Plano para servidores
A Câmara de São Francisco do Sul autorizou a Prefeitura a contratar plano de saúde privado para os servidores. Em São Chico, 10,4 mil pessoas têm cobertura privada de saúde. Dá um pouquinho mais de 25% da população. Em Joinville, são mais de 30%.
Serra por Serra
Saúde e genéricos
Os assuntos relacionados à saúde foram o ponto forte da entrevista de José Serra. O candidato, que foi ministro da Saúde entre 1998 e 2002, no governo Fernando Henrique (PSDB), demonstrou mais desenvoltura ao responder ao falar sobre o tema.
Ele citou repetidas vezes exemplos de políticas e programas que implementou durante a passagem pelo ministério. Segundo Serra, a saúde será tratada como prioridade, caso seja eleito.
O candidato afirmou que o Mistério "desacelerou" nos últimos anos, enquanto as necessidades com relação à saúde cresceram muito depressa. Ele reclamou que faltaram recursos e iniciativas na área. E falou da impressão de que algumas ações, de alguma forma associadaos ao seu nome, como mutirões e política de genéricos, "saíram do primeiro plano" da agenda oficial.
Para Serra, o principal problema atual é a demora que os pacientes precisam enfrentar até ser atendidos em consultas marcadas no sistema público de saúde.
– O que temos que fazer (para resolver a demora)? Temos que fazer policlínicas com 24 especialidades. Dá para equipar essas unidades. Custa R$ 10 milhões cada uma – disse ele.
Serra defendeu as chamadas Organizações Sociais para a administração de hospitais. Ele citou o exemplo do Instituto do Câncer, cuja gestão é feita pela Fundação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para a política de medicamentos, o candidato do PSDB afirmou que sua ideia é fazer o programa "dose certa", com 100 medicamentos básicos que seriam entregues às prefeituras. Falou também sobre a possibilidade de entrega de medicamentos pelos Correios, conforme um projeto já implantado na prefeitura de São Paulo.
Protocolo Manchester
Adaptação está longe da ideal
PAs e hospitais ainda recebem casos que deveriam ser resolvidos nos postos
Implantado nas unidades municipais de saúde no fim de maio, o Protocolo de Manchester passou por uma avaliação coletiva esta semana. Representantes de hospitais e pronto-atendimentos do Estado e de Joinville se reuniram para analisar o número de atendimentos em cada unidade e chegaram a uma mesma conclusão: a população ainda não procura o local correto.
A maioria dos atendimentos feitos nos hospitais ou pronto-atendimentos ainda é de casos que poderiam ser resolvidos nos postos de saúde. O novo sistema adota o atendimento prioritário e classifica os pacientes por urgência. Primeiro, são atendidos aqueles considerados mais graves, que recebem uma pulseira vermelha. Depois, os outros de acordo com uma classificação de emergências. (veja quadro)
Quando um paciente chega na unidade de saúde, passa por avaliação. A pessoa recebe uma pulseira, que pode ser de seis cores diferentes, dependendo das condições de saúde. Os casos menos graves passam para o fim da fila.
O problema é que a maioria dos atendimentos - em alguns casos até mais de 50% - é de pacientes que recebem as pulseiras verde e azul, aquelas que indicam pouca urgência. Esses pacientes poderiam ser atendidos em postos de saúde da cidade, mas não é isso que acontece. Por isso, um dos objetivos do Protocolo de Manchester é educar os pacientes a procurar a unidade certa para cada problema específico.
Uma primeira avaliação dos representantes da saúde é de que algo de errado pode estar acontecendo nas unidades básicas. "É preciso avaliar o acesso à população nas unidades básicas e levantar onde há algum possível estrangulamento. Nos hospitais ou PAs, no máximo a pulseira amarela", explica o gerente regional de Saúde do Estado, Douglas Machado.
Nova unidade em agosto
A previsão da Secretaria Municipal de Saúde é implantar o Protocolo de Manchester também no PA Sul, no bairro João Costa, ainda em agosto. Com ela, serão seis as unidades de saúde em Joinville que atenderão segundo o modelo.
