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Destaque

EDUCAÇÃO SEXUAL
Conversar é prevenir
Em Joinville, 40% dos pais não falam sobre sexo com os filhos. E isso é ruim: adolescentes são hoje grupo de risco para a Aids

Quem vê Evandra e Jéssica grudadas e trocando confidências até desconfia que as duas joinvilenses não são mãe e filha. Não à toa: a universitária Evandra Dinkose, de 38 anos, faz questão de agir como uma irmã mais velha para a estudante Jéssica Dinkose, de 15. Falam sobre novelas, filmes, internet... e sexo. “A abertura foi acontecendo de forma natural. Tratei do assunto na medida em que as dúvidas surgiam”, explica Evandra, também mãe de um rapaz de 18 anos.

Mesmo antes de os filhos avançarem na adolescência, Evandra e o marido concordaram que não haveria assunto proibido na casa no bairro Santo Antônio, na zona Norte. A mãe de Jéssica poderia aconselhar parte dos pais de Joinville. Segundo um volume divulgado neste ano do Diagnóstico Social da Criança e do Adolescente, apesar de concordarem com a importância do assunto, quase 40% dos pais de jovens entre 12 e 21 anos admitiram não falar sobre sexo com os filhos.

Os motivos variam, mas o principal é a idade dos filhos. Quase 90% desses pais consideram os filhos pequenos demais. Pode ser um tiro no pé: entre educadores, é praticamente consenso que educação sexual começa em casa. Isto porque os adolescentes também estão no grupo de risco da Aids – há mais de cem casos de jovens com menos de 20 anos infectados na cidade.

A receita da conversa tem sido experimentada mais abertamente nas salas de aula nos últimos anos em Joinville. Escolas municipais têm espaço na grade curricular para discutir as consequências das doenças sexualmente transmissíveis. Materiais entregues nos últimos meses pelo Ministério da Educação inovaram no método de ensino e permitiram que as aulas de orientação sexual da 5ª a 8ª séries ultrapassem o quadro negro. São encadernados explicativos, além de mostruários com métodos contraceptivos e até réplicas de borracha de órgãos genitais.

“Claro que gera brincadeiras, mas facilita na abordagem com os alunos”, conta a professora da escola Oswaldo Cabral, Giully de Oliveira. Também professora da escola no Itaum, Eliane de Souza aponta vantagens nas aulas. “Alguns alunos nem sabiam que existem diferentes camisinhas e adesivos contraceptivos para mulheres”.

Se depender dos pais joinvilenses, aulas assim merecem espaço igual ao das lições de português e matemática: 90% dos entrevistados na pesquisa do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente foram favoráveis à orientação sexual nas escolas.

roelton.maciel@an.com.br

 


EDUCAÇÃO SEXUAL
4 casos de Aids por semana


Os números da Aids não têm recuado em Joinville. A cada semana são registrados, em média, quatro novos casos de pessoas infectadas com o vírus HIV na cidade. Os primeiros registros são de 1986, mas 20% deles ocorreram nos últimos três anos.

Ano passado também foi o período em que a Aids mais matou em Joinville. Foram 62 mortos. Desde o começo da década, o HIV já tirou a vida de mais de 550 moradores, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde.

“A incidência da doença na cidade, assim como nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, está um pouco acima da média nacional. Mas a taxa de mortalidade está na mesma realidade do resto do País, em função dos avanços no tratamento”, explica Cristina Kortmann, coodernadora da Unidade Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde.

Há projetos para frear o avanço do vírus HIV em Joinville. A aposta mais recente é a instalação de dispensadores de preservativos em vários cantos da cidade. São máquinas com estoque de camisinhas que podem ser retiradas sem nenhum custo.

“Nosso plano é distribuir 50 dessas máquinas por toda a cidade. Mas isso será gradativo. Por enquanto, nenhum colégio de ensino médio poderá recebê-las”, garante Cristina. Como hoje é o Dia Mundial do Combate à Aids, a Secretaria Municipal de Saúde pretende intensificar os trabalhos de prevenção à doença durante a semana. Ontem, o laço vermelho, símbolo mundial da luta de combate a Aids, foi colocado no pórtico de entrada de Joinville pela Secretaria Municipal de Saúde.

