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Perícias do INSS

A procuradora da Prefeitura de Joinville alega que o município não concorda em bancar perícias de ações contra o INSS. Seriam exames para ações judiciais e não para diagnóstico de doenças. Por isso a Prefeitura recorre das decisões que determinam a realização das perícias. Outra reclamação da Prefeitura é que esses exames não respeitam a ordem cronológica, pulando a vez de quem está há mais tempo na fila. Por fim, haveria exames não previstos pelo SUS.

 

 

Opinião de A Notícia
Atenção com acelerador

O fato de a pendenga estar na reta final não autoriza Joinville a acomodar-se em relação ao acelerador linear, equipamento utilizado no tratamento do câncer com maior eficiência em relação à bomba de cobalto, aparelho utilizado hoje na rede pública de saúde. Com um impressionante histórico de atrasos (como “AN” cita hoje, a compra do acelerador foi em 2006 e até hoje não entrou em funcionamento), a vigilância e a atenção sempre são necessárias, mesmo que a parte mais difícil, compra do equipamento e construção da casamata, já tenha sido concluída.

A melhoria no tratamento do câncer em Joinville é uma das urgências em saúde pública, dada a incidência da enfermidade em Joinville. Conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde, os tumores mataram 3.790 pessoas desde 2000 (faltam dados dos últimos três meses). Quase 40% das mortes causadas pelas neoplasias aconteceram nos últimos três anos, dado estatístico que mostra de maneira irrefutável o avanço da doença em Joinville.

Como a expectativa de vida cresce e o câncer é associado, também, à longevidade, é evidente que a estrutura de atendimento precisa crescer de forma correspondente. Propor a construção de um hospital específico pode ser uma medida tentadora a ser proposta, mas é preciso antes o debate para confirmar se esse tipo de estrutura é realmente necessária. Qualificando o tratamento com o acelerador, já é um começo.

Acelerador linear
Mais dois meses de espera


Equipamento usado em tratamento de câncer está em fase de ajustes finaisSe tudo ocorrer conforme o cronograma, o acelerador linear deverá começar a ser utilizado no tratamento de pacientes com câncer no Hospital Municipal São José, em Joinville, em dois meses. O equipamento foi comprado pelo Estado em 2006, e, depois de três licitações fracassadas, a construção da casamata foi concluída. Esta semana começa a fase dos ajustes finais.

“Até o fim da semana, técnicos do fabricante devem chegar à cidade para calibrar a máquina”, diz o diretor do hospital, Tomio Tomita. O equipamento que será utilizado nesse processo já está na casamata. O objetivo é verificar se o nível de radiação indicado pelo equipamento é mesmo o que chega ao paciente. O trabalho deve durar uma semana.

“Depois disso, solicitaremos uma nova visita da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), responsável por fiscalizar se não há vazamento de radiação”, explica. “Só depois da liberação é que os funcionários do setor de oncologia do hospital passarão por um mês de treinamento para operar o acelerador linear”, diz Tomita. “Está tudo dentro do cronograma”, afirma Tomita. “Começamos as obras da casamata no fim de outubro, e para quem esperou cinco anos, um mês de diferença não é nada”, diz Tomita.

Assim que começar a funcionar, a expectativa é de que o número de pacientes diários na radioterapia do São José dobre. “Joinville passará a ser referência na região Norte e deveremos atender a cerca de 120 pacientes de diversos municípios”, diz o chefe do setor de radioterapia do Hospital São José, Ricardo Polli.

Atualmente, cerca de 60 pacientes de radioterapia do hospital são submetidos ao tratamento com a bomba de cobalto, em operação há 20 anos. “Aqueles que têm indicação para tratamento com acelerador linear estão sendo encaminhados para Jaraguá do Sul”.

Mas a bomba de cobalto não será aposentada. Assim que o acelerador entrar em operação, ela receberá uma nova pastilha radioativa, que precisa ser trocada periodicamente. A Prefeitura licitou e importou a pastilha por cerca de R$ 400 mil. “O tempo de uso do aparelho, sem essa manutenção, faz com que os efeitos colaterais se sobreponham ao benefício, por isso o empenho em investir na compra de equipamentos mais modernos como o acelerador e a manutenção da bomba de cobalto, reivindicações médicas há mais de 15 anos”, ressalta.

Medicamentos
Farmácias fechadas por venda ilegal

Dono admitiu à Anvisa e à Polícia Federal que vendia Viagra falsificadoA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou duas farmácias no bairro Trindade, em Florianópolis, por venderem medicamentos falsos e de tarja preta sem retenção da receita médica, ontem. De acordo com a Polícia Federal, os comércios pertenciam a um professor da UFSC. Um depósito irregular também foi lacrado em São José.

