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GREVE NA SÁUDE
Sem alteração no atendimento


Serviços não foram prejudicados com a paralisação dos servidoresAlvo de reclamações o ano inteiro, o atendimento na saúde pública se manteve igual, ontem, no primeiro dia da greve dos servidores estaduais. Unidades do Vale do Itajaí, Norte e Grande Florianópolis não registraram mais filas por causa da paralisação, segundo pacientes ouvidos pela reportagem.

No Hospital Regional, em São José, Helena Rodrigues, 54 anos, de Joinville, nem percebeu que havia greve, apesar da faixa no pátio. Ela chegou ao local antes das 7 horas. A cirurgia marcada para as 13 horas foi confirmada.

No Celso Ramos, em Florianópolis, a situação não foi diferente. No Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, uma funcionária disse que cirurgias que precisam ser seguidas de internação haviam sido canceladas por falta de equipe devido à greve. A Secretaria de Estado da Saúde não confirmou o cancelamento.

Em comunicado, a secretaria só declarou que recebeu queixa de familiares de uma paciente com cirurgia cancelada devido à greve, mas não revelou o nome do hospital. O órgão abriu processo administrativo disciplinar contra os profissionais que suspenderam a cirurgia, apresentou denúncia ao Ministério Público e registrou boletim de ocorrência.

A Secretaria da Saúde informou que a Procuradoria Geral do Estado quer tornar o movimento ilegal por se tratar de serviço público essencial à população. Sobre as reivindicações, disse que, em ano de eleições, os servidores públicos não podem ter aumento salarial.

Segundo o SindSaúde, Pedro Paulo das Chagas, o movimento continuará hoje.

 

 

 

 

Materno-infantil
Sobre queixa de cidadão em relação ao Protocolo de Manchester, publicada ontem, o Hospital Materno-infantil de Joinville alega que o sistema cria uma hierarquia de atendimento, com casos de maior gravidade sendo atendidos mais rápido e os menos graves em outras unidades de saúde.


Atendimento


Sim, isso todo mundo sabe. Interessante seria que todo mundo fosse atendido mais ou menos de forma imediata, como sugeriu o leitor, como os casos menos graves para um setor e os mais graves para outro.

 

 


SAÚDE CRÍTICA
Greve não piora o atendimento em SC


Apesar da paralisação, pacientes consideram o serviço dentro do normalAlvo de reclamações o ano inteiro, o atendimento na saúde pública se manteve igual, ontem, no primeiro dia da greve dos servidores estaduais. Unidades do Vale do Itajaí, Norte e Grande Florianópolis não registraram mais filas por causa da paralisação, segundo pacientes ouvidos pela reportagem.

No Hospital Regional, em São José, a dona de casa Helena Rodrigues, 54 anos, de Joinville, nem percebeu que havia greve, apesar da faixa no pátio. Ela chegou ao local antes das 7h. A cirurgia marcada para as 13h foi confirmada. No Celso Ramos, em Florianópolis, a situação não foi diferente.

No Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, uma funcionária disse que cirurgias que precisam ser seguidas de internação haviam sido canceladas por falta de equipe devido à greve. Mas a assessoria do hospital não confirmou o cancelamento.

Em comunicado, a Secretaria de Estado da Saúde informou que recebeu queixa de familiares de uma paciente com cirurgia cancelada por causa da paralisação, mas não revelou o hospital. O órgão abriu processo administrativo disciplinar contra os profissionais que suspenderam a cirurgia, apresentou denúncia ao Ministério Público e registrou boletim de ocorrência na polícia.

De acordo com o Estado, 10% dos servidores aderiram ao movimento. Os grevistas não deram estimativas estaduais. Só informaram que, na Grande Florianópolis, 60% dos trabalhadores pararam.

A Secretaria da Saúde informou que a Procuradoria-Geral do Estado quer tornar o movimento ilegal por se tratar de serviço público essencial à população. Sobre as reivindicações da categoria, disse que, em ano de eleições, os servidores públicos não devem ter aumento salarial sob pena de os gestores responderem por improbidade administrativa.

Segundo o vice-presidente do SindSaúde, Pedro Paulo das Chagas, o movimento continuará hoje.

Além da incorporação no salário do abono de 16,76%, a categoria busca melhores condições de trabalho, com a contratação, treinamento e qualificação de pessoal. O Ministério Público do Trabalho informou que está acompanhando o caso.

 

MELISSA BULEGON

 

 
ZÉ GOTINHA


Campanha termina na sexta-feiraA primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a paralisia infantil termina sexta-feira em Santa Catarina. Durante esta semana, 73 mil crianças menores de cinco anos devem ser imunizadas para garantir a cobertura total da população dessa faixa etária, estimada em 430 mil pessoas em SC.

As doses estão disponíveis nos postos de saúde catarinenses. Até agora, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) registrou a imunização de 357 mil crianças, o correspondente a 83,11% do público-alvo.

