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Transplante
Paciente que recebeu fígado passa bemO homem que recebeu um fígado, em um transplante feito em 24 de junho, no Hospital São José, teve alta sábado e passa bem. O transplante hepático é considerado uma cirurgia de maior complexidade (superior até à cardíaca). Para o médico coordenador da equipe, Christian Evangelista Garcia, responsável pelo departamento de cirurgias do hospital, tudo correu conforme o previsto.

Educação
Vigilância só comemora depois da conclusão

O lançamento do edital que prevê as reformas e reparos nas escolas municipais é visto com ressalvas pela fiscal da Vigilância Sanitária Lia Abreu. Segundo ela, a abertura das licitações vem sendo uma desculpa recorrente por parte das direções para tentar prorrogar os prazos de adequações nos prédios. “Só vou acreditar quando vir. Por enquanto, não é o suficiente”.

A fiscal lembra que, recentemente, 42 escolas da rede pediram prorrogação no prazo concedido pela Vigilância para a correção de problemas estruturais. “Algumas tinham problemas pequenos, que não precisam de meses para serem resolvidos. Tinha escola que pediu prorrogação para tirar entulho do pátio e para arrumar a caixa de descargas”, argumenta.

De acordo com Lia, há cinco escolas municipais interditadas parcialmente (veja no quadro). “Algumas recomendações ou não são lidas ou não são compreendidas porque há problemas bem antigos. Ouvimos ladainhas para justificar os problemas. Por isso, até que se prove o contrário, não temos motivos para comemorar essa verba.”

Segundo o coordenador de convênios e obras da Secretaria de Educação, Edgard Junior, todas as escolas que foram notificadas pela Vigilância Sanitária ou que estão com algum problema de interdição parcial serão contempladas pelo edital.

Órgãos e tecidos
Um estímulo para a doação

A Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina (Apar) e a Secretaria de Estado da Saúde apresentaram ontem a campanha publicitária de estímulo à doação de órgãos e tecidos no Estado, que inclui vídeo para televisão, spot para rádio, busdoor, anúncio e encarte em jornais. As emissoras de TV farão a veiculação de graça.

O número de doadores de órgãos em Santa Catarina cresceu nos últimos anos. Em 2002, eram cinco doadores por milhão de população (pmp). Em 2009, a SC Transplantes fechou o ano com 19,8 doadores por milhão de população, índice bem superior à média nacional, que mesmo em evolução contínua, fechou 2009 com 8,7 doadores pmp.

No Estado, é possível fazer transplante de córnea, coração, válvula cardíaca, pâncreas, rim, fígado, osso, esclera ocular e medula óssea. O excedente de órgãos ou tecidos é enviado para hospitais de outras regiões.

Lei antifumo
Massaranduba fará votação

O projeto de lei que proíbe o consumo de cigarros em locais públicos em Massaranduba deverá ser avaliado pela Câmara de Vereadores em agosto, após o fim do recesso da casa.

A proposta, de autoria do vereador Mauro Bramorski (DEM), teve o pedido de vista do vereador Pier Gustavo Berri (PMDB). Ele alega que como o projeto entrou há pouco tempo na Câmara, os vereadores não tiveram tempo suficiente para formar uma opinião sobre as propostas.

“Com o pedido de vista teremos mais tempo para avaliar a proposta. Sou favorável a lei antifumo, mas quero saber o que a comunidade pensa sobre isso antes de formar um opinião definitiva”, justificou.

O projeto segue a mesma linha de regulamentações semelhantes aprovadas em Jaraguá do Sul e Guaramirim. Segundo Bramorski, a ideia é conscientizar a população dos malefícios do cigarro.

Bom exemplo
E a vida se renova
Noiva que já precisou de muitas doações de sangue incluiu gesto na lista de presentes

Cilma Paula de Azevedo tem 37 anos e vai se casar. Não é um casamento comum; para começar, foi organizado em um mês. Mas a singularidade das bodas de Cilma e de Francisco da Conceição de Carvalho, 49, é que a cerimônia será na Fundação Hemocentro de Brasília. E a lista de presentes tem um item: doação de sangue.

A primeira mudança na vida de Cilma foi em novembro de 2009, quando ela perdeu o emprego. O dinheiro que havia juntado serviria apenas para pagar contas. Em janeiro deste ano, ela e uma amiga foram a um bazar. Cilma se encantou com um móvel e voltou para buscá-lo no dia seguinte. Na garagem de casa, desceu do carro para conversar com a amiga, que havia parado em frente à casa. “Esqueci de puxar o freio de mão. Fiquei entre os dois carros, conversando com ela pela janela do passageiro.”

