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MATERNIDADE DARCY VARGAS

Testes para evitar nova falha
Equipe encontra o problema no gerador que, após conserto, voltou a funcionar


A falha no gerador da Maternidade Darcy Vargas, que deixou o local às escuras por cerca de 45 minutos na noite de quarta-feira, não deve mais se repetir. Pelo menos é essa a expectativa da direção do hospital, que dedicou boa parte da madrugada e da manhã de ontem para entender o problema e evitar que ele se repita. Em Joinville, além da Darcy Vargas, todos os hospitais públicos garantem o funcionamento dos principais serviços em caso de falhas na rede elétrica com geradores.

“Foi uma fatalidade. Houve um problema no alternador, uma peça do gerador que travou. Fazemos a manutenção e o teste. Não dá para explicar. Hoje (ontem) está tudo normal”, disse o diretor da maternidade, Armando Dias. Ele contou que foram feitos vários testes durante a madrugada e o gerador funcionou sem qualquer problema.

Nos 45 minutos em que ficou sem luz, segundo relatos de funcionários da maternidade, enfermeiros precisaram recorrer à ventilação manual para garantir o atendimento dos pacientes da UTI. Mas, de acordo com Dias, a situação não chegou a esse ponto. “Os respiradores necessários para o atendimento da UTI funcionam por até duas horas com bateria. Não houve situação de caos, nem de pânico”, disse.

Os hospitais são obrigados a manter um gerador de energia elétrica nas suas instalações. Em 1977, uma portaria do Ministério da Saúde já assegurava isso, sob pena de multa e de infração à legislação sanitária. Em 2002, a legislação foi ratificada, com a garantia de revisão das normas. “Todos os hospitais precisam seguir as regras. Sabemos que isso é muito sério. Foi a primeira vez que aconteceu esse problema”, garantiu o diretor.

Ontem, o diretor assinou o pedido de um no-break para o novo centro cirúrgico da maternidade, o que garante a estabilidade da energia elétrica. O equipamento também será usado na UTI.


MATERNIDADE DARCY VARGAS
Hospitais têm equipamento


As direções do Hospital Municipal São José e do Hospital Regional Hans Dietter Schimidt afastam a possibilidade de um incidente semelhante ao que aconteceu na Darcy Vargas. Os dois têm geradores e asseguram que a manutenção e os testes frequentes deixam remotas as chances de uma falha.

No Regional, o gerador tem dois segundos para entrar em funcionamento. A prioridade são a UTI, o centro cirúrgico e o pronto socorro. Como a máquina é movida a diesel, ela pode trabalhar por até 24 horas, com possibilidade de tempo extra caso seja reabastecida. Se houver falha no sistema, os respiradores são equipados com baterias que têm de duas a três horas de duração. Se a energia não for restabelecida a tempo, há profissionais treinados para fazerem o procedimento manual.

No Hospital São José, onde também faltou luz na noite de quarta-feira, o gerador foi substituído no começo do ano e passa por manutenção e revisão de funcionamento constante. O equipamento funcionou e garantiu eletricidade aos principais setores durante a queda de energia.

 

 

Não faz muito tempo, o pessoal da área de Saúde do governo do Estado alegou que não tinha fila para as cirurgias bariátricas (redução de estômago) em Joinville e região – as cirurgias são realizadas no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Quem estava esperando era quem ainda aguardava exames para ser operado. Pois ontem o deputado Kennedy Nunes alegou que 1,4 mil pessoas estão nessa espera. E já foram realizadas 278 cirurgias no Regional.

 

AN JARAGUÁ


GUARAMIRIM
Hospital pode ter nova

A Sociedade Beneficente São Camilo, com sede em São Paulo, deve informar até abril se aceita administrar o Hospital Municipal Santo Antônio, de Guaramirim. Durante dois dias, representantes da entidade estiveram na cidade esta semana para fazer um levantamento técnico da unidade.

“Esse foi um primeiro contato e serve para formatação de propostas. Também analisamos o aspecto econômico, os recursos humanos, informações jurídicas e o tipo de gerência que o município deseja para o hospital”, afirma Claudio Marmentini, integrante da sociedade.

Segundo a secretária de Saúde, Aline Mainardi, as principais propostas apresentadas à entidade foram a realização de 340 cirurgias/mês (290 sem urgência e 50 urgentes), a extensão da carga horária do pediatra nos postos de atendimento 24 horas e que 60% do atendimento, no mínimo, seja pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se a sociedade aceitar as propostas, será possível atender a pacientes de outras cidade, diz a secretária.

