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SAÚDE
“Virose” também em Joinville

Doenças típicas de Verão, que têm como sintomas náuseas e diarreia, fizeram mais casos na primeira quinzena de janeiro do que no mesmo período de 2009. Ainda não é preciso alarme, apenas cuidado .
Doenças diarréicas – as populares “viroses” –, que causaram preocupação nas praias entre Natal e Ano Novo, chegaram a Joinville em janeiro. O número de doentes na cidade é maior do que no mesmo período de 2009, mas ainda não há motivo para alarme, diz a gerente de vigilância em saúde Jeane Vieira. Mesmo assim, nunca é demais estar em dia com a higiene das mãos e dos alimentos, o principal jeito de evitar a doença.

De acordo com a Vigilância Epidemiológica, foram registrados 1.330 casos nos primeiros 20 dias deste ano. Na segunda quinzena do ano passado, foram 311 casos a menos (os números da primeira quinzena não foram registrados). Se comparados com os meses de inverno, os dados são expressivos, mas ainda não preocupam, segundo Jeane. Os casos de janeiro representam cerca de 0,27% da população de Joinville. A situação se torna alarmante se 1% (cerca de cinco mil casos) forem registrados no mês.

O aumento de “viroses” no verão está relacionada a uma maior exposição das pessoas ao ambiente, ao consumo de alimentos crus e à proliferação de parasitas por causa do calor, segundo Jeane. Ela explica que a entrada em funcionamento do PA Leste, no bairro Aventureiro, pode ter contribuído para o aumento de registros. Assim como os cuidados com a gripe A, que podem ter colaborado para a queda significativa de casos quando chega o inverno.

“Acreditamos que a divulgação exaustiva de dicas (como lavar bem as mãos), por causa da Gripe A, seja o principal fator para a diminuição nos meses de julho a outubro. Isso mostra que cuidados básicos evitam várias doenças”, destaca.

As doenças diarréicas podem ser provocadas por vírus (em geral, menos graves), bactérias e outros microorganismos como protozoários (giárdia), segundo a médica sanitarista Carin Albino. Uma das mais graves é a causada pela bactéria salmonella. Para a Vigilância, porém, todos os casos de Joinville neste ano são os da forma mais branda. Os doentes tiveram diarreia, dores abdominais e vômito, mas não precisaram ser internados.

Segundo Carin, cuidados básicos como lavar as mãos antes de comer e cozinhar os alimentos são as melhores formas de evitar “viroses”. Se algum sintoma aparecer, o ideal é procurar um médico, comer alimentos leves e ingerir bastante líquido. Crianças e idosos requerem atenção. Associada a uma forte desidratação, as “viroses” podem evoluir para quadros graves e até matar.

rogerio.kreidlow@an.com.br

ROGÉRIO KREIDLOW  | JOINVILLE

 

SAÚDE
MEDICAMENTOS E SORO CASEIRO

Ontem, foi a vez do filho mais velho da dona de casa Miriam Ferreira, de 23 anos, ir ao PA Sul de Joinville. O garoto, de 10 anos, queixava-se de dores na barriga e na cabeça, apresentava diarreia e vômito. Há duas semanas, o caçula, de dois anos, passou pela mesma situação. Na semana passada, foi a vez da irmã do meio, de nove anos, ir ao médicos. A mãe diz que não aguenta mais as idas ao PA e se diz preocupada. “Em outros verões não aconteceu isso. Agora, foi um atrás do outro, todos com os mesmos sintomas. Não lembro deles terem comido nada de diferente, mas fomos à praia. O médico diz que pode ser da água”, diz Miriam. As crianças receberam soro e medicamentos contra os sintomas da doença. No Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, dos 32 atendimentos feitos na manhã de ontem, cerca de um terço eram de crianças que tinham doenças diarréicas. Adultos também não escapam. A vendedora Rafaela Cidral, de 20, e a auxiliar de serviços gerais Rosângela Araújo, de 23, também procuraram o PA Sul ontem à tarde com sintomas. Rafaela contou que não consegue se alimentar direito por causa dos vômitos e sente fraquezas. Rosângela relatou que os sintomas vêm e voltam desde o começo do ano. Ela tem tomado soro caseiro, mas piorou ontem e resolveu procurar um médico.

