icone facebookicone twittericone instagram


PREVENÇÃO
Seminário discute medidas para reduzir acidentes

Durante dois dias, profissionais de diferentes áreas participam, na segunda e terça-feira, do 1º Seminário Municipal de Educação e Prevenção de Acidentes de Trânsito, promovido pela Secretaria da Saúde, em parceria com a Conurb e com o Cetran. O encontro na Mitra Diocesana vai analisar as ações desenvolvidas este ano no setor, como o trabalho de conscientização da população com o apoio dos agentes comunitários de saúde.

 

 

BANCO GENÉTICO

Investigações têm novo aliado

Software que cruza dados será usado em 16 Estados e no DF

Um banco de dados com informações genéticas promete ajudar a polícia a elucidar casos em que bandidos deixaram rastros de seu DNA na cena do crime. Desenvolvido para o FBI, a polícia federal norte-americana, o software que cruza códigos genéticos será usado em 16 Estados, além do Distrito Federal.

Os códigos de DNA extraídos de amostras – como sangues, saliva e fios de cabelos – coletadas por peritos em locais onde ocorreram crimes, no corpo de vítimas ou ainda cedidas voluntariamente por suspeitos serão inseridos em um banco de dados, chamado Programa Codis (Combined DNA Index System). Essas informações serão compartilhadas entre os Estados. O sistema começou a ser implantado, na prática, no início deste mês. “Será possível saber se aquele perfil genético foi encontrado em alguma outra cena de crime. Isso é fundamental para se identificar criminosos”, afirma Tríssia Albuquerque, administradora do banco instalado no Instituto-geral de Perícias (IGP) do RS.

Além de ajudar na investigação de roubos e assassinatos, o Codis deve ser decisivo no combate aos crimes sexuais cometidos em série, que motivam 34% dos cerca de 90 exames de DNA feitos mensalmente pelo IGP. A bióloga ainda garante ao Codis uma outra utilidade: o software será usado na identificação de corpos de vítimas encontradas sem documentos.

Segundo ela, apenas os peritos poderão “enxergar’’ o histórico de cada amostra analisada, que será repassado às autoridades policiais na medida que estiverem relacionadas a casos investigados. “O perito poderá constatar se o perfil genético da amostra analisada por ele foi encontrado em outro Estado. Mas ele terá de entrar em contato com as autoridades de lá para ter outros detalhes.”

A adoção desse cuidado se deve à preocupação de manter a independência e segurança de cada Estado na alimentação de seu banco de dados, dentro do acordo de cooperação técnica para implementação da Rede Integrada dos Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).



SAÚDE
Técnicos avaliam ações e definem planos para 2011

A Secretaria da Saúde de Joinville abre às 8 horas de segunda-feira o Fórum de Planejamento Local em Saúde, na Univille. No encontro, serão apresentadas e discutidas as ações para 2011 nas unidades de saúde. Também serão premiadas as equipes que desenvolveram os melhores planejamentos em 2010 e a unidade vencedora do Concurso da Semana da Alimentação, em outubro, com o tema “Adoção de hábitos de vida saudáveis: uma ação interdisciplinar”

 

SAÚDE

Mais leitos e mais servidoresNeste domingo, a série Desafios para SC apresenta os diagnósticos e opiniões de especialistas na área da saúde

 

  Falta de leitos x saúde básica

 DIAGNÓSTICO


Em cinco anos, 1.455 leitos foram desativados em Santa Catarina.A maioria, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, em hospitais
pequenos que fecharam ou que pediram descredenciamento do SUS por conta do custo elevado. As demandas principais seriam
em cidades como Joinville e Florianópolis, que recebem muitos pacientes de outros municípios.


O NOVO GOVERNO

Durante a campanha, Raimundo Colombo afirmou que a prioridade seria a saúde. Uma das promessas mais destacadas foi a de
que “nenhum catarinense ficaria a mais de uma hora, de carro, de um hospital de referência”. Para isto, ele pretende viabilizar a construção
de hospitais regionais em Biguaçu e Palhoça, além de remodelar e modernizar os hospitais Celso Ramos e Regional de São José, na
região da Grande Florianópolis. Colombo ainda propõe focar o investimento nas nove macrorregiões: Chapecó, Joaçaba, Lages, Blumenau, Mafra, Joinville, Itajaí, Criciúma e Florianópolis.