A segunda fase da imunização ocorrerá em 14 de agosto. A intenção da vacinação é impedir que o vírus causador da paralisia infantil volte a circular no Brasil, mantendo o continente americano livre da doença.

 

GRIPE A


Mais de 3 milhões vacinadosA campanha de vacinação contra a gripe A teve uma cobertura de 94,97%, com a aplicação de 3.096.680 doses em Santa Catarina, segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) .

– Metade da população do Estado recebeu a vacina. O que não os exime, claro, de continuarem tomando todas as medidas de higiene necessárias para evitarmos a circulação do vírus – avalia o secretário da Saúde, Roberto Hess de Souza.

O Ministério da Saúde (MS) apontou Santa Catarina como o segundo estado com melhor índice de vacinação (97%), empatado com São Paulo e atrás apenas do Paraná.

A Dive também informou que o número de pessoas, maiores de 60 anos, vacinadas contra a gripe sazonal, atingiu 80,58% da população.

 
NÃO ERA CÂNCER DE MAMA


Laudo errado assustaHá cerca de dois meses, uma mulher de 42 anos, moradora de Herval d’Oeste, no Meio-Oeste, sentiu a vida desabar. O laudo de um exame de mamografia, que fez pela primeira vez, atestou lesão com diagnóstico de câncer nas duas mamas. Ao comentar o assunto com o marido, o casal decidiu procurar opinião de outro especialista.

A mulher descobriu que o relatório, expedido no dia 21 de abril pela Fundação Hospitalar José Athanasio, de Campos Novos, estava equivocado e apontava uma biópsia que nunca ocorreu. A moradora de Herval d’Oeste foi encaminhada pela prefeitura do município para realizar a mamografia em Joaçaba.

Quando retirou o laudo, resolveu dar uma espiada no diagnóstico. A sequência de letras que apontava para o câncer trouxe o mal-estar mas, somente depois da repetição do exame e da opinião contrária ao diagnóstico, que ela chorou.

Depois do diagnóstico equivocado, a mulher procurou um médico no Hospital Santa Terezinha. Realizou ultrassonografia e uma nova mamografia. Ambos atestaram que não havia qualquer lesão cancerígena.

 

Herval D’Oeste

 

 

  
Lages não adere à greve da Saúde


Em assembleia geral realizada na quarta-feira (16) no Cine Ritz, em Florianópolis, os servidores públicos estaduais da saúde aderiram novamente à greve, em resposta ao silêncio do governo em relação à questão salarial.
 
De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Santa Catarina (Sindsaúde), Edileuza Garcia Fortuna, que se encontra na Assembleia Legislativa, em Florianópolis, junto com representantes da categoria em busca de negociações, no estado apenas seis municípios, filiados ao Sindicato participam da mobilização.

Destes, apenas quatro já aderiram à greve. Florianópolis, onde há maior concentração de servidores estaduais, e Ibirama, estão com 60% de adesão, Joinville tem 40% dos funcionários parados e em Criciúma, onde os servidores estaduais atuam no Hemocentro, a paralisação foi a escolha de 90% dos trabalhadores do setor.

Lages e Mafra também possuem servidores públicos estaduais e são filiados ao sindicato, entretanto, não aderiram à greve.

 A representante do Sindsaúde em Lages, Rita Isabel Gonsalves, explica que Lages não vai aderir à greve até o final da semana porque aguarda uma posição de Florianópolis. "Representantes do sindicato já estiveram com um articulador do governo que nos garantiu que até o final da semana teremos uma resposta”, afirma.

Os servidores pedem para o estado a incorporação do abono salarial, recebido nos meses de fevereiro e maio, em seu salário. O abono corresponde à 16,76% do atual valor salarial. Ontem, representantes de Lages foram a Florianópolis para tentar, juntamente com Edileuza, uma negociação com a Assembleia Legislativa. “Aqui em Lages não aderimos porque esperamos uma resposta positiva até a próxima semana. Caso a resposta seja negativa e nós não venhamos a aderir à greve, os governantes receberão sua resposta nas eleições, em outubro”, diz Rita.

De acordo com o Sindsaúde, o abono corresponde às perdas salariais de abril de 2006 a maio de 2009, e são referentes à inflação do período. De 1º de junho de 2009 até 31 de maio de 2010, a perda já chega a 5,94%. Hoje se o trabalhador da saúde não incorporar o abono, já perde mais de 23% de seu salário. De acordo com o artigo 100 da Lei nº 323, Plano de Carreira e Vencimentos da Saúde, é garantida a revisão salarial anual dos servidores. Desde a aprovação da lei o Governo do Estado não cumpriu nenhum prazo, e as perdas só acumulam.
Em novembro do ano passado os servidores estaduais já haviam feito uma paralisação pelo mesmo motivo.

 Em Lages, a adesão foi de menos de 30%. “Já ficaram algumas pendências da greve anterior, como os dias que não foram acertados com os grevistas, e este é mais um motivo para ainda não termos aderido”, explica.