 

Migração do Litoral para as cidades

No Litoral Norte, casos de “viroses” caíram com a volta de muita gente para casa. Em Barra Velha (onde a situação chegou a ser preocupante durante as festas), os atendimentos despencaram de 200 por dia para 50 por semana, diz o presidente da Fundação Hospitalar Alverino de Souza.

“Houve dias da alta temporada em que registramos 260, 280 atendimentos num dia. É muito para a cidade. Após a primeira semana de janeiro, a procura caiu.” Ninguém precisou de internação. Barra do Sul e São Francisco do Sul registraram aumento no número de casos na alta temporada, mas sem ocorrências graves.

 

 

 


AN PORTAL | Rosane Felthaus – INTERINA

  23 FOCOS DE DENGUE

Subiu para 23 o número de focos do mosquito aedes aegypti (aquele que transmite a dengue) identificados pela Vigilância em Saúde entre os dias 4 e 20 de janeiro em Joinville. Só para se ter uma ideia, é praticamente a metade do número registrado entre janeiro e dezembro do ano passado, quando houve a identificação de 43 focos.

Quatorze casos estavam na Zona Industrial – algumas larvas e ovos foram encontrados nas armadilhas que os próprios fiscais instalaram, mas também havia material na água que se acumulou no entulho, até mesmo em razão da chuvarada. “ Estamos conversando com o Ministério Público para tentar encontrar uma maneira de responsabilizar quem insistir em ter entulho em casa ” , avisa a gerente Jeane Vieira, da Vigilância em Saúde.

Houve ainda três registros em Pirabeiraba e um no Rio Bonito. Mas o que realmente preocupa é o número de focos em áreas urbanizadas, como no Bucarein, no Glória, no Anita Garibaldi, no Bom Retiro e no Santa Catarina. “ O problema é que, se encontramos ovos e larvas, há um mosquito adulto naquela área, o que é uma porta aberta para a dengue ” , explica Jeane Vieira. A maior incidência de focos ainda é identificada nas transportadoras, que sem querer acabam dando carona para o mosquito. Há ainda casos em estabelecimentos comerciais. Somente três focos ocorreram em casas.

  Quatro suspeitas

Há quatro casos suspeitos de dengue em Joinville. A Vigilância em Saúde observa que dois deles podem ter se contaminado durante a viagem ao Norte do Brasil. A preocupação é os outros dois casos, que envolvem pessoas que não viajaram recentemente. Em 2009, dos 33 casos suspeitos, somente 3 acabaram sendo confirmados. E com todos importados. Os testes que vão identificar – ou não – a dengue ainda não estão prontos.

 

Raio X

Darci de Matos (DEM) também está atrás de dinheiro para a compra de dois aparelhos de raio X para Joinville. Um deles, explica o deputado estadual, é próprio para cirurgias ortopédicas. A expectativa dele, que conversou sobre o assunto com o governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), é de que o dinheiro venha de um convênio de 40 milhões de euros com a Alemanha.

 

 

 

SOCORRO À POPULAÇÃO
Rapidez na Central de Emergência

A Central Regional de Emergências (CRE) de Florianópolis, que reúne a Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e Guarda Municipal, foi inaugurada ontem. O objetivo é agilizar o serviço por meio de uma maior integração entre as equipes. Quem ganha é o usuário com a rapidez de atendimento e redução de custos.

Também ontem foi realizada a formatura dos 48 agentes temporários que ficarão responsáveis pelo atendimento das ligações para os números 190 (PM), 192 (Samu),193 (Bombeiros) e 153 (Guarda Municipal). De acordo com o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Benedet, a criação das Centrais vai contribuir para a agilidade no atendimento às ocorrências. Isso evitará mais de uma chamada para o mesmo socorro.

