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ATENDIMENTO PELO SUS
Em Joinville é diferente

Ao contrário de pesquisa nacional, vasectomia é a cirurgia mais comumEm um levantamento nacional divulgado em julho, a curetagem pós-aborto foi a cirurgia mais realizada nos hospitais públicos do Brasil nos últimos anos, mas em Joinville o procedimento perdeu para uma intervenção que não está entre as primeiras na lista da pesquisa nacional: a vasectomia.

Em 2009, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou quase mil cirurgias do método contraceptivo na cidade: foram 941, perdendo apenas para os partos cesarianos, que chegaram a 1.547 no ano passado. A curetagem pós-aborto só aparece em terceiro na lista joinvilense. Na pesquisa nacional, ficaram fora cirurgias cardíacas, partos e pequenas intervenções que não exigem a internação do paciente.

A pesquisa, coordenada pelo Instituto do Coração (Incor) com a colaboração do Ministério da Saúde, alertou para o alto número de curetagens pós-aborto. Para o obstetra e ginecologista João Rodrigo Pereira Oliveira, do Hospital Materno-infantil, os dados não são alarmantes.

“É natural que os procedimentos que envolvam nascimento sejam tão procurados. Esses três são os procedimento cirúrgicos da área mais comuns, já que a obstetrícia não realiza muitas cirurgias”, afirma.

A vasectomia só pode ser realizada em homens com mais de 25 anos e dois filhos ou mais. Em Joinville, a cirurgia é feita no Hospital Regional. Os números do ano passado superam a média que antes levava dois anos para ser completada. Entre 2006 e 2007, foram feitas 731 vasectomias pelo SUS – em 2009, chegou a 200 cirurgias a mais.

 

ATENDIMENTO PELO SUS

Aborto espontâneo é comum

 

 

O obstetra e ginecologista João Rodrigo Pereira Oliveira explica que o fato de a curetagem estar no topo da lista nacional não é exatamente a prova de um maior número de abortos porque os espontâneos são muito comuns. Eles acontecem com uma frequência de 8% a 10% dos casos e só tornam-se um risco de saúde para a mulher quando o terceiro acontece.

“Principalmente quando trata-se de mulheres com os extremos da idade, muito jovens e ou muito velhas para engravidar”, avisa. Nenhum hospital questiona a paciente a causa do aborto – se foi espontâneo ou provocado –, mas Oliveira afirma que às vezes é possível identificar um procedimento malfeito. “A gente vê indícios, mas não pergunta a respeito. Pelo que vemos aqui, a maioria deles é espontâneo”.

No Hospital Infantil, que atende a gestantes de até 18 anos, a frequência das curetagens é de quatro por mês. Na Maternidade Darcy Vargas, são quatro por dia.

Nos hospitais públicos, a recuperação exige que a paciente passe 24 horas em observação, enquanto os hospitais privados realizam o procedimento e liberam a paciente.

“O tempo de recuperação, da parte médica, é de duas a três horas. Não há necessidade de internação, mas os hospitais públicos são obrigados por lei a manter a paciente em observação”, diz Oliveira. Para o SUS, a curetagem custa em média R$ 1.130, enquanto nos hospitais privados o valor a ser pago para cobrir todas as despesas da cirurgia variam entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil


EXAME ERRADO
Paciente quer ser indenizada

Diagnóstico falso teria motivado denúncias de fraude contra o hospitalO diagnóstico errado entregue a uma mulher de 42 anos teria motivado as denúncias de uma possível fraude envolvendo a Fundação Hospitalar Dr. José Athanásio, de Campos Novos, no Meio-oeste do Estado. Agora, a paciente quer receber indenização. O processo já está na Justiça. Mas ainda não foi julgado em nenhuma instância.

Segundo o advogado da mulher, Renato Tomas, a possível fraude não modifica o dano causado à paciente. “Ela recebeu um diagnóstico dizendo que tinha um câncer em estágio avançado. Isso é quase uma sentença de morte. O fato de que teria ocorrido fraude não muda nada, porque o erro houve e alguém deve ser responsabilizado.”

A cliente de Tomas retirou o exame em maio. E só sossegou depois de repetir os procedimentos médicos que comprovaram o erro no laudo do hospital. Na época, ao reclamar, recebeu como resposta que houve um possível erro na digitação no laudo, que não estava assinado por nenhum médico.

Descrição igual à denúncia feita por uma ex-funcionária ao Ministério Público Federal. Ela relata que, quando o documento estava sem assinatura de um médico, deveria apenas inserir um comando nas cobranças enviadas ao SUS.

Segundo a denúncia, o laudo sem o aval médico seria apenas uma forma para cobrar o dobro pelos exames. Assim, o paciente não seria prejudicado. A menos que na hora da entrega o exame fosse trocado. Como teria ocorrido no caso que motivou as investigações, que estão sendo comandadas pela Polícia Federal (PF). 


CAMPO ALEGRE

Agentes mirins ajudam no combate à dengueCerca de 260 famílias receberam a visita dos agentes mirins de combate à dengue, na região de Bateias de Cima, interior de Campo Alegre. O trabalho de prevenção durou dois meses e envolveu 152 estudantes do ensino médio da Escola Municipal Paulo Fuckner.