Rita admite que há grandes chances de que Lages não participe da greve. “Torcemos para não precisar entrar em greve, assim não nos indispomos com a população”, completa.

 

 

 Opinião

Editorial
Saúde pública em greve

 

O artigo 196 da Constituição Brasileira determina que a saúde é direito de todos e dever do estado. Em outro artigo, o 9º, está garantido o exercício de greve aos trabalhadores, o que inclui os servidores públicos, conforme já deixou claro a Justiça Federal.

Desde ontem, em SC, esses preceitos constitucionais estão sendo testados, com a greve dos servidores estaduais da saúde. Caso o movimento prossiga, não é difícil prever que o caos nos hospitais públicos ganhará capítulos ainda mais dramáticos do que aqueles que se costumam assistir diariamente em cidades catarinenses.

Ontem e hoje, servidores, governo e pacientes parecem estar sempre em lados opostos, estes cobrando daqueles maior presteza no atendimento público da saúde. Mas há algo em comum: todos estão descontentes e ninguém se entende.

Os servidores pedem a incorporação do abono de 16,7% ao salário, além da revisão do vale-alimentação e aposentadoria especial em decorrência do trabalho em locais insalubres. Sindicalistas informam que na Grande Florianópolis a adesão à greve, que começou ontem, é de cerca de 60%.

Conforme apurou a reportagem do jornal Notícias do Dia, a rotina –geralmente problemática – quase não se alterou nas emergências dos principais hospitais da capital.  Em Joinville, funcionários do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, da Maternidade Darcy Vargas e do Hemosc devem parar a partir de hoje, segundo previsão dos líderes do movimento.

O governo diz não poder atender aos pedidos do funcionalismo em função das restrições da lei eleitoral. Quem depende do SUS acompanha com temor esta queda de braço, porque não é preciso ter bola de cristal para saber onde a corda vai arrebentar caso a greve continue.

 

Cidade

Hospitais. Atendimento já estava restrito e adesão não foi ampliada
Greve pouco afeta serviços de saúde

A greve dos servidores estaduais da saúde, iniciada às 7h de ontem, não chegou a afetar o atendimento de emergência dos principais hospitais da Grande Florianópolis. O atendimento de urgência e as cirurgias não emergenciais já estavam restritas por causa da reforma dos hospitais Florianópolis e Celso Ramos, e o quadro não se alterou significativamente.

No Hospital Regional de São José, o maior da região, a maioria dos servidores não aderiu à greve e o movimento não foi diferente dos outros dias. De acordo com a presidente do Sindsaúde, Edileuza Garcia Fortuna, o Regional registra mil atendimentos diários na emergência. “Não há como não existiram filas, mesmo com todos nossos funcionários trabalhando elas acontecem”, enfatizou.

Todas as cirurgias eletivas foram canceladas e a concentração de pacientes foi formada na recepção da emergência porque apenas um dos atendentes estava trabalhando. No ambulatório as consultas marcadas foram atendidas nornalmente.

No Hospital Infantil Joana de Gusmão, durante a manhã de ontem, as consultas foram realizadas de forma lenta devido a adesão à greve de técnicos de enfermagem, enfermeiros e funcionários do setor administrativo. A recepção do Hospital Nereu Ramos também estava tranqüila. Nenhuma consulta ou cirurgia foi cancelada.

Já os hospitais Celso Ramos e Florianópolis as emergências estão fechadas por estarem em reforma e, segundo a assessoria da direção, o atendimento não foi prejudicado pela greve. O atendimento na Maternidade Carmela Dutra também está normal, conforme informou a assessoria da direção.Segundo a Secretaria da Saúde, apenas 10% dos servidores aderiram à greve. Já o Sindsaúde fala em 60%..

 

Governo pede que Justiça declare movimento ilegal

A Procuradoria Geral do estado requereu que a greve seja considerada ilegal por se tratar de serviço público essencial à população. O secretário da Saúde, Roberto Hess de Souza, aguarda posicionamento da Justiça em relação ao movimento e por enquanto não há rodadas de negociação agendadas. No ano passado, o Tribunal de Justiça atendeu a um pedido semelhante do governo.

Os servidores em greve se concentraram desde o início da manhã de ontem na Assembléia Legislativa. Eles escolheram o local para evitar confrontos nas unidades de saúde com os que não aderiram à greve.

A presidente do sindicato contesta a justificativa apresentada pelo governo para não conceder a incorporação do abono, alegando restrições da lei eleitoral. Para o sindicato, o pagamento pode ser feito até 3 de julho, quando efetivamente começam as restrições legais para pagamentos e abonos e restituição de carreira. “Temos parecer jurídico em nosso favor e sabemos que podemos receber o benefício”, ressal Edileuza.A Secretaria da Saúde, que já havia se manifestado antes da greve em nota oficial, manteve a posição ontem de não conceder a incorporação.