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CONTRA A PÓLIO
Vacinação continua até sexta

28,5 mil crianças foram imunizadas em Joinville no fim de semanaA segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite imunizou 28.462 crianças de até cinco anos em Joinville, o que representa 79,78% da meta, que era vacinar pelo menos 35,6 mil crianças. A movimentação foi grande nos postos de saúde.

No bairro Espinheiros, onde ocorreu a abertura oficial da campanha, o pátio e parte da rua onde fica o posto do Programa Saúde da Família (PSF) da Ilha ficaram lotados. Os pais que moram na localidade aproveitaram para levar os filhos até o posto e ainda curtiram o dia com brincadeiras e apresentações culturais. Tinha piscina com bolinhas, escorregador, café da manhã com bolos, pipocas e refrigerantes, pinturas no rosto, entre outras atividades.

Uma das apresentações na abertura da campanha teve a participação da Escola Municipal Professor Aluízius Sehnem. As crianças, integrantes do grupo de coral da instituição, cantaram três canções em uma palco montado no pátio do PSF.

A meta segundo a coordenadora da Secretaria de Saúde, Maria Gorete de Lara Cardoso, é vacinar cerca de 95% das crianças. Para atingir o objetivo, as 56 unidades de saúde devem manter o atendimento até a sexta-feira.

O casal de empresários, Gisele Felipe, 28 anos, Fernando Marques, 30, levou o pequeno Felipe logo cedo. O garoto se encantou com o Zé Gotinha e acabou levando uma réplica para casa.
 

LACTOSE
Tolerância zero

Durante quatro meses, a promotora de eventos Roberta Fernandes Viana, de 28 anos, sentiu que algo não ia bem com seu organismo. Além de fortes dores no estômago, a moça sofria com refluxo, cólicas intestinais, enjoos e convivia com uma pele cheia de erupções que lembravam acne. “Achava que era gastrite nervosa e que iria passar, mas não passou”, conta. “A cada dia piorava. Tinha dores de cabeça, ficava inchada e em alguns dias chegava a vomitar”, lembra Roberta. O tormento durou até a moça procurar um gastroenteorologista, que diagnosticou intolerância à lactose.

Roberta faz parte de um crescente número de pessoas que se tornaram intolerantes à lactose. De acordo com o nutricionista Júlio Aquino, de dez pacientes que recebe em seu consultório, seis têm o problema. Porém, deve ficar claro que a intolerância à lactose não é considerada uma doença. Ela nada mais é do que a incapacidade de digerir a lactose, podendo ser passageira ou não. “A lactose é o principal açúcar do leite, que precisa de uma enzima, a lactase, para decompor o açúcar em carboidratos mais simples, para a sua melhor absorção. Se essa enzima não é produzida, a lactose se acumula no tubo digestivo e gera o problema”, esclarece a gastropediatra Lenora Gandolfi.

O problema pode se manifestar por deficiência congênita da enzima, aquela em que a pessoa não produz a lactase; por diminuição da enzima decorrente de doenças intestinais causadas por agentes infecciosos virais (rotavírus) ou de doenças como a celíaca, o mal de Crohn e a giardíase; e também pode ocorrer com a diminuição gradativa da lactase, processo conhecido como deficiência ontogenética, na qual se encaixa o perfil da promotora de eventos e é considerado a mais comum entre a população.

De acordo com a médica, o primeiro tipo da doença é muito raro e acomete crianças logo após o nascimento. “São bebês que não conseguem nem se alimentar do leite materno. Porém, é raríssima, com poucas descrições na literatura médica”, informa a médica. O segundo tipo ocorre com a sequência de diarreia persistente e é bastante comum em crianças no primeiro ano de vida. “Normalmente é causado por algum agente infeccioso que interfere na produção da lactase, fazendo com que a pessoa não consiga decompor a lactose”, explica Lenora.

