CÂNCER
LEUCEMIA MATA MENOS
Taxas de mortalidade por leucemia em crianças e adolescentes na região Sul do Brasil caíram, diz pesquisa do Instituto do Câncer (Inca). Nos três estados, a taxa passou de 20,2 por milhão de doentes para 13,9 (31,2% a menos).
Dengue
Subiu para 11 o número de notificações de suspeitas de dengue em Joinville. Dois casos acabaram sendo confirmados pela Vigilância em Saúde (é gente que viajou para o Norte do País). Outros nove estão sendo investigados. Quatro deles viajaram para áreas de risco. Outros cinco não saíram da cidade. “A suspeita é de dengue ou leptospirose”, observa Jeane Vieira, da Vigilância em Saúde. Se o resultado der positivo, será a primeira vez, em Joinville, que é registrada a contaminação da dengue.
Importada
Em 2009, foram 33 suspeitas de dengue, sendo que somente oito resultados deram positivo. Todos contraíram a doença fora do Estado. Em contato com um doente, o Aedes Aegiph também pode se tornar um transmissor.
Alegando um déficit de R$ 329 mil, a Coletivos Rainha e a Prefeitura de São Bento do Sul estão discutindo o reajuste da passagem. Hoje, a tarifa cobrada no município é de R$ 2,30 e a empresa quer que passe para R$ 2,50. A Prefeitura diz que o pedido ainda está sendo analisada pelo setor jurídico e que não tem prazo para a decisão. Mas antecipa que se aceitar, vai querer que toda a frota de ônibus seja adaptada para deficientes físicos.
COMBATE À GRIPE A
Estado quer ampliar público para vacina
Santa Catarina pretende imunizar também pessoas entre 30 e 59 anos
Para evitar uma nova onda de mortes, Santa Catarina quer ampliar a fatia da população que vai receber a vacina contra a gripe A, a partir de 8 de março. O objetivo é incluir pessoas na faixa dos 30 aos 59 anos, que não estão no programa de imunização anunciado pelo Ministério da Saúde. No ano passado, 115 pessoas morreram por causa da doença no Estado.
O diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Luis Antonio Silva, disse ontem que o Estado quer, pelo menos, garantir as doses para quem está na faixa dos 30 aos 39 anos. Rio Grande do Sul e Paraná fizeram o mesmo pedido ao Ministério da Saúde.
A campanha de imunização prioriza profissionais de saúde, índios, gestantes, jovens entre 20 e 29 anos, doentes crônicos e idosos com doenças crônicas (precisam de acompanhamento médico constante). O governo comprou 83 milhões de doses. A meta é vacinar 62 milhões de pessoas – cerca de um terço da população brasileira. A sobra de 21 milhões de doses considera as perdas com o manuseio e reserva para eventual ampliação do público-alvo.
Índios têm baixa resistência ao vírus
Segundo o Ministério da Saúde, as crianças de seis meses a dois anos e os adultos de 20 a 29 anos foram os grupos que tiveram, na primeira onda da pandemia, durante o inverno de 2009, maior chance de ter doença respiratória grave. Os índios receberão as doses porque são vulneráveis a qualquer tipo de influenza.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, diz que o objetivo não é evitar a disseminação do vírus, mas manter os serviços de saúde funcionando e reduzir o número de casos graves e mortes.
– O Brasil não está propondo vacinar toda a população. Nenhum país fez isso. Vacinar um terço da população já provocará uma redução enorme na circulação viral. Estamos diminuindo a possibilidade de que outras pessoas adquiram a doença.
A imunização será realizada ao mesmo tempo em todo o país. Os 26 estados e o Distrito Federal receberão um número de doses proporcional à população dos grupos prioritários. Caberá às secretarias estaduais de Saúde distribuir as vacinas.
O Ministério da Saúde anunciou que estarão à venda, mediante receita, 21,9 milhões de medicamentos antivirais (Tamiflu).
