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PREVENÇÃO
Camisinha? Tem no banheiro
Quatro equipamentos que distribuem preservativos foram instalados na Univille

As meninas chegavam curiosas, querendo conhecer tudo, tirar dúvidas e, sem pudor, pegar camisinhas. Já os meninos, para chegar até a mesa da Secretaria da Saúde montada em um corredor da Univille, muitas vezes, só quando as meninas os arrastavam até lá. “Vocês precisam disso também”, falavam elas, conta a enfermeira Cintia Meyer, agente do programa de combate ao HIV.

Já na intimidade dos banheiros da universidade, os rapazes não se acanhavam. Olhavam para os dispositivos instalados pela Secretaria de Saúde com pacotes de preservativos. Com camisinhas distribuídas gratuitamente, ninguém mais poderá usar a desculpa da farmácia fechada ou do bolso vazio. “Com os dispensadores de camisinhas nos banheiros públicos, queremos garantir que a população tenha acesso aos presevativos de forma gratuita e sem constrangimentos”, afirma a coordenadora do programa de combate à Aids na Unidade Sanitária de Joinville, Cristina Kortmann.

Se os universitários tinham alguma reclamação sobre a novidade, era só uma: as meninas ficaram chateadas porque três banheiros masculinos receberam o equipamento, enquanto só um foi instalado no banheiro feminino. “Elas estão mais preocupadas e menos envergonhadas do que os rapazes para buscar informações e se prevenir”, analisa Cristina.

Durante o dia, a Secretaria da Saúde ficou com uma tenda para distribuir aos alunos cartilhas sobre saúde sexual e DSTs e tirar dúvidas. Foi aí que as enfermeiras perceberam outro problema entre os jovens. “Os homens vinham com a desculpa de que não precisavam de camisinha porque a namorada toma anticoncepcional. Parece que eles acreditam que camisinha só previne gravidez, ignorando todas as doenças que existem”, conta a técnica em enfermagem Ana Cristina Oliveira.

Nos próximos meses, o programa vai instalar outros dispensadores de preservativos em banheiros públicos. Joinville recebeu 50 caixas com quase 600 camisinhas. Quatro dispensadores estão na Univille e outros quatro estão em postos da Prefeitura, como a Unidade Central de Saúde e o Centro de Atendimento Psicossocial.

 

 
MORTALIDADE INFANTIL
Taxa cai 28% em nove anos, em SC

A taxa de mortalidade infantil diminuiu quase um terço na última década no Estado. O número faz parte do folheto com os Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Estado (IDB/SC) divulgado ontem, na Capital, na 6ª Oficina de Trabalho Interagencial.

O risco de morrer antes de completar um ano de vida passou de 15,7 para cada mil nascidos vivos, em 2000, para 11,2 no ano passado. A maior redução ocorreu no Planalto Norte, com quase 55% de queda no período analisado. A região deixou de ocupar a vice-liderança em mortalidade infantil para ser a segunda com menos registros de mortos entre os nascidos vivos, ficando atrás apenas da Grande Florianópolis.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Roberto Hess de Souza, o Estado hoje é um exemplo nacional em saúde pública, resultado das ações desenvolvidas em equipes de forma profissional, técnica e apaixonada.

O levantamento segue a metodologia da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa), instituída nacionalmente em 1996, em conjunto com Ministério da Saúde, Organização Panamericana de Saúde (Opas), instituições de ensino e pesquisa, e associações científicas e de classes.

 

AN JARAGUÁ

 
CONFERÊNCIA
Plano Municipal de Saúde será discutido hoje


Hoje ocorre a quinta Conferência Municipal de Saúde de Guaramirim, na Faculdade Metropolitana (Fameg / Uniasselvi), a partir das 7h30. Durante todo o dia, serão discutidos temas ligados a atenção básica, especializada, assistência farmacêutica, gestão em saúde, vigilância em saúde e saúde e cidadania. No evento, será elaborado o 1º Plano Municipal de Saúde. Em 20 anos de regulamentação do SUS, esta é a primeira vez que Guaramirim irá elaborar o Plano Municipal de Saúde.