O delegado da Polícia Federal (PF) Ildo Rosa afirmou que o dono das farmácias admitiu que comprava Viagra e Ciallis falsificados. O fornecedor seria um vendedor que chegava ao balcão com os produtos. A diferença para o original era gritante, de acordo com o fiscal da Anvisa Thiago Rezende. O tamanho e cores das caixas eram outros e não havia selos de segurança. O dono foi preso em flagrante e pode pegar entre dez e 15 anos de prisão.

O dono negou que vendesse os remédios de tarja preta sem reter a receita, conforme a lei. Alegou que não tinha as receitas porque o sistema de arquivamento passa por mudanças. Nas duas farmácias foram recolhidas 44 caixas de remédios controlados estocadas de forma incorreta e 31 de remédios falsos. Tudo será incinerado.

Um depósito ilegal em São José com milhares de medicamentos também foi descoberto. No local, havia caixas no chão e os produtos de tarja preta não estavam numa sala trancada. As notas fiscais foram confiscadas.

Hospital Regional
Salas terão de ser abertas

A Justiça catarinense mandou que o Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, em São José, abrisse todas as salas de atendimento no máximo em 45 dias, prazo também para que o hospital contrate anestesistas e, no mínimo, mais um ortopedista na emergência.

Para o diretor do hospital, Fernando Luz, a situação estará resolvida com a chamada dos classificados no concurso público estadual do dia 2 de julho. Ele acredita que a falta de anestesistas tenha ocorrido porque o salário do Estado é de R$ 6 mil, enquanto os hospitais particulares pagam em média R$ 8 mil. “Se o quadro de funcionários for resolvido, conseguiremos fazer até cirurgias encaminhadas por outros hospitais”, afima.

A realidade é que há pacientes aguardando em longas filas de espera, ou que recebem tratamentos nos corredores da unidade. A promotora de justiça encarregada pelo pedido da liminar, Sonia Piardi, também questiona a falta de ortopedistas no atendimento de emergência do hospital.

Saneamento básico
Nono em lista degradante

No Brasil, 7% das pessoas não dispõem de banheiro em casa. Perde a saúde públicaPesquisas que apontam o baixo nível de cobertura da coleta de esgoto no Brasil já não chocam, mas a posição do País em um ranking no qual figuram países com graves problemas de infraestrutura chama a atenção. Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 13,3 milhões de brasileiros – 7% da população – não têm acesso a banheiros em casa. Significa a ausência de qualquer estrutura, mesmo improvisada, que tem função de separar do meio ambiente os dejetos humanos.

A situação é mais crítica nas áreas rurais brasileiras, onde 30% dos moradores vivem essa situação. Ainda assim, 3% da população que mora em cidades têm o mesmo problema. Os percentuais se referem a 2008. A OMS considera a ausência de banheiro perigosa para a saúde pública.

Segundo a organização, essa é “normalmente a principal ameaça à saúde em campos de refugiados” – comuns em países como Etiópia e Sudão, onde a situação atinge pelo menos 40% da população. Em favelas de países populosos como Índia e China, onde barracos se amontoam, o risco de contaminação dos rios que abastecem moradores é elevado.

No Brasil, as regiões com essa carência estão em regiões pouco urbanizadas no interior do País, em que a falta de infraestrutura é notável, mas também afeta cidades. De 1990 a 2008, houve melhorias: 50 mil brasileiros passaram a contar com instalações sanitárias adequadas. A diferença entre a região urbana e a rural segue a tendência mundial. Para o estudo, “áreas rurais continuam a ter baixa porcentagem de população que usa estruturas sanitárias improvisadas e alto número de pessoas que não têm acesso a nenhuma”.

Do 1,3 bilhão de pessoas que saíram da condição degradante, 64% estão em cidades. Mas não sem custo. “Apesar de áreas urbanas estarem mais bem servidas, têm dificuldade em sustentar o crescimento populacional.”

 

 

Hospital Regional
Números que não fecham
Direção e Ministério Público de SC divergem sobre a quantidade e funcionamento das salas

A solução para a falta de médicos e a abertura de salas de cirurgias no Hospital Regional de São José estão sendo discutidas pela direção da instituição e Ministério Público de Santa Catarina. As divergências entre eles começam com o número de centros cirúrgicos que estão fechados, desde o ano passado. Enquanto o MP diz que são cinco, a direção do Regional afirma que são dois.

A realidade é que, hoje, pacientes que aguardam em longas filas de espera e outros, que recebem tratamentos nos corredores da unidade, teriam melhores condições de atendimentos não fosse a falta de estrutura e de funcionários.

