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ERRO EM HOSPITAL
Rótulos terão cores diferentes

A Santa Casa de São Paulo, irmandade que administra 39 hospitais no Estado, informou que os frascos de medicamentos terão rótulos e etiquetas diferenciadas. A entidade é gestora do Hospital São Luís Gonzaga, onde, no dia 4, uma menina de 12 anos morreu depois de receber vaselina líquida na veia, em vez de soro fisiológico.

Segundo a Irmandade, os rótulos passam a ser identificados por meio de cores, de acordo com a via de administração. A auxiliar de enfermagem Kátia Aragaki foi indiciada por homicídio culposo (sem intenção de matar) pela morte de Stephanie dos Santos Teixeira. O resultado do exame no corpo deve sair em 15 dias.

Em depoimento, na quinta-feira, Kátia disse ter sido induzida ao erro porque os frascos eram iguais e o vidro estava armazenado no espaço errado. Ela disse não ter prestado atenção ao rótulo. Segundo o delegado José Carvalho Pinto, a funcionária teria errado por conta própria ao não seguir o protocolo de procedimento.

 

 


CRACK, NEM PENSAR
Pedra é usada por mais de 1,2 milhão
Pesquisa aponta que problema já afeta quase 4 mil cidades do Brasil


Pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), informa que o crack é consumido em 3.871 de 3.950 municípios pesquisados pela entidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 5.565 municípios. O universo pesquisado pela confederação equivale, então, a 71% do total de municípios brasileiros.

Nas cidades pesquisadas, a confederação ouviu os secretários de Saúde, no período de 2 a 23 de novembro. Em 98% desses municípios, segundo o levantamento, há problemas relacionados ao crack.

O presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkosky, afirmou que há uma estimativa de que haveria mais de 1,2 milhão de pessoas consumindo crack no Brasil. Segundo ele, o Brasil não tem política de enfrentamento ao crack e o Programa Nacional de Combate ao Crack, lançado em maio deste ano, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não surtiu efeito.

– Um programa foi lançado na marcha dos prefeitos, em maio, e ele já foi extinto agora, em 29 de novembro. Terminou. Um programa de R$ 482 milhões, é um gesto que o governo tomou, mas é um programa que não aconteceu, praticamente nenhum centavo chegou para o combate do uso ao crack – acusou Ziulkosky.

Segundo ele, falta ao país uma estratégia permanente e articulada para o enfrentamento do crack.

– Não há uma integração entre União, estados e municípios, isso é o que mais nos preocupa.

Segundo a pesquisa, somente 134 municípios declararam ter firmado convênio com o governo federal no âmbito do Plano Nacional de Combate ao Crack. A maior parte dos pesquisados, de acordo com a CNM, não encaminhou ou não teve projeto aprovado junto à União.

De acordo com a entidade, os editais para que as prefeituras pudessem se habilitar a receber recursos do programa foram lançados no início de novembro, e o prazo para a apresentação dos projetos terminou no dia 29 de novembro.

A confederação criticou, também, o fato de o plano de combate ao crack ser voltado apenas para cidades com mais de 20 mil habitantes.

Para os municípios com menos de 20 mil habitantes, segundo a CNM, foi disponibilizada somente a possibilidade de implantação de núcleos de apoio à saúde da família.

 

Brasília

 


DANDO O SANGUE

Homenagem para o doador nº 1 do Brasil

Oreste Golanovski, 71 anos, vai receber selo e medalha, hoje, em Canoinhas

Não é por acaso que um homem de 71 anos será homenageado hoje, em Canoinhas. Orestes Golanovski fez e ainda faz história na cidade, no Brasil e no mundo. Ele foi considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o maior doador de sangue. Para comemorar esse exemplo de boa vontade, ele vai receber a Medalha do Contestado e um selo comemorativo.

Orestes, hoje com problemas de saúde, fala pouco. Mas, quando o assunto é doação de sangue, ele se transforma. Tem orgulho de dizer que já doou mais de 180 vezes e colaborou de outras maneiras também:

– O exemplo não é só meu. Minha família, amigos e desconhecidos, todos têm de estar envolvidos com essa ação.