OPINIÕES

Para o secretário estadual da Saúde, Roberto Hess de Souza, a questão central não é o número de leitos, mas usar melhor o que se
tem. Ele cita que o Estado tem 228 hospitais conveniados. A maioria é de pequeno porte, com carências de algumas especialidades médicas,
com taxa de ocupação baixa e alto custo. O presidente da Associação Catarinense de Medicina, Genoir Simoni, concorda que não é
necessário construir hospitais. A prioridade deve ser uma reestruturação, para abertura dos “inúmeros leitos” fechados.

 

Ambulânciacioterapia x descentralização 
 

 DIAGNÓSTICO

Diariamente, centenas de catarinenses fazem longos trajetos e viagens, em busca de atendimento médico nos grandes centros, em deslocamento que acabou sendo conhecido como “ambulancioterapia”.

O novo governo

Para reduzir a ambulancioterapia, Colombo diz que pretende investir na interiorização de residência médica nas nove macrorregiões
do Estado, para evitar que as pessoas tenham de fazer grandes deslocamentos para receber um
atendimento adequado. A ideia é que os pacientes consigam tratamento especializado em sua região. Outra proposta
é transformar os pequenos hospitais em espaços de média complexidade ambulatorial, além de construir um hospital de referência para os problemas de alta complexidade, capaz de atender a todos os tipos de intervenções de alta gravidade.


Opiniões

Para o presidente da Associação Catarinense de Medicina, Genoir Simoni, para diminuir este problema é necessário investir nas unidades
decentralizadas. Mas, mais do que isso, garantir que os hospitais do interior tenham estrutura física e humana. Ele defende também
valorização dos médicos, já que o valor pago pelo SUS não estimula deslocamentos. O presidente eleito da Sociedade Catarinense de
Ortopedia e Traumatologia, André Luís Andújar, acha que é ilusão falar em fim da ambulancioterapia.

 

Falta de servidores x gestão

DIAGNÓSTICO

Segundo a presidente do SindSaúde, Edileuza Fortuna, o quadro de servidores do Estado está defasado e permanece praticamente inalterado há dez anos. Ela afirma que seria necessário contratar mais cinco mil funcionários para atuar na área. De acordo com ela, a demanda por
servidores faz com que o quadro atual esteja sobrecarregado e o reflexo disso se daria na saúde dos próprios funcionários. Um
levantamento do sindicato mostra que em dez anos, 45% dos servidores pediram algum tipo de afastamento.

O NOVO GOVERNO

Colombo já afirmou que um dos focos da Secretaria de Saúde será a gestão e transformar os 11 hospitais estaduais em
organizações sociais. Sobre os servidores, o governador eleito propõe investir na valorização e profissionalização do servidor
público a partir de avaliação de desempenho individual e de resultados operacionais. Outra medida seria um programa de
estímulo para a interiorização de profissionais e acadêmicos da área para atuar em ações de prevenção
e promoção da saúde.

OPINIÕES

O secretário Roberto Hess de Souza destaca que um dos pontos chaves é investir na gestão. Ele explica que hoje para contratar um médico,
é necessário esperar a realização de um concurso público e, para fazer um processo seletivo, tem que ter demanda para justificar os
custos. Para ele, uma das saídas é apostar nas organizações sociais, que possuem maior liberdade na contratação.

 

Filas para Cirurgias x infraestrutura

 

DIAGNÓSTICO

Estima-se que, hoje, dois mil catarinenses esperam por cirurgia ortopédica, três mil para cirurgias gerais de média complexidade e
sete mil por cirurgia de catarata.

O NOVO GOVERNO

Entre as promessas de Colombo para resolver as filas por cirurgias está a realização de mutirões, principalmente nas especialidades
de maior demanda. Na campanha, o governador eleito destacou a necessidade de lutar pela revisão da tabela do SUS. Segundo ele,
os valores pagos por cirurgias em hospitais filantrópicos estão defasados e são insuficientes para que as instituições mantenham
o atendimento. Em seu plano de governo, Colombo também afirma que pretende incentivar a descentralização de cirurgias
eletivas, de procedimentos e exames de apoio, diagnóstico e terapia, por meio da contratação de novos serviços.