 

 

 

 

ÍNDICE POSITIVO
Taxa de mortalidade infantil reduz 28%
Risco de morte antes de um ano de vida é de 11,2 para cada mil nascimentos

A taxa de mortalidade infantil diminuiu quase um terço na última década em Santa Catarina. O número faz parte do folheto com os Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Estado (IDB/SC) divulgado ontem, na Capital, durante a 6ª Oficina de Trabalho Interagencial.

O risco de morrer antes de completar um ano de vida em SC passou de 15,7 para cada mil nascidos vivos, em 2000, para 11,2 no ano passado. A maior redução ocorreu no Planalto Norte, com quase 55% de queda no período analisado. A região deixou de ocupar a vice-liderança em mortalidade infantil para ser a segunda com menos registros de mortos entre os nascidos vivos, ficando atrás da Grande Florianópolis.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Roberto Hess de Souza, SC hoje é um exemplo nacional em saúde pública, “resultado das ações desenvolvidas em equipes de forma profissional, técnica e apaixonada”. Ele destaca o programa Saúde da Família, presente nos 293 municípios catarinenses, e a abertura de leitos de UTI neo-natais em várias regiões do Estado.

Relatório serve de base para programas e ações

O levantamento segue a metodologia da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa) instituída nacionalmente em 1996, em conjunto com Ministério da Saúde, Organização Panamericana de Saúde (Opas), instituições de ensino e pesquisa, e associações científicas e de classes. Os resultados são usados por organizações como a Unesco do Brasil e a Organização Mundial de Saúde (OMS) e servem como índice para definir ações e estratégias nos municípios. O objetivo é aperfeiçoar a produção, a análise e a disseminação de informações relacionadas às questões no país.

Segundo a médica Ana Luiza Curi, secretária técnica da Ripsa no Estado, o IDB permite a uniformização dos cálculos e a comparação de dados. Em 2007, começou o projeto Ripsa em Santa Catarina.

Além de SC, fazem parte da iniciativa Mato Grosso do Sul, Bahia, Tocantins e Minas Gerais. Este ano, estão sendo divulgadas pela primeira vez no folheto no IDB os resultados mais detalhados dos cinco participantes, com dados por regiões. Os demais estados brasileiros possuem apenas os números totais de cada questão. O folheto mostra ainda outros índices da população.

melissa.bulegon@diario.com.br

MELISSA BULEGONMul

 


GERAIS

Servidores da Saúde e prefeito em reunião

Reunião entre servidores da Saúde e prefeito pode definir rumos da greve em São José. Manifestantes querem melhorias nas condições de trabalho e plano de carreira. Representantes dos servidores devem se reunir hoje, às 11h, com o prefeito Djalma Berger para discutir as reivindicações da categoria e cobrar promessas de campanha.
À tarde, às 14h, os grevistas farão uma assembleia para definir os rumos da greve.

 

 

CONSULTÓRIOS MÉDICOS
Espera não pode passar de 45 minutos


Lages está prestes a criar uma legislação que estabelece o tempo máximo de 45 minutos de espera dos pacientes, com hora marcada, nas clínicas e consultórios médicos. A proposta é do vereador Anilton Freitas (PTB), que diz ter ouvido várias reclamações de moradores a respeito de exagerados atrasos nas consultas médicas.

Segundo Freitas, são comuns os atrasos de mais de uma hora nos atendimentos previamente agendados, principalmente os que são feitos por planos de saúde. Só pela Unimed, são 40 mil conveniados em Lages, ou 25% da população da cidade:

– Atrasos de uma, duas horas, são rotineiros. Mas cheguei a receber o relato de um cidadão que tinha uma consulta marcada para 8h30min e foi atendido só ao meio-dia, três horas e meia depois. Isso não pode acontecer, pois, particular ou por convênio, o paciente está pagando.