De olho no calendário |
- A primeira etapa da vacinação ocorre entre 8 a 19 de março. Atenderá a trabalhadores do serviço de saúde, público e privado, e toda a população indígena. Idosos com mais de 60 anos e sem doença crônica não receberão a vacina contra a gripe A – serão imunizados apenas contra a sazonal. Se houver alterações na situação epidemiológica e disponibilidade da vacina, outros grupos poderão ser vacinados, sem data prevista.
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CONTRAINDICAÇÃO
Alerta sobre prescrição de emagrecedor
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável por regular os medicamentos no Brasil, está alertando os profissionais de saúde do país sobre o uso da sibutramina, uma das substâncias para emagrecer mais usadas no Brasil e que foi proibida na Europa.
O medicamento tem venda controlada, com retenção de receita. A Anvisa recomenda a contraindicação para pacientes que apresentem obesidade associada à existência, ou antecedentes pessoais, de doenças cardio e cerebrovasculares. Também não deve ser prescrita para quem tem diabetes mellitus tipo 2, com sobrepeso ou obesidade e associada a mais um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Isso se deve aos resultados de um estudo com mais de 10 mil pessoas. A pesquisa, chamada Scout, mostrou que as chances de problemas cardiovasculares aumentam 16% com a utilização da sibutramina.
São Paulo
PESQUISA
Células se transformam em neurônios
A criatividade dos cientistas para superar as complicações éticas parece não ter fim. Primeiro inventaram uma maneira de reprogramar geneticamente células da pele para se comportarem igual às embrionárias, com capacidade para se transformar em qualquer tecido. Agora fizeram algo ainda mais prático: inventaram uma técnica semelhante para transformar células da pele em neurônios, sem passar pela etapa de “tronco”.
Em tese, isso permitiria produzir neurônios in vitro para tratar lesões e doenças que afetam o sistema nervoso, como traumas medulares, esclerose múltipla ou Parkinson. As células seriam derivadas da pele do paciente, sem risco de rejeição. As novas células foram capazes de formar sinapses e transmitir impulsos elétricos in vitro – um forte indício de que são células funcionais. Ou seja: não só parecem neurônios, mas também funcionam como tal.
São Paulo
PERIGO À SAÚDE
Alimentos recolhidos durante blitz
Cerca de 400 quilos de alimentos foram apreendidos em uma blitz feita pela Vigilância Sanitária, em Florianópolis, na manhã de ontem. A maioria dos produtos não era transportada na temperatura adequada, chamando a atenção para a necessidade de o consumidor ter cuidado com o que come.
Se para a maioria basta olhar a data de validade dos produtos, as apreensões de ontem mostram que também é necessário ter cuidado depois que são abertos. Entre as mercadorias recolhidas, havia margarina, fermento, coco ralado e melado, que tem, na maioria das vezes, destinos como padarias e supermercados.
Desde que a Vigilância Sanitária do município intensificou a fiscalização nesta temporada, em dezembro de 2009, pelo menos duas toneladas de produtos, incluindo alimentos e medicamentos, transportados em situação irregular, foram loalizados.
A maior parte das apreensões, realizadas até agora, é de laticínios conservados fora da temperatura, que varia de acordo com o fabricante, mas normalmente é de -6ºC.
As barreiras foram montadas às 7h na SC-401, rodovia entre o Centro e o Norte da Ilha de Santa Catarina, e na Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição. Os responsáveis foram autuados e tiveram as cargas apreendidas e inutilizadas. Eles devem prestar esclarecimentos à Vigilância Sanitária e podem ser multados.
Participaram da força-tarefa agentes da Receita Estadual, da Vigilância em Saúde e da Polícia Militar Rodoviária (PMrv). Denúncias para a Vigilância, pelos fones de plantão 3212 3912 ou 9960 6091.
HOSPITAL DE BIGUAÇU
Licitação será aberta na próxima semana
Biguaçu está mais próximo de contar com um hospital. Está prevista para a semana que vem a abertura da licitação para contratar a empresa que fará a terraplanagem da área onde será construído o complexo. O terreno fica no Bairro Vendaval. De acordo com a secretária da Saúde, Liliane Werner, a intenção é que a obra comece até abril, quando devem chegar os pré-moldados.