OPINIÕES

Para o presidente eleito da Sociedade Catarinense de Ortopedia e Traumatologia, André Luís Andujar,acabar com as filas para cirurgias
só existe uma saída: investir nas unidades de alta complexidade . Segundo ele, a população cresceu, mas os hospitais de referência
não receberam investimentos na mesma proporção. O presidente da Associação Catarinense de Medicina, Genori Simoni, concorda
e destaca que não adianta o governo falar em mutirões, sem condições logísticas e estruturais nos hospitais.


Em Joinville

DIAGNÓSTICO

Estima-se que faltem pelo menos 300 leitos na cidade. Nas últimas duas décadas, o número de leitos no Hospital Municipal São José pouco cresceu e o Complexo Emergencial Ulysses Guimarães, anexo que poderia ajudar a desafogar o hospital, ainda não foi concluído. Enquanto isso, a população se multiplica e a frota de veículos – que influência o número de acidentes com vítima
– dobrou nos últimos dez anos.

O NOvO GOVERNO

Raimundo Colombo diz que não conhece a realidade deste diagnóstico e não pode prometer algo de modo irresponsável. Ele
afirma que precisa fazer uma avaliação da situação. Ele se comprometeu a passar um ou dois das na cidade, em fevereiro, para
conhecer as carências na saúde.

OPINIÕES

O diretor do Hospital São José, Tomio Tomita, espera que a conclusão da obra que está em andamento para abrir 33 leitos no quarto andar do Hospital São José minimize o problema. Mas, alerta que não será suficiente para resolver a situação. Ele defende que
o atendimento em Saúde da rede de urgência na região Norte e Nordeste do Estado seja melhor equalizado.

 

 


 
NÚMERO DE LEITOS POUCO MUDA EM 18 ANOS


Em abril de 1992, data mais antiga dos registros disponíveis do Ministério da Saúde, Joinville contava com 732 leitos pelo SUS. Há 18 anos, a cidade ainda não tinha chegado a 340 mil habitantes e a frota de veículos ainda não tinha chegado a 100 mil veículos, provavelmente. Hoje, a população chega a 510 mil habitantes (perto de 140 mil deles não eram nascidos no ano do impeachment de Collor) e o número de veículos passou de 280 mil. Agora, o ministério aponta 760 leitos pelo SUS em Joinville. Menos de 30 leitos em quase duas décadas. No começo da década, o número chegou a cair a menos de 600 e só se recuperou depois da inauguração do Hospital Materno-infantil. A pesquisa do IBGE sobre assistência médica divulgada na sexta apontou queda no número de leitos no País nos últimos quatro anos. Nesse período, Joinville até a ganhou, mas em retrospectiva, nada tem a comemorar. Ou alguém pode imaginar que por mais que a medicina tenha evoluído e a internação hospitalar tenha sido substituída por outras alternativas de tratamento, 28 leitos tenham sido suficientes para atender o surgimento de 170 mil pessoas em 18 anos? A superlotação do pronto-socorro do Hospital São José – quase 100 na semana passada, enquanto a unidade foi criada para atender 43 pacientes – é a melhor prova da falta de leitos.


Nem no papel

Na campanha eleitoral, os principais candidatos prometeram hospitais. Evidentemente, a promessa só deve ser cobrada de quem ganhou. Até agora, pouco ou nada o governo Carlito fez pelo novo hospital. No máximo, quer projeto para 2011. Ainda na área de leitos, a inauguração do Complexo Emergencial Ulysses Guimarães deve trazer mais 33 leitos para o São José.

 
O impacto da falta de leitos não é maior porque cresceu a oferta na iniciativa privada, com a construção do Hospital da Unimed, além da manutenção da estrutura do Dona Helena. Quando a década começou, eram 132 mil pessoas com plano de saúde. Hoje Joinville tem 190 mil segurados

 

 


ALERTA PARA O MASSACRE


Aposta na prevenção

Especialistas apontam soluções para acabar – ou pelo menos reduzir – o número de vítimas do trânsitoOs especialistas dá área são unânimes em afirmar quais são as principais causas de mortes no trânsito: imprudência, embriaguez, pressa, desatenção e impunidade.

 

ALERTA PARA O MASSACRE

Uma morte a cada seis horas

A cada 6h01min56s uma pessoa perde a vida no trânsito em Santa Catarina. Uma triste estatística que já deixou pelo menos 1.329 mortos. Somente nas rodovias federais, foram 459 vítimas fatais até o dia 31 de outubro.

