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Rede Feminina ganha aparelho de mamografia

A Rede Feminina de Combate ao Câncer de São Francisco do Sul ganhou, ontem, mais uma arma contra a doença: uma sala especial para abrigar o aparelho que faz exames de mamografia. A presidente da rede, Clélia Maria Cidral Branco, agradeceu a doação. “Trabalhamos na prevenção do câncer do colo do útero e da mama. Já realizamos cerca de 10.390 exames”, enalteceu Clélia.

Idoso mata funcionária da Saúde

Celso Coelho, de 65 anos, matou na noite de terça-feira Lenimar Ribeiro, de 41 anos, funcionária da Secretaria da Saúde de Correia Pinto.

Segundo disse à polícia, há quase duas semanas, Celso tentava agendar uma consulta para resolver um problema da adenoide. No dia 8, teria consultado uma médica da cidade, que o encaminhou a um especialista.

Passou quase duas semanas sem conseguir nova consulta. Na terça, teria esperado por mais de três horas para ser atendido. Disse que saiu da secretaria e que foi até a delegacia da cidade prestar queixa por não ter sido atendido.

“Avisei a escrivã que ia fazer besteira. Fui até a minha casa, peguei meu revólver calibre 38 e voltei à secretaria. Eu não deveria ter feito, mas fiz. Eu já não tinha saúde, e agora não terei liberdade”, contou.

Maconha vai virar negócio legalizado

Projeto já passou pelos vereadores e agora segue para nova votaçãoA cidade californiana de Oakland está na iminência de ser a primeira dos Estados Unidos a ir muito além de liberar a maconha – ela terá a industrialização da droga. Um projeto para tanto foi aprovado pelos vereadores da cidade na última terça-feira à noite, seguindo agora para nova votação, que deve confirmar a decisão.

A aprovação ocorreu com cinco votos a favor, dois contra e uma abstenção, após sessão pública que se prolongou por mais de duas horas. Foram ouvidos habitantes da cidades, uns contra e outros a favor do projeto. Ambos os lados se ativeram a questões comerciais.

Muitos dos que se opuseram alegaram que os pequenos produtores, que cultivam a maconha para fins medicinais, perderiam espaço para grandes empresas dedicadas à comercialização em larga escala. Já os favoráveis disseram que a industrialização representa um aquecimento da economia, com a arrecadação de mais impostos e a geração de mais empregos.

As fábricas não terão limitação de tamanho. Terão, porém, de submeter a controle e a registro, com toda a burocracia reservada a qualquer empresa, incluindo licença a ser renovada anualmente e uma alíquota de 8% sobre o total do produto comercializado.

Jeff Wilcox, um empresário local que já planeja construir a sua própria fábrica do produto, definiu a iniciativa e seu significado definindo Oakland como “o Vale do Silício da Cannabis Sativa” (nome científico da maconha). A cidade tem cerca de 400 mil habitantes e quatro indústrias previstas para a produção da droga.

 

  


Colombo e a saúde

A primeira prioridade do Plano de Governo de Raimundo Colombo(DEM) é a saúde. A segunda, a saúde. E a terceira, também a saúde. As experiências como prefeito de Lages, visitando os hospitais e centros de saúde, ouvindo os médicos e os profissionais e definindo políticas de parcerias, pretende levar a todo o Estado, se for o eleito em outubro. Acordos de cooperação que pretende implantar também em outros setores, especialmente, no da educação.

Projetos e ideias que constam das respostas que o senador deu na entrevista que o DC publica hoje. Algumas questões práticas são idênticas às de Angela Amin e Ideli Salvatti, como posição contrária à pena de morte e legalização do aborto. Diverge em relação à responsabilização penal. É favorável à redução para 16 anos.

É, igualmente, favorável à autonomia financeira e orçamentária das Secretarias de Desenvolvimento Regional, que tanto criticou em 2006, antes de selar pacto com Luiz Henrique. Mas promete, se eleito, avaliar o número de servidores, para enxugar a máquina, visando qualificá-la.