Outra divergência está no número total de centros cirúrgicos. De acordo com o MP são nove salas, conforme levantamento de maio. Mas, ontem, o gerente administrativo do Hospital Regional, Fernando Luz, informou que existem 13.

Na última terça-feira, a Justiça determinou a reabertura de cinco centros de cirurgia que estão fechados desde o início de 2009, por conta de falta de anestesistas. Segundo o MP, foram analisados todos os centros cirúrgicos, uma série de denúncias e o deficiente número de anestesistas, que gerou a suspensão de cirurgias tanto de emergência quanto eletivas (agendadas).

A promotora de Justiça encarregada pelo pedido da liminar, Sonia Maria Demeda Groisman Piardi, também questiona a falta de ortopedistas no atendimento de emergência:

– Foi determinado até a primeira semana de setembro, a abertura de todas as salas, as contratações dos anestesistas e, no mínimo, mais um ortopedista na emergência.

Para o diretor do hospital, a situação estará resolvida com a chamada dos classificados no concurso público estadual, do dia 2 de julho. Ele acredita que a falta de médicos anestesistas aconteceu porque o salário do Estado – de R$ 6 mil – é menos atraente do que o dos hospitais particulares que pagam R$ 8 mil.

– Se o quadro de funcionários for resolvido, conseguiremos fazer até cirurgias encaminhadas por outros hospitais – promete Fernando Luz.

Contratação de médicos aprovados no concurso público

O secretário estadual de Saúde, Roberto Hess de Souza, disse ontem que pretende chamar 30 anestesistas na unidade e dois ortopedistas. Souza informa que das 895 vagas abertas no concurso público em todo o Estado, o Hospital Regional tem preferência. Com isso, ele acredita melhorar o atendimento. Para Souza, as contratações vão ajudar a reduzir as filas de espera.

Até 400 pacientes por dia na emergência

Uma das justificativas para o elevado número de atendimentos no Hospital Regional de São José é a falta de opção hospitalar na cidade, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), segundo o secretário Estadual da Saúde, Roberto Hess de Souza. São 350 a 400 pacientes por dia na emergência.

Com 1.199 profissionais no total e uma estrutura comprometida, os pacientes sentem dificuldades durante os atendimentos.

Ontem, o servente Normíro da Rosa, 50 anos, passou a manhã toda esperando, do lado de fora da emergência, por um médico. Ele chegou às 8h30min para saber se precisa amputar mais um dedo da mão. Por ter dificuldade para caminhar devido ao diabetes, aguardou ser chamado parte do tempo deitado numa maca.

O pintor automotivo, Tiago Lima do Rosário, 27, foi atendido no começo da manhã, depois de sair às 5h de Garopaba, para fazer reparos no gesso das pernas. Ele reclama de como foi tratado na primeira vez há 14 dias, quando sofreu as fraturas. Ficou no corredor da emergência, com outros doentes, por uma noite. Apesar de ser pouco, foi o suficiente para saber como funciona o esquema de internação do local. Entre uma conversa e outra, descobriu que alguns estão esperando por cirurgia há quase um ano.

– É perigoso, pois pode contrair outras doenças ou infecções. São várias pessoas dormindo nos corredores da emergência – conta, lembrando que viu chover em cima de uma senhora de 82 anos que dormia numa maca.

Sobre a demora de atendimento e a fila de espera, o secretário estadual de Saúde, Roberto Hess de Souza afirma que não tem os dados:

– O número de pessoas na fila é relativo. Quando o caso é urgente passamos na frente. Não existe prazo determinado – diz.

  

  

 

Profissionais da saúde realizam mobilizações contra hepatites virais

A Secretaria Municipal da Saúde, através da Vigilância Epidemiológica de Caçador, realiza nesta quarta-feira (28), mobilizações no dia mundial de luta contra as hepatites virais. Durante todo o dia, equipes do Programa Saúde da Família, agentes comunitários e outros gestores da saúde estarão atuando nas unidades de saúdes e na Praça Nossa Senhora Aparecida, distribuindo material informativo e realizando orientações sobre os principais cuidados para evitar a doença. Na Praça, também acontecerá sorteios de camisetas.