O ato de doar sangue começou bem cedo, em 1958. Orestes estava no Exército, no Rio, e foi chamado para fazer uma doação. A paixão foi tanta que, sempre que necessário, lá estava ele.

– Gostei de participar. A partir daí, comecei a incentivar os colegas.

Em 1991, um sonho virou realidade. Orestes fundou a Associação de Doadores Voluntários de Sangue de Canoinhas (Adosarec). Hoje, a unidade conta com 4,2 mil doadores cadastrados.

– Já transportamos mais de 20 mil doadores para o PR, SC e RS. Fazemos um trabalho de repercussão nacional – diz.

Esse envolvimento continua até hoje. Em 2005, a unidade criou o Turismo do Sangue, em que várias pessoas viajaram pelo Brasil distribuindo panfletos mostrando a importância de ser um doador.

Há quatro anos foi criada a Quarta do Pastel. Toda semana são vendidos cinco tipos de pastéis, e o dinheiro arrecadado é revertido para a associação. Mesmo não conseguindo mais doar, seu Orestes vive em função da Adosarec e de convidar desconhecidos para doar.

O lançamento do selo e a entrega da medalha ocorrerão em uma sessão solene na Câmara de Vereadores de Canoinhas.

taisa.rodrigues@an.com.br

TAÍSA RODRIGUES | Canoinhas

 


TRANSPLANTES

A partir de 2011, remuneração extra

A partir de 2011, todos os coordenadores de transplantes de SC passarão a receber remuneração extra pela função que acumulam nos hospitais. Em 2004, SC contava com 10 coordenadores hospitalares de transplante em sua rede hospitalar. Hoje, mais de 80 profissionais se dedicam à tarefa.

A expectativa do Secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza, é de que este incentivo, aliado às capacitações regulares oferecidas, gerem um aumento de 50% na realização de transplantes no Estado. O aporte de recursos, da ordem de R$ 1,5 milhão, é um esforço conjunto do ministério da Saúde e do governo de SC.

Nos últimos quatro anos, o Estado liderou o ranking nacional de doadores de órgãos. Em 2009, obteve índice de 19,8 doadores por milhão da população (p.m.p.), contra os 8,7 (p.m.p.), em média, do Brasil.

– O modelo de gestão da área de transplantes em SC é inspirado no padrão da Espanha, que apresenta a maior taxa de doação do mundo. A forma de abordagem é decisiva em todo o processo – explica o médico intensivista Joel de Andrade, coordenador de transplantes em SC.

Autoridades em transplantes do mundo estarão reunidas em Balneário Camboriú hoje e amanhã, no 2º Fórum Internacional de Coordenadores de Transplantes, no Marambaia Cassino Hotel. Estarão presentes palestrantes da Espanha, Argentina, Uruguai e Portugal. Na terça, acontece uma caminhada para mobilizar a população, e cerimônia de entrega de 30 troféus às pessoas e instituições que contribuem com o processo de doação e transplantes no país e no exterior.

 

Balneário Camboriú

 

 

Dia a dia

- Bazar - A Associação de Voluntários de Saúde (Avos) do Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, promove, de hoje até quinta-feira, o 7º Bazar do Bem, que comercializará produtos apreendidos pela Receita Federal. Perfumes, eletrônicos e outros produtos poderão ser comprados

 

 

 Colunista   CACAU MENEZES | RENÊ MÜLLER - INTERINO


Filtro solar

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira passada, projeto de lei que garante distribuição gratuita de filtro solar com fator de proteção 12 pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O texto aprovado na comissão ainda obriga o empregador a entregar protetor solar aos trabalhadores expostos à radiação solar direta

 

 


Região

12 horas esperando o ortopedista
Hospital. Paciente chegou no Regional às 7h e às 19h ainda esperava por atendimento

Um dia inteiro de espera. Essa foi a realidade de dezenas de pessoas que procuraram pelo atendimento do setor de ortopedia do Hospital Regional de São José nesta segunda-feira. A justificativa dada pela direção do hospital aos pacientes e familiares é que apenas um médico ortopedista estava na casa para realizar as cirurgias de emergência.