Sobre os problemas no setor saúde, promete construir um novo hospital na região Florianópolis, cuja população já é superior a um milhão de pessoas. Defende integração dos serviços de saúde no interior entre as unidades públicas, as privadas e as comunitárias. A dramática situação do sistema penitenciário também teria atenção especial. O senador diz que a solução é o aumento dos presídios e externa apreensão com o futuro, antevendo um cenário mais dramático com o aumento do tráfico de drogas, problema que deveria ser atacado com polícia inteligente e não com a descriminalização.

 

  

Vírus contido
Por que a gripe A não assusta tanto

Com quase 90% da meta de vacinação contra o vírus H1N1 atingida, o Brasil experimenta queda no número de casos da doença em 2010, e especialistas explicam por que a epidemia que assustou o mundo emite sinais de estar controladaA queda no número de casos da gripe A em 2010 deixa catarinenses despreocupados. Ao contrário do ano passado, quando toda a população ficou em alerta no auge da pandemia. No Brasil, 87,1 milhões de brasileiros estão imunizados contra a doença, representando 94,5% do público alvo estipulado pelo Ministério da Saúde.

Depois da tempestade, a calmaria chegou em Santa Catarina. A corrida aos hospitais catarinenses devido a preocupação com a doença, até então, desconhecida, parece que ficou para trás. Os especialistas da área da saúde do Estado creditam o sucesso do combate do vírus à campanha de vacinação e aos cuidados de higiene considerados básicos.

A resposta imunológica apresentou impacto na redução da circulação do vírus. Com 3.321.714 moradores imunizados, a doença atingiu apenas 10 pessoas este ano, que não tomaram a vacina, durante a campanha criada pelo Ministério da Saúde.

Apesar da população lamentar uma morte confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde, em Balneário Camboriú, 597 amostras analisadas pelo Laboratório Central (Lacen) de suspeita do H1N1 foram descartadas, segundo Edi Speranio, gerente de imunização da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive).

No primeiro inverno considerado o mais frio de todos os tempos, os dados demonstram que a situação está sob controle. Pelo menos em Santa Catarina. Enquanto o governo continua com a imunização para gestantes e a segunda dose para as crianças, 49 clínicas particulares estão credenciadas no Estado para aplicar as vacinas.

– Todos que tomaram estão protegidos. O impacto no inverno foi bom, com menos vírus circulando. A redução da taxa de transmissão é animadora – afirma.

Mesmo com o novo cenário, Edi garante que as práticas de higiene e os cuidados precisam continuar, porque está previsto uma segunda e terceira onda da pandemia. Por enquanto, ela lembra que no Hemisfério Norte, as informações também são animadoras.

Cuidados com o vírus devem seguir o resto da vida

Para o infectologista Fábio Gaudenzi de Faria, da Secretaria Estadual de Saúde, a população precisa ficar atenta aos vírus para o resto da vida. Ele ressalta que é importante tomar medidas de prevenção que ajudam no bloqueio de transmissão das doenças respiratórias:

– Em época de férias e frio, é recomendável evitar ambientes fechados, sem circulação de ar.

De acordo com o infectologista, mesmo que a Influenza A sofra mutação, uma boa parte da população mundial pode ser imune. Faria explica que todos os que foram vacinados ou contraíram o H1N1 criaram o mecanismo de defesa somatório. Ou seja, quanto mais contato com os vírus, mais resistência se adquire.

Hepatite B
Ampliados os grupos para a vacinação

O Ministério da Saúde aumentou o número de grupos prioritários para a vacinação gratuita contra a hepatite B. Antes restrita, a vacina pode ser tomada agora em qualquer posto de saúde, mais de 60 mil novos locais no país. O público-alvo da campanha são gestantes após o terceiro mês de gravidez, profissionais da área de estética (manicures, pedicures, podólogos), mulheres que fazem sexo com mulheres, travestis, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e populações de assentamentos e acampamentos.

Estresse

 Por quase 20 minutos, um jovem e um senhor de idade protagonizaram cenas dignas do filme O Clube da Luta em plena esquina da Rua Caldas Júnior com Andradas, em Porto Alegre, por causa de uma bobagem qualquer de trânsito, há poucos dias.

