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Abono para médicos

Em Joaçaba, decerto para tornar a profissão mais atraente na rede pública, os médicos contratados pela Prefeitura estão recebendo abono mensal de R$ 1,5 mil. É para ser pago entre junho e dezembro. É coisa complicada. Uma vez dado um benefício, é difícil de retirar depois.

 

 

Consumo
Direto para o aterro sanitário
Quase 400 kg de carne de frango e de gado foram recolhidos pela Vigilância Sanitária

Cerca de 400 quilos de carne bovina e de frango foram apreendidos em um supermercado do bairro Fátima no fim da manhã de ontem, em Joinville. Os produtos, segundo a Vigilância Sanitária, estavam sendo comercializados de forma irregular. No local colocado para a venda, o produto exalava mau cheiro.

Foi por causa de uma denúncia anônima que a Vigilância chegou ao estabelecimento. O fiscal sanitarista Arildo Pereira esteve no meio da manhã no supermercado e confirmou a denúncia. Segundo ele, foram quase cem quilos de coxa e sobrecoxa, cem quilos de frango e cerca de 160 quilos de carne bovina foram recolhidos.

Segundo a Vigilância, os alimentos não estariam na temperatura adequada para serem vendidos. Além disso, os frangos, conforme o fiscal, estavam com a data de validade vencida, e as carnes estavam sem rótulos, o que indica procedência desconhecida e falta de inspeção sanitária. "Não temos como garantir a qualidade desses produtos. Por isso, tudo está sendo apreendido", diz Arildo.

A Vigilância faz o alerta sobre esse tipo de irregularidade em supermercados. "Geralmente, quando recebemos esse tipo de denúncia, a informação procede. É muito importante que o pessoal denuncie se verificar algo errado", completa o fiscal.

A partir de agora, será feito um processo administrativo para concluir se o mercado será ou não multado. A carga foi levada para o aterro sanitário da cidade. No início do mês, cerca de uma tonelada e meia de camarão foi apreendida e o produto também foi jogado no aterro. Para denunciar produtos em situação irregular, o telefone é o 156.

Capacitação
Profissionais da saúde começam especialização

Começa hoje, às 13h30, o curso de especialização em saúde familiar com a participação de 72 médicos, dentistas e enfermeiros. O curso de capacitação a distância tem duração de um ano. Ele será feito por videoconferências com especialistas de cada área. Os profissionais estão sendo preparados para trabalhar em unidades básicas de saúde. A especialização é promovida pela UFSC e pela Escola de Saúde Pública de SC, financiadas pelo Ministério da Saúde.

Criciúma
Banco de olhos até o fim do ano para o Sul de SC

A região de Criciúma deverá receber um banco de olhos até o fim do ano. O anúncio foi feito esta semana pelo secretário de Saúde de Criciúma, Silvio Ávila Junior, após os voluntários que fazem o serviço de captação de córneas suspenderam a captação. O serviço fica inativo até que uma sala, equipamentos e funcionários sejam providenciados pelo poder público, o que poderá demorar até seis meses.

Saúde pública
Infecções ameaçam pacientes
Sepse mata mais que trânsito. Hospital no Paraná enfrenta um surto de bactéria

No Brasil, mortes por sepse (termo médico para infecção generalizada) superam em seis vezes os óbitos no trânsito. Anualmente, 220 mil pessoas morrem da doença, uma reação exacerbada do organismo à infecção, enquanto acidentes entre veículos mataram 34.597 em 2008, de acordo com a última estatística disponível no Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde. A comparação entre os dados foi feita pela Sociedade de Terapia Intensiva carioca (Sotierj).

A sepse é causada pela reação do organismo a uma infecção. Toxinas liberadas pelo sistema imunológico para combater bactérias ou vírus são tão potentes que acabam atacando órgãos vitais.

O Hospital Universitário de Londrina (PR) enfrenta a ameaça desde a semana passada. Ontem, o hospital restringiu a entrada de novos pacientes devido a uma bactéria super-resistente que já contaminou 27 pacientes. Eles tiveram de ser isolados. A instituição interditou três setores para visitas e deve passar por desinfecção.

No ano passado, o hospital – um dos principais do Paraná a atender pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – teve de tomar medidas para barrar a bactéria – transmitida por contato físico e saliva.

Segundo a Sotierj, o assunto preocupa. "Há uma deficiência grande no ensino", disse Moyzes Damasceno, coordenador de UTI do Hospital de Clínicas de Niterói e presidente da Sotierj – cujo congresso sobre o tema acaba hoje. Ele critica a formação oferecida por faculdades. "A terapia intensiva não faz parte da grade das faculdades de medicina."