De acordo com a enfermeira Paula Brustolin Xavier, o objetivo da secretaria é sensibilizar a comunidade sobre os perigos e a importância dos métodos de prevenção. “As hepatites virais são graves problemas de saúde pública e nossa região tem prevalência bastante alta. Em Caçador, a cada mil pessoas, há 5,5 delas notificadas por algum tipo de hepatite. As hepatites virais (A, B e C) são doenças provocadas por diferentes vírus e tem preferência pelo tecido hepático e são descobertas através de exames”, afirma

A hepatites virais, na maioria dos casos, não tem sintomas e a transmissão pode ocorrer no compartilhamento de escova de dentes, lâminas de barbear, secreções ou até mesmo com a ingestão de frutas e verduras mal lavadas. Segundo uma pesquisa divulgada no final do ano passado pela Sociedade Brasileira de Infectologia, a cada ano ocorrem cerca de 37,5 mil casos de hepatites virais no País. As mais comuns são as do tipo A e B, seguidas pela do tipo C
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A hepatite A é transmitida por objetos e alimentos contaminados, mas tem vacina e, no geral, é mais fácil de tratar. Indica-se repouso, dieta sem gordura e a não ingestão de bebidas alcoólicas.

A hepatite B, apesar de ter também uma vacina preventiva, pode ser transmitida por objetos contaminados e por via sexual. O tratamento com remédios pode levar meses para se chegar à cura e, em 5 a 10% dos casos, se cronifica, ou seja, se instala no organismo por vários anos, complicando a saúde do paciente.

Já o tipo C da hepatite é mais transmitido por sangue e derivados, em relações sexuais sem camisinha e no compartilhamento de objetos, mas não tem vacina preventiva e se cronifica em 85% dos casos. “É importante ressaltar que vacinas contra as hepatites estão disponíveis em nossas unidades de saúde para qualquer pessoa até 21 anos que queira se vacinar”, encerra Paula.

 

 

 Projeto
Saúde prevê 10 mil cirurgias eletivas

 A Secretaria de Saúde de Santa Catarina realizou ontem um encontro técnico para apresentar a quinta etapa do Projeto de Cirurgias Eletivas de SC, que prevê investimentos no setor para ampliar a número de procedimentos não-emergenciais, ambulatoriais e hospitalares. A quinta edição da proposta engloba cirurgias ambulatoriais de oftalmologia, incluindo catarata, e mais  88 procedimentos hospitalares de média complexidade. Há 15 dias, a secretaria e o Consems aprovaram a liberação de 7 mil autorizações de procedimentos ambulatoriais para a área oftalmológica e mais 2.840 internações hospitalares, um repasse de R$ 6,3 milhões aos municípios em 2010. A secretaria pretende promover este ano um mutirão para realizar 3 mil cirurgias eletivas de médica complexidade em ortopedia, num investimento de R$ 3,8 milhões.

São José. Dengue. No primeiro semestre foram 50 pontos de risco na cidade, quadro mais alarmante em relação a outros municípios

Focos do mosquito estão monitorados

 O ano de 2010 já bateu recordes no número de focos do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, em São José. Até julho, foram encontrados 50 pontos, o que não significa, necessariamente, a presença do inseto. Em 2009, foram encontrados 48 ninhos na cidade.

 O coordenador do Programa Municipal de Controle da Dengue em São José, Ademir Rosa, acredita que existe uma mistura de fatores para a proliferação maior do mosquito. “Neste ano, o inverno demorou a chegar com mais intensidade, o que contribuiu para o aumento dos focos. Somado a isso, temos o descaso de muitos moradores que não colaboram na manutenção da limpeza dos prováveis berços para procriação do mosquito”, explica.

 Em São José, são 788 armadilhas colocadas em todos os bairros. Elas são visitadas quinzenalmente pelas equipes e, no caso de algum foco encontrado, a área no entorno da armadilha é vistoriada em sua totalidade a cada bimestre, durante todo o ano.

 Outros 592 pontos estratégicos ( hotéis e transportadoras) são vistoriados semanalmente na cidade por serem considerados locais de proliferação involuntária da dengue. O bairro Roçado possui a maior quantidade de focos de dengue atualmente, de acordo com levantamento do Programa Municipal de Controle da Dengue.

 Palhoça
Vigilância
Situação sob controle

 A dengue está sob controle em Palhoça. Equipe de 15 agentes da Vigilância Epidemiológica atua no combate ao mosquito, em inspeção realizada a cada dois meses, durante todo o ano. A varredura atinge o raio de 300 metros de 3.700 imóveis do município. Dos 38 focos detectados, oito casos suspeitos foram analisados e apenas um foi  confirmado.

 Os focos estão concentrados nos bairros Centro, Ponte do Imaruí, Bela Vista, Caminho Novo e Enseada de Brito. A Vigilância Epidemiológica lembra que foco não é sinônimo de dengue, e sim do mosquito transmissor. Qualquer depósito que contenha larvas ou mosquito adulto também é considerado foco. Dos 38 depósitos com água e larvas, todos são monitorados.