 Agora, um homem não identificado de 65 anos, indignado com o atendimento em um posto de saúde em Santa Catarina, matou, em nome do povo, a tiros, uma atendente da instituição.

Artigos
Os paradoxos do fumo, por Luiz Antonio Santini

O Brasil é um dos campeões mundiais na redução do número de fumantes queda de 46%, entre 1989 e 2008, segundo o IBGE. Sucesso que se deve às políticas públicas bem articuladas, aliadas às leis estaduais para reduzir o tabagismo e à mobilização de militantes de várias áreas. O paradoxo, do ponto de vista da saúde, é que, apesar dos avanços, o país não consegue aprovar legislação federal para banir completamente o fumo em ambientes fechados. Mesmo com a queda no consumo dos derivados de tabaco, o Brasil aumentou, nos últimos anos, a produção do fumo em folha, sendo hoje o segundo maior produtor e primeiro exportador mundial.

O paradoxo vai além. A reversão mundial no tabagismo, maior nos países desenvolvidos é decorrente, entre outros fatores, da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, primeiro tratado de saúde pública, que foi ratificado por 168 países-membros da Organização Mundial de Saúde (OMS), de um total de 192. O texto da convenção motivou leis antifumo em sete estados.

A pesquisa A Fumicultura e a Convenção-Quadro: Desafios para a Diversificação, do Departamento de Estudos Socioconômicos Rurais (Deser), revela que a produção brasileira de fumo aumentou 59% em 2007 em relação a 2000 e cita ainda problemas que afetam fumicultores como intoxicações por agrotóxicos e até suicídios como “preocupações antigas”. O Banco Mundial e o Conselho Econômico e Social da ONU alertam: tabaco e pobreza formam ciclo vi cioso. No Brasil, da renda obtida com um maço de 20 cigarros, apenas uma unidade chega ao produtor. O Brasil precisa fortalecer políticas públicas que ofereçam alternativas sustentáveis à produção do fumo, da qual dependem 770 municípios do Sul e milhares de famílias de fumicultores, o elo mais frágil da cadeia produtiva. O Brasil ajudou a aprovar e divulgar a Convenção Quadro pelo mundo. É hora de fazer a lição de casa.
(Médico, diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer)

Maconha em série
Cidade dos EUA deve industrializar a droga
Erva será cultivada, processada e vendida a mercados onde pode ser usada

A cidade de Oakland, na Califórnia, está na iminência de ser a primeira dos Estados Unidos a ir muito além de liberar o uso da maconha – ela deverá permitir a industrialização da droga, para venda em mercados livres. Um projeto para tanto foi aprovado pelos vereadores locais na terça-feira. A proposta segue para nova votação, que deve confirmar a decisão.

A aprovação ocorreu com cinco votos a favor, dois contra e uma abstenção, após sessão pública que se prolongou por mais de duas horas. Foram ouvidos moradores da cidade, uns contra, e outros a favor do projeto. Os dois lados se ativeram somente a questões comerciais.

Muitos dos que se opuseram alegaram que os pequenos produtores, que cultivam a maconha para fins medicinais, perderiam espaço para grandes empresas dedicadas à comercialização em larga escala. Já os favoráveis disseram que a industrialização representa um aquecimento da economia, com a arrecadação de mais impostos e a geração de mais postos de trabalho.

As fábricas não terão limitação de tamanho. Mas precisarão se submeter a controle e registro, com toda a burocracia reservada a qualquer empresa, incluindo licença a ser renovada a cada ano e alíquota de 8% sobre o total do produto comercializado.

Jeff Wilcox, um empresário local que já planeja construir a sua própria fábrica do produto, definiu a iniciativa e seu significado definindo Oakland como “o Vale do Silício da Cannabis Sativa” (nome científico da maconha). Os habitantes dizem que a cidade, de cerca de 400 mil habitantes, passará a ser conhecida como a “capital americana da maconha”.