A morosidade da Vigilância Sanitária atrasa credenciamento do Seara do Bem
Crianças da Serra, que sofrem de câncer, viajam 220 quilômetros até Florianópolis para poderem ser tratadas com quimioterapia. O transtorno pode ser evitado com o credenciamento do Hospital Infantil Seara do Bem, para prestar o atendimento. Só que o projeto que dá início ao processo emperrou na Vigilância Sanitária do município, que até agora não deu um parecer.A possibilidade de ofertar quimioterapia para tratar crianças da Serra e da região de Chapecó em Lages, surgiu em 2007, quando uma ala do então Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), do Hospital Tereza Ramos (hoje Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia, Unacon) foi reformada para receber estes pacientes.
Foram investidos R$ 400 mil para tornar a região um centro de referência no atendimento de oncologia pediátrica, mas os pacientes continuaram sendo encaminhados para Florianópolis e a ala ficava vazia na maior parte do tempo.
Outro problema, como explica o gerente de enfermagem do Tereza Ramos, Ricardo Coelho, é que o hospital não podia se credenciar para atender crianças por não cumprir uma série de exigências do Ministério da Saúde, como a de ter pediatras oncológicos e UTI infantil. "Não funcionou porque nós não fomos credenciados para atender pediatria".
Um ano depois a ala foi transferida para o Hospital Infantil Seara do Bem. Coelho afirma que a mudança foi através de um acordo para tornar o hospital referência em oncologia pediátrica da região.
No início do segundo semestre do ano passado o Seara do Bem deixou de receber novos pacientes com câncer e até agora mantém apenas o tratamento de crianças que já eram atendidas antes da oncologia ser desativada.
O administrador do hospital, Éder Gonçalves, alega que o Seara do Bem não tem estrutura para oferecer quimioterapia. O básico para realizar o procedimento é uma capela de fluxo laminar, usada para manipular os quimioterápicos. Na falta do equipamento a manipulação acontecia no Tereza Ramos e os medicamentos eram aplicados no Seara do Bem. "Como existiam crianças que precisavam de assistência a gente tentou dar assistência para essas crianças aqui. A internação é uma internação normal. O grande x da questão é a manipulação", esclarece Gonçalves.
De acordo com o administrador o hospital contratou uma empresa para desenvolver o projeto da capela, que está pronto e aguarda aprovação da Vigilância Sanitária de Lages. "Tendo a capela temos condições de manipular os quimioterápicos e de comunicar o Ministério da Saúde", esclarece Gonçalves ao falar que a partir daí o ministério pode credenciar o Seara do Bem ou exigir o cumprimento de outras exigências para torná-lo referência em oncologia na região. "Eu cobro semanalmente a empresa que contratamos, mas a posição que ela tem é que depende da Vigilância Sanitária", revela Gonçalves.
Tentamos contato com a Vigilância e a informação é de que a responsável pelo órgão está em férias e não deixou ninguém encarregada de responder por ela nesse período.
A Secretária Estadual da Saúde, Carmen Zanotto, observa que em 2008 o governo repassou R$ 68.500 ao Hospital Infantil Seara do Bem, através de convênio, para implantação da capela de fluxo laminar. Carmen Zanotto comenta também que existe um processo tramitando para que todo o mobiliário comprado quando a oncologia infantil funcionava no Tereza Ramos seja doado ao Seara do Bem.
Carmem assegura que o Seara do Bem está trabalhando para deixar a estrutura física e de equipamentos em ordem para a vistoria técnica que, segundo ela, será feita pela Secretaria Estadual da Saúde junto da regional de saúde e do secretário municipal, Juliano Polese. São eles que vão preencher o formulário que será encaminhado para avaliação pelo Ministério da Saúde.
Distância aumenta o sofrimento Estela Costi, coordenadora administrativa da Casa de Apoio Colibri, que abriga pacientes atendidos em Lages e seus acompanhantes durante o tratamento, conta que desde que a entidade mudou para a sede nova, na avenida Belizário Ramos, em agosto do ano passado, não recebeu nenhuma criança com câncer.