Desinformação e mortalidade

- Estudo com 917 médicos de 21 hospitais brasileiros mostrou que 27% sabem reconhecer a sepse. O estudo é do Instituto Latino-americano da Sepse (Ilas), que encabeça no Brasil a campanha Sobrevivendo à Sepse.

- Segundo o último relatório do Ilas, de abril, 48,7% dos pacientes com sepse grave e 65,5% dos com choque séptico morreram no Brasil. No mundo, as taxas estão em 23,9% e 37,4%, respectivamente.

  

 

SC: Saúde na UTI

A Associação e a Federação dos Hospitais e Estabelecimentos dos Serviços de Saúde de Santa Catarina promoveram um debate com os candidatos ao governo. Apenas a deputada Angela Amin compareceu. Raimundo Colombo cumprir roteiro político no Sul e Ideli Salvatti cancelou presença na véspera. Os nanicos também não foram. O debate virou entrevista. Uma ausência inexplicável, sabendo-se que saúde é disparado o maior problema da população catarinense. É, mas não parece.

O economista Francisco Graziano, coordenador do plano de governo de Serra, lá esteve. Recebeu o mesmo documento entregue à candidata do PP. Passa a conhecer, portanto, o diagnóstico da dramática situação da rede médico-hospitalar catarinense. Começando pelo fim. Santa Catarina tem a pior remuneração pelo Sistema Único de Saúde. Os hospitais recebem R$ 144, contra R$ 154,44 pagos para o Paraná e R$ 188,97 ao Rio Grande do Sul.

Outra triste revelação a mostrar insensibilidade da classe política: a questão tributária. No Brasil, os hospitais são responsáveis por 33% de toda a receita nacional. Nos Estados Unidos, o índice é de 12%, no Japão de 13%, na Índia de 17%, e no México de 16%. Quer dizer: aqui não há incentivo fiscal para a saúde do povo. A rigor, os hospitais tem apenas uma isenção. É federal, desobrigados do recolhimento patronal do INSS. Incentivo fiscal estadual?

Nada! Isenção do ICMS sobre água e energia, por exemplo? Zero! Participação nos recursos do Fundosocial? Nem cogitado! O documento, que será entregue aos candidatos ausentes, revela, em síntese: os médicos não têm interesse em contratos com o SUS pela baixa remuneração. É grave a falta de leitos de UTI e há hospitais que instalaram estas unidades, mas não há como fazê-las funcionar. Um leito de UTI custa R$ 843,36 a diária. O SUS paga apenas R$ 410,92.

O Sistema

O diagnóstico da Federação e Associação dos Hospitais revela que os hospitais privados e filantrópicos são responsáveis por 77% dos leitos existentes em Santa Catarina. E seus 7.891 leitos para pacientes do SUS representam 67% do total de unidades do sistema hospitalar catarinense. Em relação aos leitos de UTI, os comunitários e privados respondem por 77% do total com 544, contra apenas 129 dos hospitais estaduais, 16 federais e 16 municipais.

De um total de 222 hospitais, 182 são privados/filantrópicos, 25 municipais, 14 estaduais e 1 federal. O número global de funcionários é de 33.900, dos quais 20.585 dos privados/filantrópicos, 5.951 estaduais, 1.787 municipais e 1367 federais.

Se é fato que a situação dos hospitais é grave, verdade também que o diagnóstico poderá ficar ainda pior se medidas não forem tomadas pelo SUS, governo estadual e prefeituras. Os valores pagos pelo SUS aos médicos e hospitais, por exemplo, são considerados "aviltantes" . A baixa remuneração leva a resultados negativos, com perda de capacidade de investimento e sucateamento.

Sabendo-se que os equipamentos digitais oferecem diagnósticos médicos mais precisos, mas são cada vez mais caros e exigem renovação tecnológica mais frequente, é fácil prever o futuro.

Ou as autoridades se sensibilizam e agem, a partir dessa grave realidade, ou este sistema hospitalar misto, único no Brasil, vai se deteriorar ainda mais. Com resultados catastróficos para todos.

 

 

Saúde

Angela Amin defendeu a criação da carreira pública do profissional da Saúde na conversa que teve, ontem, com representantes da Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Saúde e da Associação dos Hospitais do Estado. O peso das duas entidades é de 6,6 mil unidades de saúde de todo o Estado.

São 7,8 mil leitos de pacientes do SUS e 3,8 mil para os que não são atendidos pelo sistema.

 

 

Públicas
Angela prestigia o encontro sobre Saúde

Só a candidata ao governo pelo PP, Angela Amin, compareceu ao encontro promovido, ontem, em Florianópolis, pela Associação e Federação dos Hospitais de SC em parceria com a Federação das Santas Casas.

O convite foi feito também aos candidatos Ideli Salvatti (PT) e Raimundo Colombo (DEM), que cumpriam agenda em outras regiões e não puderam comparecer.

