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EDITORIAL


O financiamento da SaúdeConvidados a participar do encontro de secretários municipais da Saúde em Gramado (RS), os pré-candidatos mais citados nas pesquisas de opinião pública à Presidência da República reconheceram a importância da regulamentação da emenda constitucional 29, que define políticas para esta área, sem deixar claro como pretendem assegurar os recursos adicionais necessários. Como a iniciativa deve ampliar o atendimento à população e exigir ainda mais recursos oficiais, reduzidos com a extinção da CPMF, o País precisa se preocupar desde já em evitar riscos. Entre eles, estão a possibilidade de engessamento ainda maior dos já comprometidos orçamentos nas três instâncias da Federação e, inclusive, a de o contribuinte ser chamado a pagar a conta adicional.

Aprovada em 2000, a emenda constitucional que a campanha presidencial recolocou no centro dos debates obrigou a União a investir 5% a mais do que havia sido transferido no ano anterior para a saúde, valor corrigido pela variação nominal do produto interno bruto (PIB). Os Estados, por sua vez, deveriam repassar 12% da arrecadação ao setor, e os municípios, 15%. As mudanças, porém, deveriam ter vigorado apenas até 2004, ano previsto para a regulamentação da medida por lei complementar.

Ainda assim, mesmo com a pressão por parte de dirigentes municipais e estaduais, o projeto continua parado na Câmara. O fim da CPMF, sem que a sociedade admita hoje qualquer margem à criação de novo imposto, ampliou as incertezas sobre as alternativas para financiar a inovação.

Independentemente de quem venha a ser eleito, é óbvio que o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa contar com recursos em volume adequado para garantir a universalização dos serviços com qualidade e para permitir o salto necessário à correção de falhas que hoje comprometem o sistema. É o caso da dificuldade de obtenção de consulta com profissional especializado e de uma vaga em hospital e da superlotação das emergências. Uma das alternativas para enfrentar esse problema é a ênfase à prevenção, com a ampliação da rede de assistência ambulatorial, prevista desde o início como a forma de desafogar a rede hospitalar.

Antes de pensar em dinheiro extra para o SUS, os presidenciáveis deveriam insistir na necessidade de mais eficiência no uso dos recursos disponíveis, que podem até mesmo ser reforçados com a aprovação de uma reforma tributária. Mas é preciso que o tema possa ser debatido sob o ponto de vista dos interesses dos usuários, sempre às voltas com filas e com incertezas, e não de quem está em busca de voto.

 

 


CIÊNCIA


Brasileiros criam vírus HIV artificialPesquisadores das universidades federais do Rio de Janeiro e de Pernambuco e da USP anunciaram, na última semana, a criação de um vírus HIV artificial. A utilidade desse material é permitir a fabricação de uma medicação para soropositivos que reduza a carga viral a quase zero.

Os testes foram feitos em 18 pacientes a partir de 2001, informa a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os pesquisadores chegaram ao vírus artificial por meio de uma técnica de clonagem. Pedaços de DNA foram cortados e colados até ser obtido um genoma completo do HIV inativado. “Fizemos uma obra de engenharia genética e colocamos esse vírus sintético dentro de um DNA vetor que permite a replicação ao infinito do vírus”, explica o geneticista Sérgio Corvella.

O método é diferente do usual porque as pesquisas comuns utilizam vírus coletado do paciente soropositivo. O cultivo desse material leva dois meses, de acordo com a pesquisadora da USP Alessandra Pontillo. O sintético pode ser obtido em dois dias.

Em seu funcionamento, a vacina, chamada de terapêutica, estimula as células de defesa do paciente a identificar e combater o HIV. Os próximos passos da pesquisa incluem vacinação em um grupo de mil soropositivos. Os especialistas estipulam que o medicamento poderá chegar à população daqui a cinco anos.

 

RIO DE JANEIRO

 

 

FIM DO VÍCIO


Vacina para largar o cigarro

Cientistas dos Estados Unidos estão testando clinicamente uma substância que ajuda as pessoas a pararem de fumar e evita que elas retornem ao vício. Diferentemente dos tratamentos usados até hoje, que investem no abandono gradual do cigarro pelo fumante, a vacina pretende estancar o vício.

A nova vacina, chamada NicVax, está sendo testada em laboratório da Universidade de Michigan e em 25 clínicas americanas.

“Esta vacina é um dos enfoques mais inovadores que já foram feitos para combater o vício”, disse o professor Jonathan Henry, que está conduzindo os testes.

A nova vacina estimula o sistema imunológico para que ele produza anticorpos aderentes à nicotina, criando uma substância que não dê a sensação de prazer.

As primeiras fases dos ensaios clínicos mostraram que a vacina é capaz de criar este mecanismo e, como os anticorpos permanecem no organismo por períodos mais longos, evita a retomada do vício.

A reincidência é um dos maiores problemas para se superar nos tratamentos atuais contra o tabagismo. Estudos comprovam que as taxas de retomada depois que um fumante larga o cigarro podem chegar a 90%.

Os cientistas disseram que nos ensaios clínicos feitos com cerca de mil pessoas, os participantes tomaram a vacina várias vezes durante 12 meses. Os resultados finais devem ser divulgados em 2012. Caso tenha êxito, a vacina chegará em seguida ao mercado.

 

 

 

 

EXAME DE ENDOSCOPIA


Morre mais uma vítimaA família de Iara Penteado, 15 anos, que teve morte cerebral decretada na noite de sexta-feira, em Joaçaba, Meio-Oeste do Estado, autorizou o desligamento dos aparelhos na manhã de sábado.

A adolescente estava em coma desde o dia 14 por complicações depois de um exame de endoscopia. Foi aberto um protocolo para doação de órgãos, mas como a causa da morte ainda é incerta isso não pode ocorrer. De acordo com o médico Adgar Bittencourt, diretor do hospital Santa Terezinha, o corpo devia seguir para o Instituto Geral de Perícias para necropsia. O médico lembrou que existe um inquérito policial em andamento para confirmar se as mortes estão relacionadas ao exame. Após o procedimento morreu a dona de casa Maria Rosa dos Santos, 57 anos e a agricultura de Iomerê Santa Aparecida Sipp, 62 anos.

 

Joaçaba

 

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Colunista Cacau Menezes

Saúde

Uma excelente notícia foi divulgada na mídia na última sexta-feira. Pesquisadores dos EUA estão testando uma vacina que ajuda as pessoas a pararem de fumar; e o mais importante, evitando as terríveis recaídas. A vacina será testada em 25 países e os resultados devem estar disponíveis em 2012.