Já há quatro indústrias previstas para a produção da droga, que será embalada nas empresas.

 

Morte na Secretaria de Saúde
Um desespero que levou a outro
Homem de 65 anos matou servidora pública com dois tiros. À polícia, ele disse estar cansado de esperar por atendimento

Um homicídio por um motivo incomum fez o município de Correia Pinto, na Serra, ser destaque no noticiário nacional. O assassino confesso diz que matou uma servidora pública porque não aguentava mais ser atendido pelo sistema de saúde pública. O homem afirmou ainda ter sido humilhado pela mulher que matou.

Celso Muniz Coelho, de 65 anos, portador de uma adenoide na narina direita que prejudica a sua respiração, matou no início da noite de terça-feira uma servidora pública da Secretaria Municipal da Saúde, no Centro da cidade.

Celso matou Lenimar Aparecida Ribeiro, de 41 anos, funcionária da Secretaria da Saúde de Correia Pinto. Na madrugada de ontem, ele assinou sem contestações seu depoimento na Central de Polícia Civil de Lages, onde foi autuado em flagrante por homicídio, porte e posse ilegal de arma.

O aposentado não tem filhos e vive sozinho, apesar de ter alguns parentes na região, inclusive sua mãe, que tem 90 anos e mora em Lages. Vive com um salário mínimo, que recebe do governo federal.

Ele tem dificuldades financeiras para custear o tratamento das cinco enfermidades que alega possuir. E uma delas desencadeou a fúria, a reação desproporcional e a tragedia.

O assassino diz que não aguentava mais ver tanto sofrimento do povo. Estava cansado, segundo ele, de ser humilhado e de esperar por um progresso que não chegava. Há quase duas semanas, tentava agendar uma consulta com um otorrinolaringologista para resolver de vez o problema que atrapalhava sua respiração.

Na quinta-feira, dia 8, teria consultado com uma médica do município, que o encaminhou a um especialista. Na sexta, não conseguiu marcar. No sábado e no domingo, a secretaria estava fechada, o que ocorreu também na segunda, dia 12, quando foi feriado municipal em Correia Pinto.

Na terça e na quarta, quando fez muito frio na região, Celso diz não ter conseguido atendimento novamente. E isso o deixou muito revoltado, por ter visto crianças e pessoas idosas enfrentando temperaturas negativas e voltando para casa sem o que precisavam. No início da tarde de terça-feira, ele voltou à Secretaria da Saúde. E o que aconteceu lá foi um dos momentos mais trágicos dos 28 anos da história de Correia Pinto.

“Não tinha saúde e não terei liberdade”

Diário Catarinense – O que aconteceu na terça-feira?

Celso Muniz Coelho – Cheguei às 13h30min para marcar a consulta, mas esperei por mais de três horas e não consegui. Saí de lá às 16h40min e fui até a delegacia registrar um Boletim de Ocorrência por não ter sido atendido. Avisei a escrivã que reservasse um cubículo para mim, pois eu ia fazer uma besteira. Fui para casa, peguei meu revólver e voltei à secretaria. Entrei, procurei aquela mulher (Lenimar), dei dois tiros acima do pescoço e mais três em equipamentos. Saí e fui me entregar na polícia.

DC – Era ela quem o senhor queria matar? Ou atirou a esmo?

Celso - Era ela. Cansei de ver essa mulher humilhando pacientes. Fui decidido a matá-la. Não queria machucar mais ninguém. Minha revolta não era contra ela, e sim contra um sistema de saúde que não funciona.

DC – O senhor se arrepende ?

Celso – Eu não deveria ter feito, mas fiz. Foi em um momento de muita raiva. Sou o culpado pela morte, mas a culpa moral é do prefeito, que deixou a situação chegar a esse ponto. Me arrependo porque o melhor da vida é ter saúde e liberdade. Mas eu já não tinha saúde, e agora não terei liberdade. Então, agora estou morto, com 65 anos, doente e preso. Posso passar o resto da vida trancado ou morrer na cadeia, mas fiz um bem para o povo. Vou me amparar em Deus. Quanto à família da mulher que matei, lamento muito.