Entre o acidente e a chegada dos bombeiros, foram 25 minutos. “Sou voluntária da Cruz Vermelha e sabia que meu caso era grave. Não havia ferimento, mas eu sentia uma dor terrível.” O fígado havia sido esmagado. No hospital, em choque pela hemorragia, enfermeiras bombearam 16 litros de sangue B + (40 bolsas) para garantir a vida de Cilma. “Se ninguém nunca tivesse doado sangue, teria morrido ali. Alguém salvou a minha vida”, emociona-se. Foram 33 dias na UTI, em estado crítico.

Quando uma broncopneumonia foi diagnosticada, a cura, outra vez, veio pela transfusão de plaquetas. “Meus amigos, família, colegas de trabalho, instituições onde sou voluntária, bombeiros, várias pessoas fizeram uma campanha de doação. Recebi muita energia positiva.” A ideia de se casar no Hemocentro veio nessa época. Sem poder falar, ela escreveu a proposta em um papel e o entregou a Francisco. Ele aceitou. “Francisco é meu herói. Ali, vi o quanto ele me amava”.

A estrutura do casamento foi criada com doações de apoiadores. Desde o som até o coquetel. Na quarta-feira, Cilma será a primeira noiva do Hemocentro. De presente, espera bolsas de sangue. Qualquer tipo é aceito. “É uma coisa tão simples, mas tão importante. As pessoas não sabem a repercussão que um ato desses tem. Um dia, você pode precisar do sangue de alguém como eu precisei.”

(Publicado na edição de domingo, dia 18.07.2010)


 


Doação de órgãos
Campanha estimula doadores

A Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina (Apar) e a Secretaria de Estado da Saúde apresentaram ontem a nova campanha publicitária de estímulo à doação de órgãos e tecidos no Estado, que inclui vídeo para televisão, spot para rádio, busdoor no transporte coletivo, anúncio e encarte em jornais.

As emissoras de TV farão a veiculação sem custos. O número de doadores de órgãos em SC cresceu nos últimos anos. Em 2002, eram cinco doadores por milhão de população (PMP). Em 2009, a SC Transplantes, setor da Secretaria de Estado da Saúde responsável pela área, fechou o ano contabilizando 19,8 doadores por milhão de população, índice bem superior à média nacional, que mesmo em evolução contínua, fechou 2009 com 8,7 doadores/PMP.

No Estado, é possível realizar transplante de córnea, coração, válvula cardíaca, pâncreas, rim, fígado, osso, esclera ocular e medula óssea. Os pacientes que aguardam por um transplante de córnea representam 2/3 da fila de espera por transplante de órgãos e tecidos em Santa Catarina.

Vírus HIV
Gel pode reduzir o contágioUm gel de aplicação vaginal contendo uma concentração de 1% do remédio antirretroviral tenofovir pode reduzir o risco de uma mulher contrair o vírus HIV, em até 54%, de acordo com estudo a ser publicado na edição da revista Science.

O resultado da pesquisa foi divulgado na tarde de ontem, em Viena, onde está sendo realizada a 18ª Conferência Internacional sobre a aids. Realizado com 889 mulheres sul-africanas sexualmente ativas de idade entre 18 e 40 anos, o novo medicamento mostrou uma eficácia média de 39% em todo o grupo estudado, chegando a 54% entre as mulheres que seguiram as orientações de aplicação ao pé da letra. Num benefício colateral inesperado, o gel também reduziu em mais de 50% a incidência de herpes.


Bazar

A Associação Amigos do Hospital Universitário (AAHU) realiza hoje e quarta nova edição do bazar beneficente com produtos doados pela Receita Federal. Serão comercializados brinquedos, eletrônicos e cosméticos. O bazar será realizado no segundo andar do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, a partir das 9h. A receita obtida com a venda dos produtos será destinada ao Hospital Universitário. Mais informações pelo telefone (48) 3721-8042.