A principal meta da campanha é fazer com que os profissionais de saúde estimulem o teste anti-HIV para antecipar possíveis diagnósticos positivos.

 

Geral

 ANTIBIÓTICOS
Ainda há venda sem receita
Equipe de “AN” flagra farmácias desrespeitando nova medida da Anvisa


Duas das cinco farmácias consultadas informalmente ontem pela reportagem de “A Notícia” em Joinville não pediram receita para a venda de amoxilina, antibiótico de uso comum. Os dois estabelecimentos são de pequeno porte, em bairros, e os funcionários mostraram desconhecer a medida imposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que começou a valer domingo.

A medida determina que o paciente entregue a prescrição médica em duas vias, uma das quais será retida pela farmácia e a outra será carimbada e devolvida. A receita passa a ter prazo de validade de dez dias e deve conter uma série de itens obrigatórios, tais como nome completo do paciente e dados do médico.

Na primeira farmácia visitada no bairro Fátima, na zona Sul, o vendedor disse ter o medicamento e forneceu o preço. Questionado se não havia problema pela falta de receita, ele respondeu que não era preciso apresentá-la.

No bairro Paranaguamirim, na zona Sul, o vendedor ficou em dúvida quanto à restrição e hesitou em vender o remédio. Outra atendente, porém, disse achar que a medida ainda não estava valendo e autorizou a venda.

No bairro Itaum, ainda na zona Sul, o farmacêutico explicou que, desde domingo, a venda só é possível com receita. Em outras duas farmácias ligadas a grandes redes, no Bucarein, os vendedores também explicaram a restrição e não venderam o antibiótico.

O presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan), Aclair Machado, informa que a entidade encaminhou um documento à Anvisa. Ele explica que há preocupação quanto à disponibilidade do receituário e também à capacidade do sistema de saúde em atender à demanda. “Entendemos a importância dessa lei para conter a automedicação, mas creio que deveria ter sido implantada gradualmente, como ocorreu quando surgiram os medicamentos genéricos”.

 

 

 

 

 



TESTE DOS ANTIBIÓTICOS
Flagras de venda sem a receita
Equipes do Diário Catarinense visitaram 23 farmácias no Estado, e quatro delas descumpriram a nova determinação da Anvisa


Desde domingo, a compra de antibióticos só pode ser feita com receita de controle especial. O Diário Catarinense percorreu, ontem, farmácias e drogarias de Florianópolis, Joinville, Lages e Joaçaba para conferir como está o cumprimento à determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Dos 23 estabelecimentos visitados, quatro informaram que não era necessário apresentar a receita.

Na Capital, a reportagem, sem se identificar, comprou amoxicilina na Farmácia PharmaBrasil, no Bairro Trindade. A atendente demonstrou confusão entre as datas em que a lei entrou em vigor e a que deve iniciar o registro dos medicamentos no sistema de controle, 25 de abril.

Após a compra, a reportagem se identificou e tentou contato com o proprietário. Mas a atendente não repassou o número do telefone e até o fechamento da edição nenhum responsável entrou em contato.

Nas demais 13 farmácias da Capital, todos exigiram receita. Na Normal, o atendente disse que “nem a Vigilância Sanitária sabe direito como deve ser o cumprimento da norma”. Na Catarinense, a balconista não aceitou vender.

Na Farmácia Trindade, o atendente exibia na tela do computador a resolução da Anvisa, para poder pesquisar com mais facilidade quais os antibióticos incluídos na determinação. Na Paulina, quem atendeu demonstrou preocupação quanto ao sistema de saúde, que deve piorar ainda mais.

Anselmo Granzotto, diretor da Vigilância Sanitária de Florianópolis, diz que desrespeitar a norma é crime.

– Proprietários, atendentes e farmacêuticos têm que conhecer a lei.

A diretora da Vigilância Sanitária de SC, Raquel Bittencourt, disse que a determinação ajuda a dar um fim à indicação de remédios na farmácia.

– A função do farmacêutico é orientar, não de prescrever remédio.