As principais causas de mortes no trânsito apontadas pela Polícia Rodoviária Federal de Santa Catarina são excesso de velocidade, ultrapassagens, embriaguez e a falta de hábito de utilização do cinto de segurança.

– Quem utiliza as vias públicas deve se conscientizar do risco e do perigo do trânsito. Deve se livrar do excesso de confiança e compreender que é o que mais ceifa vidas no mundo. Não existe entre os usuários do trânsito a noção de risco e de perigo. O excesso de confiança num ambiente perigoso como o trânsito torna-o muito mais catastrófico, um quadro de caos e de tragédias – alerta Nivaldino Rodrigues, especialista em Educação para o Trânsito e mestre e doutorando em sociologia da Universidade Nacional de Brasília (UnB). De acordo com o consultor em segurança de trânsito, Philip Anthony Gold, as mortes no trânsito são um problema nacional.

Para ele, o assunto não é tratado com a importância que deveria, principalmente em relação aos pedestres:

– A tendência é oferecer boas condições ao motorista, e não ao pedestre. O número elevado de mortes por atropelamento comprova isso.

Para dar um basta nas estatísticas assustadoras, que deixam milhares de famílias estraçalhadas a cada ano, eles apontam diferentes soluções, que vão desde a conscientização de motoristas e pedestres até o investimento no setor de transporte público no país.

 

 

ALERTA PARA O MASSACRE

Jovens em perigo

Nas BRs, um dado chama a atenção: o maior número de vítimas tem idade entre 20 e 30 anos. Foram 120 só neste ano. Em segundo lugar, está a faixa etária entre 31 e 39 anos, com um saldo de 105 mortos.

Para a engenheira do Departamento de Transporte da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eva Vider, os jovens são as maiores vítimas por uma questão psicológica. Ela explica que o carro dá a sensação de que eles podem tudo e os limites e as regras não são respeitadas. Nas SCs, 236 pessoas perderam a vida até 31 de outubro. Em perímetro urbano, até o último dia 18, Joinville se sobressai, com 18 vítimas fatais.

Um panorama que deve alcançar números ainda mais assustador. As mortes nos hospitais somam 371, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. A estatística é semestral e contabiliza vítimas fatais somente até 31 de julho

 

 

ALERTA PARA O MASSACRE
Investir na educação


Para a engenheira do Departamento de Transporte da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Eva Vider, é preciso colocar em prática soluções para alterar esse quadro e desenvolver projetos viários e seguros, com curvas e sinalizações adequadas.

Para isso, três pontos devem ser trabalhados: analisar e corrigir os pontos onde estão concentrados o maior número de acidentes, alterar a legislação de trânsito e aumentar a fiscalização, além de investir em educação.

– É uma questão cultural de pregar o respeito pela vida própria e pela vida alheia. E isso tem que ser despertado desde cedo, ainda nas crianças. É preciso ter em mente que os investimentos gastos com os acidentes é infinitamente maior do que o dinheiro que deveria ser investido em projetos para mudar esse quadro. A probabilidade de cada um de nós sermos vítima de acidente é total – completa.

 


ALERTA PARA O MASSACRE
Inibição de abusos


O poder público tem de assumir o papel de melhorar a fiscalização e o patrulhamento ostensivo nas vias e nas estradas no sentido de inibir os abusos cometidos no trânsito.

Essa é a opinião do especialista em educação para o trânsito e mestre e doutorando em Sociologia da Universidade de Brasília (UnB), José Nivaldino Rodrigues.

Ele explica que as condições de circulação nas vias são extremamente inseguras e a segurança quem promove é o poder público:

– A Justiça deve aplicar com mais rigor as penalidades previstas no Código de Trânsito e acabar com a sensação de impunidade que existe no campo do trânsito. Isso é o motor dos abusos e das infrações. As pessoas devem adotar a prudência como virtude número um e praticar a direção defensiva. Evitar usar bebidas alcoólicas se for dirigir, obedecer aos limites de velocidade e a sinalização da via – disse.