 

Consulta marcada pouco antes

A confirmação da consulta com o otorrinolaringologista veio no exato período em que Celso saiu da secretaria da Saúde e foi até a delegacia. Quando ele voltou no início da noite, entrou atirando e não houve tempo suficiente para saber que a consulta seria ontem, às 15h40min, em Lages.

Ontem, o prefeito de Correia Pinto, Vânio Forster, citado por Celso como o culpado moral pela tragédia, estava viajando para visitar o pai, que está doente. O procurador do município, Armando Castro, garante que a prefeitura fez tudo para atender Celso.

Na terça-feira, foi oferecido atendimento a Celso em um dos quatro postos de saúde da cidade, mas ele não quis. Depois foi oferecido transporte em uma ambulância equipada, mas Celso também recusou.

O procurador garante que não faltam médicos nos quatro postos e no hospital da cidade.

– Respeitamos a dor da família, mas não temos nada a ver com isso.

 

 

 Médicos
Análise vai mostrar quantos é preciso contratar
Profissionais atenderão somente pacientes do Médio Vale

A partir de segunda-feira, os secretários de Saúde de Blumenau, Brusque, Gaspar, Indaial e Pomerode reúnem-se para fazer um levantamento do número de consultas que as 14 cidades da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) precisam para cada especialidade médica. A partir do resultado, a intenção é contratar profissionais por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde. Esses médicos ficariam em Blumenau, cidade referência para atendimentos de média e alta complexidades, mas atenderiam, exclusivamente, pacientes do Médio Vale.

A medida foi considerada necessária, pois consultas na Policlínica Lindolf Bell, em Blumenau, para pacientes dos municípios da Ammvi, foram bloqueadas pela Secretaria de Saúde depois do impasse em relação ao salário dos médicos. Desde que a Justiça determinou que os profissionais devem cumprir a carga horária contratual, com registro em ponto eletrônico, sem atendimentos excedentes, 10 pediram demissão e cinco se afastaram por tempo indeterminado.

Enquanto não começam o trabalho de contagem das consultas, os secretários aguardam o resultado da votação do projeto que aumenta o salário dos médicos em Blumenau, numa tentativa de evitar a saída de mais profissionais. Segundo o vereador Deusdith de Souza, que havia pedido prazo de 24 horas para concluir a avaliação do texto do projeto, a votação ocorrerá hoje, durante sessão ordinária da Câmara.

– Esperamos que a situação se resolva o mais rápido possível. Mas sabemos que médicos já pediram demissão e isso continuará atingindo nossos municípios – destaca o coordenador do Colegiado de Gestão Regional de Saúde e secretário de Saúde de Gaspar, Francisco Hostins Júnior.

Mesmo que o agendamento de consultas para pacientes dos municípios da Ammvi volte a ocorrer, Hostins Júnior afirma que o plano de contratação de especialistas pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde ocorrerá. Desta forma, será possível reduzir a espera por atendimentos.

 

 

Estudo destaca papel do álcool na propagação da aids

Um estudo publicado pelo "The Lancet" (Londres)  como parte de uma série sobre a aids entre a população viciada em drogas destaca o importante papel do álcool na propagação da epidemia. Embora tenham conquistado grandes avanços na luta contra a aids entre a população em geral, os grupos socialmente marginalizados como as drogados seguem estigmatizados e sem acesso a tratamentos que poderiam salvar vidas e impedir que se transformem em transmissores, diz "The Lancet".

Atualmente, há 16 milhões de drogados que se injetam no mundo, dos quais 3 milhões são soropositivos, aos quais é preciso acrescentar um número incontável de pessoas que consomem drogas por outras vias e que também sofrem de aids.  Ao se referir ao álcool, "The Lancet" qualifica como "droga esquecida", os autores do International Center for Research on Women, de Washington, assinalam que os estudos realizados na África mostram a estreita associação do álcool com a infecção por HIV, assim como com comportamentos que propiciam como o sexo não protegido, a promiscuidade sexual e a prostituição.