Já o terceiro tipo, conhecido como ontogenética, é o mais comum e, geralmente, se torna frequente. Surge de forma gradual, a partir dos dois anos de idade. “Esse tipo acomete diferentes grupos populacionais, que vão desde crianças a adultos jovens e idosos”, esclarece a gastropediatra. Esse último tipo está relacionado com a quantidade individual que cada pessoa produz de lactase. “Um copo de leite para mim, por exemplo, pode causar um estrago para o outro”, exemplifica a médica.

LACTOSE

Sintoma nos pequenosAs gêmeas Giulia e Anna Luíza Schuabb Duarte Marrocos, de 3 anos, sofrem há um ano com a intolerância à lactose. Porém, os médicos ainda não sabem se o problema é passageiro ou crônico. “Elas são muito novas para fazer o exame da lactose. Por enquanto, testamos a tolerância delas ao leite com adição de pequenas quantidades de seus derivados”, conta a mãe das meninas, Yasmine Schuabb Duarte.

Os primeiros sintomas das gêmeas surgiram quando estavam prestes a completar dois anos. A mãe relata que de um dia para o outro, as meninas começaram a vomitar e a terem diarreia após tomar mamadeira. “A cor dos vômitos e das fezes era igual à do leite, logo deduzi que havia alguma coisa relacionada”, disse.

Yasmine levou às filhas em uma gastropediatra e o diagnóstico foi feito baseado nas reações das meninas quando ingeriam alimentos com leite. “A médica cortou tudo que continha leite e a melhora se deu em dois dias”, lembra a mãe.

A escolha pelo corte do leite na alimentação é um dos métodos mais adotados pelos médicos e nutricionistas. “Algumas vezes, fazemos a substituição do leite por soja. Mas a recomendação é cortar totalmente o alimento”, informa o nutricionista Júlio Aquino.

O motivo é porque algumas pessoas que têm intolerância à lactose podem ter uma hipersensibiliadade ao leite, ou seja, alergia ao alimento. “Há uma proteína no leite, a caseína, que não é digerida porque ela tem baixa quantidade do aminoácido cisteína. Com isso, grandes pedaços de proteína passam para o intestino e isso acaba desencadeando a hipersensibilidade”, explica o nutricionista.

Reações alérgicas em cadeia

A alergia ao leite é uma condição bem menos frequente, geralmente hereditária, que ocorre quase que exclusivamente em crianças pequenas. Embora o culpado – o leite – seja o mesmo, há diferença entre a alergia e a intolerância. Essa hipersensibilidade é uma resposta imunológica do organismo à proteína do leite. Ou seja, o corpo entende essa proteína como um agente estranho que precisa ser combatido e desencadeia reações alérgicas, como diarreia, urticária, sintomas respiratórios (como asma) e febre. “Esse quadro acontece principalmente quando as crianças são pequenas e deixam de tomar leite materno, precocemente, e passam para outro leite”, diz Lenora Gandolfi.

O tratamento é fácil, porém difícil de ser seguido. “Em primeiro lugar, é importante esclarecer que não há como promover a produção de lactase, mas sim controlar os sintomas”, disse a gastropediatra. Roberta, a promotora de eventos, chegou a emagrecer três quilos depois de diagnosticada com o problema, no início deste ano. “No começo, cortei geral leite. Hoje sei qual é a quantidade que posso ingerir, sem que me faça mal.” Já as gêmeas Giulia e Anna Luíza substituíram o leite pela soja nos bolos, nos brigadeiros e em outros alimentos. “Minhas filhas são conscientes quanto ao problema. É difícil, mas não impossível”.

Alguns médicos, entretanto, receitam um tipo de medicamento manipulado que serve como digestivo. “A pessoa toma logo depois de ingerir o alimento”, diz a médica. Nos Estados Unidos, porém, o digestivo é vendido até em supermercados. Mas no Brasil este medicamento não tem registro. A Anvisa autoriza a compra se a pessoa apresentar receita médica.

