menores de cinco anos – sobretudo desnutridas. No primeiro caso no Estado, no dia 3, a menina apresentou os principais sintomas: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, sensibilidade à luz e dor muscular.

No dia 10, piorou e foi internada, mas teve alta em 12 de agosto. A outra criança teve sintomas em 11 de agosto: febre alta, coriza e conjuntivite. Cinco dias depois, foi internada com inflamação dos pulmões e permanece na unidade de terapia intensiva (UTI).

  

NÃO SERIA DE URGÊNCIA

O Hospital Infantil de Joinville divulgou ontem uma estatística que volta e meia incomoda outros hospitais da cidade: a procura pelos serviços de urgência por quem teoricamente não precisa. O hospital alegou que 68% dos atendimentos realizados durante 30 dias (15 de junho a 15 de julho) poderiam ter sido realizados em postos de saúde ou PAs. É uma queixa recorrente há pelo menos duas décadas. A população confia mais nos hospitais e nem sempre tem como saber se o caso é de urgência ou não. Se for urgente, pelo menos já está em unidade com mais estrutura. As autoridades seguem tentando convencer a população a procurar os postos.


Cirurgias
Um dos planos do Hospital Regional Hans Dieter é transformar-se em hospital de apoio no tratamento do câncer. Hoje, o Hospital Municipal São José é credenciado para os procedimentos envolvendo os tumores. O Regional quer ficar apto a realizar cirurgias, o que colaboraria para reduzir as filas de espera por operações em Joinville.

 

 

MÉDICOS RESIDENTES

Acordo pode acontecer na semana que vemA greve dos médicos residentes, que completa hoje cinco dias, continua. Na próxima semana, haverá uma reunião em Brasília para tentar um acordo com o Ministério da Educação. A data para o encontro ainda não foi definida. A presidente da Associação Catarinense de Médicos Residentes, Graziela Dal Molin, informa que na segunda-feira, os residentes de Blumenau também vão aderir à paralisação. A Secretaria do Estado da Saúde disse, em nota, que alguns procedimentos podem ser cancelados, mas que a orientação é que os hospitais mantenham a agenda.

Bahia emite alerta sobre surto da doença

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) emitiu alerta, ontem, para tentar evitar que casos de sarampo, já confirmados no Pará e no Rio Grande do Sul, cheguem ao Estado. Segundo o comunicado, os trabalhos de prevenção do sarampo foram intensificados em portos, aeroportos e rodovias.

Hospitais, unidades de saúde públicas e privadas e laboratórios foram convocados a notificar imediatamente todo caso suspeito da doença. O governo do Estado também iniciou uma “busca ativa” de não vacinados contra o sarampo.


PARTO QUÍNTUPLO
Cinco bebês passam bemEm 36 anos de carreira, foi a primeira vez que obstetra Jorge Abi Saab Neto fez cinco partos de uma vez só. E deve ser a última. Afinal, a probabilidade de nascimento de quíntuplos é de uma a cada 40 milhões. Na manhã de ontem, o médico comandou a equipe que fez o parto das quíntuplas na Maternidade Carmela Dutra, na Capital.

A cesariana foi acompanhada por dois obstetras, cinco pediatras, cinco técnicos de enfermagem e um anestesista. Segundo Jorge Neto, que também é chefe do Serviço de Gestação de Alto Risco da unidade hospitalar, o procedimento foi tranquilo e sem contratempos. As meninas com 30 semanas e cinco dias, período considerado normal para uma gravidez desse tipo. Elas pesam entre 1,05 quilo e 1,280 quilo.

As crianças são filhas do casal Sidineia Daufemback Batista e Anderson Marcelino Voss, de Braço do Norte, no Sul de SC. Os pais não quiseram divulgar imagens dos bebês. As cinco gêmeas estão bem, mas permanecem na UTI neonatal da maternidade até atingirem dois quilos.

– Elas estão recebendo todos os cuidados específicos para prematuros, como nutrição parental, controle térmico e suporte respiratório – explicou o coordenador do Serviço de Neonatologia da Carmela, Remaclo Fischer Júnior.

Este é o segundo caso de quíntuplos em SC. O primeiro foi em 1982, na cidade de São Miguel do Oeste.

melissa.bulegon@diario.com.br

MELISSA BULEGON

 

 Colunista Cacau Menezes


BOA CAUSA – A Fundação Hospitalar Oncológica Pediátrica de Santa Catarina realiza amanhã, no Centro de Atenção à Terceira Idade, na Avenida Beira-Mar de São José, o 2º Almoço entre Amigos. A renda será destinada à elaboração do projeto arquitetônico do hospital. Ingressos no local a    R$ 15.