O protocolo já é usado em instituições estaduais, como o Hospital Materno-Infantil Dr. Jeser Amarante Faria e o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, e nas municipais PA Leste, no bairro Aventureiro, Hospital Municipal São José e PA Norte, no bairro Costa e Silva, que não forneceu dados por ter implantado o sistema no último domingo..
No São José, a avaliação não é conclusiva, pois o sistema ainda não é informatizado e nem todos passam pela classificação. Os números apresentados na noite de quinta-feira serão entregues ao secretário Tarcício Crocomo na segunda-feira.
Problema é demora nos postos
O expedidor Marcolan dos Santos, de 28 anos, procurou o Hospital São José na manhã de ontem. Com problema nos joelhos, queria remédio para aliviar dor. "Aqui sou atendido. Posso até ficar mais tempo esperando, mas vou sair daqui melhor", disse.
Marcolan chegou ao hospital às 10h30 e foi orientado a procurar um posto. Mas avisou que lá teria de entrar na fila para a consulta e no São José tinha certeza de que seria atendido. Recebeu uma pulseira azul.
Consultas com especialistas nas unidades de saúde podem levar até três anos. Por isso, boa parte dos joivilenses faz como Marcolan: procuram o PA ou o hospital porque tem a garantia de atendimento no mesmo dia.
Nos postos de saúde, o paciente recebe uma senha para então agendar uma consulta com um clínico-geral. Essa consulta pode levar até uma semana. Se houver a necessidade por especialista, a demora pode chegar a três anos.
Para reduzir o tempo de espera por consultas, segundo a Secretraia Municipal de Saúde, o ideal é contratar mais especialistas, investir em qualificação profissional e em protocolos clínicos.
Solidariedade
Feijoada que faz muito bem
Evento da Rede Feminina de Combate ao Câncer deve atrair cerca de mil pessoas
A cada ano que passa, a festa beneficente em favor da Rede Feminina de Combate ao Câncer ganha mais adeptos. Em sua 5ª edição, o evento Feijão e Doação está preparado para receber em torno de mil pessoas hoje e bater a marca do que foi vendido no ano passado: cerca de 600 cartões. O evento é realizado em parceria com o Centro de Engenheiros e Arquitetos de Joinville (Ceaj) e tem apoio do Grupo RBS.
A expectativa da organização é de que o evento seja um grande sucesso. As voluntárias da rede garantem que a feijoada é de primeira, mas as mulheres entregam: quem cozinha são os homens do Ceaj. "Nós e as esposas deles ajudamos na hora de servir e em outras coisas. São eles que ficam na cozinha: fazem a feijoadas em panelas muito grandes", diz a secretária da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Lúcia Espíndola.
O feijão será oferecido na Sociedade Cultural Lírica, a partir das 11 horas. O local foi decorado, e o ambiente está preparado para quem quiser colaborar com a entidade. Já quem não puder ficar, também tem a opção de ir até lá e levar o feijão para casa. O convite pode ser comprado na Sociedade Cultural Lírica por R$ 25.
Toda a quantia arrecadada será destinado à rede feminina. Conforme Lúcia, a verba será usada para manter os gastos com o ambulatório onde é feito o preventivo e na prevenção e tratamento para pacientes portadoras de câncer. O dinheiro também será utilizada para a compra de remédios e cestas básicas. A rede tem 72 voluntários e atende cerca de 700 pessoas por mês.
Canoinhas
Recém-nascida será adotada
Família da jovem de 15 anos que deu à luz em banheiro aceitou entregar bebê
Está decidido o destino do bebê resgatado na madrugada de quinta-feira de um vaso sanitário no banheiro do pronto-atendimento municipal de Canoinhas: a menina será entregue para adoção assim que receber alta. Quem garante é a assessoria do promotor de justiça Wagner Pires Kuroda.