 

 

 Doação de órgãos

 A  Associação dos Pacientes Renais de Santa Catarina (APAR) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) lançaram, nesta segunda-feira (19), a nova campanha publicitária de estímulo à doação de órgãos e tecidos no Estado, que inclui VT para televisão, spot para rádio, busdoor no transporte coletivo, anúncio e encarte em jornais. Com criação da agência Propague e produção da Cristal Broadcast, o VT estreia na mesma data, nas principais emissoras de TV, que farão a veiculação sem custos, no âmbito da responsabilidade social. “Esta parceria se repete há quatro anos, e é muito importante para que Santa Catarina mantenha a condição de Estado líder em doação efetiva de órgãos”, avalia o presidente da APAR, Juarez Alves Nunes.

 O número de doadores de órgãos em Santa Catarina cresceu de forma significativa nos últimos anos. Em 2002, eram 5 doadores por milhão de população (pmp). Em 2009, a SC Transplantes, setor da Secretaria de Estado da Saúde responsável pela área, fechou o ano contabilizando 19,8 doadores pmp, índice bem superior à média nacional, que mesmo em evolução contínua, fechou 2009 com 8,7 doadores pmp. “A posição de Santa Catarina, mais do que um orgulho, é garantia de saúde para a população catarinense, e confirma o quanto foi acertada a decisão do Governo de investir forte e permanentemente no setor”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza.

Para ser referência no Brasil, a SC Transplantes aperfeiçoou todos os seus sistemas nos últimos anos: garantiu o credenciamento de novas instituições no trabalho de busca ativa de órgãos e de tecidos (as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), e promoveu a capacitação de mais de 500 profissionais que atuam nestas comissões. São eles os responsáveis pela “ponte” entre potenciais doadores e toda a estrutura necessária para concretizar o processo de doação e transplante, que pode levar até 18 horas, envolvendo sempre equipes multidisciplinares. No Estado é possível realizar transplante de córnea, coração, válvula cardíaca, pâncreas, rim, fígado, osso, esclera ocular e medula óssea. O excedente de órgãos ou tecidos é enviado para hospitais de outras regiões.

Além do profissionalismo das equipes, o coordenador da SC Transplantes, o médico intensivista Joel de Andrade, vê o caráter voluntário dos catarinenses como essencial neste processo. “A experiência que temos, tanto no Brasil quanto na Espanha onde há pesquisas sobre o tema, é que de 70 a 80% das famílias, após a doação, reconhecem o gesto como uma forma eficiente de aliviar o luto”, aponta dr. Joel, que estabeleceu novas frentes de ação para zerar a fila de espera por córnea em Santa Catarina: elevar o número de doações e credenciar novos bancos de tecido ocular e equipes de transplante, com o compromisso contratual de realizar os procedimentos pelo SUS.

Atualmente, os pacientes que aguardam por um transplante de córnea representam 2/3 da fila de espera por transplante de órgãos e tecidos em Santa Catarina. “Isso motivou a APAR a estabelecer a doação de córneas como foco da campanha publicitária em 2010, ainda que a atividade principal da associação seja o amparo aos pacientes renais”, explica o ex-superintendente da Caixa Econômica Federal e atual presidente da APAR, Juarez Nunes, que há 13 anos se submeteu a um transplante de rins. “Sou muito grato pela oportunidade de ter tido um diagnóstico precoce, porque a doença renal evolui de forma silenciosa, e tenho consciência de que só estou vivo graças ao transplante”, completa.


Unidade do Hemosc estará em Itajaí nesta terça-feira
Secretaria de Estado de Des Reg Itajaí
 
A unidade móvel do Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) fará, na próxima terça-feira (20), em Itajaí, mais uma campanha doação de sangue.
O ônibus do Hemosc estará estacionado em frente ao Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, localizado na Avenida Marcos Konder, Centro, a partir das 8h. Serão distribuídas 50 senhas para os interessados. Às 13h30, serão entregues mais 50 senhas.

 Esta será a quarta vez que a unidade do Hemosc irá a Itajaí no mês de julho. Nos dias 8, 13 e 15, 232 pessoas doaram sangue. Para fazer a doação é preciso ter entre 18 a 65 anos, peso acima de 50 quilos e apresentar um documento de identificação com foto. Os doadores não devem ingerir bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores, estar em bom estado de saúde, descansados e bem alimentados.

 "Quando uma pessoa doa sangue ela ajuda salvar três vidas. O gesto é muito importante, pois o consumo de sangue nos hospitais do Estado é expressivo. Cada pessoa doa em média dia uma bolsa com 450 miligramas de sangue", explicou a assistente social do Hemosc, Dinah Pinheiro.