Dário Staczuk, presidente da Associação de Hospitais de SC, falou da necessidade de revisão das tabelas do SUS, da criação do sistema de referência e de novos leitos de UTI.

 

 

Presença

A candidata Ângela Amin, que em Brasília faz parte da Frente Parlamentar pela Saúde, foi a única que participou do encontro sugerido pela Associação e Federação dos Hospitais. Defendeu a criação da carreira pública do profissional da saúde, que possibilita a ascensão profissional mais ou menos como acontece hoje com os magistrados.

Já existe algo semelhante no Congresso, mas atinge só os médicos. A deputada do PP apresentou uma emenda incluindo todos os profissionais, desde enfermeiros, até dentistas. "Não vou ser irresponsável de dizer que a ambulancioterapia vai acabar. O que vamos fazer é reduzir, regionalizando o atendimento de média e alta complexidade para que possamos diminuir esse trânsito de ambulância pelo Estado," destacou a candidata durante o encontro.

 

 

Florianópolis recebe o 2º Fórum de Promoção à Saúde
Palestrantes e debatedores dos Estados Unidos, Holanda e Brasil se reúnem para discutir ações e iniciativas para assistência à saúde

Nos dias 2 e 3 de agosto será realizado na Capital catarinense o 2º Fórum de Promoção à Saúde. A iniciativa da Unimed Grande Florianópolis nasce da necessidade de um novo olhar para a assistência à saúde, diante de todo o cenário de transformações que o setor e a sociedade vivenciam, de uma maneira cada vez mais veloz. As mudanças vão desde a longevidade da população até o novo perfil epidemiológico, onde as doenças crônicas passaram a ser preocupação crescente e prioritária das redes públicas e privadas de saúde em todo o mundo.

A proposta do evento é reunir profissionais da área da saúde, clientes e sociedade em geral para tratar de temas importantes nos dias atuais, entre eles a promoção da saúde, prevenção da doença e busca da qualidade de vida. Na programação do encontro destaque para gestão da saúde, foco no cliente, qualidade da assistência e propostas alternativas de pagamento dos prestadores de serviços, através da apresentação de modelos internacionais e experiências de sucesso nos Estados Unidos e Holanda, além de ações já em desenvolvimento no Brasil.

Entre os palestrantes e debatedores estão a diretora da Kaiser Permanente Internacional (EUA), Molly Porter, o diretor da Network Health e médico da atenção primária em Cambridge Family Health (EUA), Rob Janett, e o diretor da Osinga Consult (Holanda), Enne Osinga, empresas com destacada atuação em planos de saúde e consultoria no setor.

Exemplo internacional - Experiências de sucesso de modelos diferenciados dos Estados Unidos serão apresentadas pelo médico de Cambridge, Dr. Rob Janette, e pela operadora de planos de saúde Kaiser Permanente, Molly Porter. Ambos trabalham de uma maneira diferenciada em relação ao que temos habitualmente no mundo, que é o pagamento pelo procedimento.

O modelo deles prioriza a promoção à saúde e o foco no cliente com a preocupação de deixá-los saudáveis. Screening para câncer, vacinação e mamografia, são alguns exemplos de procedimento com o objetivo de não deixar as pessoas adoecerem e, se adoecerem, deixá-las o mais saudáveis possíveis. O modelo de atendimento utilizado na Holanda também será apresentado, assim como o trabalho pioneiro no país desenvolvido pela Unimed Belo Horizonte.

"A troca de experiências é válida tanto para nós quanto para eles, porque a Kaiser Permanente e o Sistema Unimed têm características muito parecidas. Estamos agregando correntes de pensamentos de gestão na saúde que falam a mesma língua, ou seja, temos um recurso que tem que ser muito bem aplicado, caso contrário se gasta e alguém acaba ficando sem atendimento adequado", explica Escada Ferreira.

 

 

UPA Sul
Secretaria nega quebra de Raio-X

A Secretaria Municipal de Saúde informou que o aparelho de Raio-X da UPA Sul não estava quebrado na manhã de quinta-feira, quando um paciente procurou atendimento, mas passava por uma mautenção de rotina. A queixa partiu do professor Henryson Rocha da Luz, 29, que foi atendido na UPA Sul na noite de quarta-feira, depois de ter sido ferido em um dos pulsos ao sofrer um atropelamento. Antes, o paciente não conseguiu atendimento em dois hospitais públicos estaduais, razão porque registrou queixa na Polícia Civil.

Atendido na UPA Sul na quarta à noite, o professor foi medicado e orientado a fazer um raio-X. Segundo a secretaria, ele teria se recusado a fazer o exame na mesma noite, tendo retornado no fim da manhã do dia seguinte. O aparelho ficou fora de uso, segundo a secretaria, das 11h às 13h.