 Segundo os analistas, as mulheres que vendem e servem álcool nos bares, hotéis e outros estabelecimentos "correm um risco elevado de beber elas álcool e manter relações sexuais não protegidas com seus clientes e infectar-se". Outro estudo da Columbia University School of Social Work, de Nova York, se refere às mulheres que se drogam e que em muitos casos acabam fazendo sexo sem proteção.

As drogadas muitas vezes dependem de seus parceiros para conseguir drogas e, dado que são muitas vezes os homens que as injetam, ou seja, que são "as segundas a receber a picada", por isso correm risco dobrado de infectarem-se com o vírus da aids ou por outros patógenos.

Um terceiro estudo apresentado por "The Lancet", da Universidade da Califórnia, San Diego, classifica de insuficiente a atual provisão de programas de substituição de opióides, de agulhas e seringas e dos tratamentos antirretrovirais, ao que se somam leis que proíbem os primeiros, tudo o que contribui para aumentar a epidemia entre os drogados.

 Outro estudo do National Drug and Alcohol Research Centre, de Sydney, no mundo todo, menos de um de cada dez drogados que se injetam se beneficiam de programas eficazes de prevenção do HIV. De cada cem drogados desse tipo só oito recebem tratamento de substituição, só quatro, tratamento antirretroviral, e apenas 5% de que se injetam utilizam seringas higiênicas proporcionadas pelas autoridades sanitárias. Os autores desse trabalho afirmam que um índice alto de cobertura por esses três tipos de tratamentos combinados é fundamental para reduzir as infecções pelo vírus da aids em mais de 50% entre as drogados que se injetam.

Os pesquisadores do Open Society Institute, de Nova York, explicam em um relatório que em países como China, Vietnã, Rússia, Ucrânia e Malásia, onde há um elevado número de drogados que se injetam, o acesso a tratamento antirretroviral é baixíssimo quando seria especialmente necessário. Esses analistas assinalam o perigo de estigmatizar os drogados como ocorre nos centros médicos de alguns países até o ponto de impor a eles impedimentos ou negar o tratamento.

Mais uma equipe da Yale University, New Haven, Connecticut (EUA), estudou o impacto da aids entre os drogados que se injetam no índice de morbidade e mortalidade desse grupo frente aos que não consomem drogas e detectou uma maior incidência de hepatite viral, tuberculose, infecções de origem bacteriana e doenças mentais.

Segundo os autores, quando o tratamento antirretroviral estiver universalmente disponível para as drogados infectados, poderá prestar maior atenção às outras doenças que padecem e cujo diagnóstico será também mais fácil. Um estudo do departamento de saúde pública de San Francisco constata o aumento do risco de HIV associado ao uso de anfetaminas e recomenda que se permita o rápido acesso das pessoas que usam drogas ao teste da aids e outros exames destinados a prevenir a doença.

Analistas de uma instituição em Québec, Canadá, denunciam a prevalência dos abusos de direitos humanos entre as drogados, o que aumenta o risco de infecção pela aids, enquanto uma equipe a John Hoppkins Bloomberg School of Public Health (Baltimore, EUA), fez um chamado a favor de "descriminalizar" os drogados.

"Só aproximadamente 10% dos drogados no mundo todo se beneficiam dos tratamentos atuais e muitos estão na prisão por delitos menores ou sem julgamento algum", denunciam. Segundo "The Lancet", não há soluções para todos, mas cada país tem de buscar uma resposta adequada à sua epidemia, mas combinando diferentes intervenções e tratamentos poderiam chegar a conter a epidemia nos próximos cinco anos porque "seus efeitos são sinérgicos".

 

 

SES reforça importância da notificação de acidentes de trabalho

 
 Dia 27 de julho, terça-feira, é o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho. E tão importante quanto prevenir, é saber exatamente o que fazer quando sofremos um acidente do gênero. Neste sentido, a Secretaria do Estado da Saúde, através da Diretoria de Vigilância Sanitária (DIVS), está divulgando aos empregados seus direitos e quais os procedimentos obrigatórios nessas ocasiões, já que muitas vezes os mesmos são desconhecidos ou ignorados.