O projeto de lei, que deve ser votado no início da próxima semana, abrange apenas os consultórios e clínicas particulares. A fiscalização será feita pelo Procon e outras entidades de defesa do consumidor. O descumprimento resultará, primeiramente, em advertência. Em caso de reincidência, multa equivalente a R$ 9,4 mil. Em nova reincidência, o valor da autuação passa de R$ 22,5 mil.

A proposta não se aplica às clínicas psiquiátricas e a casos em que, pela complexidade, urgência ou emergência, o médico precise deixar os próximos pacientes esperando por mais de 45 minutos. Só que ele precisará provar que foi obrigado a extrapolar.

 

PABLO GOMES | Lages

 


ARTIGOS
Deficiência física, por Carlos Alberto Chiarelli *

Neste dia 3 de dezembro, é comemorado o Dia Mundial das Pessoas com Deficiência. Diante das tantas dificuldades com que essas pessoas se defrontam para trabalhar, estudar e exercer a cidadania, eu recordo de uma história de superação, um exemplo a ser seguido. Quem ainda não conhece João Carlos Martins não sabe o que é desafiar os próprios limites. Martins é maestro, e sua vocação para a música é tão reconhecida quanto sua determinação para superar as adversidades. Desde pequeno, sua paixão pela música clássica era evidente e aos 20 anos já era reconhecido internacionalmente. Hoje, Martins é tido como um dos grandes pianistas do nosso tempo e um dos melhores intérpretes de Bach. No entanto, no auge de sua carreira, começaram os desafios. Sofreu uma queda e ficou com o movimento da mão direita comprometido. Após tratamento, conseguiu se adaptar.

Como se não bastasse, quando estava se recuperando, foi agredido durante um assalto e perdeu a mobilidade do lado direito do corpo. Mais tarde, descobriu um tumor na mão esquerda e sofreu uma doença chamada Contratura de Dupuytren, que o deixou com as duas mãos comprometidas. Para não deixar para trás sua grande paixão, Martins decidiu estudar regência, e, como não consegue segurar a baqueta e nem virar as partituras, o maestro decora as páginas. Ele é um grande exemplo de superação, Modelo a ser seguido pelos 24 milhões de pessoas portadoras de deficiência no Brasil.

De acordo com o IBGE, cerca de 7 milhões de brasileiros portadores de necessidades especiais ainda não foram alfabetizados. Esse dado explica o insucesso da Lei 8.213 (de 24 de julho de 1991), que obriga as empresas com cem ou mais empregados a reservar de 2% a 5% de suas vagas a deficientes. Existem métodos eficazes que podem auxiliar a resolver essa questão, como a Educação a Distância (EAD), que leva a educação para dentro das casas, evitando a exclusão educacional. Neste dia, devemos refletir sobre histórias como a de João Carlos e as ferramentas para reverter as dificuldades presentes no cotidiano das pessoas com deficiências.

 

* Ex-ministro da Educação

 

 

 

 


Desculpa


O presidente da Fundação Administrativa do Hemosc e Cepon, Cláudio Fontes, informou que o secretario da Saúde, Roberto Hess, argumentou que os R$ 4,5 milhões destinados à construção do centro cirúrgico do Cepon, referência em câncer no Estado, não foram liberados por imposições da Lei de Responsabilidade Fiscal. Lamentável até porque foi assinado um convênio pelo governador Pavan, com pompas e circunstância, pra descobriram lá na frente que há limitações legais. Por que assinar um convênio, então? Frustra.

 

 

  Jornal Saude Catarinense

Hospital Regional promove Encontro Científico

Até sexta-feira, o Hospital Regional de São José vai sediar o V Encontro Científico da instituição. A programação inclui assuntos relacionados à saúde do trabalhador, ética, política de ações de saúde, resíduos hospitalares, processos de intervenção em dependência química, aspectos fisiopatológicos e psicossociais do dependente químico, entre outros temas.