Na tarde de ontem, diz a assessoria, os responsáveis pela garota de 15 anos, mãe do bebê, assinaram termo entregando a criança para adoção. Caso haja família interessada na fila, a recém-nascida pode ser entregue em breve. Se não, irá para um abrigo até o processo de adoção ser concluído.
Prematura de oito meses, a menina ainda está em observação no Hospital Santa Cruz, mas passa bem. No dia em que foi encontrada, a recém-nascida estava dentro do vaso, ainda com a placenta, com os pés submersos na água. Passou a noite sob 8ºC e já mostrava indícios de hipotermia – condição em que a baixa temperatura do corpo modifica o metabolismo e pode levar à morte.
O bebê de 2,5 quilos deve ficar internado até este fim de semana. A mãe adolescente, que fez o parto no banheiro sozinha, deve receber alta do hospital hoje, segundo o médico Saulo Sabatini. "Ela está ótima. Ontem, peguei os últimos exames e já avisei as autoridades sobre a saída dela do hospital", completa Sabatini.
A garota teve o bebê no pronto-atendimento, enquanto esperava ser atendida. Após dar à luz, não alertou ninguém: voltou para a sala de espera. Ela teria pedido para ir ao PA com a mãe porque estaria com cólicas.
Com depoimento, delegado espera resolver "desencontros"
A Polícia Civil de Canoinhas está investigando o caso. A adolescente de 15 anos teria dito aos pais e ao médico que a atendeu que havia sido estuprada e por isso escondeu a gravidez. Conforme o delegado João da Cunha Neto, responsável pela investigação, a garota deve ser ouvida assim que receber alta. "Precisamos esclarecer alguns pontos, bem complicados, dessa história", completa o delegado.
Segundo ele, família e amigas da jovem já prestaram depoimento. Funcionários do Hospital Santa Cruz também foram ouvidos. "É complicado porque tem muito desencontro. Além disso, se houve um estupro, ela não prestou queixa e o fato teria sido em dezembro do ano passado."
Para saber o futuro da adolescente, um médico perito deve fazer exames e avaliar se ela estava abalada emocionalmente – em estado de choque ou de depressão pós-parto –, quando teve o bebê ou não.
Dependendo da resposta, o delegado Neto conta que trabalha com a hipótese de tentativa de assassinato ou de infanticídio. "Depois de ouvir todas as testemunhas, vou concluir o procedimento para apuração de ato infracional e encaminhar para o Fórum", diz Neto.
Cinco municípios, por meio de um convênio, devem repassar R$ 417,6 mil ao Hospital e Maternidade Oase, de Timbó, durante um ano. A concessão do auxílio tem o objetivo de manter as atividades, principalmente internações pelo Sistema Único de Saúde. O dinheiro repassado pelo SUS não cobre as despesas geradas pelas internações, o que ameaçava o fechamento da instituição de saúde.
Transplante de córneas
Campanha estadual quer incentivar doadores
A Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina (Apar), lançou uma campanha estadual para incentivar a doação de córneas. A meta é sensibilizar possíveis doadores e, assim, reduzir o tempo de espera de centenas de catarinenses que aguardam até mais de três anos na fila por um transplante. Informações no SOS Transplantes pelo 0800 643 7474 e na Apar no (48) 3224-9286.
Vale
Municípios fazem convênio para ajudar hospital
A Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina (Apar), lançou uma campanha estadual para incentivar a doação de córneas. A meta é sensibilizar possíveis doadores e, assim, reduzir o tempo de espera de centenas de catarinenses que aguardam até mais de três anos na fila por um transplante. Informações no SOS Transplantes pelo 0800 643 7474 e na Apar no (48) 3224-9286.
Serra por Serra
Saúde e genéricos
Os assuntos relacionados à saúde foram o ponto forte da entrevista de José Serra. O candidato, que foi ministro da Saúde entre 1998 e 2002, no governo Fernando Henrique (PSDB), demonstrou mais desenvoltura ao responder ao falar sobre o tema.