O centro cirúrgico do Hospital Santo Antônio está em obras para se adequar às exigências da Vigilância Sanitária Estadual.

Saiba mais

A Sociedade Beneficente São Camilo administra 44 hospitais, quatro clínicas e um plano de saúde.

 

 

 

 

A CAVALO


Equoterapia há sete mesesTânia Metzeger descobriu na gravidez que seu filho teria complicações para sobreviver por causa de um vírus chamado citomegalovirus. Quando Artur, hoje com cinco anos, tinha apenas quatro meses de vida, sofreu uma paralisia cerebral.

– Com muita luta eu consegui a cirurgia de implante coclear em São Paulo, na Unicamp, já que em SC foi registrado apenas um caso desse tipo de cirurgia pelo SUS – contou Tânia.

Durante a semana, Artur realiza algumas atividades como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia. Além da equoterapia, que já faz há sete meses. A especialidade também ajuda na coordenação motora e no equilíbrio. Artur já está quase andando sozinho e, no ano que vem, vai para a escola, onde deverá ser a única criança com esse tipo de deficiência.

 


A CAVALO
Força para seguir a vida

Depois de ser arremessada a nove metros, num acidente de moto, a ex-socorrista do Samu, Claudia Pacheco, 29 anos, ficou tetraplégica. Desde então, ela faz de tudo para se recuperar, já que os médicos estimam em 80% as chances dela voltar a andar. Há seis meses, ela faz equoterapia, com acompanhamento dos profissionais.

– Já sabia que existia esse projeto, mas pensei que nunca ia precisar. A terapia me ajuda no controle de tronco, estimula as minhas ligações nervosas e me dá muito equilíbrio – comenta animada.

Uma vez por semana, Claudia faz fisioterapia, reabilitação e equoterapia. Cada sessão dura 40 minutos.

E ainda tem disposição para cuidar de seus dois filhos, de seis e sete anos.

 

 

CRO critica a criação de novos cursos

A criação do curso de Odontologia na Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), em Criciúma, e a abertura do vestibular, com índice de dois candidatos por vaga, gerou polêmica no Conselho Regional de Odontologia, CRO-SC. O presidente, Sidnei José Garcia, diz que “expansão exagerada tem como consequência a exploração e a frustração dos profissionais”.

O conselho alega que não está contra a universidade ou a cidade, e que inclusive, se opõe à criação de cursos da área em Santa Catarina.

– O mercado, tanto catarinense quanto nacional, está estrangulado e, por isso, os profissionais se sujeitam a salários indignos e acabam frustrados – afirma o presidente.

O coordenador do curso de Odontologia da Unesc, Renan Ceretta, diz que o excesso de cursos no Estado tem que ser ponderado pelo Ministério da Educação(MEC) e pela universidade e, segundo Ciretta, uma pesquisa na região apontou a necessidade de novo curso odontológico.

Conforme dados da Organização Mundial de Saúde, OMS, apontados pelo CRO, atualmente atuam 540 cirurgiões dentistas no Sul do Estado, um índice de um para 500 habitantes, quando o recomentado seria de um profissional para 1,5 mil pessoas.

ana.cardoso@diario.com.br

ANA PAULA CARDOSO | 

 


JARDINEIRO NA SAÚDE

Inquérito vai apurar o absurdo

Um inquérito administrativo foi aberto pela Fundação Hospitalar de Itaiópolis, no Planalto Norte de SC, para investigar o caso do jardineiro que fazia exames de eletrocardiograma no Hospital Municipal Santo Antônio.

A Secretaria de Saúde do município diz não ter dúvidas quanto à existência de irregularidade e quer saber quantos pacientes foram atendidos pelo homem.

A direção do hospital admitiu que deixar o jardineiro Roberto Trati realizar os exames foi um erro grave, mas justificou o ato dizendo que não havia profissionais qualificados para operar o aparelho de eletrocardiograma. De acordo com funcionários, os exames foram realizados pelo homem por, pelo menos, 30 dias.

De acordo com o secretário de Saúde de Itaiópolis, Rodrigo Malat, todas as pessoas que foram atendidas pelo jardineiro e tiverem dúvidas quanto ao diagnóstico dos exames devem procurar o hospital ou outro médico para realizar novamente o eletrocardiograma. O resultado do inquérito administrativo deve ser divulgado no início do próximo ano.

 

Itaiópolis