 

 


Cidade

SC sai na frente
Saúde. Estado tem a menor taxa de mortalidade infantil do Brasil

Santa Catarina tem a menor taxa de mortalidade infantil do Brasil. O risco de morrer antes de completar um ano de vida recuou 28,5% em nove anos do estado. Caiu de 15,7 casos no ano 2000 para 11,2 em 2009.  A maior redução ocorreu na mortalidade pós-neonatal, que abrange o período até 28 dias depois do nascimento. A média nacional é de 20 óbitos por 1 mil nascimentos.

 O recordista é Alagoas, com 41,2. Os dados são do IDB (Indicadores e Dados Básicos para a Saúde) e foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde. Santa Catarina é um dos três estados que lançam a publicação este ano. O documento traz ainda números sobre acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, entre outros. Todos os dados estudados são de 2009.

“É um trabalho que vem sendo feito desde 2008, em conjunto com diversos órgãos. Um grupo de pessoas se reúne para estudar indicativos, verificar se correspondem à realidade e podem ser publicados. Os últimos dados, em nível nacional, são de 2007. O Ministério da Saúde pretende justamente descentralizar esses estudos para agilizar a divulgação desses índices. O objetivo é poder visualizar dados municipais e dar uma noção ao governante de índices que podem ser melhorados”, explica a coordenadora da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa) em Santa Catarina, Dulce Quevedo.

A metodologia Ripsa foi instituída no país em 1996, com a função de padronizar os estudos em torno de padronizar os estudos em torno de índices humanos. Santa Catarina foi um dos cinco estados pilotos escolhidos para adotar a rede. “O estudo nos possibilita verificar, por exemplo, que algumas regiões do estado, como o Planalto Serrano e o Meio Oeste, têm índice de mortalidade infantil maior que o do estado. Da mesma forma, Florianópolis está com o índice mais baixo”, comenta Dulce.

Os números por todo o país

No Brasil, a taxa de mortalidade infantil (número de óbitos infantis por 1 mil nascidos vivos) chega a 41,2 em Alagoas. Em outros estados como Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Maranhão, o índice se aproxima de 30. Santa Catarina tinha, no ano 2000, uma taxa de mortalidade infantil de 15,7. Hoje é de 11,2 óbitos por 1 mil nascidos vivos. “Santa Catarina dá uma demonstração concreta de que somos referência em saúde pública. Este dado reflete tudo o que investimos e aprimoramos em pré-natal, saúde da família, vigilância sanitária e epidemiológica, e na qualidade do atendimento prestado nas maternidades do estado”, destaca o secretário de Estado da Saúde, Roberto Hess de Souza.

Região

São José. Teste gratuito de HIV vai até sábado

Neste sábado, das 8h às 17h, a Secretaria de Saúde de São José abrirá o Programa DST/AIDS e Hepatites Virais  exclusivamente para realização do teste do HIV. A ação integra a programação alusiva ao Dia Mundial de Luta contra a AIDS. Durante toda a semana, os profissionais do programa estão realizando teste gratuito do HIV. O programa está localizado na Praça Arnoldo de Souza, 38, Centro Histórico de São José.
Serviço

Saúde
Aumenta incidência de HIV entre os jovens

Uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde revela que os jovens têm elevado conhecimento sobre a prevenção da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) e de outras DSTs, mas a tendência é de aumento de casos. O levantamento foi feito com 35 mil jovens de 17 a 20 anos, e aponta que a prevalência do HIV entre jovens de 17 a 20 anos passou de 00,9% para 0.12%. Quanto menor a escolaridade, maior o percentual de infectados pelo vírus.

Um estudo feito em 2008 indica que 97% dos jovens de 15 a 24 anos sabem que o preservativo é a melhor alternativa de evitar a infecção pelo HIV, mas o uso cai à medida que a relação se torna estável. O percentual de uso do preservativo na primeira relação é de 61%, mas cai para apenas 30% entre parceiros fixos.