 A DIVS conta com uma gerência específica sobre Saúde do Trabalhador. O setor se dedica a identificar e eliminar os riscos existentes nos ambientes de trabalho, através da fiscalização de rotina ou a partir das denúncias feitas pelo Ministério da Saúde ou sindicatos. "Através da capacitação de técnicos da vigilância, que passam a desenvolver um olhar ampliado acerca da fiscalização nos ambientes de trabalho, a GESAT também incentiva a notificação dos acidentes por parte dos trabalhadores," explica o gerente Antônio de Sá Pereira.

 Mesmo após 40 anos da implantação do serviço obrigatório de Segurança e Medicina do Trabalho no Brasil, os acidentes de trabalho são mais comuns do que se imagina. O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde contabilizou 167 óbitos por acidente de trabalho em Santa Catarina em 2007. São mais de dois milhões de mortes por ano no mundo todo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Como muitos empregados não notificam os acidentes, os dados podem ser ainda mais significativos.

 Para Antônio Sá, ainda falta conscientização, por parte dos empresários, de que a adoção de medidas de segurança tem um vantajoso custo-benefício, pois significa um trabalho com mais qualidade e maior longevidade de vida laboral. "As empresas saem ganhando financeiramente quando deixam de gastar com indenizações e tratamentos de saúde", avalia Antônio Sá.

Para a notificação dos acidentes, os trabalhadores devem preencher uma Comunicação de Acidente de Trabalho (a CAT) junto ao INSS. "É bem simples, e a notificação pode ser feita pela internet, através do site da Previdência Social", reforça o gerente.

 

 

Projeto. Instituição atenderá pacientes de todo o estado que precisam de tratamentos de alta complexidade
Hospital de olhos na capital

Para as mais de 70 mil pessoas que têm algum tipo de defici~encia visual e moram na Grande Florianópolis, uma boa notícia: a Secretaria da Saúde da capital apresentou ontem um ante-projeto para construção do primeiro hospital oftalmológico público de SC. O empreendimento ocupará uma área de 4.500m² no terreno da Acic e terá capacidade para realização de consultas, tratamentos a laser e cirurgias.

O projeto foi concluído por meio da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde, Acic e o Consórcio Social Gesthó da Catalunya responsável pelo documento. O hospital será construído no mesmo terreno onde funciona a Acic e receberá os pacientes em três fases de implantação.

 Segundo o diretor do consórcio, Jordi Campo, a demanda foi calculada conforme o número de habitantes da capital e do estado, mas o secretário-adjunto da Saúde, Clécio Espezim, lembra que a unidade funcionará dentro da rede de assistência da Secretaria da Saúde. “Para o hospital só serão encaminhados os pacientes que necessitam de tratamentos de alta complexidade. Diagnósticos mais simples serão tratados nas unidades de saúde e nas policlínicas”, explica.

De acordo com Espezim, agora virá a fase de captação de recursos para a obra que não tem prazo para começar.

 

Palhoça. Saúde. Prefeitura assina Termo de Ajustamento de Conduta que prevê fim da fila para exames de ressonância em 12 meses
Alívio com prazo pré-determinado

A prefeitura tem 12 meses para zerar a fila de exames de ressonância magnética no município. A determinação foi estabelecida por um Termo de Ajustamento de Conduta proposto pelo promotor de Justiça, João Carlos Teixeira Joaquim, do Ministério Público de SC. Até este mês, 857 pacientes aguardam pela análise em Palhoça. O TAC ordena ainda a abertura ininterrupta do Centro de Triagem para atendimentos emergenciais, enquanto a UPA está em construção.

O acordo foi assinado no dia 19 de julho pelo prefeito Ronério Heiderstcheidt e pelo secretário muncipal de Saúde, Ari Leonel Filho. Caberá à prefeitura tomar as medidas necessárias para reduzir gradativamente e zerar as filas de espera para a realização de exames de média complexidade e consultas especializadas na rede municipal de saúde,