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REFORMA
A administração do Hospital São José espera que, até fevereiro, os quatro elevadores voltem a funcionar normalmente. Hoje, somente dois aparelhos, um no prédio central e outro na área de oncologia, estão funcionando. A reforma deve custar R$ 130 mil.

 

Suspeita de dengue
A Vigilância em Saúde de Joinville investiga dois casos suspeitos de dengue. Acredita-se que as duas pessoas tenham se contaminado durante a viagem de férias ao Norte do Brasil. Os dois estão medicados, mas não estão internados. Os testes que vão identificar – ou não – a dengue estarão prontos na semana que vem. Em 2009, dos 33 casos suspeitos, somente 3 acabaram sendo confirmados. E todos importados. O que assusta, na verdade, é o número de focos do mosquito: entre 4 e 7 de janeiro, foram cinco.

 


Transplantes
Ao recuperar o credenciamento que estava cancelado desde 2008, o Hospital Municipal São José voltou a receber do Ministério da Saúde pelos transplantes renais. Só para se ter uma ideia do que isso significa: a unidade não ganhou um único centavo pelos 88 transplantes realizados entre janeiro e dezembro de 2009. O prejuízo é de pelo menos R$ 2 milhões.

 

Atrás do dinheiro
O desafio, solucionados os problemas causados pela falta de credenciamento, é recuperar ao menos uma parcela desses R$ 2 milhões. A missão está nas mãos do diretor-executivo Renato Monteiro, que pensa em resgatar no mínimo a metade do valor. As negociações com o Ministério da Saúde já começaram.

 

 

 
 
 

 
Pioneiro em transplante duplo de órgãos em SC precisa de prótese de perna
Lages

Terceiro caso de transplante duplo de órgãos em Santa Catarina e primeiro bem sucedido, Fabiano Schmidt Vieira é sinônimo de superação. Nos últimos 18 anos passou por mais de 20 cirurgias, perdeu os pais e espera por uma prótese de perna.

Até completar os 17 anos, Fabiano era uma pessoa normal. Corria, nadava e tinha no futebol sua principal atividade de lazer. Sonhava, como qualquer adolescente, em ser jogador de futebol. Mas uma infecção no pâncreas confundida com uma infecção de garganta o levou para um caminho sem volta. Em uma semana  Fabiano emagreceu dez quilos e estava com do pâncreas comprometido.

O erro médico em não diagnosticar em tempo a enfermidade fez parar o pâncreas de Fabiano, que passou a ser diabético e dependente de insulina. A vida de atleta e as partidas de futebol deram lugar a um tratamento intenso, prolongado e exaustivo.

Depois de enfrentar a doença por sete anos, Fabiano ainda tinha mais uma provação. Em 1999 se deparou com outro problema em consequência do diabetes. A catarata cobriu um dos olhos e só uma cirurgia devolveu-lhe a visão. Mais quatro anos de calmaria e Fabiano recebeu o diagnóstico de hemorragias internas no olho, o que o levou a ser submetido a 19 cirurgias. A última foi em 2008 e 30% da  visão jamais será recuperada.

Ainda assim, em 2001 Fabiano perdeu seu principal apoio na luta pela vida. Um câncer de mama causou a morte da mãe e ele herdou mais um problema, a pressão alta. Em 2004, no dia do aniversário do pai, Fabiano viu quem mais amava ser derrotado por um infarto. “Fiquei arrasado. Perdia naquele momento meu principal apoio. Ficamos eu, meu irmão e as minhas duas irmãs”, lembra.

Em 2006 Fabiano sofreu um acidente com uma roda de veículo e teve uma lesão no pé esquerdo. O ferimento necrosou e depois de uma raspagem o problema se agravou e foi obrigado a fazer uma amputação transfemural (acima do joelho). Três meses de internação e o jovem sofreu uma parada renal crônica.

Ao deixar o hospital passou a fazer três sessões semanais de hemodiálise e entrou na fila por um transplante de rim. Sete meses se passaram e Fabiano foi chamado em 13 de julho de 2008 para o transplante no hospital Santa Isabel, em Blumenau. A cirurgia foi bem conduzida e ele se tornou pioneiro no Estado neste tipo de cirurgia. No primeiro caso, o paciente morreu. No segundo, o pâncreas não funcionou.

“Depois do transplante os novos órgãos funcionaram perfeitamente. Graças a Deus. Hoje, não sou mais dependente de insulina nem da hemodiálise. Minha alimentação é normal. Só estou esperando uma nova prótese, porque a que tenho é muito problemática”, afirma. Fabiano precisa de uma prótese transfemural com encaixe de silicone, joelho hidráulico e pé trias, que minimiza o impacto com o solo.

“Essa perna mecânica que recebi do SUS não dá qualidade de vida. Tanto que junto com a perna vem uma muleta”, lamenta Fabiano. Ele se queixa de desconforto, calo e feridas causadas pela prótese que é pesada, não possui alinhamento nem anatomia de coto. A prótese que necessita é leve, resistente e permite fazer coisas básicas como descer e subir escadas e dirigir.

A luta para Fabiano ainda não terminou. Neste ano ele pretende se realizar com uma nova prótese. Apesar da negação, via Judicial, em Florianópolis de uma nova prótese, ele mantém a esperança de melhorar a qualidade de vida. Aos 35 anos, Fabiano se tornou uma referência de superação em Lages. E tudo que deseja neste momento é de uma ajuda, para ter definitivamente uma perna mais próxima possível do normal.

  
 
 

 

Coluna Cacau Menezes- 
 

A perda da cidadania

Uma determinada pessoa, vítima de acidente, fraturou a tíbia e socorreu-se no Hospital Regional de São José para as providências médicas cabíveis. Pois bem: isso foi no dia 22 de dezembro de 2009, e até agora essa pessoa ainda não foi atendida, lá permanecendo, internada, sabe lá até quando. Facílimo concluir, com este registro, que, até o dia do acidente, a pessoa era um cidadão brasileiro, e, de lá pra cá, por conta do pouco caso, ele passou a ser apenas mais um paciente do SUS (Socorro, Urgente, Salve-me!).