O medicamento comprado pelo DC vai ser entregue à Vigilância Sanitária junto com a nota fiscal.

melissa.bulegon@diario.com.br

MELISSA BULEGONAs novas regras


COMO FUNCIONA
- Os médicos são obrigados a entregar, de forma legível e sem rasuras, duas vias da receita ao paciente
- A primeira via fica retida na farmácia ou drogaria
- A segunda é devolvida ao paciente com carimbo para comprovar que o atendimento aconteceu
- Os medicamentos podem ficar expostos nas prateleiras
- A medida vale para mais de 90 substâncias antimicrobianas, como a amoxicilina e a neomicina
- A lei abrange todos os antibióticos com registro no país
- A exceção são os de uso exclusivo no ambiente hospitalar
PUNIÇÃO
- Multa mínima da Vigilância Sanitária da Capital é R$ 2,5 mil
- A fiscalização é feita pela Vigilância Sanitária estadual ou municipal
- O descumprimento é considerado infração à legislação sanitária federal
- O registro dos medicamentos no sistema de controle vai ser obrigatório para as farmácias a partir de 25 de abril
O QUE SÃO ANTIBIÓTICOS
- As doenças podem ser causadas por diferentes micróbios (vírus, bactérias ou fungos)
- Os antibióticos tratam doenças causadas por uma dessas categorias: as bactérias
- Essa resolução restringe a venda de antimicrobianos (que inibem ou anulam o crescimento de bactérias)
DANOS AO ORGANISMO
- Pode mascarar o verdadeiro diagnóstico da doença
- Pode provocar apenas uma melhora passageira na doença
- Pode tornar as bactérias resistentes
- Pode causar risco de morte
OS NÚMEROS
- Mais da metade das prescrições de antibióticos é inadequada
- Mais da metade do pacientes compra estes medicamentos para um dia
- 90% compram para um período igual ou inferior a três dias
- Mais da metade do orçamento com medicamentos é para antimicrobianos
- As infecções causam 25% de mortes no mundo e 45% nos países pobres
Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Organização Mundial da Saúde (OMS)

 

  

TESTE DOS ANTIBIÓTICOS
No Norte, falta informação


Em Joinville, duas de cinco farmácias visitadas não pediram receita para a venda de amoxicilina. Os dois estabelecimentos são de pequeno porte, em bairros, e mostraram desconhecer a medida. No primeiro, o vendedor informou que a receita não era necessária para aquele tipo de antibiótico. Em outro, a atendente disse que a restrição ainda não estava valendo e autorizou a venda.

Numa outra farmácia de pequeno porte, o farmacêutico explicou que a venda só é possível com receita. Em outras duas farmácias ligadas a grandes redes, os vendedores também explicaram a restrição.

Em Joaçaba, no Meio-Oeste do Estado, a lei parece estar sendo cumprida à risca. Funcionários de duas grandes redes e outras duas pequenas farmácias se recusaram a vender antibióticos sem receita médica. Em um dos estabelecimentos, uma funcionária alertou que, “embora todo mundo estivesse acostumado a comprar, agora iria ficar quase impossível”. Ela revelou que todos foram orientados a não vender os medicamentos, sob pena de advertência e até uma possível demissão.

Em Lages, a reportagem visitou, sem se identificar, quatro farmácias – duas de grandes redes, no Centro da cidade; e duas menores, localizadas em bairros mais retirados. Das quatro, três exigem receita médica em duas vias para vender antibióticos, e em apenas uma o atendente mostrou desconhecer que as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já estão em vigor.

A procura era pela amoxicilina, indicado para o tratamento de dor de garganta. Foram visitadas duas farmácias no Centro da cidade e uma outra no Bairro Coral. Em todas, as atendentes deixaram bem claro assim que o pedido foi feito: o medicamento só poderia ser vendido mediante receita médica em duas vias.

Já numa farmácia do Bairro São Luís, o atendente sugeriu outro antibiótico, segundo ele, mais eficiente que a amoxicilina. Questionado sobre a necessidade de receita médica em via dupla, o homem disse que “ainda não”.

* Colaboraram Pablo Gomes e Daysi Trombeta

 

ROGÉRIO KREIDLOW *

 

 TESTE DOS ANTIBIÓTICOS
Medida deveria ser gradual


O presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Laboratórios Nacionais (Abradilan), Aclair Machado, informa que a entidade, junto com a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac) e a Associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma), encaminharam um documento à Anvisa referente à nova determinação. Ele explica que há preocupação quanto à disponibilidade do receituário e também à capacidade do sistema de saúde brasileiro em atender a demanda criada por essa medida.