Ele citou repetidas vezes exemplos de políticas e programas que implementou durante a passagem pelo ministério. Segundo Serra, a saúde será tratada como prioridade, caso seja eleito.
O candidato afirmou que o Mistério "desacelerou" nos últimos anos, enquanto as necessidades com relação à saúde cresceram muito depressa. Ele reclamou que faltaram recursos e iniciativas na área. E falou da impressão de que algumas ações, de alguma forma associadaos ao seu nome, como mutirões e política de genéricos, "saíram do primeiro plano" da agenda oficial.
Para Serra, o principal problema atual é a demora que os pacientes precisam enfrentar até ser atendidos em consultas marcadas no sistema público de saúde.
– O que temos que fazer (para resolver a demora)? Temos que fazer policlínicas com 24 especialidades. Dá para equipar essas unidades. Custa R$ 10 milhões cada uma – disse ele.
Serra defendeu as chamadas Organizações Sociais para a administração de hospitais. Ele citou o exemplo do Instituto do Câncer, cuja gestão é feita pela Fundação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Para a política de medicamentos, o candidato do PSDB afirmou que sua ideia é fazer o programa "dose certa", com 100 medicamentos básicos que seriam entregues às prefeituras. Falou também sobre a possibilidade de entrega de medicamentos pelos Correios, conforme um projeto já implantado na prefeitura de São Paulo.
Eleições
Candidato enfatiza a saúde
Os assuntos relacionados à saúde foram o ponto forte da entrevista de José Serra. O candidato, que foi ministro da Saúde entre 1998 e 2002, no governo Fernando Henrique (PSDB), demonstrou mais desenvoltura ao responder sobre o tema.
Citou repetidas vezes exemplos de políticas e programas que implementou durante a passagem pelo ministério. Segundo Serra, a saúde será tratada como prioridade, caso eleito.
O candidato afirmou que o ministério "desacelerou" nos últimos anos, enquanto as necessidades com relação à saúde cresceram muito depressa. Falou da impressão de que algumas ações, de alguma forma associados ao seu nome, como mutirões e política de genéricos, "saíram do primeiro plano" da agenda oficial.
Para Serra, o principal problema atual é a demora que os pacientes precisam enfrentar até ser atendidos em consultas marcadas no sistema público de saúde.
– O que temos que fazer (para resolver a demora)? Temos que fazer policlínicas com 24 especialidades. Dá para equipar essas unidades. Custa R$ 10 milhões cada uma – disse ele.
Para a política de medicamentos, o candidato do PSDB afirmou que sua ideia é fazer o programa "dose certa", com 100 medicamentos básicos que seriam entregues às prefeituras. Falou também sobre a possibilidade de entrega de medicamentos pelos Correios, conforme um projeto já implantado na prefeitura de São Paulo.
Saúde
Municípios fazem convênio para hospital
Recursos serão usados para manter Hospital e Maternidade Oase, em Timbó
Cinco municípios, por meio de um convênio, irão repassar R$ 417,6 mil ao Hospital e Maternidade Oase, de Timbó, durante um ano. A concessão do auxílio financeiro tem o objetivo de manter as atividades, principalmente as internações feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O dinheiro repassado pelo SUS não cobre as despesas geradas pelas internações, o que ameaçava o fechamento da unidade de saúde.
O projeto de lei que firmará o convênio será votado na próxima semana. Timbó e Benedito Novo, que entregarão o dinheiro em agosto, farão um único depósito, com os valores totais. Rodeio, Doutor Pedrinho e Rio dos Cedros repassarão o dinheiro em 12 parcelas, a partir de agosto.
Em contrapartida, o hospital terá de fazer um plano de recuperação financeira para apresentar aos parceiros do convênio. A cada três meses haverá uma reunião entre prefeitos e a direção da entidade.