 

 

ALERTA PARA O MASSACRE
Para não esquecer


Neste domingo, Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito, a Capital catarinense será a representante nacional das atividades alusivas à data. Organizada pela ONU, a campanha por um trânsito mais seguro foi criada para chamar atenção para as mortes que, segundo estimativas da organização, deverão chegar a 1,3 milhão em todo o mundo. É também uma maneira de tentar confortar os milhões de parentes e amigos das vítimas que sofrem consequências materiais, sociais ou emocionais devido ao trauma da perda.

A mobilização será ainda uma oportunidade, também, para reivindicar ações efetivas da campanha da ONU, que estimula governos e órgãos que trabalham no setor a efetivarem as propostas da Década Global de Ações para a Segurança no Trânsito – campanha movida pelas Nações Unidas no setor.

As atividades da campanha de trânsito ocorrem das 9h ao meio-dia, na Avenida Beira-Mar Norte, em frente ao Bar Koxixo’s, em Florianópolis.

 


ALERTA PARA O MASSACRE
Combate ao álcool


Segundo o consultor em segurança de trânsito, Philip Anthony Gold, a redução no número de vítimas no trânsito passa pela eliminação da dupla álcool e direção e o controle mais rigoroso sobre o excesso de velocidade.

Ele defende a aplicação de multas para as autoridades responsáveis pelo sistema de trânsito por não oferecerem condições ideais de segurança aos usuários, como consta na primeira página do Código de Trânsito Brasileiro.

Como entre os principais tipos de acidentes estão os atropelamentos, Gold salienta que os pedestres precisam receber atenção especial, com investimento de lugares que eles possam atravessar rodovias.

Outras questões defendidas pelo consultor é a duplicação de rodovias, a realização de auditorias técnicas e viárias das estradas de todo o país e a fiscalização mais presente e ostensiva nos horários e dias em que ocorrem o maior número de acidentes fatais.

 

 
LEISHMANIOSE
Animal silvestre não é transmissor

Um roedor apresentou a doença, mas cães teriam pego a doença entre si

A fonte de infecção de cães contaminados por leishmaniose no Canto dos Araçás, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, não foi detectada nos animais silvestres da região. De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado, o hospedeiro do local pesquisado é o cão.

Profissionais da Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz coletaram, em setembro, animais silvestres para analisar se havia outra fonte da doença. E o resultado é que somente um animal analisado continha partículas parasitas no fígado.

Mas segundo o diretor da Dive, Luiz Antônio Silva, a amostra coletada de um roedor comprovou que o animal não teria como manter uma cadeia de infecção. Os cães teriam contraído a doença pelas fezes de outros cachorros, provavelmente, de fora do Estado. Foram realizados 146 testes na pele, medula, baço e fígado dos animais silvestres. Também foram coletadas pela vigilância do Estado cerca de 2 mil amostras de mosquitos para detectar qual espécie estava contaminando os cães. Silva enfatiza que não há, até agora, nenhum caso de contaminação humana com a leishmaniose, e que ela somente é transmitida por meio de mosquitos.

Chegada do verão e chuvas preocupam a vigilância

Dos dois insetos que seriam os responsáveis pela propagação nos cães, um deles ainda não foi recapturado para pesquisa. A outra espécie coletada está envolvida na contaminação.

– Os cães daquela região foram contaminados por um mosquito. Isso é certo. Mas a densidade da população desse inseto é pequena, por isso ainda não houve transmissão humana – explica o diretor da Dive.

Mesmo com poucos mosquitos transmissores, as pessoas devem ficar atentas com a chegada do verão. A temperatura alta e chuva são propícias para a reprodução de qualquer mosquito. Os cuidados devem ser redobrados principalmente nas residências próximas a matas e em locais com lixo orgânico, orienta a Vigilância Epidemiológica.

O uso de repelente também é recomendado ao amanhecer e após as 16h. Conforme Silva, o mosquito que está passando a doença aos cães tem voo baixo e costuma picar as pernas.

De acordo com a Dive, será feita nova investigação nos animais da bacia da Lagoa. Silva explica que a tendência é de que com o verão, novos casos apareçam e será preciso coletar novas amostras, inclusive em outros locais da cidade que tenham registro de casos de leishmaniose.

 


MEDICINA MODERNA

Pacientes têm acesso a cirurgias inéditasUm grupo de 35 pacientes catarinenses será operado por médicos estrangeiros, neste domingo, no Hospital Universitário, em Florianópolis. Eles terão acesso a equipamentos e as mais modernas tecnologias em intervenções endoscópicas, algumas ainda inexistentes em SC e até no Brasil. Os procedimentos fazem parte do 40 Curso Internacional de Endoscopia Digestiva Diagnóstica e Terapêutica, dentro da programação da IX Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD).