Preocupada, Estela afirma que a entidade luta para reativar a oncologia pediátrica em Lages para evitar um sofrimento maior das crianças doentes. "Aqui, além da comodidade da criança tem a comodidade para o acompanhante, que geralmente é a mãe. É um espaço bom e amplo que visa o bem-estar da criança".
Para mãe região perde com desativação Ivânia Araldi Martins é mãe de uma das duas crianças que continuam sendo tratadas no Seara do Bem. Ela conta que seu médico percebeu que o bebê podia ter um tumor na região do abdomem ainda durante a gestação. O diagnóstico foi confirmado quando o bebê nasceu. A criança passou por cirurgia para retirada de um tumor maligno no Seara do Bem e passou a fazer quimioterapia com intervalos de 15 e 20 dias no setor de oncologia. Hoje é examinada a cada três meses para verificar se não surgiram outras células canceríginas. "O meu filho não tinha muitas chances e hoje está curado graças aos médicos, porque o tratamento foi maravilhoso. Eu não paguei nada e até hoje eu preciso deles", fala Ivânia ao lamentar que a ala está desativada.
Saúde- Equipamento a laser será produzido em Santa Catarina
Cirurgias serão mais rápidas
Remover aquelas celulites indesejáveis ou mesmo fazer uma cirurgia estética facial vai ser muito mais rápido e preciso com um equipamento a laser de alta tecnologia desenvolvido por uma empresa italiana, a EL. EN.
Em missão oficial à Europa, a comitiva do governo do Estado conheceu a máquina, que de3ve começar a ser produzida na fábrica da empresa em Blumenau até o fim de 2011.
Hepatite C- Vírus pode ser neutralizado
Cientistas norte-americanos descobriram uma forma de neutralizar a reprodução do vírus da hepatite C, o que representa melhoria potencial no tratamento da doença que atinge o fígado e pode provocar cirrose.
De acordo com o estudo, baseado em experimentos in vitro, uma proteína essencial para o ciclo reprodutivo do vírus da hepatite C( HCV) foi identificada.O estudo foi publicado na edição on-line da revista " Science Transnational Medicine", no último dia 20. Segundo especialistas, estima-se que até três milhões de brasileiros-ou cerca de 1,5% da população estejam infectados com a hepatite C. Dados do Ministério da Saúde mostram que a cirrose hepática causada pela hepatite C está entre as doenças que mais matam no país. A hepatite C é uma doença caracterizada por uma inflamação do fígado.
Aids- Ministério reduz gastos com remédios
O Ministério da Saúde reduziu quase 12% os gastos com as compras de medicamentos para tratamentos da aids neste ano, o equivalente a uma economia de R$ 118 milhões.
As grandes compras do governo para abastecer todo o país e os esforços para a quebra de patentes, que possibilitam a produção nacional do remédio ou a importação do genérico( mais barato), colaboram para a queda no custo dos contratos com laboratórios, segundo a diretora do departamento de Doenças Sexualmente transmissíveis, Aids e hepatites Virais do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.
Gripe A- Imunização será feita também em clínicas privadas, além da rede pública
Instituições particulares terão vacina-
Clínicas particulares devem oferecer vacinas contra a gripe A( H1N1) nos próximos meses. Muitas pretendem usar doses trivalentes- com antígenos para dois vírus da gripe comum e para o H1 N pandêmico.As vacinas para a gripe sazonal costumam ser produzidas de acordo com a recomendação da OMS ( Organização Mundial da Saúde). Neste ano a composição indicada pela entidade para o Hemisfério Sul inclui a cepa do vírus H1N1 pandêmico.
"Em 2011 já poderemos comemorar mais um hospital para atender a Grande Florianópolis. Não só Biguaçu, mas todos os catarinenses ganham com esta iniciativa do governo do Estado," enalteceu o presidente da Assembléia, Jorginho Mello que participou da solenidade de assinatura do convênio que garantirá R$ 6,5 milhões para as obras do complexo hospitalar