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GRIPE A
Vacinação começa em março

Governo federal prioriza profissionais de saúde, jovens, crianças, gestantes e idosos com doença crônica
Temendo uma nova pandemia de gripe A (H1N1), o Ministério da Saúde anunciou ontem estratégias para combater a doença. A principal delas será vacinar 62 milhões de pessoas entre profissionais de saúde, índios, gestantes, crianças, jovens entre 20 e 29 anos, doentes crônicos e idosos com doenças crônicas a partir de março.

Para isso, o governo federal investiu na compra de 83 milhões de doses da vacina, que serão distribuídas por todo o País. A sobra de 21 milhões já considera as perdas com o manuseio e reserva técnica para eventuais necessidades.

Em uma primeira etapa da campanha, de 8 a 19 de março, serão vacinados profissionais da área da saúde e indígenas. Só em Joinville, pelo menos 2.500 profissionais das redes pública e particular deverão receber a dose.

A segunda etapa contemplará as gestantes, crianças de seis meses a dois anos e doentes crônicos. Segundo a gerente de vigilância em saúde de Joinville, Jeane Vieira, o município ainda irá fazer um levantamento do número de pessoas que deverão ser vacinadas nesta etapa.

Outro grupo prioritário a receber a vacina serão os jovens entre 20 e 29 anos. A meta (com base na pesquisa populacional do Ippuj de 2008) é vacinar cerca de 90 mil jovens em Joinville. O último grupo serão os idosos com mais de 60 anos. Só na cidade, estima-se que cerca de 40 mil pessoas serão imunizados nesta fase.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, idosos com mais de 60 anos e sem doença crônica não receberão a vacina contra a gripe A – serão imunizados apenas contra a sazonal.

“O Brasil não está propondo vacinar toda a população. Nenhum país fez isso”, disse o ministro. “Vacinar um terço da população já provocará uma redução enorme na circulação viral. Estamos diminuindo a possibilidade de que outras pessoas adquiram a doença”, afirmou Temporão.

AN.com.br


GRIPE A
Clínicas estão autorizadas a comprar doses
A vacina contra a gripe A também poderá ser encontrada em clínicas particulares. O governo federal autorizou as clínicas a importar as doses do imunizante e disponibilizá-las aos interessados.

O objetivo da vacinação é prevenir novos casos da doença, que matou mais de 14 mil pessoas em todo o mundo, atingiu quase 40 mil brasileiros e causou a morte de 1.705 pessoas no Brasil em 2009. Só em Joinville, 166 casos foram confirmados e duas pessoas morreram por causa da doença. Este ano, um novo caso suspeito já foi registrado e a Secretaria da Saúde já se preocupa com uma nova onda da doença.

Segundo a gerente de vigilância em saúde, Jeane Vieira, a intenção é retomar campanhas de orientação com relação à importância de higienizar as mãos e manter ambientes arejados. “Se for preciso, novas medidas de prevenção da gripe A, como o cancelamento de eventos, serão tomadas como foi feito em Joinville no ano passado”, antecipa.


GRIPE A
OMS tem de se explicar a parlamentares
A Organização Mundial da Saúde (OMS) foi obrigada a se explicar ontem a parlamentares europeus, pelo fato de ter declarado a gripe suína como pandemia. Com vacinas encalhadas em praticamente todos os países europeus, deputados investigam a entidade para saber se, ao fazer a declaração, não atendeu ao lobby do setor farmacêutico.

O responsável da OMS para a estratégia contra o vírus H1N1, Keiji Fukuda, defendeu o posicionamento da entidade e rejeitou a tese de que a OMS teria atendido a pressões de empresas farmacêuticas. Mas admitiu que a entidade mudará regras e que a pandemia está mais suave do que se previa.

Fukuda informou que a OMS começará uma revisão de suas regras para determinar se deve modificar os critérios para a declaração de uma pandemia no futuro.


 

SAÚDE EM JOINVILLE
Dia de transtornos no São José
Pronto-socorro ficou superlotado o dia todo e muitos pacientes tiveram de ser improvisados nos corredores
O pronto-socorro do Hospital Municipal São José viveu mais um dia de superlotação e transtornos para os pacientes que precisavam do serviço. No final da manhã havia 86 pacientes à espera de atendimento.

Sem lugar tantas pessoas, a direção do hospital autorizou que a maioria fosse atendida nos corredores da unidade. São apenas 34 leitos – 20 masculinos e 14 femininos. A falta espaço adequado resultou em problema para outros serviços de atendimento emergencial no hospital.