 

 

SAÚDE NA UTI

Brasil perde leitos em hospitais

Mais de 11 mil vagas para internação foram extintas em instituições públicas e privadas do Brasil nos últimos quatro anosEm quatro anos, 11.214 leitos para internação foram desativados no país, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento Assistência Médico-Sanitária 2009, divulgado na sexta-feira, mostra que a redução do número de leitos teve impacto no total de internações, que caiu pela primeira vez desde 1998, início da série histórica disponível.

A taxa nacional de leitos para internação em 2009 (2,3 por mil habitantes) ficou abaixo do padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, de 2,5 a 3 por mil habitantes.

O gerente da pesquisa, Marco Andreazzi, diz que há uma tendência de diminuição dessa taxa em vários países, em função de fatores como a redução do tempo de permanência e a utilização de tecnologias mais sofisticadas, que podem ser aplicadas no nível ambulatorial. Ele alerta para o caso brasileiro, observando que existe um mínimo de atendimentos que necessita de internação.

– Em que ponto nós estamos, do ponto de vista da utilização do serviço, não tenho condições de afirmar. A única observação que podemos fazer é que, se num primeiro momento tivemos uma queda na oferta de leitos sem que isso afetasse diretamente o número de internações, não é mais isso o que observamos. A queda de leitos significou também uma queda das internações, em que pese o aumento da população.

Houve 23,1 milhões de internações em 2008, queda de 0,2% (53,8 mil) em relação a 2004. As regiões Norte e Sudeste apresentaram redução no período. Do total, 15 milhões ocorreram no setor privado.

O estudo do IBGE mostra que 431,9 mil leitos foram ofertados em 2009, dos quais 152,8 mil (35,4%) eram públicos e 279,1 mil (64,6%), privados. A queda em relação a 2005 foi de 2,5% (11.214 leitos), e só não ocorreu na região Norte.

Nenhum estado atingiu o patamar de 3 leitos por mil habitantes. O maior nível foi registrado no Rio Grande do Sul (2,8), e o menor, no Amazonas (1,6). A taxa média entre os países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) foi de 3,8 em 2007, destaca o IBGE.

A diminuição dos leitos é acompanhada pela redução do número de estabelecimentos com internação, puxada pela desativação de unidades privadas. Em 2009, havia 6.875 estabelecimentos com internação no país, queda 3,9% em relação a 2005.

O setor privado perdeu 392 unidades desse tipo no período. No setor público, que apresenta o maior percentual de estabelecimentos sem internação (69,8%), houve aumento de 112 unidades.

 

Rio de Janeiro

 

Dia a Dia

Prevenção - Para ajudar na prevenção ao câncer de pele, a Secretaria Municipal da Saúde promove um mutirão no dia 27, das 9h às 15h, na Policlínica Centro, na Avenida Rio Branco. Dez médicos dermatologistas atenderão à população e realizando exames de câncer

 

 

 Colunista Cacau Menezes


Nome para a saúde

Se o governador eleito Raimundo Colombo tivesse de escolher o novo secretário de Saúde por suas realizações no serviço público, com certeza o médio João Cândido da Silva encabeçaria a lista. O seu trabalho na implantação dos postos e centros de saúde na Capital revela a sua competência profissional. Cândido já integrou o Ministério da Saúde. O empecilho é político. Deixou o DEM para migrar para o PSB

 


Protetor solar

No ano passado foi aprovada uma lei em Santa Catarina que diminuía o ICMS sobre o protetor solar, de 25% para 17%, já que o Estado é o primeiro do país em casos de câncer de pele. Porém, essa redução não se sente no preço final. Os valores são os mesmos que em 2009. Qualquer protetor de 120 ml custa em média R$ 25. Como exemplo, podemos ver uma rede de farmácias que atua no RS e SC (Panvel).
O preço do produto é o mesmo nos dois estados. É só conferir no site. E agora?