– Era comum duas ou mais veículos se deslocaram para atender o mesmo chamado. Agora, vai ser diferente – afirmou o secretário.

Ao telefonar para um dos números da CRE será feita uma rápida avaliação do tipo de atendimento e quais profissionais devem ser deslocados para o socorro. Segundo Benedet, haverá economia de tempo e recursos. SC conta com 11 Centrais em funcionamento – Florianópolis, Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Rio do Sul, Criciúma, Balneário Camboriú, Itajaí, Lages, São Joaquim e Chapecó.

Para a coordenadora estadual do Samu, Cristina Pires, a Central Regional é responsável pelos atendimentos de urgência e emergência e possibilita uma comunicação mais rápida e união de esforços para prestar um atendimento mais eficiente à população. A coordenadora explicou, ainda, que o deslocamento de uma ambulância é justificado em casos de acidente de trânsito, ataques do coração, convulsões, desmaios prolongados, envenenamentos e intoxicações.

A Central não está autorizada a ceder veículos para a retirada de gesso, doação de sangue e realização de exames. Ela vai funcionar num prédio anexo à Diretoria de Logística e Finanças da PM, na Avenida Rio Branco

 

Mundo

 

FORÇA-TAREFA
A elite de Santa Catarina
Grupo catarinense está pronto para atuar no Haiti. São 34 profissionais especializados em busca e salvamento em desastres.

A elite catarinense na atuação em desastres se encontrou ontem, em São José, na grande Florianópolis. São 34 escolhidos para compor a Força-tarefa Estadual de Ajuda Humanitária, que está mobilizada para ajudar no resgate de vítimas no Haiti, país devastado pelo terremoto. Talvez eles nem embarquem para o Caribe, mas já estão prontos para atuar em outras catástrofes, seja em território brasileiro ou internacional.

A força-tarefa, coordenada pela Defesa Civil, está preparada para fazer busca e salvamento no Haiti, uma missão quase impossível.

– Depois de uma semana, a chance de encontrar alguma pessoa com vida é de 1%. Essa dificuldade tem que ficar clara para todos – relatou o capitão do Corpo de Bombeiros Hilton de Souza Zeferino.

A missão catarinense no Haiti depende da Organização das Nações Unidas (ONU), que organiza os trabalhos. Se a entidade precisar de uma equipe de resgate, a força-tarefa catarinense pode ser uma opção. Ao todo, são 24 bombeiros, muitos que atuaram nas enchentes de novembro de 2008 no Estado.

– Em 2008, encontramos um cenário devastador na região do Vale do Itajaí. Eu estava em Blumenau, onde encontramos pessoas com vida, mas também muitos corpos. Isso é importante para a dignidade da população do Haiti – afirmou o capitão Jefferson de Souza, de Rio do Sul.

Uma médica e uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) serão responsáveis pela saúde da equipe. Vacinas e as coletas de sangue já foram feitas. A segurança é um outro cuidado. A força catarinense conta com cinco policiais militares, três do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e dois que já estiveram em missão de Paz no Haiti.

– Estive lá em 2008, tanto que vi na televisão ruínas de um prédio que era onde eu almoçava – disse o capitão Diogo Cidral de Lima, que atua no Serviço de Inteligência da Polícia Militar de Florianópolis.

Dois engenheiros civis e um geólogo do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da Universidade Federal de Santa Catarina (Ceped) também fazem parte da equipe. Um dos objetivos deles é nutrir os bombeiros com informações técnicas sobre a situação dos escombros.