HEPATITE E

Primeiro caso da doença no País ainda não preocupaVirologista da Fundação Oswaldo Cruz, Marcelo Alves Pinto afirmou que o primeiro caso de vírus da hepatite E no País não é motivo de preocupação. “A gente presume que a incidência seja baixa.” Pesquisadores que descobriram o contágio suspeitam que ele se deu por meio de ingestão de carne suína.

 

 

 
Orelhinha
Autor da lei que tornou obrigatório o teste da orelhinha em Joinville desde 2006 – virou regra nacional nesta semana –, o ex-vereador José Cardozinho (PPS) garante que outro projeto dele, também transformado em lei, o exame do olhinho, será obrigatório no País. Como já é em Joinville.


Competência
As leis municipais com obrigação de testes só se tornam leis porque as prefeituras concordam. Se o município não quisesse, alegaria que o projeto cria despesas e vetaria. Ontem foi publicada decisão do TJ que derrubou definitivamente lei estadual que obrigava a realização de exames para detectar catarata congênita em recém-nascidos.

 

Visor

 

CÓRNEAS
O médico chapecoense Delso Bonfante será um dos destaques da programação do World Keratoconus Meeting, evento de oftalmologia que acontece neste final de semana, em Ouro Preto (MG). O encontro reunirá 22 palestrantes internacionais e 30 brasileiros para discutir sobre o tratamento do ceratocone, a chamada córnea torta, que vai, progressivamente, destruindo a visão.


 Geral 

POSSÍVEL FRAUDE
Paciente diz que quer ser indenizada

Mulher de 42 anos motivou denúncias ao receber um exame errado em hospital de Campos NovosUm diagnóstico errado entregue a uma mulher de 42 anos teria motivado as denúncias de uma possível fraude envolvendo a Fundação Hospitalar Dr. José Athanásio, de Campos Novos, no Meio-Oeste de Santa Catarina. A situação está sendo analisada pela Justiça.

O processo já está na comarca da cidade. Mas ainda não foi julgado em nenhuma instância.

De acordo com o advogado de defesa da vítima, Renato Tomas, a possível fraude não modifica o dano causado à paciente.

– Ela recebeu um diagnóstico dizendo que tinha um câncer invasivo e de estágio avançado. Isso é quase uma sentença de morte. O fato de que teria ocorrido fraude não influi neste caso, porque o dano houve e alguém deve ser responsabilizado – explica.

A cliente de Tomas retirou o exame no mês de maio. E só sossegou depois de repetir os procedimentos médicos, que comprovaram o erro no laudo do hospital. Na época, ao reclamar, recebeu como resposta que houve um possível erro na digitação do diagnóstico, que não estava assinado por nenhum médico.

Descrição semelhante à denúncia feita por uma ex-funcionária ao Ministério Público Federal (MPF). Ela relata que quando o documento estava sem assinatura de um médico, deveria apenas inserir um comando nas cobranças enviadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Significa dizer que esse laudo sem aval médico seria um instrumento para cobrar o dobro pelos exames, de acordo com a denúncia. Nesse sentido, o paciente não seria prejudicado. A menos que na hora da entrega o exame fosse trocado por engano. Como teria ocorrido no caso que motivou as investigações, que estão sendo comandadas pela Polícia Federal (PF).

O hospital não quis se pronunciar e só informou à reportagem que abriu uma sindicância para apurar os fatos.

Em junho do ano passado, outro fato envolvendo a Fundação Hospitalar Dr. José Athanásio chamou a atenção. A veterinária Maria Angélica Soares, que atuava na Vigilância Sanitária da cidade, levou o seu gato de estimação ao pronto-socorro da unidade hospitalar.

Na sala de emergência, um médico e três auxiliares de enfermagem atenderam o animal. O hospital instaurou processo disciplinar administrativo e os profissionais foram afastados por 30 dias. O médico que atendeu o gato respondeu a uma sindicância no Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC). 

DAISY TROMBETTA | Campos Novos


HOSPITAL DE BIGUAÇU

Começa a construçãoO início oficial das obras do tão esperado hospital de Biguaçu teve comemoração com direito a carreata de contêineres, buzinaço e até fogos de artifício.

Asecretária de Saúde, Liliane Werner dos Santos, chamou o momento de “materialização de um sonho”. Uma multidão acompanhou a abertura de 17 contêineres vindos dos EUA com a estrutura do hospital e transformou o terreno do Bairro Vendaval num canteiro de obras.

Os próximos 45 dias servirão para colocação do alicerce da casa de saúde. A partir de 20 de setembro é que as paredes começam a ser levantadas, dando início à montagem de toda a estrutura física. Esta etapa deve levar mais 10 meses. Segundo o engenheiro responsável pelas obras, Luís Henrique Thiele, esta segunda fase terá o acompanhamento direto de quatro americanos que virão a Biguaçu só com a intenção de fiscalizar a obra.

Uma das novidades é a assinatura do convênio com a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), que vai oferecer 12 leitos para atendimento de emergência dentro da estrutura do hospital.

Biguaçu