– Entendemos a importância dessa lei para conter os abusos em função da automedicação, mas creio que deveria ter sido implantada gradualmente, como ocorreu quando surgiram os medicamentos genéricos.

Outro ponto importante destacado por Machado é que as farmácias precisam estar cientes da cobrança pela receita de controle especial, em que consta impresso no papel as informações do médico e do paciente.

 

 

CIRURGIA PLÁSTICA
Atalho para beleza
Com a proximidade do verão, o bisturi é uma opção de mulheres e homens


Não é só nas academias que as pessoas se preparam para o verão. O movimento das clínicas de cirurgia plástica também cresce com a proximidade da temporada. O médico Paulo Mendes explica que nesta época do ano as mulheres lembram que vão entrar num biquíni em algumas semanas e constatam que está sobrando algo aqui e ali.

A clínica em que o cirurgião plástico trabalha realizou 199 operações em outubro. A média no restante do ano é de 142 por mês. Mulheres que querem tudo para ontem são a maioria nas sala de cirurgia. O implante de silicone nos seios é campeão de audiência (veja box ao lado). Também são comuns lipoaspirações no abdômen, dorso e flancos, linguagem médica para as dobrinhas na curva entre a barriga e as costas.

Os homens também aparecem no consultório para melhorar a beleza. Os procedimentos mais procurados são operações de nariz, orelha, pálpebra e lipoaspiração. Assim como caiu o estigma de que plástica é coisa de mulher, as cirurgias não são mais exclusivas de gente rica. O cirurgião conta que o bom momento econômico mudou o volume de clientes. Geralmente a quantidade de pacientes diminuía em novembro e dezembro. O movimento nos consultórios sugere que este ano, os números sejam maiores. E se academia não resolve a tempo da temporada, a plástica pode ser um alento.

felipe.pereira@diario.com.br

FELIPE PEREIRA

Partes preferidas
Pesquisa do Ibope de 2009 mostra as partes do corpo em que as 156.918 mulheres e os 1.793 homens colocaram próteses. Plástica é uma cirurgia e requer cuidados. Abaixo algumas dicas repassadas pelo diretor científico da regional catarinense da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Jorge Bins Ely.
- Verificar se o médico é um dos 132 profissionais catarinenses cadastrados na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
- A consulta pode ser feita no site
www.sbcp-sc.org.br ou www.cirurgiaplastica.org.br
- Procurar um hospital ou clínica cadastrada (verificar nos mesmos sites)
- Buscar referências do cirurgião conversando com ex-pacientes
- Seguir estritamente as orientações do médico
- Em caso de dor, procurar o profissional

 

 

GREVE EM SÃO JOSÉ
Com os braços cruzados
Trabalhadores da saúde acamparam em frente à prefeitura ontem à tarde


Os servidores municipais da saúde de São José trocaram os locais de trabalho por barracas em frente à prefeitura. A tentativa de fazer com que o prefeito Djalma Berger cumpra o que prometeu, inclusive através de panfletos, na época de campanha, deixou, ontem, mais de 400 trabalhadores de braços cruzados.

A mobilização completa uma semana amanhã e, até a noite de ontem, os grevistas não haviam sido recebidos pelo prefeito. A categoria quer, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de São José, Valmor Paes, que as condições físicas de atendimento sejam ampliadas para acabar com o sofrimento da população. A ampliação do quadro de funcionários e a criação do plano de carreira também são prioridades nas reivindicações.

– Em um ano, dois acordos foram assinados pelo prefeito prometendo a implantação do Plano de Carreira. Até agora, nada. Vamos ficar aqui até sermos atendidos, e isso tem que acontecer antes do recesso – garantiu Valmor.

Ontem à tarde, cerca de cem servidores distribuíam os panfletos sobre a greve nas portas da prefeitura. Um dos materiais era a cópia do Passaporte do Desenvolvimento, distribuído na campanha de Djalma. Uma das promessas era a ampliação de 40 para 60 equipes do Programa da Saúde da Família. Hoje, de acordo com Valmor, apenas 19 equipes atendem os munícipes. A secretária de Saúde de São José, Daniela Oliveira, informou que a proposta do sindicato está sendo avaliada, mas existe prazo para a resposta porque depende de outras secretarias.