 

 

 

Geral

SAÚDE
Mais leitos e mais servidores

Garantir aumento de vagas para atendimento dos pacientes, especialmente no interior, a diminuição das filas para consultas e cirurgias, e investimento na gestão dos trabalhadores da área estão entre as prioridades em Santa CatarinaA série Desafios para SC, lançada no domingo passado pelo Diário Catarinense e pela RBS TV, apresenta reportagens especiais sobre três temas decisivos para o novo governo nos próximos quatro anos: segurança, saúde e educação. Estão sendo mostrados os problemas mais urgentes, o que o governador eleito Raimundo Colombo (DEM) falou sobre eles na campanha e opiniões de especialistas e de quem trabalha diretamente em cada área. Na TV, o assunto vai ao ar neste domingo, no Estúdio SC, e na segunda-feira, no Jornal do Almoço e no RBS Notícias. Os temas da série também merecerão destaque na rádio CBN e nos sites do Grupo RBS

 

Falta de leitos x saúde básica

 DIAGNÓSTICO


Em cinco anos, 1.455 leitos foram desativados em Santa Catarina.A maioria, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, em hospitais
pequenos que fecharam ou que pediram descredenciamento do SUS por conta do custo elevado. As demandas principais seriam
em cidades como Joinville e Florianópolis, que recebem muitos pacientes de outros municípios.


O NOvO GOVERNO

Durante a campanha, Raimundo Colombo afirmou que a prioridade seria a saúde. Uma das promessas mais destacadas foi a de
que “nenhum catarinense ficaria a mais de uma hora, de carro, de um hospital de referência”. Para isto, ele pretende viabilizar a construção
de hospitais regionais em Biguaçu e Palhoça, além de remodelar e modernizar os hospitais Celso Ramos e Regional de São José, na
região da Grande Florianópolis. Colombo ainda propõe focar o investimento nas nove macrorregiões: Chapecó, Joaçaba, Lages, Blumenau, Mafra, Joinville, Itajaí, Criciúma e Florianópolis.


OPINIÕES

Para o secretário estadual da Saúde, Roberto Hess de Souza, a questão central não é o número de leitos, mas usar melhor o que se
tem. Ele cita que o Estado tem 228 hospitais conveniados. A maioria é de pequeno porte, com carências de algumas especialidades médicas,
com taxa de ocupação baixa e alto custo. O presidente da Associação Catarinense de Medicina, Genoir Simoni, concorda que não é
necessário construir hospitais. A prioridade deve ser uma reestruturação, para abertura dos “inúmeros leitos” fechados.

 

Ambulânciacioterapia x descentralização 
 

 

DIAGNÓSTICO

Diariamente, centenas de catarinenses fazem longos trajetos e viagens, em busca de atendimento médico nos grandes centros, em deslocamento que acabou sendo conhecido como “ambulancioterapia”.

O novo governo

Para reduzir a ambulancioterapia, Colombo diz que pretende investir na interiorização de residência médica nas nove macrorregiões
do Estado, para evitar que as pessoas tenham de fazer grandes deslocamentos para receber um atendimento adequado. A ideia é que os pacientes consigam tratamento especializado em sua região. Outra proposta é transformar os pequenos hospitais em espaços de média complexidade ambulatorial, além de construir um hospital de referência para os problemas de alta complexidade, capaz de atender a todos os tipos de intervenções de alta gravidade.


Opiniões

Para o presidente da Associação Catarinense de Medicina, Genoir Simoni, para diminuir este problema é necessário investir nas unidades decentralizadas. Mas, mais do que isso, garantir que os hospitais do interior tenham estrutura física e humana. Ele defende também valorização dos médicos, já que o valor pago pelo SUS não estimula deslocamentos. O presidente eleito da Sociedade Catarinense de Ortopedia e Traumatologia, André Luís Andújar, acha que é ilusão falar em fim da ambulancioterapia.

 

Falta de servidores x gestão

DIAGNÓSTICO

Segundo a presidente do SindSaúde, Edileuza Fortuna, o quadro de servidores do Estado está defasado e permanece praticamente inalterado há dez anos. Ela afirma que seria necessário contratar mais cinco mil funcionários para atuar na área. De acordo com ela, a demanda por
servidores faz com que o quadro atual esteja sobrecarregado e o reflexo disso se daria na saúde dos próprios funcionários. Um
levantamento do sindicato mostra que em dez anos, 45% dos servidores pediram algum tipo de afastamento.