MPF abre investigação sobre uso de plástico tóxico em produtos como mamadeiras
Procuradoria quer que Anvisa explique por que a quantidade de bisfenol A ainda não aparece nos rótulos
O Ministério Público Federal, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, divulgou na última segunda-feira a instauração de um inquérito para apurar os possíveis efeitos para a saúde do bisfenol A, substância presente em vários artigos de plástico (policarbonato) e considerada tóxica pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
A procuradoria quer que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preste esclarecimentos sobre a quantidade de bisfenol contida nos produtos de plástico, de modo que essa informação apareça nos rótulos das embalagens.
A recomendação, de acordo com o procurador regional Jefferson Aparecido Dias, deve ser ainda mais clara no caso das mamadeiras, já que o bisfenol é mais facilmente liberado após o aquecimento do plástico. "Muitas pessoas têm o hábito de aquecer os líquidos diretamente nas mamadeiras e, se isso é perigoso, as pessoas precisam ser informadas, ou o bisfenol deve ser proibido no Brasil", diz.
Segundo o procurador, a Anvisa já foi notificada sobre o bisfenol e terá 20 dias para prestar esclarecimentos ao Ministério Público. "Todas as informações sobre como usar o produto deverão estar presentes na embalagem. A Anvisa deve esclarecer o porquê de isso ainda não acontecer", afirma Dias. "Dependendo da resposta, é possível até que ações judiciais sejam movidas para garantir que o consumidor tenha segurança ao adquirir produtos de plástico", completa.
A Anvisa informou, por meio de nota, que os produtos fabricados no Brasil não podem conter mais que 0,6 mg de bisfenol por quilograma de plástico - limite de segurança adotado também nos outros países do Mercosul.
O composto é criticado por funcionar como um hormônio sintético, com potencial de interferir na ação dos hormônios naturais do corpo. Ele já foi proibido na Dinamarca, na Costa Risca e no Canadá e também em quatro Estados norte-americanos.
Teste
A associação de consumidores Proteste realizou, em outubro de 2009, um teste de qualidade com sete marcas de mamadeiras usadas no Brasil. Foram avaliados os bicos, a resistência dos produtos e a migração de substâncias químicas, como o bisfenol A, do plástico para o líquido. Segundo a pesquisadora química Marina Jakubowski, uma das organizadoras do estudo, as mamadeiras testadas no estudo não liberaram bisfenol.
Para ela, contudo, "todo controle de qualidade é válido". Segundo Marina, foram os bicos das mamadeiras que apresentaram problemas. "Substâncias voláteis, usadas na fabricação, foram encontradas. Mas podem ser eliminadas após a esterilização", garante a pesquisadora.
LACEN comemora aniversário anunciando novos exames diagnósticos
O LACEN, Laboratório Central de Saúde Pública da Secretaria de Estado da Saúde, comemora 59 anos no próximo sábado (24), e para marcar a data, anuncia três novos serviços para a população. Um deles é a ampliação da complexidade do Teste do Pezinho, através do qual já é possível identificar seis doenças. O LACEN também passou a realizar um exame de biologia molecular que quantifica a carga viral da hepatite B, sendo Centro de Referência para os estados catarinense e gaúcho. Outra conquista recente foi a autonomia técnica no diagnóstico da Gripe H1N1, garantindo mais eficiência e agilidade na divulgação dos resultados laboratoriais via internet.
Até o mês passado, o LACEN catarinense já se destacava com o trabalho de diagnóstico de cinco doenças por meio do Teste do Pezinho, identificando a fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, fenilcetonúria, anemia falciforme e hipotireoidismo congênito. Agora, com a inclusão do teste para biotinidase, o laboratório passou a detectar precocemente seis problemas de saúde em recém-nascidos, possibilitando o tratamento adequado e, conseqüentemente, um crescimento com mais qualidade de vida. Anualmente, a unidade realiza 400 mil Testes do Pezinho.
Através do novo exame de biologia molecular, utilizado na indicação e monitoramento do tratamento de pacientes crônicos portadores do vírus da hepatite B, o LACEN consegue quantificar a carga viral para a doença. A técnica utilizada é totalmente automatizada e em tempo real. O equipamento de última geração foi adquirido por convênio com o Ministério da Saúde.