No encontro de ontem, um representante de cada instituição da força-tarefa relatou o que vai fazer. Eles voltaram para suas cidades e ficam de prontidão para ir ao Haiti. E caso uma nova catástrofe aconteça, o tempo de reação será mais rápido. Se um desastre se abater sobre Santa Catarina, a estimativa é de que em 12 horas a elite esteja no local

 


 

 

Pacientes mudarão de hospital

A Superitendência de Hospitais Públicos da Secretaria de estado da Saúde informou que, durante a reforma da emergência do Hospital Florianópolis, no bairro Estreito, os pacientes serão transferidos para outras unidades, por causa do ruído provovado pelas obras.

A secretária da Saúde, Carmen Zanotto, está definindo os termos da transferência dos pacientes e também dos servidores do hospital responsáveis pelas alas a serem desativadas temporariamente.

 

 

 

 

Mais R$ 300 mil para Hospital Regional do Oeste (HRO) 
 
 
 
A diretoria executiva e os conselheiros do Hospital Regional do Oeste (HRO), de Chapecó, receberam na última quarta-feira (20/1) a visita do deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC) e do secretario de desenvolvimento regional em Chapecó, Luciano Buligon, ato em que formalizaram a assinatura de convênio para o repasse de R$ 300 mil reais para a instituição de saúde.

O recurso resulta de emenda parlamentar do deputado federal Valdir Colatto proveniente do Orçamento Geral da União (OGU) de 2009. O hospital investirá em equipamento para higienizar instrumentais cirúrgicos (pré-lavagem/lavagem e secagem) com objetivo diminuir os riscos de infecção durante os procedimentos cirúrgicos e ganhar tempo, uma vez que este trabalho é desenvolvido de forma manual no HRO. Também será investido em equipamento para lavar e centrifugar roupashospitalares.Colatto, que foi o articulador da conquista da filantropia do HRO, já destinou outros R$ 300 mil de emenda parlamentar, em 2008, utilizados na aquisição equipamentos para atendimento em situações de risco na UTI geral e neonatal.

Com a filantropia é facilitada a manutenção do hospital, pois possibilita condições de redução de pagamentos de encargos sociais, bem como a aquisição de equipamentos com isenção de impostos e melhor acesso às verbas governamentais. “ A filantropia significa economia de R$ 3,7 milhões/ano para o HRO ” , destacaram o presidente da Associação Lenoir Vargas Ferreira, mantenedora do HRO, Severino Teixeira da Silva Filho e o presidente do Conselho Jaime Spagnol.A diretoria apresentou metas e objetivo a serem atingidos visando atender a grande demanda regional. Colatto falou da importância do hospital em continuar prestando serviço de qualidade a população regional, por isso da necessidade em empenhar recursos e ações em benefício da instituição. “ O HRO tem 23 anos de atividade. Neste período a população regional triplicou e a estrutura é praticamente a mesma ” , justifica o parlamentar.Colatto destacou que “ cobra-se muito a eficiência dos serviços do HRO e, para isso, é preciso de auxílio ” .

Comentou ainda, as dificuldades enfrentadas pelos hospitais catarinenses, sendo que, somente na região oeste são cerca de 40 hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) praticamente todos com dificuldades de se sustentar e, consequentemente, permanecer atendendo. “ A tendência é vocacionar estes hospitais de menor porte e buscar ampliar a estrutura dos hospitais que atendem a complexidade ” , destacou Colatto.De acordo com a diretoria, o Hospital Regional do Oeste está entre os cinco maiores hospitais públicos de SC, sendo o maior em número de leitos e atendimentos. São 314 leitos; cerca de 1.500 internações/mês; uma média de 600 atendimentos/dia, envolvendo pronto socorro, serviço de quimioterapia, radioterapia e ortopedia e um dos mais conceituados em controle e combate a infecção hospitalar.

O HRO recebe pacientes num raio de abrangência de 1,3 milhão de pessoas. Desde 2007, o Governo do Estado, através da SDR, repassa mensalmente o valor de R$ 1 milhão ao HRO.
 

Imprensa Deputado Federal Valdir Colatto e AdjoriSC