MPF quer fornecimento de análogos de insulina para pacientes com diabetes em Criciúma
Medicamentos do SUS não oferecem controle adequado da doença para todos os casos

 
O Ministério Público Federal ajuizou ação civil pública contra a União e o Estado de Santa Catarina para que sejam fornecidos aos pacientes com diabetes mellitus tipo 1 os análogos de insulina de longa e de curta duração.

A ação, ajuizada pelo procurador da República Darlan Airton Dias, tem origem em inquérito civil instaurado em 2008 para apurar a situação do fornecimento de tratamento médico e de medicamentos por via judicial no âmbito da subseção judiciária federal de Criciúma. Dos dados coletados em ações civis públicas e ordinárias que requeriam o fornecimento de medicamentos, constatou-se que pelo menos 20% delas se referiam à diabetes mellitus.

Diante desse quadro, foram requisitadas informações à Secretaria de Saúde do Estado sobre a implantação de protocolo clínico para a distribuição gratuita dos análogos de insulina. A secretaria informou que o processo de padronização do fornecimento dos análogos havia sido indeferido pela Comissão de Farmácia e Terapêutica, sob os argumentos, entre outros, de que já havia tratamento e controle da diabetes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e de que não havia vantagens comprovadas dos análogos sobre as insulinas já fornecidas pelo SUS.

Após receber dados da Secretaria de Saúde sobre a quantidade e o custo para aquisição e fornecimento dos análogos em virtude de ações judiciais, bem como o número de internações hospitalares de pacientes com complicações decorrentes da diabetes tipo 1, o MPF, em parceria com a Câmara de Vereadores de Criciúma, organizou uma audiência pública para discutir a implantação do protocolo de fornecimento dos análogos pela rede pública de saúde do estado.

Da audiência, participaram procuradores da República, vereadores, médicos, procuradores do estado e representantes da Secretaria Estadual de Saúde, entre outros. Foram inúmeros os dados apresentados que levam à conclusão de que os análogos têm vantagens sobre os tipos de insulina já oferecidos pelo SUS.

O controle adequado da diabetes pressupõe a manutenção da glicemia (concentração de glicose no sangue) o mais próximo do normal durante as 24 horas do dia. Como as insulinas fornecidas pelo SUS não conseguem em todos os casos proporcionar esse controle, alguns pacientes acabam sofrendo com episódios de hipoglicemia, que podem levar a convulsões. Além disso, a falta de controle adequado da diabetes pode causar complicações graves, como infarto, derrame, perda progressiva da visão e insuficiência renal.

Na audiência, foi apresentada uma proposta de protocolo clínico para o fornecimento dos análogos de insulina, elaborada pela Associação Catarinense de Medicina (ACM). Pela proposta, para que o paciente com diabetes seja tratado com os análogos, ele deve atender a pelo menos dois dos seguintes critérios: a existência de falhas no tratamento em curso com insulina, o mau controle da diabetes em um período de 12 meses e a ocorrência de hipoglicemia grave. Esses pré-requisitos garantirão que o fornecimento dos análogos não seja indiscriminado. No Distrito Federal, no Paraná e em Minas Gerais, o SUS já fornece os análogos de insulina com base em protocolos clínicos semelhantes ao proposto pela ACM.

A implantação desse protocolo traria mais racionalidade ao fornecimento dos análogos, que hoje é feito por ordem judicial, caso a caso, sem critérios técnicos pré-definidos. O fornecimento passaria a ser apenas administrativo, mediante a comprovação dos critérios previstos no protocolo, o que levaria inclusive à extinção das ações em tramitação na justiça.

De acordo com o MPF, as complicações surgidas em função do tratamento inadequado da diabetes mellitus ocasionaram, em 2009, mais de 5 mil internações e mais de 100 óbitos. Somente com as internações, o Estado de Santa Catarina gastou mais de R$ 3 milhões.

O procurador Darlan requereu a concessão de liminar para que seja determinado ao Estado de Santa Catarina a implantação do protocolo clínico de fornecimento dos análogos de insulina aos pacientes com diabetes mellitus tipo 1, residentes na subseção judiciária de Criciúma. Além disso, deve ser determinado à União que compre ou repasse a verba necessária à aquisição dos análogos na quantidade e pelo tempo necessário ao tratamento.


O tempo passa, o tempo voa...

A greve na Saúde foi interrompida com a promessa do governo do estado apresentar um Plano de Carreira. Uma das reivindicações da categoria. Estamos entrando na segunda quinzena de julho e nada ainda.

(Publicado na edição do dia 19.07.2010)