O NOvO GOVERNO

Colombo já afirmou que um dos focos da Secretaria de Saúde será a gestão e transformar os 11 hospitais estaduais em
organizações sociais. Sobre os servidores, o governador eleito propõe investir na valorização e profissionalização do servidor
público a partir de avaliação de desempenho individual e de resultados operacionais. Outra medida seria um programa de
estímulo para a interiorização de profissionais e acadêmicos da área para atuar em ações de prevenção
e promoção da saúde.

OPINIÕES

O secretário Roberto Hess de Souza destaca que um dos pontos chaves é investir na gestão. Ele explica que hoje para contratar um médico,
é necessário esperar a realização de um concurso público e, para fazer um processo seletivo, tem que ter demanda para justificar os
custos. Para ele, uma das saídas é apostar nas organizações sociais, que possuem maior liberdade na contratação.

 

Filas para Cirurgias x infraestrutura

 

DIAGNÓSTICO

Estima-se que, hoje, dois mil catarinenses esperam por cirurgia ortopédica, três mil para cirurgias gerais de média complexidade e
sete mil por cirurgia de catarata.

O NOvO GOVERNO

Entre as promessas de Colombo para resolver as filas por cirurgias está a realização de mutirões, principalmente nas especialidades
de maior demanda. Na campanha, o governador eleito destacou a necessidade de lutar pela revisão da tabela do SUS. Segundo ele,
os valores pagos por cirurgias em hospitais filantrópicos estão defasados e são insuficientes para que as instituições mantenham
o atendimento. Em seu plano de governo, Colombo também afirma que pretende incentivar a descentralização de cirurgias
eletivas, de procedimentos e exames de apoio, diagnóstico e terapia, por meio da contratação de novos serviços.

OPINIÕES

Para o presidente eleito da Sociedade Catarinense de Ortopedia e Traumatologia, André Luís Andujar,acabar com as filas para cirurgias
só existe uma saída: investir nas unidades de alta complexidade . Segundo ele, a população cresceu, mas os hospitais de referência
não receberam investimentos na mesma proporção. O presidente da Associação Catarinense de Medicina, Genori Simoni, concorda
e destaca que não adianta o governo falar em mutirões, sem condições logísticas e estruturais nos hospitais.

 

 

 

Especial

Os anjos do Arcanjo
Bombeiros. Há 10 meses, helicóptero faz resgates e salva vidas

O helicóptero Arcanjo, do Corpo de Bombeiros de SC, completa 10 meses de vôo neste sábado. Nesse período 414 vidas foram salvas. A bordo da aeronave, um grupo de seis pessoas – dois pilotos, dois soldados que agem como tripulantes operacionais, um médico e um enfermeiro precisam trabalhar em sincronia, pois qualquer erro pode resultar na morte de uma vítima.

O trabalho ocorre em sistema de plantão de 12 horas ao dia para cada equipe. Na função, não há espaço para erros. Os profissionais precisam passar tranqüilidade, seriedade e, às vezes, frieza, pois a emoção pode prejudicar o resgate.

O comandante do Batalhão de Operações Aéreas, Edupercio Prattes, explica quem em terra a equipe não pode deixar de verificar todos os equipamentos. Além disso, dependendo da ocorrência, é feita uma difícil escolha. “Como a capacidade do Arcanjo é de seis pessoas, se a vítima precisar ser transportada um membro da equipe não poderá ir a bordo”, diz

Tomada a decisão e verificado o material, que inclui uma UTI móvel, os guardiões da vida como são chamados seguem para a ocorrência, na maioria dos casos sem saber o local exato e o cenário que irão encontrar. “Temos que estar preparados para qualquer salvamento, seja em terra, mar, mata ou outros locais de difícil acesso”, diz o médico Saule Pastre.

Saule confirma que o mais difícil é não se comover quando se trata de crianças, principalmente quando a vida delas não pode ser salva.

Sincronia da equipe é indispensável

A  bordo do Arcanjo todos têm função específica, que deve ser desempenhada de forma sincronizada. Os pilotos precisam chegar ao local reconhecendo a melhor forma de entrar na cena do salvamento. Depois disso vêm os tripulantes operacionais, que cuidam da segurança da equipe se posicionando em cada uma das portas do helicóptero. São eles que irão pular com a aeronave em movimento para salvar a vítima e dar coordenadas para os pilotos.