Em função da pandemia da Gripe A no ano passado, o laboratório melhorou a infra-estrutura e recebeu novos equipamentos, que permitem a realização dos exames de diagnóstico sem a necessidade de encaminhar as amostras para outros estados. Os profissionais foram qualificados para garantir um serviço de boa qualidade com a intenção de que, nos próximos anos, seja possível a implantação de novas técnicas de diagnóstico por biologia molecular. Dos 7.862 exames realizados no período de maio de 2009 a maio de 2010, foram confirmados 3.189 casos de contaminação pelo vírus H1N1 em Santa Catarina.
Vinculado ao Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (SISLAB), o LACEN catarinense se diferencia, principalmente, por realizar atividades voltadas à vigilância em saúde na área laboratorial. Como laboratório de referência estadual, por exemplo, é responsável pela coordenação da Rede Catarinense de Laboratórios públicos e privados (RCLAB) que realizam exames de interesse de saúde pública. A RCLAB inclui laboratórios regionais em Chapecó, Joaçaba, Criciúma, Blumenau e Joinville, os microrregionais de Tubarão e São Miguel do Oeste, o de fronteira, de Dionísio Cerqueira e, ainda, os municipais de Blumenau, Canoinhas e Lages.
Na unidade central, em Florianópolis, os profissionais fazem, na área de Biologia Médica, exames de média e alta complexidade para complementação do diagnóstico de doenças, como tuberculose, leptospirose, rubéola,dengue, HIV, hepatites, doença de Chagas, meningite, difteria, coqueluche,hanseníase, doenças transmitidas por alimentos, doenças sexualmente transmissíveis e outras, além do monitoramento de pacientes portadores da infecção pelo HIV e da hepatite C, através de exames de genotipagem.
Por meio da Gerência de Produtos e Meio Ambiente, o LACEN faz o monitoramento da qualidade da água para consumo humano e análises de produtos sujeitos à vigilância sanitária, em alimentos, águas minerais e medicamentos. Também cabe ao LACEN monitorar a qualidade dos produtos produzidos e comercializados em Santa Catarina e a qualidade do leite humano e fórmulas pediátricas utilizados na Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis, e nos hospitais Tereza Ramos, em Lages, Regional de São José e Hospital Universitário, na Capital.
Saúde. Em resposta à precária rede pública, clínicas e hospitais privados crescem na região
Qualidade particular
As clínicas e unidades particulares tem sido alternativa mais acionada pela população ´apesar do preço dos serviços - para fugir do caos da rede pública, principalmente dos hospitais. Dos 220 hospitais de SC, cerca de 180 deles são de cunho privado ou filantrópico, de acordo com o Presidente das Ahesc, Dario Clair Stazcuk. Hoje, os empreendimentos privados na região se preaparam para nova fase de ampliação dos negócios.
Desde 2008, quando as unidades públicas ficaram proibidas, por determinação do Ministério Público Federal, de dar preferência aos clientes de planos de saúde particular, o surgimento de hospitais e pronto atendimentos voltados a este público aumentou. Um exemplo é complexo médico Baía Sul. De acordo com o diretor Newton Quadros, que trabalha na área há 23 anos, a medida regulamentou o mercado e oportunizou o crescimento de empreendimentos.
Por causa da grande demanda de pacientes, o complexo passa pela segunda fase de ampliação, que deve ser inaugurada até o final do semestre. Com isto, serão mais 85 leitos de internação, sendo 15 para UTI. O investimento foi de aproximadamente R$ 27 milhões. A quantidade de leitos para UTI pode até ser acanhada, mas comparada com o total de 125 leitos na região da Grande Florianópolis, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o novo investimento é considerável.
A construção do novo hospital é apenas uma amostra do crescimento deste nicho de mercado. "´´E importante que existam aportes da iniciativa ´privada em Florianópolis para que possamos oferecer mais do que apenas as praias a quem nos visita", avalia Quadros.