Macas do Samu, do Corpo de Bombeiros Voluntários e dos paramédicos da Polícia Militar ficaram retidas no pronto-socorro.

Com falta de leitos, os pacientes que chegavam de ambulância não tinham para onde ir. Por isso, eram obrigados a permanecer nas macas, à espera da ajuda.

“Tem muitas macas retidas no Zéca (como os socorristas chamam o São José). Se der mais acidentes na cidade, não vamos poder atender”, disse um bombeiro, que preferiu não se identificar.

O diretor do hospital, Tomio Tomita, disse que havia pacientes em observação em apenas duas macas de ambulâncias. Segundo ele, os equipamentos seriam liberados. Mas, no final da tarde, a realidade não era diferente: ainda havia macas dos bombeiros e do Samu no São José.

A direção do hospital afirma que, a superlotação pode ser uma consequência do período de férias de alguns médicos em cidades do Planalto Norte.

“Recebemos pacientes não só da nossa região, mas de outros lugares, que não são de nossa competência. Como médico, eu prefiro estar com o paciente e atender, mesmo no corredor. Mas eu posso negar atendimento. Isso, por enquanto, não vamos fazer”, disparou Tomita.

Para amenizar o problema, a direção tenta agilizar exames laboratoriais de algumas pessoas em observação. Ontem, pelo menos, 42 eram pacientes neurológicos. “Vamos priorizar exames neurológicos e liberar as pessoas para esperar o resultado em casa. São casos que não se precisa esperar no hospital”, explicou Tomita.

Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde tenta agilizar com clínicas particulares a realização de exames. “Mas é o hospital que vai pagar”, garante o diretor da unidade. A direção também espera pela reforma do quarto andar do Complexo Ulysses Guimarães, para a ativação de mais 34 leitos.

josi.tromm@an.com.br

JOSI TROMM GEISLER  | JOINVILLE

  

 
 

   
GRIPE A
Vacinação vai começar em março

O Ministério da Saúde anunciou ontem a estratégia de enfrentamento contra a gripe A (H1N1). Um dos pilares será a vacinação para públicos prioritários em quatro etapas, entre 8 de março e 7 de maio. A expectativa é imunizar pelo menos 62 milhões de pessoas.

Uma parte das 83 milhões de doses da vacina adquiridas por R$ 1,006 bilhão pelo Ministério da Saúde será reservada para o caso de haver alterações epidemiológicas ao longo do inverno e a eventual necessidade de ampliar o público-alvo. Os 26 estados e o Distrito Federal receberão uma quantidade de doses proporcional à população dos grupos prioritários.

– Por sua complexidade, esta campanha será o maior desafio já enfrentado pelo Programa Nacional de Imunização. Portanto, é fundamental a colaboração de todo o país para garantirmos o êxito em proteger, ao máximo, nossa população – avalia o ministro José Gomes Temporão.

A imunização será realizada ao mesmo tempo em 36 mil salas de vacina em todo o país. Caberá às secretarias estaduais de saúde distribuir as vacinas aos municípios e definir, em conjunto com suas correspondentes municipais, os locais de vacinação.

– Santa Catarina tem em torno de mil salas, mas os profissionais da saúde serão vacinados em seus próprios locais de trabalho. Temos também estrutura, pessoal e flexibilidade para implantar novos pontos de atendimento a todos os públicos-alvo – garante o diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Luis Antonio Silva.

As pessoas dos grupos indicados devem comparecer às unidades de saúde com a carteirinha de vacinação e identidade. A vacina não é indicada a quem tem alergia a ovo.

 

Definição de grupos segue parâmetros da OMS

A vacinação de grupos prioritários segue parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomenda a imunização de trabalhadores de serviços de saúde, indígenas, gestantes e pessoas com obesidade grau 3 (mórbida) ou doenças crônicas como diabetes e formas mais graves de asma.

Mas o governo brasileiro foi além e, com base em critérios epidemiológicos, acrescentou crianças entre seis meses e dois anos e adultos de 20 a 29 anos entre os públicos atendidos

 

 

 

  

 
SAÚDE PÚBLICA
Indaial sofre invasão de caramujos africanos 
 
INDAIAL - Desde que um morador levou caramujos africanos para iniciar uma criação no Bairro Estrada das Areias, pensando tratar-se de uma versão do escargot, a infestação do bicho deixa a população preocupada. O molusco parece inofensivo, mas carrega microorganismos que, em contato com o homem, podem ser fatais. Apesar de a praga ter se alastrado principalmente final do ano passado, os filhotes ainda incomodam a comunidade e podem ser vistos escondidos em quintais e jardins. A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos.