 

ABAIXO DA MÉDIA

Em uma lista de 15 cidades das regiões Sul e Sudeste com população entre 400 mil e 600 mil habitantes, Joinville fica em 12º lugar no número de leitos hospitalares pelo SUS. De acordo com o Ministério da Saúde, estão ativas 741 camas na cidade catarinense, em dado de julho de 2010. Das três cidades com número inferior ao de Joinville, duas, Mauá (SP) e Belford Roxo (RJ), fazem parte de regiões metropolitanas, com a população perto de grandes hospitais das capitais. Caxias do Sul, distante 125 quilômetros de Porto Alegre, é a outra cidade com estrutura menor do que Joinville.

Em Florianópolis e Londrina, as outras cidades do Sul da faixa 400-600 mil, o número de leitos passa de 1 mil. São 2,2 mil em Sorocaba (SP), 1,3 mil e Ribeirão Preto (SP) e 1,9 mil em Juiz de Fora (MG). Na semana passada, com a superlotação do Hospital São José e lotação do Regional Hans Dieter Schmidt, a falta de leitos hospitalares voltou à pauta em Joinville. Há uma obra em andamento para abrir 33 leitos no São José (quarto andar) e outra planejada para começar logo, o Complexo da Pró-rim, com previsão de leitos pelo SUS. No ano que vez, talvez, inicie a elaboração do projeto de novo hospital na Zona Sul.

BALANÇO DO DIA D

Criança é vacinada em Joinville, no Dia D da campanha contra a poliomelite. Na primeira etapa, 96% das crianças foram vacinadas.No sábado, o índice caiu para 78,8%. Por isso, a campanha será prorrogada
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GERAIS
Vacinação atinge 75% da meta em SC

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a poliomielite imunizou, no Estado, 326.570 crianças de até cinco anos, o que representa 75,94% da meta. A dose continua disponível nesta semana nos postos de saúde em todo Estado. Em Florianópolis, o atendimento à população não foi prejudicado, apesar da paralisação dos servidores municipais. Foram vacinadas 19.531 crianças, mais de 77% do total. O diretor de Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio Silva, ressalta que todas as crianças que tomaram a primeira dose devem retornar aos postos. Na primeira etapa da campanha, Santa Catarina alcançou 98% da meta.

 


 
 

Mortalidade infantil diminuiu 88% em dez anos

Em 1999, Lages registrou 70 óbitos de crianças menores de um ano de idade. Dez anos depois, o número caiu para 17.

Essa redução é justificada pelos programas da Secretaria Municipal de Saúde. Um dos fatores que auxiliou na diminuição das mortes das crianças foi o pré-natal e a amamentação. Além dos pais levarem seus filhos para tomar as vacinas necessárias para cada faixa etária.

Segundo a coordenadora da Saúde da Criança e do Adolescente, Karine Cruz Veiga, a redução se deve às ações realizadas na atenção básica, que inclui o acompanhamento das gestantes durante o seu pré-natal, até o desenvolvimento das crianças, através dos grupos de puericultura (estudo dos cuidados com o ser humano em desenvolvimento infantil).

As ações visam, principalmente, a prevenção da pneumonia e diarreia, que são responsáveis por 70% dos óbitos.A coordenadora lembra que um pré-natal bem feito é uma garantia de que, na medida do possível, nada ocorra com a saúde da mãe e do bebê.

“Além disso, a amamentação serve como uma verdadeira vacina, pois previne inúmeras doenças”, acrescenta.

 Ela salienta que também é necessário realizar os testes do pezinho, orelhinha e olhinho para se prevenir doenças que podem trazer sérias consequências para a vida do bebê.De acordo com Karine, é importante que os pais levem seus filhos até um ano de vida, para consultas médicas mensais. A secretaria também tem uma parceria com a Pastoral da Criança. “Com esta parceria, conseguimos ajudar, principalmente, as crianças que têm peso abaixo do normal, através da multimistura (veja ao lado a receita da multimistura da Pastoral da Criança)”, afirma.

Karine explica que o foco da secretaria é atuar na prevenção de doenças, mas para as crianças que estão desnutridas ou que precisam de atenção especial, existem também programas específicos.

Um dos programas é o de leites especiais, que visa a fornecer formas industrializadas de leite, para melhorar a qualidade de vida das crianças carentes de zero a 3 anos.