– O sindicato não quer negociar. Encaminhamos os pedidos para a Câmara de Vereadores e vamos aguardar. Nenhum posto de saúde será fechado, isso podemos garantir – afirmou.

Todos os postos de saúde de São José estão funcionado com 30% do efetivo, das 8h às 17h. Os postos da Colônia Santana e do Bairro Santo Saraiva estão atendendo com a equipe completa.

 


SURTO DE CATAPORA
Doença sob controle, diz Secretaria

A Secretaria de Saúde de Santa Catarina não está tratando os casos de catapora como um surto. De acordo com a gerente de imunizações da Diretoria de Vigilância Sanitária, Edi Mariana Sperandio, o número de infectados pela doença em 2010, que é de 19 mil, está dentro da média dos anos anteriores.

As mortes que ocorreram em novembro, no Sul do Estado, devem passar por uma investigação mais apurada, como recomenda o Ministério da Saúde nos casos graves. Desde o começo de novembro, três crianças morreram em Criciúma por complicações que agravaram os sintomas da enfermidade.

– A catapora é uma doença benigna, mas pode haver complicações – alerta a gerente sanitária.

Edi explica que a catapora é transmitida por contato direto ou com secreções respiratórias. Em casos mais raros, é possível pegar a doença por contato com as lesões de alguém infectado. Lavar bem as mãos e isolar o doente são as duas principais formas de evitar a propagação.

Em caso de suspeita de contaminação, é importante procurar um médico. O tratamento pode ser ambulatorial e, se o médico achar necessário, o doente pode ser hospitalizado.

 

 

CONTRATAÇÃO PROIBIDA
Provadores de cigarros são vetados

A fabricante de cigarros Souza Cruz foi proibida de contratar empregados para realizar testes de cigarros. A medida foi decidida pela 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A ação foi proposta pelo Ministério Público do Trabalho da 1ª Região (RJ) a partir de uma entrevista concedida por um ex-empregado da empresa que cobrou na Justiça indenização pelos problemas de saúde adquiridos como “provador de cigarros”. Segundo ele, a Souza Cruz, mantinha um projeto chamado “Painel de Fumo”, no qual pessoas testavam cigarros produzidos pela empresa e pela concorrência.

A empresa não poderá mais contratar pessoas para provar cigarros, sob pena no valor de R$ 10 mil, por trabalhador, e deverá garantir aos funcionários, tratamento hospitalar e antitabagista e, por 30 anos, a realização de exames médicos. A multinacional foi condenada a indenização de R$ 1 milhão por danos aos trabalhadores, a ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

 

 

Governo que sai, governo que entra...
01-12-2010


Costuma-se ouvir que o cafezinho do governador que está deixando o cargo é servido frio. Isso porque as atenções estão todas voltadas para quem irá assumir. Não se pode negar que o governador eleito Raimundo Colombo evita antecipar ações ou medidas para que não se confundam com o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo governador Leonel Pavan, que passou a empregar um ritmo acelerado de inaugurações nessa reta final. São dois governos da mesma coligação o que, deveria, facilitar na transição. E é o que deve ocorrer. Mas, apesar disso, começam a surgir algumas dívidas que poderão arranhar o final de governo do tucano Leonel Pavan. Uma delas mexe com a prioridade das prioridades: a saúde. Em julho deste ano Pavan assinou um convênio liberando R$ 4,5 milhões para o Cepon, hospital referência no tratamento de câncer do Estado. Recursos que seriam aplicados na construção de centros cirúrgicos. Pois parece mentira o Cepon é avançado em quimioterapia e radioterapia, mas não realiza cirurgias, pois não tem local equipado. Estamos em dezembro e nada. O presidente Fundação Administrativa do Hemosc e Cepon, Cláudio Fontes afirmou que inclusive foram feitas tomadas de preço e avanços em algumas negociações, mas tudo está parado. Não ficou só nisso. No mesmo dia foi assinado um convênio de R$ 900 mil para a aquisição de um ônibus que serviria para coleta extra do Hemosc. Também esfriou o cafezinho. Melhor dizendo, pelo visto, a assinatura do governador congelou.