– Tem que tirar todo o dia. Eles se proliferam rápido – reclama o morador Teodorico de Oliveira Lima.

Nativos do Oeste e Nordeste da África, os animais podem provocar doença que resulta em morte por perfuração intestinal e hemorragia. A Vigilância Sanitária mantém uma equipe no bairro, considerado o principal foco na cidade, e deixou uma bombona em uma loja de material de construção na Rua Estrada das Areias, para que os moradores depositem os animais. Os recipientes são trocados a cada semana e os bichos são incinerados. Os técnicos orientam a população a coletar os animais com as mãos protegidas com luvas ou sacolas, e depois queimá-los ou enterrá-los.

– Queimar ainda é a forma mais segura de eliminá-lo. Enterrando, ainda corre-se o risco de eles sobreviverem – explica o coordenador da Vigilância Sanitária de Indaial, Fernando Dias.

A moradora Marlize Vogel, 37 anos, testou a resistência dos animais. Cansada de encontrar os caramujos africanos no quintal da casa, ela depositou-os em potes de vidro e colocou sal sobre eles. Mesmo assim, os bichos não morreram. Marlize acabou com a plantação de antúrios e cortou os coqueiros do jardim, na intenção de acabar com a praga.

– Já cheguei a recolher 200 de uma vez só. Eles chegaram até nas paredes da casa. Ano passado, eu recolhi os caramujos e ameacei jogar tudo na prefeitura, se não fizessem algo – relembra.

magali.moser@santa.com.br

MAGALI MOSER Os caramujos 
- Os animais gostam do período chuvoso e buscam áreas úmidas e sombreadas. Alimentam-se de plantas, folhas e verduras 
- Quando adulto, atinge 15 centímetros de comprimento e mais de 200 gramas de peso 
- A cada dois meses, um caramujo põe 200 ovos, e após cinco meses, os filhotes viram adultos e começam a se reproduzir 
- Sobrevive o ano inteiro 
- É resistente à seca e ao frio 
- Vive em terrenos baldios, plantações, pilhas de telhas, sobras de construções e tijolos 
Que doenças provoca? 
Podem transmitir dois vermes: 
Angiostrongylos cantonensis - causador da angiostrongilíase meningoencefálica humana, que tem como sintomas dor de cabeça forte e constante, rigidez da nuca e distúrbios do sistema nervoso. 
Angiostrongytus costaricensis - causador da abgiostrongilíase abdominal, doença grave que pode resultar em morte por perfuração intestinal, peritonite e hemorragia abdominal 
O que fazer? 
Com luvas descartáveis para não ter contato com os animais, os próprios moradores podem fazer o recolhimento dos moluscos e colocá-los em recepientes com tampa. Para exterminar o caramujo, é necessário queimá-lo completamente, caso contrário, os vermes continuam no local. Não coloque os caramujos no lixo, pois eles poderão transferir a infestação 
- Em caso de dúvidas, a recomendação é ligar para a Vigilância Sanitária: 
3333-0278 

 
GRIPE A
Vacinação vai começar em março

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde anunciou ontem a estratégia de enfrentamento contra a gripe A (H1N1). Um dos pilares será a vacinação para públicos prioritários em quatro etapas, entre 8 de março e 7 de maio. A expectativa é imunizar pelo menos 62 milhões de pessoas.

Uma parte das 83 milhões de doses da vacina adquiridas por R$ 1 bilhão pelo Ministério da Saúde será reservada para o caso de haver alterações epidemiológicas ao longo do inverno, e a eventual necessidade de ampliar o público-alvo. Os 26 estados e o Distrito Federal receberão quantidade proporcional à população prioritária.

– Pela complexidade, esta campanha será o maior desafio já enfrentado pelo Programa Nacional de Imunização. Portanto, é fundamental a colaboração de todo o país para garantirmos o êxito em proteger, ao máximo, nossa população – avalia o ministro José Gomes Temporão.

A imunização será ao mesmo tempo em 36 mil salas de vacina em todo o país.

– Santa Catarina tem em torno de 1 mil salas, mas os profissionais da saúde serão vacinados nos próprios locais de trabalho. Temos também flexibilidade para implantar novos pontos de atendimento a todos os públicos-alvo – garante o diretor de vigilância epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Luis Antonio Silva.

A vacina é contra-indicada a quem é alérgico a ovo. Confira a tabela com datas no topo da página.