QUEBRA DE PATENTE
A pílula azul por R$ 10
“Com certeza, o Viagra vai estar disponível para os consumidores ainda em junho”, garante Odnir Finotti, vice-presidente da Pró Genéricos. O genérico custará, no mínimo, 35% menos. O original, por sua vez, teve o preço reduzido pela metade há dez dias pela Pfizer, para fazer frente à concorrência. Decidido a manter a marca Viagra, o laboratório lançou, no início do mês, a venda da pílula unitária do remédio. Hoje, o preço médio do comprimido é de R$ 15 (uma caixa com duas pílulas custava, em média, R$ 65). O genérico deve ficar na faixa dos R$ 10.
Segundo a Pfizer, a redução no preço aumentou as vendas em 50%. São vendidos no País 600 mil comprimidos por mês. “Ainda não sabemos se foi por causa da entrada de novos consumidores ou se são pessoas que em algum momento tiveram a indicação para o medicamento e estão voltando a usá-lo”, afirma Adilson Montaneira, diretor da unidade de negócios da Pfizer. Outra possibilidade, diz, é que usuários de outros remédios para disfunção erétil tenham passado a usar Viagra.
Finotti, da Pró Genéricos, questiona a queda no preço no momento em que o mercado se prepara para o genérico. Garante que os laboratórios interessados não vão desistir. Serão lançados pelo menos sete genéricos. “Por que a Pfizer baixou o preço só agora?”.
Montaneira, diretor da Pfizer, justifica que há relação direta entre o preço do medicamento e as pesquisas que o laboratório desenvolve. Argumenta que mais de 15% do faturamento da empresa vai para pesquisa. A estimativa de investimento é de US$ 10 bilhões.
Mais em conta, os genéricos do Viagra estreiam no fim do mês nas prateleirasAté o fim de junho já deverá estar disponível nas farmácias o genérico do Viagra, o comprimido que virou sinônimo mundial para o tratamento da disfunção erétil. A informação é da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Na segunda-feira, o laboratório EMS – autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a fabricar o produto – começará a produção. Não antes de 20 de junho, data-limite da patente do produto pelo laboratório Pfizer. A lei de propriedade industrial de 1996 defende a exclusividade enquanto ela estiver em vigor.