 

 

PARTO
Quíntuplos nascem na Capital

 
Este é o segundo caso no Estado. Primeiro foi em 1982 FLORIANÓPOLIS - Após uma hora e meia em trabalho de parto, a fotógrafa Sidineia Daufemback Batista deu à luz sexta-feira cinco meninas na maternidade Carmela Dutra, por volta das 11h45min. Uma equipe de médicos e enfermeiros, entre eles cinco pediatras, acompanhou o nascimento.

Os cinco bebês nasceram de sete meses e pesam pouco mais de um quilo cada um. Por ser prematuros, eles devem permanecer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) até atingir dois quilos. A mãe já viu as meninas e passa bem. A família não autorizou imagens do nascimento.

Um dos fatos mais curiosos é que a mãe não fez tratamento de fertilização para engravidar. Este é o segundo nascimento de quíntuplos registrado no Estado, e o primeiro na maternidade, em 55 anos de atividade. O primeiro caso foi em 1982 em São Miguel do Oeste.

A gravidez múltipla de Sidineia foi um dos assuntos mais comentados em Braço do Norte, no Sul do Estado, onde vive a família. A vida dela e do marido Anderson Marcelino Voss, 35 anos, mudou completamente desde que um exame de ultrassom revelou que o casal teria cinco filhos.

Casal perdeu o primeiro filho

Casados há sete anos, eles tiveram o primeiro filho em 2008, mas a criança morreu dois dias depois, ainda no hospital, por conta de problemas cardíacos. Superado o trauma, o casal fez uma nova tentativa e, em fevereiro, a fotógrafa começou a sentir os sintomas da gestação

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GREVE NACIONAL

 
Residentes de Itajaí param A direção do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí, acredita que a adesão dos 28 médicos residentes à greve nacional não vai interferir no funcionamento normal da unidade. Os residentes estão paralisados desde sexta-feira, por tempo indeterminado. Os profissionais vão trabalhar apenas em regime de plantão, prestando auxílio nos casos de urgência e emergência. A principal reivindicação dos médicos residentes é o reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio.

 

ROTAVÍRUS
Escolas públicas e particulares cancelam aulas de segunda-feira POMERODE - Segunda-feira, as escolas das redes municipal, estadual e particular de Pomerode não funcionarão. Durante todo o dia, será feita uma limpeza geral com o objetivo de desinfectar os ambientes para evitar a proliferação do rotavírus, comum no inverno e de propagação rápida. A medida foi tomada devido ao surgimento de alguns casos de diarreia entre as crianças.

O rotavírus é transmitido por água ou alimentos contaminados, seja no contato pessoal ou com objetos das pessoas portadoras do vírus.

A prevenção à doença está diretamente ligada à higiene, por isso é importante manter os locais limpos e arejados, sempre lavar as mãos e os alimentos antes de comer. Crianças com os sintomas devem ficar em casa por pelo menos três dias, comer regularmente e beber muita água

 


21/08/2010 | Saúde

Equipe da Maternidade Carmela Dutra realiza parto de quíntuplas Florianópolis, 21/08/2010, Assessoria de imprensa Secretaria da Saúde SC


A moradora de Braço do Norte, Sidnéia Daufenback Batista Voss, de 31 anos, deu à luz nesta sexta-feira (20), a quíntuplas na Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis.

De acordo com o médico Remaclo Fischer Júnior, Chefe do Serviço de Neonatologia da MCD, os bebês têm quadro inicial satisfatório e permanecem internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal por serem prematuros.

O parto foi realizado entre as 10h45min e 10h53min. As cinco meninas são prematuras de 30 semanas (7 meses) e nasceram com 1050g, 1240g, 1280g e 1155g.

Inaugurada há 55 anos, a Maternidade Carmela Dutra pertence ao quadro de hospitais próprios da Secretaria de Estado da Saúde. É reconhecida como Centro de Referência Estadual em Saúde da Mulher e Hospital Amigo da Criança, e este foi o primeiro parto de quíntuplos da história da unidade.

A equipe responsável pelo parto foi formada por dois obstetras, cinco pediatras, cinco técnicos de enfermagem e um anestesista.