Aos 54 anos, a aposentada Dejanira Alves Colert, enfrentava pelo segundo dia fortes dores no ombro, ocasionadas por uma queda sofrida no domingo. “Fiquei até as 2h30 da manhã de segunda-feira para tentar fazer uma Raios-X e não fui atendida.  O cansaço e a dor foram maiores e tive que voltar para casa, não sei quanto tempo mais vou suportar ficar aqui”, lamenta Dejanira.

Assim como a aposentada, histórias de longas horas de espera se acumulam entre os corredores da emergência. Desde as 6h30 Cristiane Maria Luiz, 37 anos, perambula pelo Hospital Regional de São José na tentativa de saber o que aconteceu com seu pé direito depois de uma queda.

Cristiane chegou a procurar atendimento no Hospital Celso Ramos. “Lá me mandaram voltar para o Regional porque aqui só estão fazendo este tipo de atendimentos”, informa.

Aos 70 anos e desde cedo na sala de espera para ser operada

Depois de quebrar o fêmur no domingo, a aposentada Iracema Borges, 70, já está com os exames em mãos, apta para fazer a cirurgia necessária. “Estamos aqui desde a manhã e até agora ninguém veio ver a situação dela”, contava a vizinha de Iracema, a dona de casa Sônia Márcia, 43, às 18h. Até para conseguir aferir a pressão da aposentada, Sônia diz que precisou esperar por quase uma hora.

Apesar da direção do hospital dizer aos familiares e pacientes que apenas um médico estava realizando as cirurgias ortopédicas, uma funcionária que não quis se identificar, contou que quatro médicos estavam nos centros cirúrgicos atendendo casos graves, como acidentes e fraturas expostas.



Ponto Final
(Carlos Damião)

Sangue bom

O trabalho do Hemosc, principal banco de sangue do estado, teve a sua qualidade reconhecida em 2010 com a certificação ISO 9001:2008. A conquista compreende os hemocentros de Florianópolis, Joinville, Joaçaba, Chapecó. Criciúma, Lages, suas Unidades de Coleta e Agências Transfusionais. Santa Catarina é o primeiro estado com toda a hemorrede certificada pela Norma ISO.

 

Especial

Risco de morte é maior aqui

Rodovias. SC é o segundo estado brasileiro com a mais alta taxa de mortalidade
Uma epidemia silenciosa. A probabilidade de catarinenses entre 18 e 35 anos do sexo masculino morrerem  em acidentes de trânsito nas rodovias estaduais é 160% maior do que a média brasileira e 373% mais alta do que a média na Europa. Além disso, 80% dos acidentes envolvem homens. Os dados são de pesquisa realizada neste ano pelo diretor de Atenção Primária da capital, o médico Daniel Moutinho Júnior.

“Os homens dirigem com mais freqüência do que as mulheres, além disso bebem mais e são mais imprudentes”, avalia o médico. Em três meses de estudo, a Secretaria de Saúde concluiu que Florianópolis ocupou o sexto lugar entre as capitais brasileiras com maior taxa de mortalidade, ficando 74% acima da média nacional e 426% acima da taxa da cidade do Rio de janeiro. Já o estado ocupou o segundo lugar no país com a maior taxa de mortalidade entre a população, 57% acima da média nacional e 90% acima do Estado do Rio.

Segundo o diretor, são feitos levantamentos regulares sobre as causas de atendimento no SUS para orientar as políticas de saúde pública. “Acredita-se que esta elevada taxa de mortalidade se deva a um índice muito alto de veículos por habitante, além de o estado de SC receber muitos turistas o ano todo”, explica Moutinho.

O estudo tomou como base dados até 2008 do DATASUS, IPEA e Denatram. O diretor informa que serão programadas ações em conjunto com secretarias e órgãos do município e do estado para trabalhar o tema. “É preciso uma legislação mais rígida. A sensação de impunidade faz as pessoas não seguirem as regras”, destaca.