 São fornecidas mensalmente, 180 latas de leites em pó, com uma fórmula especial para as crianças desta faixa etária. Através de um protocolo de cadastramento, o médico prescreve na unidade de saúde, o que a criança necessita para conseguir ter um desenvolvimento melhor.Em seguida, as nutricionistas e assistentes sociais da secretaria avaliam as condições de saúde e sociais das crianças.
 
Receita da multimistura da Pastoral da Criança:

50 gramas de casca de ovo fervida, torrada e triturada (opcional)

50 gramas de semente de abóbora torrada ou semente de gergelim triturada

600 gramas de farelo de arroz triturado e cozido (sem colocar água)

200 gramas de farinha de milho ou fubá

100 gramas de pó de folha de mandioca (aipim) torrada, triturada e peneirada (contém ferro e vitamina C)

 Modo de preparo:

Misturar tudo. Pode ser guardada na geladeira por 4 meses. Não deve ser cozida.
A criança pequena pode comer 2 colheres de chá por dia misturada na comida ou sucos. E os adultos podem comer diariamente 2 colheres de sopa.

 Profissionais da Região Sul vão discutir DST/HIV/Aids e Hepatites Virais em Florianópolis Florianópolis, 14/08/2010, Assessoria de Imprensa Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina

A Secretaria de Estado da Saúde promove, de 18 a 21 de agosto, a Reunião Macrorregional Sul: DST/HIV/Aids e Hepatites Virais.

Mais de 200 pessoas vão participar do evento, no Hotel Castelmar, em Florianópolis. O objetivo é promover a discussão política e técnica sobre essas doenças para ampliar as estratégias e ações com o propósito de garantir a atenção integral na saúde.

Participarão do encontro gestores e técnicos das respectivas áreas da administração pública e profissionais de organizações não-governamentais.Entre os temas que serão discutidos estão a análise da rede de assistência, a estrutura laboratorial e a redução da transmissão vertical de HIV e Sífilis.Confira a programação da Reunião no site da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica: www.dive.sc.gov.br.

 

 

Poliomielite. 19531 crianças de zero a cinco anos foram imunizadas no dia D da campanha na Capital
Greve não atrapaqlha vacinação

Nem mesmo a greve dos servidores não atrapalhou o Dia D da Campanha Nacional da Vacinação contra a Poliomielite na Capital e cerca de 550 servidores trabalharam para vacinar 19.531 crianças de zero a cinco anos, que totalizou 77,27% de imunização da faixa etária. O índice foi melhor do que o estadual, que chegou a 75,94% de imunização. Quem não levou o filho para tomar as gotinhas no sábado tem até a próxima sexta-feira.

 Voluntariado. Amigos do HR dão apoio a pacientes e ajudam a estruturar a unidade
O lado mais humano do Regional

O noticiário costuma apontar o Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José, como problemático. Como atende quase todas as especialidade clínicas e é referência no Estado nos setores de cardiologia, oftalmologia e alimentação parenteral e enteral ( aos pacientes que não podem se alimentar via oral ou bebês prematuros) , o hospital chega a receber 4 mil pessoas por dia , potencializando as dificuldades.

Atenta a esta situação , há 14 anos existe a Aamhor( Associação dos Amigos do Hospital Regional) que através de seus voluntários procura garantir um pouco de conforto e oferecer um ombro amigo. A visita nos quartos, a conversa que pode orientar os pensamentos, encaminhamentos para  casa e arrecadação de recursos que são revertidos em roupas, calçados cobertores, cortes de cabelos e baraba, quites de higiene pessoal são algu8mas das ações promovidas.

Mais de R$1,.4 milhão em obras

A Aamhor começou pequena, em uma sala de oito metros quadrados. Atualmente, ocupa parte do almoxarifado do hospital. A presidente da Aamhor, Marli Estela Souza, lembra que mais de R$1,4 milhão em obras e doações foram aplicados no Hospital Regional, através de recursos obitidos pela associação.